n. 238 - abril 2016 Departamento de Informação Tecnológica



Documentos relacionados
VAMOS FALAR SOBRE O NOVO CÓDIGO FLORESTAL

Avaliação econômica da floresta nativa em propriedades rurais, em face do novo Código Florestal

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador JORGE VIANA

O NOVO CÓDIGO FLORESTAL

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. INSTRUÇÃO NORMATIVA No 5, DE 25 DE MARÇO DE 2009

O NOVO CÓDIGO FLORESTAL

ANÁLISE DOCUMENTAL (CHECK LIST)

Síntese das Propostas sobre o Código Florestal

IN 05 - Averbação de Área de Manutenção Florestal e/ou Compensação Ambiental

Perguntas Frequentes Edital de Seleção Pública nº 2014/005 - Redes ECOFORTE

O NOVO CÓDIGO FLORESTAL E A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL A Lei /12 e a MP 571/2012 frente à Constituição de 1988

1.1.1 SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE

Financiamento ao Fomento Florestal

Princípios e Aplicações do Novo Código Florestal. Princípios da legislação

RESOLUÇÃO Nº º As contas de depósitos de que trata este artigo:

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO DE REFORMA AGRÁRIA INCRA Superintendência Regional do Rio Grande do Sul

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA: EXPRESSÃO

GLEBA LEGAL. PROVIMENTO 07/2005-CGJ e artigo 527 e seguintes da CNNR

MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA UTILIZAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO

PREFEITURA MUNICIPAL DE POMPÉU PRAÇA GOVERNADOR VALADARES, 12 CENTRO FONE: (37) FAX: (37) POMPÉU/MG

DIAS E HORÁRIO DE ATENDIMENTO PARA A MATRÍCULA: DOCUMENTOS PARA MATRÍCULA E PARA COMPROVAÇÃO DAS POLÍTICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS

Resolução nº 5063, de 30 de março de 2016

DIREITO AMBIENTAL. Código Florestal Lei nº /12. Cadastro Ambiental Rural CAR Parte 2. Prof. Rodrigo Mesquita

FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE ABERTURA DE PROCESSO - FAP EMPREENDIMENTO: LINHAS DE TRANSMISSÃO

O NOVO CÓDIGO FLORESTAL E AS AÇÕES QUE SERÃO ADOTADAS NO RIO DE JANEIRO

PAT PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 24, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2015.

1. OBJETIVO Prestar atendimento ao cidadão de maneira rápida, eficiente e eficaz, de acordo com os requisitos especificados pelo cliente.

RESOLUÇÃO N Altera e consolida as normas relativas à abertura, manutenção e movimentação de contas de depósitos.

11-0> PORTARIA Nº , DE 8 DE SETEMBRO DE 2006

INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 005/2014 EXCLUSÃO DE TRECHOS RODOVIÁRIOS PELO SISTEMA RODOVIÁRIO ESTADUAL

REGISTRO DE ESTABELECIMENTO E DE PRODUTOS NO MAPA COM INSCRIÇÃO ESTADUAL DE PRODUTOR RURAL

TERMO DE REFERÊNCIA. Seleção de áreas para restauração em Jundiaí, SP.

Perguntas Frequentes Licenciamento Ambiental

SECRETARIA ESPECIAL DE AQUICULTURA E PESCA SEAP

LEI MUNICIPAL N 4.774, DE 13 DE JUNHO DE 2013.

Ministério da Educação Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas em Educação - INEP CONCEITO PRELIMINAR DE CURSOS DE GRADUAÇÃO

CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES AMBIENTAIS

ART: CONCEITOS BÁSICOS DA EMISSÃO E BAIXA

DIREITO AMBIENTAL. Código Florestal Lei nº /12. Cadastro Ambiental Rural CAR Parte 1. Prof. Rodrigo Mesquita

DELIBERAÇÃO CEE Nº 350, de 23 de junho de 2015

Siglas deste documento:

RESOLUÇÃO Nº 019/ SEMA

INFORMAÇÃO BÁSICA PARA EDIFICAÇÕES

Município de Vitória da Conquista/BA

EDITAL PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA APP

REGULAMENTAÇÃO DO SUCO E POLPA DE FRUTAS ARTESANAIS. Audiência Pública

Resumo da Lei nº8080

Parcelamento. Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional -PGFN Receita Federal do Brasil - RFB

Revisão da poligonal da área do porto organizado de Maceió AUDIÊNCIA PÚBLICA

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

UNIDADE DE GESTÃO DE DEFESA DE INTERESSES GDI

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA PROCESSO SELETIVO BAAE I AUXÍLIO ALUGUEL AUXÍLIO ESTÁGIO MORADIA ESTUDANTIL

CONSIDERAÇÕES SOBRE O NOVO MARCO FLORESTAL E A LEI DE REGISTROS PÚBLICOS

Orientações Para o Preenchimento do Formulário de Inscrição Preliminar dos Projetos

ATENÇÃO: OS DIAS E HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO PARA COMPROVAÇÃO DAS BOLSAS DO PROUNI PARA O 2º SEMESTRE DE 2014 NA FEAD SERÃO:

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE AMAMBAI GABINETE DO PREFEITO

Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA PRÓ-REITORIA DE ENSINO DIRETORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS

DECRETO Nº 6.830, DE 27 DE ABRIL DE 2009 (DOU )

COMO PARTICIPAR DE LICITAÇÕES DE ORGÃOS E ENTIDADES FEDERAIS

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES

Pagamento de convénios/títulos com débito em conta corrente

EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SNC FUNDOS Nº 02/11 Prazo: 18 de julho de 2011

Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal Catarinense

SISTEMA NACIONAL DE CULTURA AS VANTAGENS DO SNC PARA OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS

MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. RESOLUÇÃO CNSP N o 249, de 2012.

1) Qual a resolução que dispõe sobre a notificação da autuação e defesa da autuação?

CADASTRAMENTO DE CONSIGNATÁRIAS NOVA SISTEMÁTICA

OPERAÇÃO ARCO VERDE. Programa de Agrobiodiversidade da Reforma Agrária. Brasília, fevereiro de 2010 OBJETIVO GERAL

Minuta de Anteprojeto Lei que regulamenta o CAR, Programa de Regularização Ambiental - PRA, a... e objetivos, no Estado d...

NORMA TÉCNICA 34/2014

BOLETIM INFORMATIVO. Aprovada Lei que Regulamenta Loteamentos Fechados no Distrito Federal

[Digite aqui] GUIA PARA OS CMDCAS A RESPEITO DA RESOLUÇÃO 164/2014

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Pró-Reitoria de Graduação Diretoria de Processos Seletivos ANEXO I

ESTADO DE SÃO PAULO. PROGRAMA DE AÇÃO CULTURAL PROAC ICMS COMISSÃO DE ANÁLISE DE PROJETOS - CAP INSTRUÇÃO NORMATIVA CAP nº 01/2013

Ministério da Educação - MEC Secretaria de Educação Superior - SESu Sistema de Seleção Unificada - Sisu Termo de Adesão - 1ª edição de 2015

LICENÇA DE OPERAÇÃO - LO

DECLARAÇÃO PARA CADASTRO DE IMÓVEIS RURAIS DADOS PESSOAIS E DE RELACIONAMENTOS

CENTRAIS GERADORAS FOTOVOLTAICAS.

POLÍTICA DO PROGRAMA SENAC DE GRATUIDADE PSG

PARECER TÉCNICO N.º 014/SCM/2013 Processo ANP Nº /

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Ministério da Educação Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 001/2011

CONTABILIDADE DOS REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA Perguntas & Respostas

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01, DE 25 DE março DE 2015.

RESOLUÇÃO CNSP Nº 30, DE 2000.

AVALIAÇÃO DE LINHAS PÚBLICAS DE CRÉDITO PARA RESTAURAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) E DE RESERVA LEGAL (RL)

DOCUMENTOS PARA OBTER PRIMEIRO CREDENCIAMENTO; AUTÔNOMO PESSOA FÍSICA: MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL:

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR INSTRUÇÃO Nº 13, DE 11 DE MAIO DE 2006.

TERMO DE REFERÊNCIA Impermeabilização da laje de cobertura do prédio principal FÁBRICAS DE CULTURA

PARCELAMENTO DE TRIBUTOS ESTADUAIS

ADVERTÊNCIA Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União

NORMA OPERACIONAL DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NOB/SUAS

Cartão de Pagamento de Defesa Civil / CPDC

(Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) O Congresso Nacional decreta:

PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO NORMATIVA QUE INSTITUI A LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 8.677, DE 13 DE JULHO DE 1993

Transcrição:

n. 238 - abril 2016 Departamento de Informação Tecnológica Av. José Cândido da Silveira, 1.647 - União - 31170-495 Belo Horizonte - MG - site: www.epamig.br - Tel. (31) 3489-5000 Cadastro Ambiental Rural para a agricultura familiar 1 Margarete Marin Lordelo Volpato 2 Tiago Henrique da Silva 3 Luís Antônio Coimbra Borges 4 Maria das Graças Paula 5 Helena Maria Ramos Alves 6 INTRODUÇÃO O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro eletrônico de alcance nacional junto ao órgão ambiental competente no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima). O CAR foi criado no Código Florestal, Lei n o (BRA- SIL, 2012b), sendo obrigatório para todos os imóveis rurais. Tem como finalidade integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais e compor uma base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. Diferentemente de outros cadastros já existentes, é composto também de informações georreferenciadas, isto é, informações das coordenadas geográficas (PETERS; PANASOLO, 2014). O CAR será exigido para qualquer movimentação econômica que envolva a propriedade rural, inclusive para obtenção de crédito, fato que pode afetar justamente a parcela que ainda não regularizou os imóveis e que mais precisa de financiamento, o agricultor familiar. O objetivo desta Circular Técnica é informar ao agricultor familiar sobre: definições, documentações, etapas para inscrição no CAR em regime simplificado, prazos, vantagens e desvantagens. CADASTRO AMBIENTAL RURAL O CAR foi criado com a finalidade de identificar e cadastrar os imóveis rurais no Brasil, seus proprietários e possuidores, juntando e unificando as informações de natureza ambiental dos referidos imóveis. Neste são registradas informações sobre as Áreas de Preservação Permanente (APPs), as áreas de Reserva Legal (RL), as florestas e os remanescentes de vegetação nativa, as áreas de uso restrito e áreas de uso consolidado das propriedades e posses rurais (PETERS; PANASOLO, 2014). Pode-se, ainda, afirmar que o CAR tem como fundamento o georreferenciamento do imóvel rural, que consiste na utilização de coordenadas geográficas obtidas a partir de imagens de satélite e/ou captadas com Sistema de Posicionamento Global - Global Positioning System (GPS) para a delimitação do imóvel e ocupação do solo. O produto final do CAR é equivalente a uma radiografia que expõe as formas de ocupação do solo, dos remanescentes de vegetação nativa e dos passivos ambientais pelo produtor rural (OLIVEIRA et al., 2014). O CAR pode ser entendido como um instrumento administrativo de registro e controle das obrigações ambientais essenciais relacionadas com os imóveis rurais (ORTEGA, 2011). 1 Circular Técnica produzida pela EPAMIG Sul, (35) 3821-6244, epamigsul@epamig.br 2 Eng a Florestal, D.Sc., Pesq. EPAMIG Sul - CELA, Lavras, MG, margarete@epamig.br 3 Graduando Eng. Ambiental UFLA, Lavras, MG, tiago.03@hotmail.com 4 Prof. D.Sc., UFLA - Depto. Ciências Florestais, Lavras, MG, luis.borges@dcf.ufla.br 5 Prof a. D.Sc., UFLA - Depto. Direito, Lavras, MG, paula@dir.ufla.br 6 Eng a Agr a, D.Sc., Pesq. EMBRAPA Café, Lavras, MG, helena.alves@embrapa.br

2 Conforme art. 29 da Lei n o (Código Florestal) (BRASIL, 2012b), após a validação das informações inseridas no sistema, será gerado um demonstrativo da situação ambiental da propriedade ou posse rural, que poderá ser considerado regular em relação às áreas de interesse ambiental ou, caso apareça algum passivo, será considerado irregular. Estando pendente de regularização, o proprietário ou possuidor rural poderá aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), firmando Termo de Compromisso para adequação à legislação ambiental (PETERS; PANASOLO, 2014). O PRA compreende o conjunto de ações ou iniciativas a ser desenvolvidas por proprietários e posseiros rurais com o objetivo de adequar os imóveis à legislação florestal e promover sua regularização ambiental, conforme o art. 9 o do Decreto n o 7.830/2012 (BRASIL, 2012a). Quanto à natureza do CAR, cumpre esclarecer que não se trata de um licenciamento. É um ato declaratório de acordo com o art. 6 o, Decreto n o 7.830/2012 (BRASIL, 2012a) que todo proprietário, possuidor rural, ou representante legalmente constituído deve fazer no prazo de 1 (um) ano, art. 6 o, 2 o do Decreto n o 7.830/2012 (BRASIL, 2012a) contado a partir do dia 6 de maio de 2014, quando foi implantado, conforme o art. 64 da Instrução Normativa n o 2/2014 do Ministério do Meio Ambiente (MMA) (BRASIL, 2014; OLIVEIRA et al., 2014). Este prazo de inscrição no CAR foi, então, prorrogado por 1 (um) ano, contado a partir de 5 de maio de 2015, conforme Portaria n o 100/2015 (BRASIL, 2015). obrigatória, como na emissão de Cota de Reserva Ambiental (CRA). As informações prestadas no sistema CAR serão analisadas pelo órgão ambiental local responsável e poderão ser checadas em trabalho de campo. Caso seja constatada falsidade ou omissão, poderá o declarante sofrer sanções em âmbito penal e administrativo, conforme destacado no art. 7 o do Decreto n o 7.830/2012 (BRASIL, 2012a; OLIVEIRA et al., 2014). O tamanho do módulo fiscal citado no Código Florestal varia em cada município brasileiro, esta unidade de medida é expressa em hectares conforme tabela do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Para fins de inscrição no CAR e adesão eventual ao PRA, deverá levar em conta o tamanho do imóvel de acordo com o Quadro 1 (PETERS; PANASOLO, 2014). QUADRO 1 - Classificação do imóvel rural por tamanho Tamanho Pequena propriedade rural ou posse: com área de até 4 (quatro) módulos fiscais, incluindo aquelas descritas nos termos do inciso V do art. 3 o da Lei n o Média propriedade ou posse com área superior a 4 (quatro) até 15 (quinze) módulos fiscais Grande propriedade ou posse com área superior a 15 (quinze) módulos fiscais FONTE: Peters e Panasolo (2014). Previsão legal Art. 2 o, inciso I, letra a da Instrução Normativa n o 2/2014 Art. 2 o, inciso I, letra b da Instrução Normativa n o 2/2014 Art. 2 o, inciso I, letra c da Instrução Normativa n o 2/2014 OBRIGATORIEDADE DO CAR O CAR deverá contemplar os dados do proprietário, possuidor rural ou responsável direto pelo imóvel rural, conforme dispõem o art. 5 o do Decreto n o 7.830/2012 (BRASIL, 2012a) e art. 13 e seguintes da Instrução Normativa n o 2/2014 (BRASIL, 2014). A inscrição no CAR será realizada unicamente por meio eletrônico. Também os documentos relativos ao imóvel poderão ser encaminhados por via digital (PETERS; PANASOLO, 2014). Com a implantação do CAR, a averbação no Registro de Imóveis passou a ser facultativa. Contudo, ainda existem casos em que a averbação é REGIME SIMPLIFICADO PARA INSCRIÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR NO CAR Para a inscrição dos imóveis pertencentes aos pequenos proprietários ou possuidores rurais que têm sua atividade voltada para a agricultura familiar o legislador previu um tratamento diferenciado e procedimento simplificado, conforme determina o art. 55, da Lei n o (Código Florestal) (BRASIL, 2012b; PETERS; PANASOLO, 2014). De acordo com o art. 55 da Lei n o (Código Florestal) (BRASIL, 2012b) e art. 8 o do Decreto n o 7.830/2012 (BRASIL, 2012a), a inscrição no CAR dos imóveis enquadrados como pequena propriedade ou posse rural familiar 7, observará procedi- 7 A pequena propriedade ou posse rural familiar é aquela explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar rural, incluindo os assentamentos e projetos de reforma agrária, com área de até 4 (quatro) módulos fiscais com base na Lei n o 11.326/2006 (BRASIL, 2006) no art. 3 o, inciso V, da Lei n o (BRASIL, 2012b).

3 mento simplificado, no qual será obrigatória apenas a identificação do proprietário ou possuidor rural, a comprovação da propriedade ou posse e a apresentação de croqui que indique o perímetro do imóvel, as Áreas de Preservação Permanente e os remanescentes que formam a Reserva Legal. Para o registro no CAR da RL, da pequena propriedade ou posse rural familiar, o proprietário ou possuidor apresentará os dados identificando a área proposta de RL, cabendo aos órgãos competentes integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), ou instituição por ele habilitada, realizar a captação das respectivas coordenadas geográficas. O registro da RL na pequena propriedade ou posse rural familiar é gratuito, devendo o Poder Público prestar apoio técnico e jurídico, sendo facultado ao proprietário ou possuidor fazê-lo por seus próprios meios, conforme art. 8 o, 2 o, do Decreto n o 7.830/2012 (BRASIL, 2012a) e parágrafo único do art. 53 da Lei n o (Código Florestal) (BRASIL, 2012b). Ao efetuar a inscrição no CAR, o proprietário ou possuidor rural deverá considerar como imóvel rural a totalidade da área contígua que possuir e que estiver explorando de forma semelhante, não importando se a área estiver dividida em várias matrículas, se for cortada por uma estrada, se pertencer a mais de um município, ou ainda se parte desse imóvel seja uma posse não registrada em matrícula. Assim, deve-se cadastrar a área total do imóvel rural como uma única propriedade ou posse. No Quadro 2 encontram-se as hipóteses de procedimentos simplificados para a inscrição no CAR das pequenas propriedades ou posse rural familiar, a legislação dispensa o proprietário ou o possuidor de apresentar planta e memorial descritivo, conforme 1 o, inciso III, do art. 29, da Lei n o (Código Florestal) (BRASIL, 2012b). Para inscrição no CAR será necessário o produtor apresentar alguns documentos conforme orientação de Peters e Panasolo (2014): a) identificação do proprietário ou possuidor rural: - nome do proprietário ou possuidor rural, nome da mãe, CPF, data e local de nascimento; b) comprovação da propriedade ou posse rural: - propriedade: nome da propriedade, área em hectares, qualquer um dos seguintes tipos de documentos: contrato de Compra e Venda, Escritura ou Certidão de Registro do Imóvel, - posse: nome do possuidor (es), área em hectares, qualquer um dos seguintes tipos de documentos: autorização de Ocupação, Carta de Anuência, Concessão Real de Direito de Uso, Contrato de Alienação de Terras Públicas, Contrato de Assentamento do Órgão Fundiário (Estadual ou Federal), Contrato de Concessão de QUADRO 2 - Hipóteses de procedimento simplificado para inscrição no CAR Hipóteses Condição Previsão legal Exigências Benefícios Pequena propriedade ou posse rural com até 4 (quatro) módulos fiscais Desenvolvimento de atividades agrossilvipastoris Identificação do titular O Poder Público deverá prestar assistência técnica e jurídica para georreferenciar o imóvel Pequena propriedade ou posse rural Terras indígenas Áreas de Comunidades Tradicionais Áreas de Assentamentos de Reforma Agrária FONTE: Peters e Panasolo (2014). Desenvolvimento de Agricultura Familiar Demarcadas Titulo com uso coletivo do solo Imóveis destinados à Reforma Agrária Art.53 da Lei e art. 8 o do Decreto 7.830/2012 Comprovação da posse ou propriedade Croqui indicando o perímetro do imóvel, as APPs que formam a RL Gratuidade total do registro da RL Gratuidade total do registro da RL

4 Domínio de Terras Públicas, Contrato de Concessão de Terras Públicas; Contrato de Promessa de Compra e Venda, Contrato de Transferência de Aforamento, Declaração de Assentamento Municipal, Declaração de confrontantes, Declaração do Sindicato Rural ou Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Licença de Ocupação, Termo de Autodeclaração, Termo de Doação, Título de Domínio, Título de Propriedade Sob Condição Resolutiva, Título de Reconhecimento de Domínio, Título Ratificação, Título Definitivo Transferido, com Anuência do Órgão Fundiário (Estadual ou Federal), Título Definitivo Sujeito a Re-ratificação e Título Definitivo, com Reserva Florestal em Condomínio; c) croqui indicando o perímetro do imóvel, as APPs e os remanescentes que formam a RL. REQUISITOS PARA SE CADASTRAR NO CAR Na etapa de cadastramento no CAR, o pequeno agricultor poderá ter dificuldade técnica. Para mais segurança, o agricultor deve procurar preferencialmente o órgão ambiental municipal ou estadual para realizá-lo. O cadastrante é a pessoa que preenche os formulários, podendo ser o próprio proprietário/possuidor ou qualquer pessoa que se julgue apta a realizar o cadastro. A única exigência é que tenha mais de 18 anos de idade. É importante esclarecer que a responsabilidade pela declaração é do proprietário/possuidor e não do cadastrante. Como exemplo: para fazer a declaração do imposto de renda, a pessoa física ou jurídica contrata um profissional competente, no entanto, o responsável pelos dados é a própria pessoa física ou jurídica, o mesmo ocorre no caso do cadastro do CAR. Para iniciar o processo de inscrição é preciso acessar o site do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) 8. Por este endereço eletrônico, o cadastrante deverá baixar o Módulo de Cadastro (aplicativo que permite a inscrição no CAR) referente ao Estado onde o imóvel rural se localiza (NASCIMENTO et al., 2014). De acordo com o 1 o, do art. 29 da Lei n o (Código Florestal) (BRASIL, 2012b), a inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou estadual, que, nos termos do regulamento, exigirá do proprietário ou possuidor rural. Peters e Panasolo (2014) ressaltam que a inscrição no CAR é condição necessária para adesão ao PRA, com a celebração dos Termos de Compromisso, o atraso do cadastro prejudica o PRA. Após a finalização do cadastro e a emissão do protocolo de preenchimento, inicia-se a segunda etapa da inscrição, que consiste no envio da declaração ao receptor nacional Sicar, visando à emissão do recibo de inscrição no CAR. Mediante o ato de inscrição no CAR e emissão do recibo de inscrição pelo Sicar, fica garantido o cumprimento da obrigatoriedade da inscrição. O recibo é comprovante para solicitação de crédito agrícola perante instituições financeiras (art. 29, 3 o, e art. 78-A da Lei n o (Código Florestal) (BRASIL, 2012b). É importante observar que, mesmo após o envio do CAR para o módulo receptor, o proprietário, possuidor ou cadastrante poderá retificá-lo, até que os órgãos competentes iniciem a análise da respectiva declaração (MORAES FILHO et al., 2014). No Quadro 3 são apresentados os prazos que devem ser observados para o preenchimento dos requisitos da Legislação Florestal. CONSEQUÊNCIAS AO OMITIR A INSCRIÇÃO NO CAR a) o proprietário ou possuidor rural poderá sofrer sanções administrativas, como, por exemplo, advertências e multas, além da proibição de obter licenças e autorizações ambientais e florestais; b) impossibilidade de cômputo das APPs no cálculo do porcentual da RL do imóvel; c) proibição de realizar atividades relacionadas com a prática da aquicultura e a infraestrutura física diretamente a esta associada nos imóveis rurais; d) proibição de suprimir a vegetação nativa para uso alternativo do solo, tanto de domínio público como de domínio privado; e) proibição do proprietário ou possuidor rural em aderir ao PRA, que visa regularizar, no âmbito ambiental, as atividades desenvolvi- 8 Acessar: http://www.car.gov.br

5 QUADRO 3 - Prazos que devem ser observados na Lei Florestal Hipótese Prazo Responsabilidade Previsão legal Para implementar o CAR Não há prazo estabelecido na legislação Poder Público e Órgãos Ambientais Estaduais e Municipais Não há Para se inscrever no CAR Para implementar o PRA Para aderir ao PRA 1 (um) ano contado a partir de 6/5/2014, prorrogável por mais um ano 1 (um) ano, prorrogável por mais um ano, a contar de 28/5/2012 1 (um) ano contado a partir de 6/5/2014, prorrogável por mais um ano Proprietários ou possuidores de imóveis rurais União, Estados e Distrito Federal Proprietários e possuidores de imóveis rurais Art.29, 3 o, da Lei n o e Instrução Normativa n o 2/2014 Art.59, da Lei n o Art.59, 2 o, da Lei n o, e Decreto n o 8235/2014 Para suspensão de crédito agrícola por falta de inscrição no CAR 5 (cinco) anos, a partir de 28/5/2012 Instituições Financeiras e Bancos Art. 78-A, da Lei n o Para iniciar a recomposição de Reserva Legal Para terminar a recomposição da Reserva Legal 2 anos a contar de 28/5/2012 (data de publicação da Lei n o ) 20 anos (1/10 a cada dois anos), a contar de 28/5/2012 (data de publicação da Lei n o ) Proprietários ou possuidores de imóvel rural Proprietários ou possuidores de imóvel rural Art. 17, 4 o, da Lei n o Art.66, 2 o, da Lei n o Para elaboração e preservação do Zoneamento Ecológico - Econômico FONTE: Peters e Panasolo (2014). 5 (cinco) anos, a contar de 28/5/2012 Estados membros Art.13, inciso II, 2 o, da Lei n o das e implementadas no imóvel rural de forma prioritária à manutenção e recuperação de APPs, de áreas de RL e de uso restrito, e à compensação da RL; f) impossibilidade de suspensão da exigibilidade das sanções pecuniárias decorrentes das infrações ambientais e da punibilidade dos crimes previstos nos arts. 38, 39 e 48 da Lei n o 9.605/1998 (BRASIL, 1998), ao proprietário ou possuidor rural, quando da adesão no PRA e assinatura do Termo de Compromisso para a regularização ambiental do imóvel rural; g) proibição de participar dos incentivos que institui o Programa de Apoio à Conservação do Meio Ambiente, como por exemplo, o pagamento ou incentivo a serviços ambientais como retribuição monetária; h) proibição da intervenção e supressão da vegetação em APPs e área de RL para as atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental; i) proibição da continuidade de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas de uso consolidado de APPs que já estavam sendo utilizadas em 22/7/2008; j) proibição de concessão de crédito agrícola após 5 (cinco) anos da data da publicação da nova Lei Florestal. As instituições financeiras só concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais que estejam inscritos no CAR. Para fins de concessão de crédito agrícola, cabe destacar que a data limite para inscrição no CAR é 28 maio de 2017, após esta data, as instituições financeiras estarão proibidas de conceder financiamento aos produtores rurais irregulares (PETERS; PANASOLO, 2014).

6 VANTAGENS DA INSCRIÇÃO NO CAR a) simplificação do processo de regularização ambiental do imóvel rural, por ser um instrumento mais prático do que o sistema cartorial adotado até 2012; b) comprovação da regularidade ambiental, demonstrando o compromisso do produtor com o cumprimento de suas obrigações ambientais; c) segurança jurídica do produtor, ao se estabelecerem prazos para recuperar os passivos ambientais das APPs, área de uso restrito e RL do imóvel; d) suspensão de multas e outras sanções penais, em função do compromisso assumido na recuperação das áreas protegidas por meio da adesão ao PRA e assinatura do Termo de Compromisso. Enquanto o Termo estiver sendo cumprido, o proprietário ou possuidor não poderá ser autuado por infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação em APP, área de uso restrito e RL (art. 12 e 13, Decreto n o 7.830/2012); e) acesso ao crédito agrícola, com a possibilidade de obter financiamento agrícola com taxas de juros menores para atender iniciativas de preservação voluntária, bem como obter limites e prazos maiores de pagamentos e contratar seguro agrícola em melhores condições; f) apoio do Poder Público por meio de ações de assistência técnica e extensão rural, produção e distribuição de sementes e mudas, e educação ambiental; g) possibilidade de conquista de certificações de produtos agrícolas ou florestais, garantindo maior competitividade de mercado, por assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural; h) possibilidade de regularização das APPs, áreas de uso restrito e RL em áreas de uso antrópico consolidadas até 22 de julho de 2008, sendo que, para a RL, é permitida a recuperação progressiva e escalonada, a ser concluída em até 20 anos, em no mínimo 1/10 da RL a cada 2 anos, mediante o PRA; i) possibilidade de comercializar CRA pelo proprietário ou possuidor do imóvel rural que mantiver a RL conservada em área superior aos porcentuais exigidos no Código Florestal. APOIO TÉCNICO PARA INSCRIÇÃO EM COTAS DE RESERVA AMBIENTAL a) Superintendências Regionais de Regularização Ambiental (Suprams); b) Núcleos Regionais de Regularização Ambiental (NRRA); c) Instituto Estadual de Florestas (IEF); d) Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg); e) Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg); f) Sindicatos Rurais; g) Prefeituras/Associação Mineira de Municípios (AMM); REFERÊNCIAS h) Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater -MG). BRASIL. Decreto n o 7.830, de 17 de outubro de 2012. Dispõe sobre o Sistema de Cadastro Ambiental Rural, o Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de caráter geral aos Programas de Regularização Ambiental, de que trata a Lei n o 12.651, de 25 de maio de 2012, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 18 out. 2012a. Seção 1, p.5. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/ Decreto/D7830.htm>. Acesso em: 9 jun. 2015. BRASIL. Lei n o 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 13 fev. 1998. Seção 1, p.1. Disponível em: <http://www. camara.gov.br/sileg/integras/614990.pdf>. Acesso em: 29 jan. 2016. BRASIL. Lei n o 11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 25 jul. 2006. Disponível em: <http://presrepublica.jusbrasil.com.br/ legislacao/95601/lei-11326-06>. Acesso em: 27 jan. 2016.

7 BRASIL. Lei n o 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis n os 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis n os 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória n o 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 28 maio 2012b. Seção 1, p.1. Disponível em: < http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/ lei/l12651.htm>. Acesso em: 10 nov. 2014. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instrução Normativa n o 2, de 5 de maio de 2014. Dispõe sobre os procedimentos para a integração, execução e compatibilização do Sistema de Cadastro Ambiental Rural-Sicar e define os procedimentos gerais do Cadastro Ambiental Rural-CAR. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 6 maio 2014. Seção 1, p.59. Disponível em: <http:// pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index. jsp?jornal=1&pagina=59&data 06/05/2014>. Acesso em: 9 jun. 2015. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Portaria n o 100, de 4 de maio de 2015. Prorroga o prazo estabelecido nos art. 29, 3 o, e art. 59, 2 o da Lei n o 12.651, de 25 de maio de 2012. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 5 maio 2015. Seção 1, p. 44. Disponível em: <http://www.meioambiente. mg.gov.br/images/stories/2015_arquivos/car/ MMA_Prorroga%C3%A7%C3%A3o_CAR.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2016. MORAES FILHO, L. O. M. et al. Curso de capacitação para o Cadastro Ambiental Rural (CapCar): apresentação do Sistema de Cadastro Ambiental Rural SICAR. Lavras: UFLA, 2014. 22p. (UFLA. Textos Temáticos). NASCIMENTO, R. C. et al. Curso de capacitação para o Cadastro Ambiental Rural (CapCar): sequência I de preenchimento do CAR. Lavras: UFLA, 2014. 36 p. (UFLA. Textos Temáticos). OLIVEIRA, A. L. et al. Curso de capacitação para o Cadastro Ambiental Rural (CapCar): linha do tempo CAR. Lavras: UFLA, 2014. 22 p. (UFLA. Textos Temáticos). ORTEGA, V. Apresentação realizada no Seminário Técnico de Avaliação das Iniciativas de CAR. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011. PETERS, E. L.; PANASOLO, A. Cadastro Ambiental Rural CAR & Programa de Regularização Ambiental PRA. 2. ed. rev. atual. Curitiba: Juruá, 2014. 184p. SISEMA. Cadastro Ambiental Rural- CAR. Belo Horizonte, 2015. 38p. Disponível em: <http://www7. fiemg.com.br/cms_data/contents/central/folders/ BibliotecaVirtual/~contents/58N24JL4P8T3TM84/07- Cadastro-Ambiental-Rural>. Acesso em: 11 nov. 2015. SISTEMA NACIONAL DE CADASTRO AMBIENTAL RURAL. Cadastro Ambiental Rural. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, [2015]. Disponível em: http://www.epamig.br, Publicações/Publicações disponíveis. Departamento de Informação Tecnológica