6.3.1. Controle de execução... 13



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Transcrição:

3 Sumário 1. INTRODUÇÃO... 4 2. INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO... 5 3. TIPOS DE FUNDAÇÕES... 6 4. BLOCOS E ALICERCES... 7 5. SAPATAS... 9 5.1 Sapatas isoladas... 9 5.2 Sapatas corridas... 10 5.3 Sapatas associadas... 10 5.4 Sapatas alavancadas... 10 6. ESTACAS PRÉ-MOLDADAS... 11 6.1. Estacas de madeira... 11 6.2. Estacas metálicas... 11 6.3. Estacas pré-moldadas de concreto... 11 6.3.1. Controle de execução... 13 7. ESTACAS BROCA... 14 7.1. Técnica Construtiva... 14 7.2. Cuidados Gerais na execução... 14 8. ESTACAS STRAUSS... 15 8.1. Técnica Construtiva... 15 8.2. Cuidados Gerais na execução... 16 9. RADIERS... 17 10. TUBULÕES... 18 10.1. Tubulões a céu aberto... 18 10.2. Tubulões com ar comprimido... 19 10.3. Controle de execução... 19 11. TABELA AUXILIAR... 21 12. CONCLUSÃO... 22 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS... 23

4 1. INTRODUÇÃO As fundações existentes, de uma forma geral em execuções de projetos de engenharia Civil, são elementos estruturais que tem o objetivo de transferir as cargas da estrutura ao terreno onde ela se apoia.no entanto as fundações devem ter resistência adequada para suportar os esforços solicitantes. O solo também necessita de resistência e rigidez, para não sofrer nenhuma ruptura e nem apresentar deformações exageradas ou diferenciais. Na escolha de uma fundação mais adequada para o projeto e execução, é necessário conhecer os esforços atuantes sobre a edificação, como características dos solos e elementos estruturais que formam as fundações. Sendo assim será feita a análise de qual tipo de fundação será utilizada, Limitações dos tipos de fundações disponíveis e restrições impostas (impacto, barulho, movimentação de terra). Fundações e condições técnicas dos edifícios vizinhos. Orçamento completo (material, mão de obra, transporte, etc.) das soluções e tipologias possíveis levando em conta a ordem crescente de complexidade e custos. O custo de uma fundação pode aumentar em casos em que a característica de resistência do solo são incompatíveis com os esforços que serão a ele transferido, nestas situações, elementos de fundação mais complexos são exigidos, podendo-se ter, inclusive, a necessidade de troca de solo, com reaterro e compactação. Muitas vezes trabalhos que geram custos não previstos inicialmente.

5 2. INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO Em grande parte dos casos, os estudos das características do subsolo do terreno a qual será executada a edificação se resume em simples sondagens de reconhecimento, mas levando em conta o porte da edificação, ou se as informações obtidas não forem satisfatórias, outros tipos de pesquisas poderão ser efetuados como: poços exploratórios, ensaio de palheta, ensaio de penetração contínua. Algumas características como o número de sondagens, posicionamento no terreno e a profundidade a ser atingida, são determinadas por um profissional capacitado, experiente e com embasamento legal em normas brasileiras. Após a execução das sondagens corretamente, as informações devem ser apresentadas em forma de relatório, que deverá conter as informações do solo avaliado. -Locação dos furos de sondagem;. -Determinação dos tipos de solo até profundidade de interesse do projeto; -Determinação das condições de compacidade, consistência e capacidade de carga de cada tipo de solo; -Determinação da espessura das camadas e avaliação da orientação dos planos que as separam; -Informação do nível do lençol freático. A junção desses dados coletados através da sondagem, desde que avaliados minuciosamente, servem de base para a escolha do tipo de fundação que se adaptará da melhor forma com as características do terreno estudado.

6 3. TIPOS DE FUNDAÇÕES As fundações são classificadas em diretas e indiretas, de acordo com a maneira de transferência de cargas da edificação para o solo onde ela está apoiada. As Fundações Diretas são aquelas que transferem as cargas para camadas de solo capazes de suportá-las, sem deformar exageradamente. Essa transmissão é feita através da base do elemento estrutural da fundação, considerando apenas o apoio da peça sobre a camada do solo, sento desprezada qualquer outra forma de transferência das cargas. As fundações diretas podem ser subdivididas em rasas e profundas. A fundação rasa se caracteriza quando a camada de suporte está próxima a superfície do solo, ou quando a cota de apoio é inferior à largura do elemento da fundação. Por outro lado a fundação é considerada profunda se as suas dimensões ultrapassam todos os limites acima mencionados. Fundações indiretas são aquelas que transferem as cargas do atrito lateral do elemento com o solo e por efeito de ponta, elas são sempre profundas, em função da forma de transmissão de carga para o solo (atrito latera) que exibe grandes dimensões dos elementos de fundação.

7 4. BLOCOS E ALICERCES Este tipo de fundação é utilizado quando atua-se pequenas cargas, um sobrado por exemplo. Os Blocos são elementos estruturais de grande rigidez, ligados por vigas baldrames. Suportam predominantemente esforços de compressão simples provenientes das cargas dos pilares. Os eventuais esforços de tração são absorvidos pelo próprio material do bloco. Podem ser de concreto simples, ou seja, não armado, alvenarias de tijolos comuns ou de pedra de mão argamassada ou não. Os alicerces, também denominados de blocos corridos, são utilizados na construção de pequenas residências e suportam as cargas provenientes das paredes resistentes, podendo ser de concreto, alvenaria ou de pedra. Processo de execução de um alicerce deve ser da seguinte maneira: 1. Escavação: executar a abertura da vala; 2. Promover a compactação da camada do solo resistente, apiloando o fundo; 3. Colocação de um lastro de concreto magro (90 kgf/cm2) de 5 a 10 cm de espessura; 4. Execução do embasamento, que pode ser de concreto, alvenaria ou pedra; 5. Construir uma cinta de amarração que tem a finalidade de absorver esforços não previstos, suportar pequenos recalques, distribuir o carregamento e combater esforços horizontais. A cinta de amarração pode ser de concreto armado, mas muitas vezes, utiliza-se a própria alvenaria como fôrma lateral; 6. Camada impermeabilizante: sua função é evitar a subida da umidade por capilaridade para a alvenaria de elevação; sua execução deve evitar descontinuidades que poderão comprometer seu funcionamento. São diversos os sistemas de impermeabilização empregados, sendo hoje muito comum o emprego de argamassas poliméricas ou mesmo emulsões asfálticas ou acrílicas. A impermeabilização deverá se estender pelo menos 10 cm para baixo do topo da alvenaria de embasamento. Cuidados a serem tomados:

8 vala. Verificar se há ocorrência de formigueiros e raízes de árvore no momento da escavação da Compatibilização da carga da parede X largura do alicerce, observando eventual distinção da largura dos alicerces para as diferentes paredes, e o uso adicional de brocas em pontos isolados, como reforço de fundação. Se o terreno estiver em declive, deve-se fazer o alicerce em escada. Deve-se atentar, na execução, com a cota do fundo e a limpeza da vala.

9 5. SAPATAS Diferente dos blocos, as sapatas não trabalham apenas à compressão simples, mas também à flexão, devendo, neste caso, serem executadas incluindo material resistente à tração. 5.1 Sapatas isoladas um conjunto de colunas. São aquelas que transmitem para o solo, através de sua base, a carga de uma coluna (pilar) ou Para construção de uma sapata isolada, são executadas as seguintes etapas: 1. Fôrma para o rodapé, com folga de 5 cm para execução do concreto magro ; 2. Posicionamento das fôrmas, de acordo com a marcação executada no gabarito de locação; 3. Preparo da superfície de apoio; 4. Colocação da armadura; 5. Posicionamento do pilar em relação à caixa com as armações; concreto; 6. Colocação das guias de arame, para acompanhamento da declividade das superfícies do 7. Concretagem: a base poderá ser vibrada normalmente, porém para o concreto inclinado deverá ser feita uma vibração manual, isto é, sem o uso do vibrador. Obs.: a etapa 3 compreende a limpeza do fundo da vala de materiais soltos, lama, o apiloamento com soquete ou sapo mecânico e a execução do concreto magro, que é um lastro de concreto com pouco cimento, com função de regularizar a superfície de apoio e não permitir a saída da água do concreto da sapata, além de isolar a armadura do solo. A vala deve ser executada com pelo menos 10 cm de folga a mais da largura da sapata para permitir o trabalho dos operários dentro dela.

10 5.2 Sapatas corridas São elementos contínuos que acompanham a linha das paredes, as quais lhes transmitem a carga por metro linear. Para edificações cujas cargas não sejam muito grandes, como residências, pode-se utilizar alvenaria de tijolos (neste caso, confunde-se com o alicerce). 5.3 Sapatas associadas Um projeto econômico deve ser feito com o maior número possível de sapatas isoladas. No caso em que a proximidade entre dois ou mais pilares seja tal que as sapatas isoladas se superponham, deve-se executar uma sapata associada. A viga que une os dois pilares denomina-se viga de rigidez e tem a função de permitir que a sapata trabalhe com tensão constante. 5.4 Sapatas alavancadas No caso de sapatas de pilares de divisa ou próximos a obstáculos onde não seja possível fazer com que o centro de gravidade da sapata coincida com o centro de carga do pilar, cria-se uma. Controle de Execução locação do centro da sapata e do eixo do pilar; cota do fundo da vala; limpeza do fundo da vala; nivelamento do fundo da vala; dimensões da forma da sapata; armadura da sapata e do arranque do pilar;

11 6. ESTACAS PRÉ-MOLDADAS 6.1. Estacas de madeira São utilizadas abaixo do nível d água. O topo da estaca de madeira deve ter diâmetro maior do que 25 cm e devem ser protegidos para não sofrerem danos durante a cravação. Já a ponta da estaca de madeira deve ter diâmetro maior do que 15 cm e devem ser protegidas com ponteira de aço quando for necessário penetrar camadas resistentes do solo. A cravação é geralmente executada com martelo de queda livre. Vantagens: As estacas de madeira podem ser facilmente emendadas e tem duração prolongada quando utilizadas abaixo do nível d água. Desvantagens: Este tipo de estaca, por ser de madeira, é mais difícil de encontrar e não podem ser utilizadas acima do NA por sofrerem ataque de microrganismos. 6.2. Estacas metálicas São constituídas de perfis laminados ou soldados, tubos de chapas dobradas (seção circular, quadrada ou retangular) e trilhos. As estacas de aço devem resistir à corrosão pela própria natureza do aço ou por tratamento adequado porém dispensam tratamento se estiverem inteiramente enterradas em terreno natural. Vantagens: As estacas metálicas são facilmente emendadas, têm elevada resistência à tração e compressão, não fissuram, não trincam e não quebram e possui pouca vibração durante sua cravação. Desvantagens: Alto custo se comparadas as estacas pré moldadas, estacas Franki e estacas Strauss e poucos fornecedores. 6.3. Estacas pré-moldadas de concreto

12 Estas estacas podem ser de concreto armado ou protendido e, como decorrência do problema de transporte e equipamento, têm limitações de comprimento, sendo fabricado em segmentos, o que leva em geral à necessidade de grandes estoques e requerem armaduras especiais para içamento e transporte. Costumam ser pré-fabricadas em firmas especializadas, com suas responsabilidades bem definidas, ou no próprio canteiro, sempre num processo sob controle rigoroso. O comprimento de cravação real às vezes difere do previsto pela sondagem, levando a duas situações: a necessidade de emendas ou de corte. No caso de emendas, geralmente constitui-se num ponto crítico, dependendo do tipo de emenda: luvas de simples encaixe, luvas soldadas, ou emenda com cola epóxi através de cinta metálica e pinos para encaixe, este último tipo mais eficiente. Quando o comprimento torna-se muito grande, há um limite para o qual não há comprometimento da linearidade da estaca, o que exige certo controle. Por outro lado, quando há sobra, o corte ou arrasamento deve ser feito de maneira adequada no sentido de evitar danos à estaca. Apresenta-se em várias seções (versatilidade): quadradas, circulares, circulares centrifugadas (SCAC), duplo T, etc. As vazadas podem permitir inspeção após a cravação. O processo de cravação mais utilizado é o de cravação dinâmica, onde o bate-estacas utilizado é o de gravidade. Este tipo de cravação promove um elevado nível de vibração, que pode causar problemas a edificações próximas do local. O processo prossegue até que a estaca que esteja sendo cravada penetre no terreno, sob a ação de um certo número de golpes, um comprimento pré-fixado em projeto a nega, uma medida dinâmica e indireta da capacidade de carga da estaca. Em campo, tira-se a nega da estaca através da média de comprimentos cravados nos últimos 10 golpes do martelo. O objetivo de verificação da nega para as diferentes estacas é a uniformidade de comportamento das mesmas. Deve-se ter cuidado com a altura de queda do martelo: a altura ideal está entre 1,5 a 2,0 m, para não causar danos à cabeça da estaca e fissuração da mesma, não esquecendo de usar também o coxim de madeira e o capacete metálico para proteger a cabeça da estaca contra o impacto do martelo, mesmo assim, estas estacas apresentam índice de quebra às vezes alto. Se a altura for inferior à ideal, poderá dar uma falsa nega. Estas estacas não resistem a esforços de tração e de flexão e não atravessam camadas resistentes. Outra vantagem destas estacas é que podem ser cravadas abaixo do nível d água. Sua aplicação de rotina é em obras de pequeno a médio porte.

13 O processo executivo de cravação emprega como equipamentos um dos três tipos de bateestacas: bate-estacas por gravidade: consta, basicamente, de um peso que é levantado através de um guincho e que cai orientado por guias laterais. A frequência das pancadas é da ordem de 10 por minuto e o peso do martelo varia entre 1,0 a 3,5 ton. bate-estacas a vapor: o levantamento do peso é feito através da pressão de vapor obtido por uma caldeira e a queda é por gravidade. São muito mais rápidos que os de gravidade, com cerca de 40 pancadas por minuto e o peso do martelo de 4,0 ton. Como variante deste tipo, temos o chamado bate-estacas de duplo efeito, onde a pressão do vapor acelera a descida do macaco, aumentando assim o número de pancadas para cerca de 250 por minuto. bate-estacas a explosão: o levantamento do peso é feito através da explosão de gases (tipo diesel). Este tipo de bate-estacas está hoje sofrendo grande evolução. 6.3.1. Controle de execução profundidade de cravação; ocorrência de fissuras;. verticalidade; nega altura de queda do pilão; execução da emenda; cota de arrasamento da cabeça da estaca; proteção da cabeça da estaca

14 7. ESTACAS BROCA É o tipo mais rudimentar de estaca moldada no local, são executadas sem molde, por perfuração no terreno com o auxílio de um trado, sendo o furo posteriormente preenchido com o concreto apiloado (FABIANI, s.d.). O trado é composto por quatro facas que formam um recipiente (tubo acoplado a tubos de aço galvanizado) com diâ- metro de 10 a 30 cm, sendo o de 20 cm mais utilizado. As lâminas das facas se encontram em níveis diferentes, poder escavar reter a terra. Os tubos são divididos em partes e à medida que prossegue a escavação eles vão sendo sucessivamente emendados. Como não é feita nenhuma contenção nas paredes da perfuração nesse método, o uso das brocas fica restrito aos terrenos coesivos acima do nível da água. O concreto é de baixa qualidade, devido à absorção de água pelo solo. Várias restrições podem ser feitas a este tipo de estaca, com uma baixa capacidade de carga, geralmente entre 1 a 2 toneladas por metro de broca. Comprimento máximo de 8 metros. 7.1. Técnica Construtiva -Perfuração do solo: Feita por rotação/compressão do tubo; - Retirada da terra que se armazena dentro do tubo; - Atingida a cota de apoio, o concreto é lançado: Até cerca de 50 cm da cota de arrasamento da estaca; - Viga de ligação com o bloco ou com a viga baldrame. 7.2. Cuidados Gerais na execução - Profundidade escavação; - Tipo de solo retirado como amostra; -Manter verticalidade; -Lançamento do concreto, para não se misturar com o solo;

15 8. ESTACAS STRAUSS A estaca Strauss é uma fundação de concreto (simples ou armado), moldada no local e executada com revestimento metálico recuperável. Pode ser empregada em locais confinados ou terrenos acidentados, devido à simplicidade do equipamento utilizado. Sua execução não causa vibrações. Possui capacidade de carga menor que estacas pré-moldadas. Estaca Strauss Está disponível em diversos diâmetros (25, 32,38, 45, 55 e 70 cm), mas pelo fato de o concreto ser apiloado pode resultar em diâmetros maiores. O concreto utilizado deve ser de consistência plástica. É contra indicada em locais com camada de argila mole subterrânea e com presença de lençol freático. Pelo fato de que durante a concretagem pode haver desmoronamento do solo. Uma forma de detectar se isso ocorreu é comparando o volume de concreto previamente estimado com o volume de concreto lan- çado na perfuração. 8.1. Técnica Construtiva -Furo no solo: Através da queda livre de um soquete de 300 kg de massa até que seja atingida uma profundidade entre 1 e 2 metros; - Colocação do primeiro tubo de revestimento (coroa); - Prossegue-se a escavação com a sonda Strauss: Lança-se água no furo, e os movimentos de percussão da sonda desagregam o solo, transformando-o em lama que penetra na sonda Strauss através de um dispositivo em fórmula de válvula. Esse dispositivo se fecha quando a válvula é içada para limpeza. Essa operação prossegue até que o tubo, ou a série de tubos rosqueados, atinja a cota de assentamento da estaca. - Limpeza do furo; - Lançamento do concreto: Lançado no interior do revestimento (camisa), em quantidade suficiente para se tiver uma coluna de aproximadamente um metro de altura dentro do revestimento; - Apiloamento do concreto: O concreto é então apiloado (socado) com um peso de cerca de 200 kg, formando uma base alargada na ponta da estaca, e o revestimento vai sendo lentamente retirado durante a concretagem com emprego de guincho manual. A concretagem é feita até um pouco acima da

cota de arrasamento da estaca. Coloca-se então a armadura para liga- ção com os blocos. Depois o concreto excedente acima da cota de arrasamento é quebrado com ponteiras metálicas. 16 8.2. Cuidados Gerais na execução - Profundidade de escavação; - Verticalidade da camisa metálica; -Velocidade de retirada da camisa; -Tipo de solo encontrado (retirada de amostras); -Cota de arrasamento da cabeça das estacas; - Armadura, quando for o caso; - Apiloamento do concreto para garantir a continuidade do fuste;

17 9. RADIERS A utilização de sapatas corridas é adequada economicamente enquanto sua área em relação à da edificação não ultrapasse 50%. Caso contrário, é mais vantajoso reunir todas as sapatas num só elemento de fundação denominado radier. Este é executado em concreto armado, uma vez que, além de esforços de compressão, devem resistir a momentos provenientes dos pilares diferencialmente carregados, e ocasionalmente a pressões do lençol freático (necessidade de armadura negativa). O fato do radier ser uma peça inteiriça pode lhe conferir uma alta rigidez, o que muitas vezes evita grandes recalques diferenciais. Uma outra vantagem é que a sua execução cria uma plataforma de trabalho para os serviços posteriores; porém, em contrapartida, impõe a execução precoce de todos os serviços enterrados na área do radier (instalações sanitárias, etc.).

18 10. TUBULÕES Tubulões são elementos estruturais da fundação que transmitem a carga ao solo resistente por compressão, através da escavação de um fuste cilíndrico e uma base alargada tronco-cônica a uma profundidade igual ou maior do que três vezes o seu diâmetro. 10.1. Tubulões a céu aberto Consiste em um poço aberto manualmente ou mecanicamente em solos coesivos, de modo que não haja desmoronamento durante a escavação, e acima do nível d água. Quando há tendência de desmoronamento, reveste-se o furo com alvenaria de tijolo, tubo de concreto ou tubo de aço. O fuste é escavado até a cota desejada, a base é alargada e posteriormente enche-se de concreto. O processo de execução da fundação do Tubulão a céu aberto deve seguir as seguintes etapas: 1. A partir do gabarito, faz-se a marcação do eixo da peça utilizando um piquete de madeira. Depois, com um arame e um prego, marca-se no terreno a circunferência que delimita o tubulão, cujo diâmetro mínimo é de 70cm. 2. Inicia-se a escavação do poço até a cota especificada em projeto. No caso de escavação manual usa-se vanga, balde e um sarrilho para a retirada de terra. Nas obras com perfuração mecânica o aparelho rotativo acoplado a um caminhão retira a terra. Na fase de escavação pode ocorrer a presença de água. Nestes casos, a execução da perfuração manual se fará com um bombeamento simultâneo da água acumulada no poço. Poderá ocorrer, ainda, que alguma camada do solo não resista à perfuração e desmorone (no caso de solos arenosos). Então, será necessário o encamisamento da peça ao longo dessas camadas. Isto poderá ser feito através de tubos de concreto com o diâmetro interno igual ao diâmetro do fuste do tubulão. 3. Faz-se o alargamento da base de acordo com as dimensões do projeto. 4. Verificação das dimensões do poço, como: profundidade, alargamento da base, e ainda o tipo de solo na base. Certifica-se, também, se os poços estão limpos.

19 5. Colocação da armadura. 6. A concretagem é feita lançando-se o concreto da superfície (diretamente do caminhão betoneira, em caso de utilização do concreto usinado) através de um funil (tremonha), com o comprimento da ordem de 5 vezes seu diâmetro, de modo a evitar que o concreto bata nas paredes do tubulão e se misture com a terra, prejudicando a concretagem. O concreto se espalhará pela base pelo próprio impacto de sua descarga, porém, durante a concretagem, é conveniente sua interrupção de vez em quando e descer para espalhá-lo, de modo a evitar que fiquem vazios na massa de concreto. 10.2. Tubulões com ar comprimido Este tipo de fundação é utilizado quando existe água, exige-se grandes profundidades e existe o perigo de desmoronamento das paredes. Neste caso, a injeção de ar comprimido nos tubulões impede a entrada de água, pois a pressão interna é maior que a pressão da água, sendo a pressão empregada no máximo de 3 atm, limitando a profundidade em 30m abaixo do nível d água. Isso permite que seja executados normalmente os trabalhos de escavação, alargamento do fuste e concretagem. O equipamento utilizado compõe de uma câmara de equilíbrio e um compressor. Durante a compressão, o sangue dos homens absorve mais gases do que na pressão normal. Se a descompressão for feita muito rapidamente, o gás absorvido em excesso no sangue pode formar bolhas, que por sua vez podem provocar dores e até morte por embolia. Para evitar esse problema, antes de passar à pressão normal, os trabalhadores devem sofrer um processo de descompressão lenta (nunca inferior a 15 minutos) numa câmara de emergência. Estes tubulões são encamisados com camisas de concreto ou de aço. No caso de camisa de concreto, a cravação da camisa, abertura e concretagem da base é feita sob ar comprimido, pois o serviço é feito manualmente. Se a camisa é de aço, a cravação é feita a céu aberto com auxílio de um bate estacas e a abertura e concretagem do tubulão são feitos a ar comprimido. 10.3. Controle de execução locação do centro do tubulão; cota do fundo da base do tubulão;

20 verticalidade da escavação; alargamento da base; posicionamento da armadura, quando houver, e da armadura de ligação; dimensões (diâmetro) do tubulão; concretagem (não misturar o solo com o concreto e evitar que se formem vazios na base alargada; tubulão a ar comprimido: pressão do ar no interior do tubulão risca de acidentes.

21 11. TABELA AUXILIAR TABELA AUXILIAR, DEMONSTRATIVO DE ESCOLHA DE FUNDAÇÕES Tipos de Fundação SAPATA Cargas(peso do prédio, ponte, etc Casas Térreas Sobrados Resistência (tipo de solo, capacidade de carga, etc) Solo pouco firme Solo firme e seco BROCA Sobrados e Prédios baixos Solo firme ESTACA STRAUSS Prédios Baixos Solo pouco firme PRÈ- MOLDADA Prédios Altos, Pontes e Viadutos Solo pouco firme ou com presença de água A Céu Aberto Prédios Altos, Pontes e Grandes Viadutos Quando lençol freático é profundo TUBULÂO A Ar Comprimido Prédios Altos, Pontes e Grandes Viadutos Quando lençol freático é raso ou quando a obra é dentro de rio, lagoa ou mar.

22 12. CONCLUSÃO O melhor tipo de fundação é aquela que suporta as cargas da estrutura com segurança e se adéqua aos fatores topográficos, maciço de solos, aspectos técnicos e econômicos, sem afetar a integridade das construções vizinhas. É importante a união entre os projetos estrutural e o projeto de fundações num grande e único projeto, uma vez que mudanças em um provocam reações imediatas no outro, resultando obras mais seguras.

23 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS EDITORA ATLAS. Segurança e Medicina do Trabalho 62 ed. São Paulo: S.A.2008 EDITORA ATLAS Segurança e Medicina do Trabalho 62 ed. São Paulo: S.A.2008 NR- 06 Equipamento de Proteção Individual EDITORA ATLAS Segurança e Medicina do Trabalho 62 ed. São Paulo: S.A.2008 NR- 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção EDITORA ATLAS Segurança e Medicina do Trabalho 62 ed. São Paulo: S.A.2008 NR- 21 Trabalho a Céu Aberto EDITORA ATLAS Segurança e Medicina do Trabalho 62 ed. São Paulo: S.A.2008 NR- 23 Proteção Contra Incêndios EDITORA ATLAS Segurança e Medicina do Trabalho 62 ed. São Paulo: S.A.2008 NR- 26 Sinalização de Segurança ALONSO; Urbano Rodriguez. EXERCÍCIOS DE FUNDAÇÕES. Ed. Edgar Blüncher Ltda CONSTANCIO, D. Fundações. Americana, 2004. FABRÍCIO, M; ROSSIGNOLO, J. Tecnologia das Construções II. WWW.NOTÌCIAS.UOL.COM.BR http://www.cbic.org.br/informativos/cbic-em-pauta/setor-da-construcao-muda-o-perfil-dos-seustrabalhadores-e-esta-perto-dehttp://www.ebah.com.br/content/abaaaameoae/apostila-fundacoes. WWW.PORTALVIRTUHAB.COM.BR http://portalvirtuhab.paginas.ufsc.br/files/2013/11/estacas-broca.pdf http://portalvirtuhab.paginas.ufsc.br/files/2013/11/estaca-strauss.pdf