janeiro 2012 Informativo Tributário Nesta edição: 1 Noticiário...1 2 Legislação Federal...2 3 Legislação Trabalhista e Previdenciária...3 4 Legislação nos Estados...3 5 Solução de Divergência...4 1 NOTICIÁRIO As multinacionais podem reajustar valor de produtos exportados para pagar menos tributos As multinacionais que operam no Brasil poderão fazer algumas mudanças contábeis afim de reduzir o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) a serem pagos. Segundo a portaria assinada pelo ministro da Fazenda, em 30 de dezembro, essas empresas poderão reajustar em 11% o valor de produtos exportados para unidades da própria companhia no exterior. Um dos motivos do reajuste são as constantes queixas das multinacionais em relação a queda do dólar. Conforme as empresas, em 2011 foram punidas com a queda do dólar, pois no ano passado, a cotação da moeda norte-americana caiu de janeiro a setembro e só subiu no trimestre, com agravamento da crise econômica internacional. As multinacionais que exportam para uma mesma unidade podem praticar preços diferentes dos valores de mercado, já que o negócio ocorre dentro da própria empresa. Para evitar o uso de preços artificiais, o Fisco tributa a diferença entre os preços do mesmo bem nas exportações e no mercado interno. A diferença é incorporada no lucro da empresa, sobre o qual incide o Imposto de Renda e a CSLL. Segundo o chefe substituto da Divisão de Tributação Internacional da Receita, o preço dos bens exportados diminuiu em reais com a queda do dólar, aumentando a diferença em relação ao valor de mercado e a parcela a ser tributada. Assim sendo, a Fazenda permite todos os anos, que seja aplicado um índice de correção para o valor dos produtos exportados por uma filial à matriz ou à filial em outro país. Tal prática é feita desde 2005. Conforme o técnico da Receita "A mudança corrige uma distorção que fazia com que empresas fossem tributadas exclusivamente pela valorização do real". Aviso Este material foi preparado por profissionais das firmas-membro da Deloitte Touche Tohmatsu. Pretende ser unicamente um guia geral e sua aplicação a situações específicas dependerá das circunstâncias particulares presentes. Assim, recomendamos que os leitores procurem assessoria profissional adequada com relação a qualquer problema particular que enfrentem. Estas informações não devem ser utilizadas como um substituto a tal assessoria. Em que pese termos envidado todos os esforços para garantir que as informações aqui contidas sejam precisas, a Deloitte Touche Tohmatsu não se responsabiliza por quaisquer erros ou omissões que este documento possa conter, quer tenham sido causados por negligência ou outro motivo, ou quaisquer perdas, independentemente de sua causa, sofridas por uma pessoa que faça uso deste documento. Para chegar ao índice de 11%, a Receita comparou a média do câmbio em 2011 com a cotação média nos três anos anteriores. Entra em vigor a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas Com a vigência da Lei 12.440/2011, que teve início em janeiro de 2012, todas as empresas que participarem de licitações públicas ou pleitearem acesso a programas de incentivos fiscais estão obrigadas a apresentar, na documentação exigida, a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT) A referida lei inclui no Título VII-A da CLT e altera o artigo 29 da Lei nº 8.666/1993 (Lei das Licitações) a nova exigência.
Segundo o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior do Trabalho (CSJT) a nova lei vai contribuir de forma decisiva para a efetividade da execução de suas sentenças e para o cumprimento espontâneo das obrigações trabalhistas pelas empresas. "A certidão só prejudica os maus pagadores", diz o ministro "O bom pagador age de duas formas: ou paga ou deposita o valor em juízo para discutir o débito, quando acha que a dívida é inferior à que está sendo cobrada". Quando a dívida é garantida em juízo, a empresa obtém a certidão positiva com efeito de negativa. "Nenhuma empresa será impedida de obter a certidão negativa pelo simples fato de responder a qualquer processo trabalhista ainda não solucionado em definitivo", explica. A emissão da CNDT será feita a partir de consulta ao Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), que reúne os dados necessários à identificação de pessoas naturais e jurídicas inadimplentes perante a Justiça do Trabalho. O Banco considera obrigatória a inclusão do devedor que não pagar o débito ou descumprir obrigações determinadas judicialmente no prazo previsto em lei, que deverá ser devidamente cientificado. Ocorrendo a inscrição, o devedor fará parte de um pré-cadastro e para cumprir a obrigação ou regularizar a situação, para evitar a positivação de seus registros, para isso terá um prazo improrrogável de 30 dias. Esgotado o prazo e havendo a inclusão do inadimplente acarretará, conforme o caso, a emissão da certidão negativa ou de certidão positiva com efeito de negativa. Para que ocorra a exclusão do devedor do BNDT, a dívida terá que ser paga ou satisfeita a obrigação, então o juiz da execução determinará a exclusão. Lembrando que tanto a inclusão quanto a alteração ou a exclusão de dados do BNDT serão sempre precedidas de ordem judicial expressa. Para obter a CNDT, o interessado poderá requerer eletronicamente nas páginas do TST, do CSJT e dos Tribunais Regionais do Trabalho com o fornecimento dos dados da CPF ou do CNPF. A CNDT será expedida gratuitamente por via eletrônica. Nova Tabela Auxiliar para uso no SEFIP Foi publicada no Diário Oficial da União DOU de 9/1/2012, a Portaria Interministerial MPS/MF Nº 2 de 6/1/2012, que contém a tabela auxiliar para uso no SEFIP. De acordo com a tabela divulgada são as seguintes faixas salariais: SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTA PARA FINS DE RECOLHIMENTO AO INSS... até 1.174,86 8,00% De 1.174,87 até 1.958,10 9,00% De 1.958,11 até 3.916,20 11,00 % A guia da Previdência passa ter valor mínimo de recolhimento de R$ 10 Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil, reduziu o valor mínimo de recolhimento para a Previdência Social. Dessa forma, de R$ 29 passou a ser de R$ 10, o valor mínimo de preenchimento da Guia de Previdência Social (GPS). Com a redução, a Receita deu às contribuições previdenciárias o mesmo tratamento que os demais tributos. Atualmente, o valor mínimo do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), guia por meio da qual o contribuinte paga impostos ao Fisco também corresponde a R$ 10. 2 LEGISLAÇÃO FEDERAL Prazo obrigações acessórias A Instrução Normativa RFB nº 1.243, (DOU 1 de 27/1/2012), altera os prazos para o cumprimento de obrigações acessórias relativas aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, na situação que especifica. 2
Preço de transferência A Normativa RFB nº 1.233, (DOU 1 de 4/1/2012), dispõe sobre mecanismo de ajuste para fins de comprovação de preços de transferência na exportação, de forma a reduzir impactos relativos à apreciação da moeda nacional em relação a outras moedas, para o ano-calendário de 2011. PER/DCOMP O Ato Declaratório Executivo SUARA nº 1, (DOU 1 de 2/1/2012), aprova a versão 5.0 do PGD PER/DCOMP. DCTF O Ato Declaratório Executivo CODAC Nº - 99, (DOU de 2/1/2012), dispõe sobre o preenchimento da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), em relação a fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2007. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA Ações ordinárias no TST obrigatoriedade de inscrição das parte no CPF ou CNPJ O Ato TST nº 3, (DJe TST de 30/1/2012 - Rep. DJe TST de 31/1/2012), dispõe sobre a obrigatoriedade, na autuação das ações originárias de competência do Tribunal Superior do Trabalho, do registro do número de inscrição das partes no cadastro de pessoas físicas ou jurídicas mantido pela Receita Federal do Brasil. Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT A Instrução Normativa SIT nº 96, (DOU 1 de 17/1/2012), dispõe sobre procedimentos para a divulgação e fiscalização do cumprimento da legislação do Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT. Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas - CNDT A Resolução Administrativa TST nº 1.470, (DJe TST de 30/8/2011 - Rep. DJe TST de 22/12/2011 - Rep. DJe TST de 3/1/2012 - Rep. DJe TST de 5/1/2012), regulamenta a expedição da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas - CNDT e dá outras providências. Declaração da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS A Portaria MTE nº 7, (DOU 1 de 4/1/2012), aprova instruções para a Declaração da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS ano-base 2011. 4 LEGISLAÇÃO NOS ESTADOS SÃO PAULO DARE-SP. A Portaria CAT nº 11, (DOE SP de 28/1/2012), altera a Portaria CAT nº 125, de 9/9/2011, que institui o Sistema Ambiente de Pagamentos e o Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais - DARE-SP. Cadastro de Contribuintes do ICMS A Portaria CAT nº 7, (DOE SP de 20/1/2012), altera a Portaria CAT nº 95/2006, de 24/11/2006, que dispõe sobre a suspensão, cassação e nulidade da eficácia da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS e dá outras providências. Obrigações principais e acessórias - Regime especial A Portaria CAT nº 6, (DOE SP de 20/1/2012), disciplina o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao regime especial previsto no Decreto nº 57.608, de 12 de dezembro de 2011. Tabela Prática para Cálculo dos Juros de Mora A Comunicado DA nº 8, (DOE SP de 11/1/2012), divulga a Tabela Prática para Cálculo dos Juros de Mora aplicáveis até 29 de fevereiro de 2012 para os débitos de Multas Infracionais do ICMS. Taxa de juros de mora O Comunicado DA nº 6, (DOE SP de 11/1/2012), divulga o valor da taxa de juros de mora aplicável de 1º a 29 de fevereiro de 2012 para os débitos de ICMS e Multas Infracionais do ICMS. RIO DE JANEIRO Incentivos e Benefícios de natureza tributária A Portaria ST nº 651, (DOE RJ de 3/5/2010 - Ret. DOE RJ de 19/1/2012), atualiza o Manual de Diferimento, Ampliação 3
de Prazo de Recolhimento, Suspensão e de Incentivos e Benefícios de natureza tributária. ICMS O Decreto nº 43.425, (DOE RJ de 17/1/2012), disciplina a cobrança do ICMS devido em razão da fruição cumulativa do regime de tributação diferenciado de que trata o Decreto nº 40.016/2006 com os incentivos a que se referem o Decreto nº 36.453/2004 e a Lei estadual nº 4.173/2003 e estabelece a opção a ser realizada pelo contribuinte interessado em um dos dois benefícios. MINAS GERAIS Direito empresarial A Resolução RP/JUCEMG nº 2, (DOE MG de 31/1/2012), aprova os novos Entendimentos em matéria de Direito Empresarial para análise de processos e autenticação de livros mercantis submetidos à Jucemg. 5 SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA Solução de Divergência COSIT nº 1, (DOU 1 de 31/1/2012) ASSUNTO: Obrigações Acessórias EMENTA: Durante o curso de ação judicial em que se discute a obrigação previdenciária, a Gfip deve ser preenchida normalmente, de modo a evidenciar o valor da contribuição devida de acordo com a lei, e não aquele do qual a empresa se julga devedora. A decisão judicial liminar, favorável ao contribuinte, não dispensa o cumprimento de obrigações acessórias, mas apenas suspende a exigibilidade do crédito tributário enquanto se analisam as razões do pedido ou do recurso. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, art. 32; Instrução Normativa RFB nº 880, de 16 de outubro de 2008, Anexo Único; Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 - Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, arts. 471 a 476-A. Solução de Divergência COSIT nº 27, (DOU 1 de 5/1/2012) Assunto: Imposto Sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ementa: Dedução de Despesa com Contribuições a Entidades de Previdência Privada. As contribuições efetuadas a entidades de previdência privada são dedutíveis na determinação do lucro real, na medida em que forem pagas ou incorridas, obedecidas as condições e os limites estabelecidos na legislação. Dispositivos Legais: Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso V; Lei nº 9.532, de 1997, art. 11; e RIR/99, arts. 299 e 361. Assunto: Contribuição Social Sobre O Lucro Líquido - CSLL Ementa: Dedução de Despesa com Contribuições a Entidades de Previdência Privada. As contribuições efetuadas a entidades de previdência privada são dedutíveis na determinação da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, na medida em que forem pagas ou incorridas, obedecidas as condições e os limites estabelecidos na legislação. Dispositivos Legais: Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso V; Lei nº 9.532, de 1997, art. 11; e RIR/99, arts. 299 e 361. 4
Expediente Executivos João Alfredo Branco Responsável pela Publicação Oswaldo Vieira Guimarães Equipe Técnica Maristela de Almeida Guimarães Rogério de Almeida Guimarães Revisão Rogério H. Jönck Diagramação FQ&G artes O Informativo Tributário é editado mensalmente pela Deloitte Touche Tohmatsu, uma das maiores empresas internacionais de Auditoria e Consultoria, presente em mais de 140 países. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento em banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos de cada Informativo Tributário são terminantemente proibidos sem autorização por escrito dos titulares dos direitos autorais. Escritórios São Paulo Rua José Guerra, 127 04719-030 São Paulo SP Telefone: 55 11 5186-1000 Fax: 55 11 5181-2911 São Paulo Rua Alexandre Dumas, 1981 04717-906 São Paulo SP Telefone: 55 11 5186-1000 Fax: 55 11 5185-2911 Belo Horizonte Rua Paraíba, 1.122-20º e 21º andares 30130-141 Belo Horizonte MG Telefone: 55 31 3269-7400 Fax: 55 31 3269-7470 Brasília SAS Quadra 1 - Bloco M Edifício Libertas - salas 405/406 70070-010 Brasília DF Telefone: 55 61 6224-3924 Fax: 55 61 3226-6087 Campinas Avenida Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 5º andar 13091-611 Campinas SP Telefone: 55 19 3707-3000 Fax: 55 19 3707-3001 Curitiba Rua Pasteur, 463-5º andar 80250-080 Curitiba PR Telefone: 55 41 3312-1400 Fax: 55 41 3312-1470 Fortaleza Av. Desembargador Moreira, 2.120 salas 201 a 204 60170-002 Fortaleza CE Telefone: 55 85 3264-7050 Fax: 55 85 3264-7055 Joinville Rua Dona Francisca, 260-15º andar 89201-250 Joinville SC Telefone: 55 47 3025-5155 Fax: 55 47 3025-5155 Porto Alegre Av. Carlos Gomes,403-11º e 12º andar 90480-003 Porto Alegre RS Telefone: 55 51 3327-8800 Fax: 55 51 3328-3031 Recife Rua Padre Carapuceiro, 733-11º andar 51020-280 Recife PE Telefone: 55 81 3464-8100 Fax: 55 81 3464-8101 Rio de Janeiro Av. Presidente Wilson, 231-8º e 22º andares 20030-021 Rio de Janeiro RJ Telefone: 55 21 3981-0500 Fax: 55 21 3981-0600 Salvador Av. Tancredo Neves, 450-29º andar - Ed.Suarez Trade 41819-900 Salvador BA Telefone: 55 71 2103-9400 Fax: 55 71 2103-9440 5
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