Projeto Voto Jovem na Escola



Documentos relacionados
Tribunal Regional Eleitoral da Bahia

Catalogação na Publicação (CIP)

ELEIÇÕES CONSELHO TUTELAR Conselho Municipal da Criança e do Adolescente Comissão Eleitoral. Produção Wilton Neto

Dr. NEY GUTEMBERG MAIA COSTA BONFIM OAB/BA advogado TEMA: DIREITO ELEITORAL ELEITOR

MANUAL FISCALIZAÇÃO (ELEIÇÕES 2016)

13 Pontos Sobre a Fiscalização da Eleição

CIDADANIA Direitos políticos e sufrágio

JUSTIFICATIVA ELEITORAL PARA OS ELEITORES RESIDENTES NO EXTERIOR ELEIÇÃO /2010

candidato e cassar o seu registro.

Democracia e Sistema Eleitoral Brasileiro

DAS ELEIÇÕES. SISTEMA ELEITORAL (arts. 82 a 86; 105 a 113 do CE)

IUS RESUMOS. Direitos Políticos. Organizado por: Samille Lima Alves

INSTRUÇÕES PARA FISCALIZAÇÃO - ELEIÇÕES 2014 AÉCIO NEVES PRESIDENTE GERALDO ALCKMIN - GOVERNADOR JOSÉ SERRA - SENADOR

O Voto Facultativo e a PEC 61/2016

RESOLUÇÃO Nº , DE 11 DE FEVEREIRO DE 2010

Direitos Políticos Ativos Capacidade Eleitoral Ativa: sufrágio, voto e escrutínio. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

DIREITOS POLITICOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITOS POLÍTICOS E SISTEMAS ELEITORAIS (ARTS 14 AO 17)

/FACE: 1

APRESENTAÇÃO. Desejamos a todos uma boa leitura, uma boa discussão em grupo e sucesso na escolha de seus candidatos!

RESOLUÇÃO N INSTRUÇÃO N CLASSE 19 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL.

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MATO GROSSO PORTARIA Nº 276/2012

ELEIÇÕES 2016 O QUE VOCÊ PRECISAR SABER

NORMAS REEDITADAS PARA A ELEIÇÃO DE DIRETOR E VICE-DIRETOR DA FACULDADE DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

EDITAL Nº. 020/ DOS ELEITORES 1

Aula 04 EXERCÍCIOS. Nos termos do artigo 89 do Código Eleitoral (Lei 4.737/1965): Art. 89. Serão registrados:

Capacitação de Mesários

CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CMAS Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social EDITAL 01/2016

2016 Tribunal Regional Eleitoral do Ceará Rua Jaime Benévolo, 21 - Centro - CEP: Fortaleza-Ceará - PABX: (85)

DIREITO ELEITORAL. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

MANUAL ELEIÇÕES 2018 FISCALIZAÇÃO COLIGAÇÃO ACELERASP

Curso/Disciplina: Direito Eleitoral Aula: Direito Eleitoral - Exercícios 02 Professor : André Marinho Monitor : Virgilio. Aula 02 EXERCÍCIOS

CONSELHO REGIONAL DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS CORE MG. RELAÇÃO DE DOCUMENTOS EXIGIDOS PARA O REGISTRO PESSOA FÍSICA

DIREITO ELEITORAL. Alistamento Eleitoral e Resolução TSE n.º /03 Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida

ELEIÇÕES CONSELHOS REGIONAIS DE ENFERMAGEM CARTILHA DO VOTO PELA INTERNET

EDITAL Nº 03/2016 I DA COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO ELEITORAL

CÓDIGO ELEITORAL TÍTULO I DAS FINALIDADES

Cidadania e voto: breve discussão

DOS PARTIDOS POLÍTICOS LEI 9096/95 PROF. ALI MUSTAPHA ATAYA

FUNDAÇÃO HOSPITALAR GETÚLIO VARGAS CONCURSO PÚBLICO Nº 01/2014

DOS LUGARES DE VOTAÇÃO E GARANTIAS ELEITORAIS PROF. ALI MUSTAPHA ATAYA

EDITAL COMPLEMENTAR Nº 23, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2013 PROCESSO SELETIVO 2013/1 PARA INGRESSO DE ALUNOS NO IF FARROUPILHA

EDITAL POSGRAP/UFS N 07/2015 RECONHECIMENTO DE DIPLOMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES ESTRANGEIRAS

Publicação do Edital 09/02/2017 Matrícula (somente presencial) 09/02 a 17/02/2017

CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA - 8ª REGIÃO - SÃO PAULO. Inscrição do Registro Definitivo

CARTILHA DO VOTO CONSCIENTE. ART. 1, parágrafo único da Constituição Federal de 88:

RESOLUÇÃO Nº 04/CE/OAB/CE FORTALEZA, 17 DE NOVEMBRO DE PROCEDIMENTOS PARA APURAÇÃO ENCERRAMENTO DA VOTAÇÃO INÍCIO DA APURAÇÃO

Direitos políticos. Conceitos fundamentais. Direitos políticos positivos. Direitos políticos positivos e direitos políticos negativos.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ CENTRO ACADÊMICO DE JORNALISMO COMISSÃO ELEITORAL

GRÊMIO ESTUDANTIL E DCE IFRS- FELIZ COMISSÃO ELEITORAL EDITAL Nº 01/2018 ELEIÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL E DCE DO IFRS-FELIZ

Informações para o dia da eleição

DIREITO ELEITORAL. Votação. Prof. Karina Jaques

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DO EXAME SUPLETIVO 2009

Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do Sul

A distância entre o sonho e a conquista chama-se ATITUDE!

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA ELEITORAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO TOCANTINS CARTA DE SERVIÇOS AO CIDADÃO

EDITAL DE SELEÇÃO PARA CONTRATAÇÃO EM CARÁTER TEMPORÁRIO ACT Nº DE 02 DE JANEIRO DE 2014.

DIREITO ELEITORAL. Alistamento Eleitoral Alistamento Eleitoral e Resolução-TSE Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

Exercícios de Direito Eleitoral. Analista

T U T O R I A L ELEIÇÕES 2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CENTRO DE EDUCAÇÃO, LETRAS E ARTES CURSO DE LETRAS PORTUGUÊS E RESPECTIVAS LITERATURAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO COLÉGIO DE APLICAÇÃO NORMATIVA 001/CA/2018

ELEIÇÕES CONSELHOS REGIONAIS DE ENFERMAGEM CARTILHA DO VOTO PELA INTERNET

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA D

Cartilha Política para Crianças e Adolescentes

SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS - SEJUDH EDITAL SEC/SADH/SEJUDH Nº. 004/2016

Esporte Clube Bahia Eleições 2017 Orientações Gerais

O Diretor Geral do Colégio de Aplicação no uso de suas atribuições,

11/07/2017 DIREITOS POLÍTICOS CONCEITO NACIONALIDADE X CIDADANIA

EDITAL Nº 01/2017 D.E

CARTILHA DO JOVEM ELEITOR

Acesso ao Sistema Usuário: MASTER Senha : MASTER (maiúsculo ou minúsculo)

Como Funcionam as Eleições Municipais. Penas de crimes eleitorais. candidato, penalizada de acordo com o art. 39, 5º da Lei 9.504/97.

Abreviaturas, xvii Nota à 7a edição, xix Prefácio, xxi

SUMÁRIO 1 ASPECTOS MATERIAIS E PROCESSUAIS DAS INFRAÇÕES PENAIS ELEITORAIS... 25

RESOLUÇÃO Nº XX.XXX. INSTRUÇÃO Nº XXX - CLASSE XXª - DISTRITO FEDERAL (Brasília).

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO SECRETARIA JUDICIÁRIA

Regimento Eleitoral do Grêmio Estudantil PAULO FREIRE em 2013

LEI Nº 6.996, DE 7 DE JUNHO MAIO DE 1982.

REGIMENTO ELEITORAL Eleições 2018 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL ANAF

... 5º São inelegíveis para os mesmos cargos, no período imediatamente subsequente, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do

No Brasil: Misto de Democracia Semidireta ( meios de participação popular) + Indireta (mandato representativo)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA CAMPUS DE VITÓRIA DA CONQUISTA BAHIA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE CAMPINAS EDITAL DE TRANSFERÊNCIA Nº 01 / 2016.

Edital. Processo Seletivo (Notas do Enem) º Semestre

ELIÇÕES PARA O CENTRO ACADÊMICO DOS ESTUDANTES DA GRADUAÇÃO EM DIREITO DA FMP

EDITAL DE ELEIÇÃO DAS VAGAS REMANESCENTES REPRESENTANTES DOCENTES, TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS E DISCENTES DO CONSELHO DE CAMPUS CABO FRIO

SUMÁRIO CAPÍTULO I DIREITOS POLÍTICOS... 1 CAPÍTULO II DIREITO ELEITORAL CAPÍTULO III PRINCÍPIOS DE DIREITO ELEITORAL... 23

EDITAL Nº11 /CSSB, DE 28 DE JUNHO DE 2016 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONTRATAÇÃO DE PROFESSOR SUBSTITUTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Anexo 2 - PROCEDIMENTOS DE VOTAÇÃO

Comissão Eleitoral para Composição da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal da ASEPI -Gestão 2015/2017. Produção Wilton Neto

CURSO FORMAÇÃO CIDADÃ DEMOCRACIA REPRESENTATIVA. Victor Barau

Observação: Os trechos destacados da cor azul são trechos retirados literalmente do código eleitoral.

INSCRIÇÃO DE ESTAGIÁRIO

INFORME ESPECIAL ASSESSORIA PARLAMENTAR Nº 01

COMISSÃO ELEITORAL EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ELEIÇÕES DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

EDITAL DE PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONTRATAÇÃO DE EDUCADOR EM CARÁTER TEMPORÁRIO

Transcrição:

Projeto Voto Jovem na Escola

Composição do Pleno 2013/2014 Desembargadores Eleitorais: Des. José de Ribamar Froz Sobrinho Presidente Des. Antonio Pacheco Guerreiro Júnior Vice-Presidente/Corregedor Clodomir Sebastião Reis Diretor da EJE-MA José Eulálio Figueiredo de Almeida Ouvidor Alice de Sousa Rocha Eduardo José Leal Moreira Daniel Blume Pereira de Almeida Régis Richael Primo da Silva Procurador Regional Eleitoral

PALAVRA DO PRESIDENTE A JUVENTUDE ROMPENDO FRONTEIRAS Ao estabelecer um ritmo mais acelerado do que a dinâmica natural do processo histórico, a juventude vem rompendo fronteiras há pouco consideradas intransponíveis. O espírito irreverente dos jovens é a sua principal motivação para assumir bandeiras memoráveis e de grande alcance cultural, político e econômico. A sua vocação transformadora fortalece as esperanças de construção participativa de sociedades verdadeiramente livres, desenvolvidas em padrões sustentáveis, solidárias e justas. Nas democracias representativas, a exemplo da que vivenciamos e precisamos consolidar, o voto, tanto quanto um direito, pode ser um instrumento a favor do bem-comum. Utilizado com acerto, o voto é capaz de significar a realização de sonhos acalentados diuturnamente por milhões de brasileiros e, de modo particular, de maranhenses. O uso equivocado do voto, sem a menor dúvida, não só produz decepção para o eleitor, como atinge gravemente o conjunto da população, frustrando suas esperanças de uma vida melhor, mais digna, mais feliz. O jovem que completar 16 anos, até o dia 7 de outubro do próximo ano, terá a oportunidade (até o dia 9 de maio) de valer-se de uma importante ferramenta para utilizar, como agente ativo, na construção de seu futuro e de colaborar na edificação da sociedade almejada. Além dos jovens em referência, todos aqueles que ainda não dispõem do seu título de eleitor poderão adquiri-lo, alistando-se na seção eleitoral mais próxima de onde mora, apenas portando um documento de identidade e um comprovante de residência. E feliz exercício de cidadania! Desembargador Raimundo Cutrim Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão

SUMÁRIO Palavra ao Eleitor... 4 Noções de Direito Eleitoral... 6 O Direito à Participação... 9 Eleitor Consciente... 13 Por Dentro das Urnas Eletrônicas... 17 O que é Biometria... 20 Ouvidoria... 22 O Processo de Votação... 23 Preferência para Votar... 25 Procedimentos para Votação... 26 Votar sem o Título de Eleitor... 27 Fiscalização... 28 Perguntas Frequentes... 29 Bibliografia... 33

Noções de Direito Eleitoral Quem pode votar? Todas as pessoas que têm título eleitoral e que não deixaram de votar ou justificar o voto nas três últimas eleições estão aptas a votar. O voto é obrigatório para as pessoas entre 18 e 70 anos. O voto é facultativo, isto é, não obrigatório, para: os analfabetos; os maiores de setenta anos; os maiores de 16 e menores de 18 anos. Não podem votar aqueles que não se inscreveram como eleitor, tiveram o título cancelado ou suspenso. 6

Quem pode ser votado? Qualquer cidadão brasileiro alfabetizado que apresentar seu alistamento eleitoral. O candidato deve ser indicado por seu partido político no período determinado por lei durante o ano eleitoral. O candidato deverá ter a idade mínima de 18 anos para se candidatar a vereador, 21 para deputado e prefeito, 30 para governador e 35 para senador e presidente da República. O candidato deve comprovar seu domicílio eleitoral, que é o endereço onde mora. 7

O que acontece se o cidadão não votar? Quem não puder votar deve justificar sua ausência. Caso não o faça, ou se a justificativa não for aceita pelo Juiz Eleitoral, deverá pagar multa. Quem não tem a prova de que votou, de que se justificou ou de que pagou a multa não poderá inscrever-se em concurso público, obter passaporte ou carteira de identidade, renovar matrícula, conseguir empréstimos em bancos e uma série de outras restrições. Quem deixar de votar em três eleições seguidas terá seu título cancelado. (Contituição Federal; Código Eleitoral arts. 7º, 8º e seguintes) CIDADÃO 8

O Direito à Participação No Brasil, o direito à participação é assegurado às crianças e aos adolescentes, principalmente a partir da Constituição Federal de 1988. Outro documento que garante esse direito é o Estatuto da Criança e do Adolescente, elaborado a partir de muito debate dentro dos movimentos sociais ligados à infância e à adolescência. Em uma dimensão internacional, as Nações Unidas adotaram a Convenção sobre os Direitos da Criança, que é um conjunto de princípios sobre os direitos humanos das crianças disseminado em vários países do mundo. 9

O que diz cada documento: CONSTITUIÇÃO FEDERAL É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Cap. VII Art. 227) O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos. (Cap. IV Art. 14) 10

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (Art. 4º) 11

CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA Os Estados Partes (países membros das Nações Unidas) assegurarão à criança que estiver capacitada a formular seus próprios juízos o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados com a criança, levando-se devidamente em consideração essas opiniões, em função da idade e maturidade da criança. (Art. 12) A criança terá direito à liberdade de expressão. Esse direito incluirá a liberdade de procurar, receber e divulgar informações e ideias de todo tipo, independentemente de fronteiras, de forma oral, escrita ou impressa, por meio das artes ou por qualquer outro meio escolhido pela criança. (Art. 13) (CARTILHA DO PROJETO ELEITOR DO FUTURO TSE, 2003) 12

Eleitor Consciente Como posso participar das Eleições? Examine as propostas dos candidatos. Fiscalize a campanha e denuncie as irregularidades. Escolha com atenção os seus candidatos. Vote consciente! 13

Como posso escolher meu candidato? Procure conhecer a história do seu candidato; Observe se o candidato está preocupado com os problemas da comunidade, se participa de organizações comunitárias e busca o progresso de sua cidade; Não vote em candidato que oferece presentes em troca de voto; Escolha um candidato que tenha boas propostas, que saiba ouvir as opiniões da comunidade, propor leis que alcancem o interesse de todos e defenda melhorias para a sociedade. (CARTILHA PROJETO ELEITOR CONSCIENTE 2008) 14

Vale a pena vender o meu voto? Não! Não vale a pena trocar seu voto por dinheiro nem por favores oferecidos por candidatos, porque isso é um crime muito grave previsto no Código Eleitoral. Tanto quem compra quanto quem vende o voto podem ser punidos com até quatro anos de prisão e pagamento de multa. Além disso, o eleitor que vende seu voto pode até ganhar uma vantagem naquele momento, mas o prejuízo para ele e para toda a comunidade será muito maior quando o político estiver no poder. Com toda certeza, o candidato que compra votos não é confiável e certamente tentará recuperar o dinheiro que gastou em sua campanha desviando recursos públicos. (CARTILHA PROJETO ELEITOR CONSCIENTE 2008) 15

A participação do eleitor termina no dia das Eleições? Não! O eleitor deve fiscalizar os políticos eleitos, ficar de olho no que está acontecendo no seu bairro e na sua cidade, apresentar sugestões aos políticos que ajudou a eleger, através de e-mail, telefone ou reunião com grupos de moradores e com eles mesmos. (CARTILHA PROJETO ELEITOR CONSCIENTE 2008) 16

Por Dentro das Urnas Eletrônicas As urnas eletrônicas são equipamentos desenvolvidos pela Justiça Eleitoral, cujos programas e sistemas informatizados são resguardados por assinaturas digitais, que asseguram a autenticidade e integridade das informações. Além disso, as urnas recebem lacres físicos que garantem a proteção contra qualquer violação. A Justiça Eleitoral garante a segurança das urnas eletrônicas. Esses equipamentos ficam sob a guarda dos tribunais regionais eleitorais e começam a ser preparados pelos técnicos da Justiça Eleitoral uma semana antes das eleições. Primeiramente, todas as informações que estão armazenadas são apagadas. Depois, inicia-se o novo carregamento do sistema, com os aplicativos da eleição, a tabela dos candidatos, a indicação dos municípios, zonas e dados dos eleitores de cada seção. (CARTILHA PROJETO ELEITOR CONSCIENTE 2008) 17

As Urnas Eletrônicas são seguras contra Hackers? Sim! São absolutamente seguras porque não são conectadas em linha telefônica nem em rede de computadores (Internet). Os computadores utilizados para a transmissão dos BUs são de propriedade exclusiva da Justiça Eleitoral. Qualquer acesso externo é barrado por meio de firewall (um dos mecanismos que fazem a defesa de um computador). (CARTILHA PROJETO ELEITOR CONSCIENTE 2008) 18

Tem como alguém descobrir em que candidato eu votei? Não! Ninguém tem como saber em que candidato você votou, a não ser que você espontaneamente revele o seu voto. Nem mesmo os juízes, mesários ou técnicos da Justiça Eleitoral têm como saber em que candidato o eleitor votou. (CARTILHA PROJETO ELEITOR CONSCIENTE 2008) 19

O que é Biometria A palavra biometria vem do grego: bios (vida) metron (medida). Designa um método automático de reconhecimento individual baseado em medidas biológicas (anatômicas e fisiológicas) e características comportamentais. O uso de ferramentas biométricas proporcionou aos sistemas de segurança total confiabilidade. Todo sistema biométrico é preparado para reconhecer, verificar ou identificar uma pessoa que foi previamente cadastrada. O cadastramento biométrico que será efetuado pela Justiça Eleitoral, os dados serão coletados por um scanner de alta definição. Nas eleições gerais de 2010, 1.136.140 eleitores cadastrados puderam votar em urnas eletrônicas com leitor de identificação biométrica, que reconhece as impressões digitais dos eleitores. Para as eleições de 2012, o TSE pretende ter habilitado 10 milhões de eleitores para votar utilizando essa nova tecnologia, recadastrando em um pri- 20

meiro momento, já em 2011, 6.154.816 eleitores. Com o sistema, o Brasil poderá criar o maior banco de dados de imagens de impressão digital existente no mundo. A expectativa é que até 2018 todos os municípios do país tenham urnas com leitores biométricos. Os eleitores mal notaram as mudanças na hora de votar. Isso porque a urna biométrica informatizou um procedimento operacional: a liberação das urnas não mais é feita pelos mesários, mas, sim, pela leitura das impressões digitais do próprio eleitor. É a tecnologia a serviço da segurança do voto e da transparência do processo eleitoral. (TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL) 21

Ouvidoria No TRE-MA, a ouvidoria foi criada para atuar na defesa dos direitos e das garantias fundamentais do cidadão, promovendo o aperfeiçoamento contínuo dos serviços prestados pela Justiça Eleitoral, por meio do recebimento de reclamações, denúncias, críticas, sugestões e elogios. O papel fundamental da Ouvidoria consiste, dessa forma, em aproximar a sociedade da Justiça Eleitoral, permitindo que haja uma participação popular cada vez mais ativa na Administração Pública. www.tre-ma.jus.br 0800 098 5000 TRE-MA 22

O Processo de Votação Serão admitidos a votar os eleitores cujos nomes estiverem incluídos no caderno de votação e no cadastro de eleitores da seção, constante da urna eletrônica. Poderá votar o eleitor cujo nome não figure no caderno de votação, desde que seus dados constem do cadastro de eleitores da urna. Mas o eleitor deverá estar com um documento oficial de identificação com foto. O voto é obrigatório nos dois turnos. Porém o eleitor que não votou no primeiro turno deve justificar a ausência e votar normalmente no segundo. O eleitor poderá levar uma cola, contendo o nome e o número de seus candidatos escolhidos, para facilitar na hora do voto. Mas é proibido ao eleitor portar aparelho de telefonia celular, máquina fotográfica, filmadora, equipamento de radiocomunicação, ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto. 23

Na seção eleitoral estará afixada a lista completa com os nomes e números dos candidatos. É só consultá-la. O voto do analfabeto é facultativo. Porém, caso queira votar e não saiba assinar, será colhida a impressão digital do seu polegar direito no caderno de votação. Assim, basta pressionar o número dos candidatos da sua preferência e, em seguida, a tecla verde [CONFIRMA]. Além disso, será permitido o uso de instrumentos que auxiliem o eleitor analfabeto a votar, não sendo a Justiça Eleitoral obrigada a fornecê-los. CIDADÃO 24

Preferência para Votar Candidatos. Juízes e seus auxiliares. Servidores da Justiça Eleitoral. Promotores eleitorais. Policiais militares em serviço. Eleitores maiores de 60 anos, enfermos, portadores de necessidades especiais, grávidas e lactantes. 25

Procedimentos para Votação O eleitor, na sala de votação, deverá: apresentar seu título de eleitor ou documento de identificação, com foto; assinar no caderno de votação ou colocar sua impressão digital; votar na cabina, assegurando o direito de segredo do voto; retornar à mesa receptora de votos para receber seu título de eleitor ou documento de identificação e o comprovante de votação. 26

Votar sem o Título de Eleitor O eleitor, mesmo sem a apresentação do título de eleitor, poderá votar, desde que apresente documento oficial com foto que comprove sua identidade (carteira de identidade ou documento de valor legal equivalente, como certificado de reservista, carteira de trabalho e carteira nacional de habilitação com foto). Não será admitida a certidão de nascimento ou casamento como prova de identidade. 27

Fiscalização Aos candidatos registrados, seus advogados, delegados e fiscais cabe: fiscalizar a votação, formular protestos e fazer impugnações. Cada partido ou coligação pode nomear, para cada mesa receptora de votos, dois fiscais que devem atuar um de cada vez. Os fiscais podem atuar em mais de uma seção. 28

Perguntas frequentes Qual a diferença entre votar nulo e votar em branco? O voto em branco ocorre quando o eleitor escolhe a opção da tecla de cor branca [BRANCO] e confirma na urna eletrônica. Já o voto nulo é aquele que não corresponde a qualquer numeração de partido político ou candidato regularmente inscrito. Tanto o voto nulo como o em branco não são considerados na soma dos votos válidos. Em quais casos o voto é nulo? O voto será nulo se o eleitor digitar um número de candidato ou partido inexistente e apertar a tecla verde [CONFIRMA]. Para evitar esse problema, leve anotados os números dos seus candidatos. 29

Qual a consequência se você votar nulo? Votar nulo representará a vitória do candidato que obtiver mais votos válidos. Assim, você poderá favorecer um candidato não desejado por você pelo abandono da sua oportunidade de escolher conscientemente o seu representante. A não participação no processo eleitoral poderá acarretar uma realidade política prejudicial a todos. Deixei de votar em três eleições consecutivas. Como regularizar a minha situação? Dirija-se ao seu cartório eleitoral e solicite a regularização. Será cobrada uma multa, arbitrada pelo juiz eleitoral, referente a cada turno de eleição em que você deixou de votar, e, após a apresentação do comprovante do pagamento, você receberá a Certidão de Quitação Eleitoral. 30

Se sou eleitor de uma cidade onde há segundo turno, mas vou viajar para uma cidade onde não há segundo turno, como justifico minha ausência? Mesmo onde não há eleição, serão instaladas mesas receptoras de justificativa eleitoral. O eleitor deverá comparecer aos locais destinados ao recebimento das justificativas com o formulário Requerimento de Justificativa Eleitoral preenchido, com seu título de eleitor ou qualquer documento oficial de identificação. O que acontece com o eleitor que votar ou tentar votar por outro eleitor? Responderá por crime eleitoral cuja pena, nesse caso, é de até três anos de reclusão. 31

Como faço para pagar a multa por não ter votado? Você deve comparecer a qualquer cartório eleitoral, onde será gerada a Guia de Recolhimento da União (GRU), com a discriminação do valor da multa. 32

Bibliografia BRASIL. Constituição (1988). Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2002. ONU. Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989. Código Eleitoral arts. 07, 08 e seguintes. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Cartilha Projeto Eleitor Consciente Participação efetiva nas Eleições 2008. Brasília: 1. ed. Escola Judiciária Eleitoral, 2008. Disponível em http://www.tse.jus.br/eje/arquivos/infor- mativos/projetoeleitorconsciente/eleitor- Consciente.pdf. Acesso em 2 de agosto de 2010. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Programa Eleitor do Futuro Aprendendo a ser cidadão. Brasília: 1.ed. Escola Judiciária Eleitoral, 2003. Disponível em http://www.tse. gov.br/eje/arquivos/cartilha_prof.pdf. Acesso em 2 de agosto de 2010. 33

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Boletim Informativo da Escola Judiciária Eleitoral do TSE Eleições 2010. Brasília. Disponível em http://www.tse.gov.br/eje/html/bieje. html. Acesso em 2 de agosto de 2010. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Cartilha Perguntas e Respostas Eleições 2010. Brasília. Disponível em http://eleicoes2010. jus.br/. Acesso em 18 de maio de 2011. 34

Membros da Comissão: Ana de Lourdes Serra Sousa Ana Karina Fialho Gandra Bezerra Antoniette Conceição de Mª F. Coelho Edson Cunha do Nascimento Júnior Egídio de Carvalho Ribeiro Júnior Fabiana Silva Ribeiro Fabíola Susana Macedo Coelho Natanael de Paula Sousa Revisor Gramatical Prof. Jáder Cavalcante Projeto gráfico, capa e edição de imagens: Natanael de Paula Sousa 35

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO