Capítulo 9 - Medição de Temperatura



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Transcrição:

Capítulo 9 - Medição de Temperatura

9.1 Introdução A temperatura é uma importante grandeza a ser medida em muitos processos, pois é um fator limite para muitas operações Pode-se pensar em temperatura como sendo o potencial que causa o fluxo de calor de um ponto de mais alta temperatura para um ponto de mais baixa temperatura A medição correta de temperatura é complexa, por ser facilmente influenciada por fatores externos aos dispositivos de medida ou pela inércia térmica inerente ao sistema

A temperatura é quantificada através de escalas padronizadas, as mais utilizadas são a escala Celsius [ºC] e a Fahrenheit [ºF]. No Sistema Internacional (S.I.) utiliza-se à escala absoluta Kelvin Relação entre as escalas: C 5 = F 32 9 = K 273,15 5

Classificação Medidores de Temperatura Termômetros de Efeito Mecânico Termômetros de Efeito Elétrico Medidores por Radiação

9.2 Termômetros de Efeito Mecânico 9.2.1 Termômetro por expansão de líquido A medição de temperatura é feita através da leitura da posição do liquido na escala graduada

Operam a partir da variação volumétrica de um líquido (álcool, fluidos orgânicos variados e mercúrio) com a temperatura, de acordo com V1 =V0(+1+alpha(T1-T0)) onde V1 é o volume final, V0 é o volume inicial, a é o coeficiente de expansão volumétrica e (T1-T0) é a variação de temperatura (a equação completa pode ainda conter termos de segunda ordem, (T1- T0)2, e superiores).

9.2.2 Termômetro bi-metálico Dois metais de diferentes coeficientes de dilatação linear são unidos numa determinada temperatura. Ao submeter à junta a uma temperatura determinada ela se curvará no sentido da indicação da temperatura

L1 =L0(1+gamma(T1-T0)) Gamma é o coeficiente de expansão linear do metal. O par de hastes metálicas pode ter a configuração helicoidal, circular ou linear

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico 9.3 Termômetros de Efeito Elétrico Este tipo de medição é mais conveniente já que estes métodos permitem obter um sinal mais facilmente detectável, amplificável e usado para propósitos de controle

9.3.1 - Termômetros por resistência elétrica 1821 - Thomas Seebeck descobriu a termoeletricidade e Sir Humphrey Davy anunciou que a resistividade dos metais apresentavam uma marcante dependência com a temperatura Quinze anos mais tarde Sir William Siemens apresentou a platina como elemento sensor em um termômetro de resistência

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico Termoresistência, ou termômetros de resistência, são nomes genéricos para sensores que variam sua resistência elétrica com a temperatura Os materiais de uso prático recaem em duas classes principais: condutores e semicondutores Condutores: são chamados termômetros de resistência ou termoresistências Semicondutores: são chamados termistores Relação temperatura X resistência para dois tipos de sensores

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico 9.3.3.1 - Termoresistências metálicas Termoresistências metálicas são construídas a partir de fios ou filmes de platina, cobre, níquel e tungstênio para aplicações a alta temperatura Variação de resistência elétrica: R = Ro (1 + a 1.T + a 2.T 2 + a 3.T 3 +...+ a n.t n ) onde Ro = resistência a T=0 o C.

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico Normalmente o sensor é construído em um filme metálico ou em um pequeno enrolamento a partir de um fio muito fino Termômetro por resistência elétrica

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico É desejável a maior variação da resistência por grau para um dado valor de resistência (alta resistividade) para obter-se a maior sensibilidade na medição. A platina é o material mais adequado sob o ponto de vista de precisão e estabilidade mas apresenta o inconveniente do custo. A saída dos termômetros é geralmente medida por algum tipo de ponte (Wheatstone) e o termômetro ligado a esta por meio de 2, 3 ou 4 fios dependendo da precisão desejada. Seu limite superior de uso é de 535 C

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termistores 9.3.1.2 Termistores Os primeiros tipos de sensores de temperatura de resistência de semicondutores foram feitos de óxido de manganês, níquel e cobalto, moídos e misturados em proporções apropriadas e prensados numa forma desejada. Relação resistência/temperatura: R R 0 =e β ( 1/T 1/T 0 ) onde R é a resistência do termistor na temperatura T (Ω), R0 = resistência na temperatura T0 (Ω), β é a constante característica do material (K), T é a temperatura a ser medida (K), T0 é a temperatura de referência (K) Tipos de termistores

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termistores A estabilidade dos primeiros termistores era bastante inferior à das termoresistências metálicas, mas atualmente eles vem apresentando uma estabilidade aceitável para muitas aplicações industriais e científicas. Isto lhes permite medir a temperatura com intervalos de 0,1 C o que é difícil com termômetros de resistência comuns Seu tempo de resposta está ligada a massa do sensor podendo variar desde uma fração de segundos até minutos. A corrente de medição deve ser mantida o mais baixo possível para se evitar o aquecimento da unidade detectora

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares 9.3.2 Termopares Um termopar é um sensor que compreende dois pedaços de fios dissimilares, unidos em uma das extremidades. Sua aplicação em larga escala se dá em virtude da sua praticidade, capacidade de operar em altas temperaturas e por fornecer respostas rápidas. Exemplo de aplicação de termopar

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares 9.3.2.1 - Efeitos termoelétricos Os efeitos termoelétricos recebem essa denominação porque envolvem tanto calor quanto eletricidade Podem ser identificados três efeitos termoelétricos diferentes, porém inter-relacionados O efeito Seebeck é o mais relevante, sendo o primeiro cientista a estudar os fundamentos da termeletricidade descobrindo a característica principal do funcionamento dos termopares, enquanto que os efeitos Peltier e Thomson descrevem o transporte de calor por uma corrente elétrica

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares Efeito Seebeck: Em 1821 o físico alemão Thomas Johann Seebeck observou o circuito para um termômetro termopar, como o ilustrado na figura. Ambas as junções, de medição e de referência estão em ambientes isotérmicos (de temperatura constante), cada uma numa temperatura diferente Circuito para um termopar

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares A tensão de circuito aberto através da junção de referência é a chamada tensão de Seebeck e aumenta à medida que a diferença de temperatura entre as junções aumenta O termopar, que opera sob o efeito Seebeck é, portanto, diferente da maioria dos outros sensores de temperatura uma vez que sua saída não está diretamente relacionada à temperatura, mas sim ao gradiente de temperatura, ou seja, da diferença de temperatura ao longo do fio termopar Representação esquemática da montagem de um termopar

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares O termopar consiste em dois condutores elétricos diferentes A e B unidos. Quando os dois materiais forem parte do circuito de um instrumento de medida haverá duas junções e se houver uma diferença de temperatura T1 e T2 entre as junções, então se origina uma força eletromotriz (f.e.m.) denominada tensão termelétrica O valor da f.e.m. depende da diferença de temperatura e dos materiais envolvidos e mantém uma relação de proporcionalidade com essa diferença

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares 9.3.2.2 - Tipos de termopares Os vários tipos de metais ou ligas comumente empregados na constituição de termopares dependem em primeiro lugar da temperatura a medir Existe uma série de termopares padronizados segundo uma determinada faixa de aplicação levando em conta também outros fatores, tais como ambiente e tipo de material que se deseja medir

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares Tipo T J K S R B E Liga Cobre/Constantan Cu/CuNi Ferro/Constantan Fe/CuNi Cromel/Alumel NiCr/NiAl Platina-10% Ródio / Platina Pt10%Rh / Pt Platina-13% Ródio / Platina Pt13%Rh/Pt Platina-30% Ródio / Platina-6% Ródio Pt30%Rh/Pt6%Rh Cromel/Constantan NiCr/CuNi Faixa de Operação ºC -200 à +350-150 a +1000-200 a +1300 0 a 1500 0 a 1500 0 a 1820-270 a 1000 ε (mv) -6.258 a 20.872-8.095 a 69.553-6.458 a 54.886-0.236 a 18.693 0.226 a 21.101 0 a 13.820-9.835 a 76.373 Características Genéricas Pode apresentar problemas de oxidação. Bom na presença de humidade. Recomendável para baixas temperaturas e meios criogénicos. Atmosferas redutoras, inertes e com condições de vácuo. Limitações em atmosferas oxidantes a elevadas temperaturas. Não recomendado para baixas temperaturas. Atmosferas oxidantes e inertes. Limitações na utilização em vácuo ou em atmosferas redutoras. A sua sensibilidade é muito aproximadamente linear. Atmosferas oxidantes ou inertes. Não deve ser inserido em tubos metálicos. Utilizado a altas temperaturas. Sensível a contaminações. Semelhante ao termopar tipo S Atmosferas oxidantes ou inertes. Não deve ser inserido em tubos metálicos. Utilizado a altas temperaturas. Sensível a contaminações. Muito habitual na industria do vidro. Atmosferas oxidantes ou inertes. Uso limitado em atmosferas redutoras e em criogenia. Apresenta, entre todos, a mais elevada f.e.m. Tipos de termopares

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares A princípio, um termopar pode ser confeccionado com dois metais diferentes quaisquer, entretanto, devido a uma série de fatores (contaminação, custos, repetibilidade, ponto de fusão, homogeneidade, facilidade de produção, fácil soldagem, etc.), são oferecidas algumas combinações padrões.

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares Gráfico f.e.m X temperatura

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares 9.3.2.3 - Características dos termopares Uma grande vantagem do termopar é o fato de o diâmetro e o comprimento do fio não interferir no potencial gerado. Devido ao fato da temperatura indicada por um sistema de termopares ser somente a da junção entre os dois metais diferentes, o sistema pode ser utilizado para tomar a temperatura de uma área muito pequena Seu tamanho compacto também significa uma pequena inércia térmica e uma resposta rápida as variações de temperatura

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares É necessário garantir que a junção de medição esteja numa condição isotérmica, daí a importância de imergir o termopar a uma profundidade adequada. Pelo fato do sensor responder a um gradiente de temperatura, ele deve ser conectado a dois sistemas físicos em duas temperaturas diferentes A junção de referência deve ser isotérmica para propiciar uma temperatura conhecida e auxiliar na obtenção de uma interface do sinal, que isola o sensor da instrumentação. Esquema de um sistema de medição usando termopar

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares Os fios de transmissão do sinal da junção de referência até o instrumento estão freqüentemente em um meio mais controlado do que aquele de outros sensores de temperatura, especialmente se a junção de referência estiver dentro do instrumento. Se o instrumento for um voltímetro, a interpretação dos dados requererá informação extra a respeito da temperatura de referência e da tabela do termopar, caso contrário esta informação pode estar incluída no instrumento e a temperatura ser indicada diretamente.

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares Circuitos de medição com termopares

9.3 - Termômetros de Efeito Elétrico - Termopares (a) união de arame nu simplesmente soldado (b) par termelétrico no qual os dois arames estão soldados formando uma gota (c) a junção entre os dois condutores está totalmente isolada (d) o condutor interno soldado no tubo protetor, esta união forma o par termelétrico Formas de par termelétrico e tipos de junção