Geografia Capítulo 2. Cartografia. Introdução

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Geografia Capítulo 2 Cartografia Introdução Cartografia é a ciência voltada para o estudo da construção e interpretação de mapas. Nesta ciência estuda-se como representar uma área geográfica em uma superfície pela como um mapa, globo ou gráfico. A cartografia deve servir à navegação, isto é, se refere a rumo ou direção; assim, orientar-se significa determinar a posição de algo em relação a um espaço físico qualquer, usando como ferramenta os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. Pode-se utilizar como referencial vários meios como: bússolas, astros, coordenadas geográficas, dentre outros. Suas principais consequências são: a) Sucessão de dias e noites. b) Originou as horas e fusos horários. c) Gera o Movimento aparente do Sol. d) Interfere na circulação atmosférica e correntes marinhas. e) Determina a gravidade do Planeta. 1. Rosa dos Ventos ou Rosa dos Rumos PONTOS CARDEAIS N = Norte S = Sul L ou E = Leste O ou W = Oeste PONTOS COLATERAIS NO ou NW= Noroeste NE = Nordeste SE = Sudeste SO ou SW= Sudoeste Movimento aparente do Sol 2.2 - Movimento de Translação Movimento que a Terra realiza em torno do Sol traçando uma órbita elíptica. Tem a duração de 365 dias, 5 horas, 48 mim e 48 segundos. PONTOS SUBCOLATERAIS NNO ou NNW= Nor-Noroeste NNE = Nor-Nordeste SSE = Su-Sudeste SSO ou SSW= Su-Sudoeste ENE = Es-Nordeste ESE = Es-Sudeste OSO ou WSW= Oes-Sudoeste ONO ou WNW= Oes-Noroeste 2. Movimentos Terrestres 2.1 - Movimento de Rotação Movimento que a Terra realiza em torno de si mesma (eixo imaginário), no sentido oeste leste. Tem duração de 23 horas 56 minutos e 4 segundos, e sua velocidade é de 1666 km/h na linha do Equador, diminuindo na direção dos polos. Movimento de translação e as estações do ano Suas principais consequências são: a) A alternância das estações do ano. b) Os anos bissextos. 2.2.1 - As estações do ano. Solstício são épocas em que os hemisférios estão desigualmente iluminados em função do eixo de rotação inclinado da Terra. 1

Períodos Hemisfério Norte Hemisfério Sul De 21/12 a 21/3 Inverno Solstício de inverno Verão Solstício de verão 4. Linhas Imaginárias e Coordenadas Geográficas Por meio de duas linhas perpendiculares entre si - os chamados Meridianos e Paralelos - podemos localizar qualquer ponto na superfície terrestre, cruzando tais linhas em um Plano de Coordenadas Geográficas. De 21/3 a 21/6 De 21/6 a 22/9 Primavera Verão Solstício de verão Outono Inverno Solstício de inverno Os PARALELOS são linhas imaginárias que contam o globo horizontalmente. Variam de 0 a 90, tanto ao norte quanto ao sul, a partir da linha do Equador. De 21/9 ou 23/9 a 21/12 Outono Primavera 3. Linhas Imaginárias e Hemisférios Terrestres 3.1 - Linha do Equador É o Paralelo Inicial ou Principal. É a partir dele que se faz a divisão do Planeta em dois hemisférios: HEMISFÉRIO NORTE, SETENTRIONAL OU BOREAL Os MERIDIANOS são semicírculos imaginários e traçados de polo a polo, variando de 0 a 180 a leste e a oeste do Meridiano de Greenwich. HEMISFÉRIO SUL, MERIDIONAL OU AUSTRAL 3.2 - Meridiano de Greenwich É o Meridiano Inicial, Referência ou Principal. Com ele se divide a Terra em dois hemisférios: HEMISFÉRIO OESTE, OCIDENTAL, POENTE OU OCASO Tais linhas imaginárias quando usadas de forma coordenada, definem a localização precisa de qualquer ponto na superfície terrestre por meio da LATITUDE e LONGITUDE. Latitude Longitude Linha de referência Equador (0 ) Meridiano de Greenwich (0 ) HEMISFÉRIO LESTE, ORIENTAL, NASCENTE OU LEVANTE Direções Norte ou Sul Leste ou Oeste Graus 0 a 90 0 a 180 Linhas imaginárias Paralelos Meridianos 2

4.3 - Trópicos e Círculos Polares Linha Imaginária Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Círculo Polar Antártico Círculo Polar Ártico Localização 23 27 S 23 27 N 66 33 S 66 33 N Utilidade Delimitação da zona tropical sul e a zona temperada sul. Delimitação da zona tropical norte e a zona temperada norte. Delimitação da zona polar sul. Delimitação da zona polar norte. 5 - Fusos Horários - Introdução Em função do movimento de rotação da Terra, somada a sua forma quase esférica, é natural que na superfície terrestre ocorra horas diferenciadas. Nesse sentido, definimos como FUSO HORÁRIO uma faixa que vai de um polo a outro, delimitada por dois meridianos. Se dividirmos o valor da circunferência da Terra - 360 - pelo número de horas gastos para que ela complete seu movimento de rotação - 24 horas - teremos, portanto, 24 faixas medido 15 (graus) cada. Dessa maneira, as localidades compreendidas no mesmo fuso devem possuir a mesma hora natural. Em função de razões práticas, as linhas de fuso são adaptadas de acordo com fronteiras políticas e interesses dos países. Há então uma diferenciação entre fuso Teórico e fuso Prático. O primeiro, relativo à hora Solar, o segundo, relativo à hora Legal. Hora Solar: fornecida pela posição do sol no céu, mediante o referencial do observador. Hora Legal: estabelecida por legislações próprias de cada país. 5.1 - Linha Internacional de Mudança de Datas Corresponde ao antimeridiano de Greenwich, isto é, a linha que se encontra a 180 de longitude em relação a Greenwich. É também utilizado para marcar a virada de datas. 5.2 - Fusos Horários Brasileiros O Brasil possui como horário oficial, o Horário de Brasília, posicionado a 45 de longitude leste. Entretanto, a grande extensão longitudinal do território o Brasil possui mais dois fusos. É necessário lembrar que no ano de 2008 o Brasil modificou a distribuição dos seus fusos horários, passando de quatro fusos para três. Porém, em 2013 voltou a contar com quatro fusos novamente. Percebe-se ainda que todas as vezes que nos deslocamos para o LESTE devemos ADIANTAR nossos relógios, e para o OESTE devemos ATRASAR nossos relógios. 5.3 - Horário de Verão A implantação do horário de verão tem como principal objetivo a redução da demanda máxima durante o horário de ponta de carga do sistema elétrico brasileiro. O aumento de consumo nessa época é resultado, sobretudo, do incremento da produção industrial, face às encomendas de Natal e à subida da temperatura na chegada do verão. Entretanto, o horário de verão não é adotado em todo o território brasileiro pois os estados que estão próximos a linha do Equador não sofrem significativa variação de luminosidade entre dia e noite. 3

6. Tipos de Mapa De acordo com seus objetivos ou finalidades, os mapas podem ser divididos em três tipos: Mapas Gerais: visam alcançar um público amplo e diversificado. Apresentam, portanto, informações genéricas. Mapas Especiais: é destinado a um público específico e, em geral, técnico. Possuem informações obtidas por meio de estudos especializados. Mapas Temáticos: a partir de um fundo básico mostra a manifestação de fenômenos variados (econômicos, políticos, demográficos, etc.) 7. Elementos de um mapa Título: identifica qual tipo de informação será representada no mapa. Legenda: conjunto de símbolos que permitem identificação e leitura de elementos do espaço geográfico no mapa. Indicação de direção (rumos): indicação no sentido norte. Coordenadas geográficas (meridianos e paralelos): linhas que apresentam a localização da área representada. Escalas: relação matemática entre a medida real do terreno e sua redução no mapa. Fonte (s): consiste em fornecer a origem do mapa, seu autor, dando crédito a quem fez o mapa e credibilidade às informações contidas no mapa. 8.1 - Tamanho de Escalas De acordo com o nível de detalhamento do mapa, podemos classificar as escalas em duas categorias. Escala Grande: proporciona um alto nível de detalhamento no mapa. Sendo assim a superfície real foi reduzida poucas vezes. Ex: 1:1000. Escala Pequena: proporciona um pequeno nível de detalhamento, portanto, a superfície real foi reduzida muitas vezes. Ex: 1:250000. 9. Técnicas de Representação cartográfica 9.1. Curva de Nível As curvas de nível são linhas empregadas para unir os pontos da superfície terrestre de igual altitude, acima do nível do mar, que está no nível zero. 8. Escalas A escala é a relação de proporção entre o tamanho de um mapa e a realidade. Conforme a finalidade a que se destina, podemos escolher uma ou outra escala, sabendo que as formas de representação das escalas podem ser: Escala Numérica ou Aritmética: é dada em forma de fração ou proporção, como o exemplo abaixo: Perfis topográficos de relevos diferentes 9.2. Projeções cartográficas A melhor projeção do Planeta é o Globo. Brasil em diferentes escalas Escala Gráfica: apresenta-se sob forma de um segmento de reta graduado como mostra o exemplo abaixo. 4

Matematicamente é impossível transformar uma superfície esférica em uma superfície plana sem que haja distorções. Sendo assim, toda representação do esferoide terrestre gera distorções nos mapas. Para minimizar essas distorções os cartógrafos desenvolveram as projeções cartográficas, sendo os principais tipos mostrados abaixo. eurocêntrica predominante na época. O simples fato de um mapa ser construído com o hemisfério norte na parte superior e o hemisfério sul no inferior do mapa, também esconde ideologias de superioridade e dominação. Tipo de projeção Cilíndrica Características Tanto o planisfério de Peters quanto o de Mercator foram elaborados a partir da projeção cilíndrica, idealizada pelo próprio Mercator. Esta projeção consiste em projetar a superfície da Terra, os paralelos e os meridianos sobre um cilindro. A de Mercator é uma projeção cilíndrica conforme, ou seja, Cilíndrica conserva a forma dos continentes, direções e ângulos. A projeção de Peters é cilíndrica equivalente, pois não mantém as formas, direções e ângulos, mas preserva as áreas dos continentes. Projeção de Mercator. Repare que apesar da Groelândia ser treze vezes menor que a África, nessa projeção ela aparece com a mesma área africana. Cônica A superfície da Terra é representada sobre um cone imaginário, onde os meridianos formam uma rede de linhas retas convergentes nos polos e paralelos que constituem círculos concêntricos a partir do polo. Este tipo de projeção é muito usado para representar partes da superfície terrestre como o trecho de um continente. A projeção de Peters faz uma crítica a Mercator. Por isso ela preserva a proporcionalidade das áreas dos continentes, inverte a posição dos hemisférios, entretanto, deforma o contorno dos continentes. 10. Novas tecnologias em mapeamento. Azimutal ou Polar A superfície terrestre é representada sobre um plano tangente a um ponto da Terra, que ocupa sempre o centro da projeção. No caso do plano ser tangente ao polo, os paralelos aparecem representados por círculos concêntricos a ele. Esta representação é usada para representar as regiões polares e suas proximidades. 10. Os mapas e as visões de mundo. Os mapas, além de serem importantes ferramentas de localização e orientação, também trazem consigo as intenções e visões de mundo daquele que o produz. Desse modo, os mapas também podem servir de instrumentos ideológicos e até mesmo de dominação cultural. A projeção de Mercator, por exemplo, traz deformidades bastante expressivas nas regiões temperadas e polares fruto da projeção cilíndrica fazendo com que o continente europeu apareça bem maior do que proporcionalmente ele o é. Além disso, a Europa ocupa o centro do mapa, manifestando a visão 10.1 - Aerofotogrametria: A utilização de aviões em mapeamentos evoluiu muito a partir das décadas de 1950. Com a evolução das máquinas fotográficas, foi possível acoplá-las a aeronaves para conseguir uma visão mais ampla do território a ser cartografado. 10.2 - Sistema de Informação Geográfica (SIG): Consiste num sistema que grava e analisa informações sobre os elementos que compõe a superfície terrestre. Um SIG pode gerar imagens de uma área em duas ou três dimensões, representando elementos naturais junto a elementos artificiais. O SIG é projetado para aceitar dados de uma grande variedade de fontes, incluindo mapas, imagens de satélite, textos e estatísticas. O SIG converte todos os dados em um código digital e é programado para processar essas informações, e em seguida, obter imagens. 10.3 - Sistema de Posicionamento Global (GPS): É um sistema de navegação baseado num sistema rádio espacial. Conta com 24 satélites que proporcionam posições precisas em três dimensões, velocidade e tempo, em qualquer lugar do mundo e em todas as condições atmosféricas. Hoje esse sistema já se encontra disponível também em automóveis, celulares e relógios. 5