SER EM COMUNIDADE. Documento final do III Encontro Internacional de CLMs. Filadelfia, agosto de 2001.



Documentos relacionados
L Í D ERES de aliança

Organização da Campanha

CELEBRAÇÕES NA COMUNIDADE ORIENTAÇÕES PARA AS CELEBRAÇÕES

DOM BOSCO E SUA FÉ: ESCOLA DE SANTIDADE

D. José da Cruz Policarpo. Actualidade da Palavra de Deus

- Quão formosos sobre os montes! São os pés do que anuncia e prega a paz. - Ide pelo mundo inteiro! E pregai o Evangelho

ENCONTRO VOCACIONAL PARA CATEQUESE

Entendendo a série...

PLANIFICAÇÃO ANUAL DE RELIGIÃO DO 1º CICLO 1º ANO

GUIA PARA A VIDA LEIGA NA TRADIÇÃO MARIANISTA

GUIA PARA A VIDA LEIGA NA TRADIÇÃO MARIANISTA

Programação da Rádio Mensagem Com a Mãe Aparecida Meia Noite

A Ação do Espírito Santo. no Apostolado da Oração (AO) - Movimento Eucarístico Jovem (MEJ)

31DiasVocacionais

O Dom da Cura no Grupo de Oração Qua, 18 de Janeiro de :13

Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo. (Jo 14.

Dia Mundial das Missões - Coleta Nacional - 22 e 23 de outubro

4 O Encontro: A Eucaristia Dominical: expressão maior de espiritualidade

O TESTEMUNHO CRISTÃO EM UM MUNDO MULTI-RELIGIOSO

CONVOCATÓRIA DE CANDIDATURAS PARA O GRUPO ASSESSOR DA SOCIEDADE CIVIL (BRASIL)

O Sacramento do Matrimônio - II Seg, 29 de Dezembro de :16 - Última atualização Seg, 29 de Dezembro de :17

Modelos de ação da Igreja e metodologias de planejamento. Objetivo da aula. Organização da igreja. Curso: Teologia.

Programação de Segunda à Sexta. Com a Mãe Aparecida Meia Noite

1. Um critério positivo: a excelência.

MISSÃO BOM SAMARITANO. O bom samaritano (Jean-François Millet)

Chamada para Multiplicadores Eurodesk Portugal

«Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara» EVANGELHO Mt 9,36-10,8

Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo

O CRISTÃO HOJE: DISCÍPULO E MISSIONÁRIO DE JESUS CRISTO RESUMO

PLANIFICAÇÃO ANUAL DE CONTEÚDOS DISCIPLINA: E.M.R.C.

2ºDOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO ANO B - (04/12/11)

ORDENANÇAS DA IGREJA Temas Principais

AQUI TEM JOVEM, AQUI TEM FOGO!

JUBILEU DE OURO DA IGREJA BRASIL PARA CRISTO

PALAVRA DE DEUS CATEQUESE

Viva a Palavra PROGRAMA 01

MESA REDONDA Atuação em rede. Reflexões sobre o COEP:

Harmonia sexual entre o casal

TERMO DE PARCERIA 2013

I Simpósio sobre a Nova Evangelização

A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Silvia Helena Vieira Cruz

8 - QUANDO VOCÊ VAI ACORDAR?

A organização do trabalho abrangerá diferentes áreas do conhecimento.

Já estudamos que, assim como Abrão, podemos temer:

A sociologia e o espaço urbano. Por: Eugénio Brás

NAPE. Núcleo de Apoio PsicoEducativo. Divisão de Assuntos Sociais

Postura do Obreiro nos Cultos

Plano Anual Catequético (Infância)

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES Queridos irmãos e irmãs,

Deus espera algo de nós

ÉTICA MATERIAL PARTICULAR. Profª. Ms. Ana Laura Arruda

Pastoral do Dízimo Evangelização através do Testemunho

11ª JORNADA CATEQUÉTICA DIOCESANA

O QUE É UMA CRUZADA? QUAL O OBJETIVO DA CRUZADA NACIONAL DO ROSÁRIO?

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

COMO ESTRELAS NO CÉU. Desafios da Pastoral da Educação

(Texto base: Os Sacramentos em sua vida José Bertolini Edições Paulinas)

3 Padrões de troca de Polanyi

II Domingo do Advento (Ano B)

CANTOS DA PRIMEIRA EUCARISTIA

ABRO A PORTA À BONDADE DE DEUS. Caminhada do Advento e Natal 2015 DIOCESE DE AVEIRO

Belo Horizonte/2013 Festa da Assunção de N. Senhora. Queridas Irmãs,

A Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude. Laís Abramo Diretora do Escritório da OIT no Brasil Porto Alegre 29 de abril de 2014

Festa do Acolhimento. 1º Ano 2008/2009 Missionários Passionistas

SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PRIMARIA À SAÚDE NO BRASIL. Dr Alexandre de Araújo Pereira

Visão, Missão, Valores e Objectivos. Gestão Estratégica.

Ano da Fé. Motivação. Desde o princípio do meu ministério como sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da

eklogia Ekklesia, Logos, Ecologia (Igreja, Palavra, Ecologia) Igreja verde, Palavra viva, Planeta azul eklogia

DIRETRIZES CURRICULARES PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DO DIÁCONO E DA DIACONISA

TRATADO DE LISBOA EM POUCAS PALAVRAS MNE DGAE

PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO NA EJA

9.3 O sacramento do Matrimônio Autoria de Luiz Tadeu Dias de Medeiros

CINCO CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

QUESTIONÁRIO (Informações para serem anexadas ao Relatório) Escola:

Sinto, por vezes, que alguns responsáveis governamentais parecem ter dificuldades em entender as reivindicações e as aspirações dos Corvinos.

Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por Nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim (Is 6:8).

EVANGELHO Lc 17,11-19

Missal Romano. Grupo de Acólitos São João da Madeira

Palavras-chave: Paulo Freire. Formação Permanente de Professores. Educação Infantil.

DESAFIOS PARA GARANTIR O TRABALHO DECENTE PARA OS/AS JOVENS, COM ESPECIAL ATENÇÃO ÀS QUESTÕES DE GÊNERO E RAÇA

PRONUNCIAMENTO DO EXCELENTÍSSIMO DEPUTADO FEDERAL FERNANDO DE FABINHO SOBRE O ANIVERSÁRIO DE ANGUERA

53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Reflexões sobre o Dízimo

A IGREJA E O MISTÉRIO TRINITÁRIO

Catequese 2º ano Ensina-nos a rezar (Revisões fim de ano)

O direito à participação juvenil

BÍBLIA NA FAMÍLIA E FAMILIARIDADE COM A BÍBLIA!

Relatório de Status do Projeto Promoção da empregabilidade juvenil e. desenvolvimento sustentável

LIDERANÇA. Prof. Aline Hilsendeger Pereira de Oliveira

TÉCNICAS DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO

Sacerdotes do Coração de Jesus Dehonianos Província Portuguesa PROJECTO APOSTÓLICO DA PROVÍNCIA

CONCURSO PÚBLICO PARA BOLSA DE ESTÁGIO SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL E CIDADANIA

Administração AULA- 5. ER0199 Economia Mercados Oferta & Procura. Prof. Isnard Martins. Bibliografia: Rosseti J. Introdução à Economia.

RELIGIOSO NAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS DE MATRIZ OCIDENTAL

01. Paz na Terra, Glória a Deus nas Aturas - Glória a Deus nas alturas/ E paz na terra aos homens por Ele amados! (bis)

Introdução à Liturgia Respostas dos Exercícios de Revisão

A G I R E M I G U A L D A D E. Candidatura de Renata Veríssimo. ao Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do Baixo Alentejo

Transcrição:

1 SER EM COMUNIDADE Documento final do III Encontro Internacional de CLMs. Filadelfia, agosto de 2001. Preâmbulo O documento "Identidade das CLMs", aprovado no I Encontro em Santiago do Chile Em 1993, inclui uma referência à vida de comunidade nas CLMs. Neste documento, "Ser em Comunidade", desenvolvemos esta caraterística essencial de nossa identidade e espiritualidade. Ele é, também, uma resposta ao acordo aprovado no II Encontro celebrado em Llíria (Espanha), dos futuros Encontros Internacionais refletirem sobre as características do carisma marianista. Ser em comunidade é um aspecto essencial do carisma marianista e, por isso, define nossa espiritualidade. Neste documento queremos esclarecer, orientar e motivar o presente e o futuro das CLMs, a medida que estas enfrentam os desafios da vida comunitária. As CLMs têm sua origem nas comunidades fundadas na França pelo Beato Guilherme José Chaminade, que, junto com Adela Batz de Trenquelléon e Maria Teresa de Lamourous, criou as bases da atual Família Marianista sob a inspiração de Deus e em aliança com Maria, nossa Mãe. A vocação marianista iniciou-se em grupo. A comunidade foi uma das caraterísticas que os Fundadores introduziram nos grupos da Congregação de Bordéus e a multiplicação de comunidades foi o método de evangelização que utilizaram. Hoje, estas comunidades, reconhecidas pela Igreja Católica como uma Associação Privada de Fiéis de Direito Internacional, estão semeadas pelo mundo todo e refletem a diversidade cultural da Igreja. Num tempo como o nosso, caracterizado pela globalização, a concorrência e a obsessão pelo sucesso, precisamos de uma comunidade, um lugar visível e concreto que responda às necessidades humanas de pertencer a um grupo, de transformar o mundo e aprofundar na dimensão comunitária de nossa fé. Somos membros duma Igreja na qual os leigos estão assumindo maior responsabilidade na missão de levar a Palavra de Deus a todos. Reconhecemos que a Igreja está comprometida com os problemas de nosso tempo e imersa na realidade do mundo de hoje, mas preocupam-nos alguns traços de polarização e intolerância. Perante esses desafios, as CLMs estão chamadas a dar uma resposta, considerando que a mensagem do Beato Guilherme José Chaminade tem plena atualidade. Este documento sobre a comunidade tem cinco itens que tentam explicitar, não só uma definição desta caraterística de nossa identidade, mas também dar um sentido de como deve ser vivida. 1

2 1. Nós somos comunidade de fé. 1.1. Nós cremos que encontramos a salvação, a justiça e a liberdade na comunidade e por meio dela. A Comunidade Trinitária - criadora, salvadora e santificadora - é o modelo para as comunidades que, embora diversas, são fonte de união e de vida. Em Jesus Cristo reconhecemos os outros como irmãos e irmãs, unidos com Maria e com todos os homens e mulheres no caminho do Povo de Deus. 1.2. Nossa vida em comunidade dá sentido a nossa consagração a Maria e ao seguimento dos ensinamentos de nossos Fundadores. Somos comunidades que vivem profundamente a aliança com Maria, cultivando seu espírito e os valores que Ela nos ensinou. 1.3. Fazemos da fé o centro de nossas vidas, entendendo que ela tem uma dimensão pessoal e outra comunitária, e nos esforçamos em partilhá-la com outros. 1.4. Nossas raízes estão no Evangelho e permanecemos atentos à Palavra. Precisamos uns dos outros como anunciadores da Boa Nova. Nossa fé deve ser uma fé discernida, alimentada, celebrada e vivida em comunidade. 1.5. Experimentamos a comunidade como um dom e uma tarefa. Entendemo-la como um chamado do Espírito e como fruto do nosso trabalho, como uma vocação e como uma opção de vida. 1.6. Só podemos compreender e desenvolver as relações interpessoais nas nossas comunidades, entendendo estas comunidades como sacramento da presença do Senhor e como manifestação da fé e do amor entre seus membros. Sustentando-nos na fé, estaremos capacitados para perseverar no diálogo, superar as dificuldades e descobrir o perdão, a reconciliação, o serviço e o amor, tão necessários para viver o compromisso comunitário em sua autêntica dimensão. 1.7. Ser em comunidade é fonte de alegria ao experimentar a presença de Deus e os surpreendentes sinais de seu amor. 1.8. Somos parte da Igreja. Vivemos na Igreja a nível local e nacional. Oferecemos-lhe a experiência de nossa vida comunitária e ela nos envia em missão. 2. Somos Comunidade de Vida 2.1. Somos comunidades de homens e mulheres, leigos de diferentes países vivendo num contexto multicultural. Temos diferentes idades, estados de vida, personalidades, possibilidades econômicas, gostos e profissões. Vivemos comprometidamente em todos os âmbitos da vida: pessoal, social, político e econômico. 2.2. Cada comunidade se constitui pelo compromisso, livremente assumido pelos seus membros, de ser em comunidade e participar ativamente nela. 2

3 2.3. A expressão mais concreta da vida da comunidade são as reuniões freqüentes, os encontros e as celebrações. Os membros se reúnem de forma regular e freqüente, segundo o critério de cada comunidade. 2.4. Rezamos juntos e reforçamos nossos vínculos comuns. Em alguns encontros renovamos nossos compromissos na celebração da Eucaristia. 2.5. Ser em comunidade é uma parte integral e contínua de nossa vida diária. Nossas comunidades se caracterizam por uma espiritualidade comum e por tomar decisões em conjunto com seus membros. Neste sentido, diferem dos grupos que só lutam por uma causa concreta ou dão ajuda terapêutica. 2.6. Cada comunidade faz o discernimento sobre sua própria organização e sobre como desenvolver os valores característicos marianistas dentro de seu próprio contexto cultural. 2.6.1. Nossas comunidades são acolhedoras. Respeitamos as pessoas e estamos abertos à diversidade. Convidamos outras pessoas a reunir-se conosco e damos as boas vindas a novos membros e convidados com alegria e simplicidade. 2.6.2. Nossas comunidades são lugares para o discernimento pessoal e comunitário de nossa própria vida, de nossa pertença ao grupo, estilo de vida e serviço, sempre à luz da mensagem do Evangelho e do carisma marianista. Damos valor ao desenvolvimento das pessoas e animamos à formação permanente e ao crescimento nos dons particulares que recebemos de Deus. Cada membro, com seu plano pessoal de vida, como a comunidade, com seu projeto comunitário, procuram progredir em plenitude maturidade e liberdade. 2.6.3. Nossas comunidades enviam e apóiam seus membros nos seus compromissos de serviço e construção do Reino de Deus. Elas são fonte de motivação e renovação, lugares de pertença, amizade e reconciliação que completam e fortalecem sua vida familiar que é sua primeira comunidade. 2.6.4. Em comunidade desenvolvemos uma consciência crítica e aprendemos métodos para iniciar e animar a fé em novas comunidades; para fazer uma análise social e uma reflexão teológica, que nos ajudem a discernir os sinais dos tempos e novas formas de servir e agir pela justiça e a paz na "aldeia global". 2.6.5. Nossas comunidades nos ajudam para que todas as dimensões de nossa vida de leigos constituam nosso culto a Deus. Nossa vida cotidiana, com seus desafios e ambigüidades, é nosso testemunho de fé e nossa forma de seguir Jesus segundo a espiritualidade marianista. 2.6.6. Assumimos a coragem de Maria no Magnificat que responde radicalmente às exigências do mundo e nos converte em sinais de esperança e testemunhas de fidelidade, igualdade e solidariedade no mundo de hoje. 3. Somos comunidade que forma comunidades. 3

4 3.1. Convidar e ajudar a outros a viver a fé em comunidade é nosso meio fundamental de evangelização e de transformação social. 3.2. Cada nova comunidade desenvolve sua própria vida de oração, celebração, apoio mútuo, testemunho e ação social. No seu crescimento como comunidade é orientada pela grande comunidade marianista e, normalmente, acompanhada por um leigo ou religioso como assessor. 3.3. A criação de uma cultura marianista comum não impede que cada comunidade celebre suas próprias tradições e símbolos, mostrando a riqueza de sua diversidade cultural. 3.4. Cada comunidade se organiza de acordo com seu tamanho e as atividades que desenvolve. Cada uma tem seu animador eleito, após acurado discernimento, por todos os membros. Ele se responsabiliza especialmente pelo crescimento na fé, a formação, a acolhida e a ação social comunitária. 3.5. As comunidades se auto-financiam e determinam o modo de partilhar as despesas comunitárias. Cada comunidade contribui às despesas gerais das CLMs em todos os níveis. 3.6. Para crescer e manter-se como comunidade, cada grupo deve renovar-se constantemente e permanecer aberto a novos desafios. Isto exige formação, oração e a busca incessante de orientação e instrumentos adequados. 3.7. A formação é um meio essencial para entender e assimilar a dimensão comunitária do carisma marianista e nos proporciona conhecimentos que contribuem ao desenvolvimento de nossas comunidades. Deste modo, os membros deixam de estar centrados em si mesmos para debruçar-se na missão e nas necessidades dos outros. 3.8. Cada comunidade é em si mesma uma missão permanente e cada membro do grupo é especialmente missionário quando trabalha ativamente para criar e estender a comunidade. 4. Somos comunidade em missão permanente 4.1 Em Pentecostes, Maria ajudou a primeira comunidade da Igreja a sustentar a fé, a permanecer na oração e na espera do Espírito. Ela é modelo de espiritualidade apostólica para aqueles cuja missão se inspira no Evangelho. 4.2 Nossas comunidades não são um fim em si mesmas, portanto vivemos nosso espírito missionário não só na comunidade, mas em todas as nossas relações com o mundo. 4.2.1. Nossa experiência de vida dentro da comunidade nos prepara para a missão. 4

5 4.2.1.1. A oração nos abre a ação de Deus e incrementa nossa sensibilidade às necessidades dos demais. 4.2.1.2. A formação aprofunda nossa compreensão do amor de Deus à todos os homens e na necessidade de libertação. 4.2.1.3. A vida comunitária constrói, fortalece e anima a relação com os demais. 4.2.2 Apoiamos a participação de nossos membros em diferentes serviços no mundo. 4.2.2.1. Construímos comunidade, como missionários de Maria, em todos os campos de ação em que trabalhamos. 4.2.2.2. Animamos aos nossos membros a viver plenamente o Evangelho de maneira especial na vida pública. 4.2.2.3. Estimulamos atitudes missionárias entre seus integrantes, com outras comunidades, com a Igreja e com o mundo. 4.2.2.4. Estamos abertos e apoiamos novas iniciativas missionárias. 4.3. Inspirados no canto do Magníficat, com Maria, nossas comunidades buscam estar abertas ao Espírito, lutar contra a injustiça e proclamar uma mensagem de libertação e esperança. 4.3.1. Assumimos a opção preferencial pelos pobres e marginalizados e lutamos pela justiça e paz, defesa dos direitos humanos, promoção humana, relações integrais e pelos valores ecológicos. 4.3.2 Damos especial atenção ao início e sustento das CLMs nas quais os jovens são acolhidos.. 4.3.3. Nosso espírito de família e a colaboração entre todos os membros da Família Marianista é nossa contribuição específica a renovação da Igreja. 5. Somos comunidade mundial 5.1. As CLMs são comunidades que fazem parte de uma comunidade mais ampla, a Família Marianista, que inclui quatro ramas: A Aliança Marial, as Filhas de Maria Imaculada, a Companhia de Maria e as Comunidades Laicas Marianistas. 5.2. As CLMs organizam-se em diferentes níveis: local, nacional,regional e internacional, e em todos eles seus membros estão convidados a participar. 5

6 5.3. As comunidades isoladas são incompletas. Através da organização nacional, cada comunidade laica marianista está unida a outras CLM de seu próprio país ou região e através da Organização Internacional, com o resto de CLMs distribuídas pelo mundo. Assim, todas as comunidades se enriquecem com uma visão mundial, mais ampla, que transcende as preocupações locais. 5.4. Cada comunidade marianista é, ao mesmo tempo, local e universal. Age localmente, mas compartilha o esforço de toda a multicultural Família Marianista de oferecer Cristo ao mundo, como fez Maria. 5.5. As CLMs participam na criação dos Conselhos da Família Marianista e são membros de pleno direito dos mesmos nos diferentes níveis: local, nacional, regional e mundial. Nossas relações com as outras ramas da Família Marianista baseiam-se na fraternidade, igualdade, respeito à autonomia e diversidade e na responsabilidade partilhada. Deste modo somos testemunhas da visão profética que nossos fundadores tiveram da Igreja. Comunidades Laicas Marianistas, somos comunidades cristãs comprometidas em colaborar com a missão de Maria de dar Cristo ao mundo. 6