ALVENARIA ESTRUTURAL - projeto - Engenheiro Civil - Ph.D. 85-3244-3939 9982-4969 la99824969@yahoo.com.br aspectos estruturais do PROJETO DE ARQUITETURA evitar-se, a todo custo, a arquitetura tipo caixão, que além de esteticamente desfavorável, induz ao uso de paredes mais longas, o que acentua os efeitos desfavoráveis das deformações volumétricas; utilizar plantas flexíveis, mantendo, sempre, algumas paredes estruturais internas, o que, quando comparado à ausência total de paredes estruturais internas, corresponde a uma menor resistência da parede (bloco, graute e argamassa), menor altura da laje (menor vão), facilitando, inclusive, a utilização do bloco J (menor espessura do revestimento externo), melhor distribuição de carga na fundação e menor risco de colapso progressivo; aspectos estruturais do PROJETO DE ARQUITETURA 1
evitar aberturas muito próximas entre si (janelas, portas e vãos), digamos distantes entre si menos de 59cm - bloco (29cm) + junta vertical (1cm) + bloco (29cm); utilizar o concreto pré-fabricado ao invés do concreto moldado no local, devido à compatibilidade de precisão dimensional entre a alvenaria estrutural com blocos de concreto e o concreto pré-fabricado. O que, adicionalmente, reduz a interferência entre as etapas de execução da alvenaria estrutural e da montagem do concreto pré-moldado. aspectos estruturais do PROJETO DE INSTALAÇÕES embutir somente instalações não fluídas, nos furos (não grauteados) dos blocos, portanto, na direção vertical. As demais instalações devem ser acomodadas em shafts externos (à alvenaria estrutural) ou internos (à alvenaria estrutural), promovendo, a circulação horizontal aparente (sob carenagens ou sancas) ou embutida na laje; verificar a redução da altura efetiva da laje devido ao embutimento, inclusive cruzamentos, de tubulações. Instalações 2
Instalações aspectos estruturais da EXECUÇÃO práticas construtivas que contribuam para a redução efetiva das deformações volumétricas, são muito bem vindas, por exemplo usar-se blocos com idade superior a 21 dias, como preconiza a NBR 8798:1985 EXECUÇÃO E CONTROLE DE OBRAS EM ALVENARIA ESTRUTURAL COM BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO ( 4.1.1 p.5); limitar-se ao mínimo o intervalo de tempo entre a concretagem da laje de coberta e a execução da coberta, ou outras medidas efetivas de proteção térmica dessa laje; executar juntas no revestimento externo (fachada), previstas em projeto, principalmente, horizontais, levando em conta a tipologia de apoio da laje na alvenaria. 3
PROJETO DA ESTRUTURA não combinar em um mesmo pavimento pilares e paredes de concreto com paredes (e pilares) de alvenaria estrutural, inclusive em pavimentos de transição; devido ao efeito arco, estruturas de transição em edifícios de alvenaria estrutural não são tão onerosas quanto estruturas de transição em edifícios de concreto estrutural, com viabilização comprovada de edifícios de vários andares com pavimentos inferiores (subsolo, pilotis, mezanino... ) em concreto estrutural e pavimentos superiores em alvenaria estrutural; também, devido ao efeito arco, a fundação em viga baldrame apoiada em estacas não é tão onerosa quanto se possa esperar, à primeira vista; é falsa a crença de que em edifícios com estrutura de transição há uma liberdade total para a locação dos pilares dessas estruturas, facilitando, sobremaneira, a disposição de vagas de garagem. Na realidade, essa liberdade é limitada pela necessidade, dentre outras, de dispor-se um pilar em, praticamente, cada encontro de paredes estruturais dos pavimentos superiores; como regra geral prover juntas de controle em edifícios com dimensão em planta superior a 20m; detalhar armaduras construtivas verticais em encontros de paredes, extremidades de paredes, bordas de porta, janela e vãos, e, poços de elevador; verificar (no sentido do cálculo estrutural) vergas e contra-vergas; detalhar o comprimento mínimo de um bloco para apoio de vergas e contra-vergas, verificar a extensão de apoio necessária em casos especiais; detalhar cintas intermediárias, ao nível de contraverga, nas paredes externas, com comprimento igual ou superior a 6m; atentar-se para o efeito arco em paredes sobre apoios discretos (vigas baldrame ou vigas em estruturas de transição) 4
além da laje maciça, recomenda-se o uso de lajes nervuradas que promovam uma aderência adequada entre o concreto moldado no local e o concreto pré-fabricado, o intertravamento transversal entre nervuras e, para edifícios sensíveis à ação do vento, o comportamento de diafragma rígido. Como ilustração, destaca-se que a tradicional laje volterrana não atende a esses requisitos e que a moderna laje alveolar pode exigir providências específicas para comportarse como diafragma rígido. Recomenda-se, de modo enfático, a laje nervurada treliçada, se possível, bidirecional, para uma distribuição de carga mais uniforme nas paredes soltar (junta horizontal) e limitar as dimensões dos painéis (junta vertical) da laje de coberta, como forma de minimizar a transmissão dos efeitos de suas deformações volumétricas para a alvenaria estrutural; limitar a rotação de elementos que se apóiam na alvenaria estrutural, particularmente, lajes; em princípio, a fundação em radier de concreto (em geral, não protendido, salvo em caso especial de solo muito desfavorável, p.e. solo colapsível) é a fundação direta mais adequada para a alvenaria estrutural. Como regra geral, a fundação direta em sapata corrida pode ser usada para pressões admissíveis do solo não inferiores a 100kPa e vãos entre paredes estruturais não superiores a 5m; ter-se em mente que um edifício em a alvenaria estrutural é mais rígido que um edifício em concreto estrutural, implicando em uma menor sensibilidade à ação do vento, e, em contrapartida, em uma maior sensibilidade a deformações impostas (recalques diferenciais, por exemplo); recomenda-se a verificação de recalques para fundações diretas, particularmente, em sapatas corridas, ou estrutura de transição sobre fundação direta; projetar a alvenaria não estrutural, em separado da alvenaria estrutural, garantindo-se a não amarração entre alvenaria não estrutural e alvenaria estrutural e ligação flexível entre alvenaria não estrutural e fundo de laje, com independência das respectivas etapas construtivas; 5
Sugere-se adotar checklist como forma de definir-se, no tempo certo, todos os parâmetros necessários ao desenvolvimento do projeto da estrutura de modo a tirar-se o máximo partido do sistema construtivo. ABCP - Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto - Manual de Práticas Recomendadas maio 2006 Projeto da Estrutura Luis Alberto Carvalho Editores - Luis Alberto Carvalho e José Ramalho Torres 6