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Transcrição:

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ALEGRETE CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE ALEGRETE Comissão de Legislação e Normas Parecer N. 05/2006/CMEA Fixa normas para definição de conteúdos e habilitação de professores de Ensino Religioso. RELATÓRIO A Lei Federal N. 9394/96, em seu artigo 33, com a redação dada pela Lei N. 9475/97, estabelece: Artigo 33- O ensino religioso, da matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. 1 - Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. 2. - Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso. De acordo com a legislação pertinente, o Conselho Municipal de Educação exarou a Deliberação N. 04/2001/CMEA que Regulamenta a habilitação de professores de Ensino Religioso e os procedimentos para a definição dos

conteúdos do componente curricular, ora modificada pela Deliberação N. 06/2006/CMEA que altera a Deliberação N. 04/2001/CMEA. Este Parecer tem a função de explicitar as referidas Deliberações. ANÁLISE DA MATÉRIA 2. Os conteúdos do Ensino Religioso A educação brasileira, a partir da Lei N. 9394/96, passou a contar com diretrizes curriculares nacionais, de observância obrigatória, e com parâmetros curriculares, com caráter de sugestão. Cabe às escolas a conversão dessas diretrizes e desses parâmetros em currículos e programas de ensino capazes de atingir os objetivos da educação nacional, conforme definidos em lei. O Ensino Religioso, componente curricular a constar obrigatoriamente dos horários normais das escolas públicas e, eletivamente, nos de escolas de livre iniciativa, está sujeito às mesmas diretrizes curriculares nacionais. Assim, a Resolução CEB N. 2, de 7 de abril de 1998, que Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental estabelece os contornos para a definição de um currículo escolar para o ensino fundamental que inclui, também, o Ensino Religioso, como área de conhecimento. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Religioso, conforme redigidos pelo Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso, constituem um auxílio para a tarefa de fixar um programa para esse componente curricular. A LDBEN atribui aos sistemas de ensino o papel de definir os conteúdos do Ensino Religioso para o seu contexto e, para essa definição, o Sistema de Ensino deverá buscar a colaboração das diferentes denominações religiosas, organizadas em entidade civil especificamente para esse fim. Os conteúdos do Ensino Religioso, assim estabelecidos para o âmbito do Sistema Municipal de Ensino, constituirão, por 2

sua vez, parâmetros- mais uma vez com caráter de sugestão- para que a própria escola fixe, em seus Planos de Estudos, os objetivos, a abrangência e a profundidade desse componente curricular, tendo em vista seu próprio projeto pedagógico. Como a Constituição Estadual determina a oferta do Ensino Religioso também no Ensino Médio das escolas públicas, o padrão referencial de currículo deverá levar em conta as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, conforme Resolução CEB N. 3, de 26 de junho de 1998. conteúdos do Ensino Religioso. 3. Participação da sociedade civil na definição dos As entidades religiosas, em colaboração com a Secretaria de Educação, já desenvolvem estudos e produzem orientações para as escolas. Cabe uma referência à entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas-coner/al-conselho do Ensino Religioso do Município de Alegrete, cadastrada no Sistema Municipal de Ensino de Alegrete pelo Parecer N. 13/2001/CMEA. Essa entidade de acordo com a cópia de seu Estatuto, está registrada como associação no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, constando de sua definição básica, verbis: O Conselho de Ensino Religioso do Município de Alegrete, também designado CONER/AL, é uma instituição de direito privado brasileiro, de natureza associativa, apolítica, sem fins lucrativos, fundada por tempo indeterminado e com número ilimitado de associados (...) - (Art.1 do Estatuto Social). Entre as finalidades do CONER/AL, consta: I- Congregar as denominações religiosas interessadas, com o objetivo específico de se constituírem em entidade civil, para os fins previstos no artigo 33 da Lei N. 9394, de 20 de dezembro de 1996, com a nova redação que lhe dá a Lei N. 3

9475, de 22 de julho de 1997 (...) 4. A habilitação e admissão de professores O Conselho Nacional de Educação, reiteradas vezes, tem manifestado que descabe instituir uma Licenciatura para a formação de professores de Ensino Religioso. Essa é a posição por exemplo, expressa no Parecer N. 97/99, que trata da Formação de professores para o Ensino Religioso nas escolas públicas de ensino fundamental, que afirma: (...) a Lei N. 9475/97 não se refere à formação de professores, isto é, ao estabelecimento de cursos que habilitem para esta docência, mas atribui aos sistemas de ensino tão somente o estabelecimento de normas para a habilitação e admissão dos professores (...) Não se contempla, necessariamente, um curso específico de licenciatura nesta área, nem se impede que a formação possa ser feita por entidades religiosas ou organizações ecumênicas. E no Voto dos Relatores se lê: (...) devendo ser assegurada a pluralidade de orientações, os estabelecimentos de ensino podem organizar cursos livres ou de extensão orientados para o Ensino Religioso, cujo currículo e orientação religiosa serão estabelecidos pelas próprias instituições, fornecendo aos alunos um certificado que comprove os estudos realizados e a formação recebida (...) Diante desse posicionamento, cabe estabelecer, para o Sistema Municipal de Ensino, a habilitação para o exercício do magistério desse componente curricular. Parece ser tranqüilo que do professor habilitado a lecionar na Educação Infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental, pelas próprias características dessa formação e pelo trabalho integrado que se realizam nesses níveis de 4

escolarização, nada mais se há de exigir, além da própria habilitação para o magistério. Essa condição não anula, todavia, a recomendação de que também aos professores desses níveis sejam oferecidos cursos de atualização e aperfeiçoamento na área do Ensino Religioso. Apenas não se há de exigí-los para fins de habilitação ao magistério. A partir da 5.ª série do ensino fundamental, e no ensino médio, a habilitação mínima a ser exigida é a licenciatura em qualquer área do currículo secundada por um curso específico de formação na área do Ensino Religioso. Esse curso poderá assumir os mais diferentes formatos, conforme a Mantenedora o propor: quer seja curso de atualização ou aprofundamento na área do magistério, curso de qualificação profissional, extensão universitária, ou até mesmo de pós-graduação, desde que desenvolvido ao longo de, no mínimo, 400 horas letivas. A certificação, que deverá identificar claramente a entidade que ofereceu o curso, informará sobre o currículo desenvolvido e a carga horária cumprida, incluindo data de início e término do curso. É de ressaltar que, seja qual for a modalidade escolhida para a oferta desses cursos, sua conclusão, por si só, não habilita ao magistério do Ensino Religioso, mas será sempre e tão-somente, em acréscimo a uma licenciatura previamente concluída. A admissão desses professores ao magistério em estabelecimentos públicos municipais, obedecerá o que a legislação pertinente estabelecer. CONCLUSÃO Este Parecer reforça a importância da disciplina Ensino Religioso como 5

currículo capaz de representar a diversidade religiosa existente. Diante do exposto, a Comissão de Legislação e Normas conclui que este Conselho dê conhecimento do teor deste Parecer às entidades mantenedoras dos estabelecimentos de ensino Alegrete, 31 de agosto de 2006. Marlene Rosado Funck- relatora Marione Jaques da Silva Rosa Terezinha da Silva Pinheiro Neuza Teodoro Ramos Aprovado, por unanimidade, pelo Plenário, em sessão de 31 de agosto de 2006. Ana Cristina da Motta Jaques Presidente do CMEA 6

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