XXI Congresso Nacional do Partido Socialista. Moção Setorial EM DEFESA DOS JOVENS DO INTERIOR DE PORTUGAL



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Transcrição:

XXI Congresso Nacional do Partido Socialista Moção Setorial EM DEFESA DOS JOVENS DO INTERIOR DE PORTUGAL O interior de Portugal tem qualidades e características únicas: desde a simpatia e a simplicidade das suas gentes, ao encanto das suas paisagens, à riqueza e diversidade dos seus produtos e até ao seu património histórico. O interior é isto e muito mais. Contudo, hoje, é assolado pela problemática do despovoamento. Os jovens como nós, maioritariamente sem oportunidades, vêem-se obrigados a partir para outros destinos à procura de melhores condições de vida. Deslocam-se para regiões com taxas mais elevadas de empregabilidade, mais incentivos à fixação ou redes de serviços públicos e privados mais próximos dos cidadãos. É urgente mudar este paradigma, é urgente combater o empobrecimento e o esvaziamento do nosso Interior. Desta forma, pretendemos com a presente moção apresentar, de uma forma sucinta, as nossas propostas concretas para inverter esta realidade tão bem conhecida por nós. Trazemos ideias novas para incentivar a fixação dos jovens, desenvolver este nosso território e colocar a dicotomia interior/litoral de lado. Ideias transformadoras para as potencialidades únicas do nosso interior. Temos como pilares fulcrais das nossas propostas a Educação, o Emprego, o Empreendedorismo, a Habitação e a Cultura. No entanto, encaramos também o acesso à saúde e à justiça, como sendo igualmente preponderantes no desenvolvimento pleno dos nossos jovens sendo, assim, elementos diferenciadores na hora de escolher o seu local de fixação. Construímos este documento, para que o mesmo possa servir de ponto de partida ou base, nas políticas de juventude que consideramos essenciais virem a ser implementadas. Somos uma Juventude Partidária responsável e capaz, com a missão Página 1 de 8

e vontade de fazer sempre parte integrante da solução governativa, seja a nível local ou nacional. Temos orgulho no passado e esperança no futuro, pois somos a juventude que defende os interesses dos jovens e que, lado a lado com eles, iremos lutar pelos seus direitos e zelar por aquilo que são os seus interesses. Ser jovem, é ser irreverente, é fazer-se ouvir e nunca hesitar em pôr mãos à obra, sempre de uma forma responsável, contribuindo assim, para o desenvolvimento da nossa sociedade. Nós estamos, como sempre estivemos, prontos para contribuir com ideias e soluções para projetar o interior do nosso Portugal e as gentes que por aqui habitam, para que possam ter um futuro ambicioso e com igualdade de oportunidades. Educação A educação deve ser encarada como o principal desígnio nacional, olhando para ela como uma prioridade estratégica do desenvolvimento pessoal e regional. Um país que investe na educação, será sempre um país que investe no seu futuro, porque quanto maior for a sua qualificação maior será a sua probabilidade de desenvolvimento, de ser competitivo empresarialmente e inovador na lógica do conhecimento produzido. É também através da igualdade de oportunidades no acesso à educação, pelas pessoas mais desfavorecidas, que criamos uma sociedade mais justa e equilibrada. Contudo, pensamos que muito há ainda para ser feito regionalmente neste domínio. Para isso, ao nível dos distritos do interior, é importante: Implementar uma rede de ensino pré-escolar presente em todos os distritos do interior, com um alargamento dos seus horários de funcionamento, fomentando a natalidade e contribuindo para a fixação de casais em idade fértil; Oferecer os manuais escolares e o material escolar essencial na primeira fase do ensino, para assim, aumentar o rendimento disponível das famílias; Disponibilizar bolsas de estudo municipais de mérito escolar e de apoio social para os alunos mais carenciados; Apoiar mensalmente pelo menos numa viagem de ida e volta os nossos alunos que estudam em instituições de ensino fora do seu concelho de residência; Página 2 de 8

Financiar os alunos que realizem o estagio curricular fora do seu concelho de origem; Desenvolver programas específicos e inclusivos para os alunos com necessidades educativas especiais; Ajustar a realidade local onde estão inseridos, a oferta de cursos profissionais existentes no ensino secundário, aproximando assim a formação da necessidade profissional existente localmente; Oferecer formação transversal aos nossos alunos, através do ensino generalizado da cidadania ativa, cultura, artes e desporto; Afirmar o parlamento dos jovens como espaço de excelência na definição da consciência critica e capacidade analítica da sociedade por parte dos nossos alunos; Definir uma visão estratégia para a nossa rede de ensino superior, reforçando o envolvimento e o impacto regional destas instituições, criando apoios para atrair novos alunos e condições para fixar os já existentes. Emprego O grave problema do desemprego jovem vem-se alastrando na última década, e sem a menor margem para dúvida, é um dos maiores flagelos que a Europa atravessa atualmente, lançando famílias inteiras para a pobreza extrema, sem que nada possam fazer para contrariar essa tendência. O nosso país, infelizmente, não foge à regra e é no interior que isto mais se evidencia. Nos nossos concelhos é possível fazer a diferença, através da: Organizar e dinamizar feiras com a temática do emprego e empreendedorismo, promovidas pelas câmaras municipais em conjunto com as demais instituições empresariais e educativas dos vários concelhos; Dinamizar gabinetes de apoio ao emprego e empreendedorismo; Criar parcerias entre as várias instituições de ensino superior ou politécnico, com empresas da região; Criar incentivos por parte dos municípios no acesso a terrenos em zonas industriais; Apostar no marketing territorial, na divulgação da nossa região e dos nossos recursos, pode captar novos investimentos e modelos de negócios; Página 3 de 8

A valorização do meio rural e dos jovens agricultores, como seus grandes dinamizadores, tem de ser uma realidade; A criação de parques agrícolas municipais destinados, sobretudo, a jovens agricultores, com novas ideias e métodos de trabalho, originará resultados benéficos para todos; A exploração agropecuária e o desenvolvimento de outras atividades económicas de valor acrescentado no setor primário, pode servir como forma de afirmação territorial e de criação de riqueza local; As hortas comunitárias, como forma de promover a autossustentabilidade e combater fragilidades sociais existentes; Criação e valorização das imagens de marca, a certificação dos produtos regionais e a criação das respetivas denominações de origem, valoriza os produtos locais, aumentando a sua competitividade no mercado nacional; Apostar na nossa região como local privilegiado para a localização de indústria tecnológica de base digital, beneficiando das nossas condições naturais; Defender a deslocalização de serviços públicos que utilizem as tecnologias de informação e comunicação como base do seu funcionamento, para territórios do interior do nosso país, aumentando o seu dinamismo e atratividade; Diversificar e aumentar a oferta de cursos para desempregados, ajustando-os ao mercado laboral envolvente; Promover incentivos fiscais para empresas que combatam a precariedade laboral e que promovam a empregabilidade de pessoas oriundas de projetos de reinserção social. Empreendedorismo O empreendedorismo é considerado um fator de extrema importância nos processos de crescimento e desenvolvimento econômico, sendo que atualmente, este representa uma energia nova na economia e na sociedade portuguesa. A inovação, associada ao empreendedorismo, é uma agenda de mudança que promove o crescimento da economia e distorce o equilíbrio de mercado. Um pouco por todo o país, tem-se verificado uma grande tendência de crescimento da atividade empreendedora. Muitas vezes, o empreendedorismo apresenta-se como uma solução para o desemprego e para a difícil entrada no mercado dos jovens. Cada vez consideram mais esta hipótese pela necessidade de sustento próprio. Contudo, Página 4 de 8

muitos são aqueles que reconhecem as oportunidades de mercado e arriscam à conquista também de liberdade e possibilidade de serem os seus próprios patrões. É preciso fomentar a inovação e a criatividade da região, é preciso apoiar os jovens, capacitá-los com as ferramentas necessárias para que estes possam converter ideias de negócio em projetos empresariais viáveis com forte potencial de crescimento. Implementar uma rede de incubadoras de empresas de âmbito empresarial, social e artístico, como clusters de desenvolvimento regional; Criar o estatuto de jovem empreendedor, dando-lhe as ferramentas necessárias para desenvolver a sua ideia de negócio e criar novos postos de trabalho; Defender os direitos de autor e registo de patentes, apoiando o aparecimento de novos produtos e mercados; Criar um banco de empresas e desenvolvimento de projetos conjuntos, comum a todos os níveis de ensino, desde o secundário, ao profissional e ao ensino superior; Informação para o financiamento, bolsas de investimento de startups por parte do governo e setor privado; Formar os nossos jovens empreendedores, para o que é ser empresário, quais as suas obrigações e benefícios; Criar um apoio regional por parte dos municípios para os jovens empreendedores, com facilidade na criação da empresa, facilidade no acesso à habitação e um fundo mensal para o pagamento das suas despesas; Potenciar uma maior divulgação e acesso à informação relativamente aos programas comunitários do Portugal 2020; Potenciar iniciativas que permitam ser montras para o investimento, como exemplo a criação de concursos de incentivo ao empreendedorismo, criação de uma rede mentores e a participação em eventos nacionais. Habitação O direito à habitação é um fator de sobrevivência, desenvolvimento individual e coletivo, tendo especial importância para os jovens. É, muitas vezes, colocada em causa a sua emancipação e independência como temos vindo a assistir nos últimos anos em que os jovens saem cada vez mais tarde de casa dos pais. Defendemos que no nosso território haja: Página 5 de 8

Incentivo à reconstrução de casas antigas para jovens se fixarem nos seus concelhos; Atribuição de benefícios fiscais a quem pretender reabilitar imóveis devolutos e degradados nas zonas históricas das cidades; Expropriação de imóveis devolutos, ao fim de um determinado período de tempo, para requalificar e transformar em habitação social; Criação de programas de arrendamento jovem e fixação dos jovens nos centros históricos a fim de trazer vida aos mesmos; Disponibilização dos imóveis retidos pelos bancos, a preços inferiores dos praticados, a famílias jovens ou grupos socialmente mais frágeis. Cultura A área da cultura sofreu grandes cortes pelo anterior governo. Sendo uma das áreas mais importantes que contribui para a formação e valorização do pensamento humano, acreditamos que deve ser alvo de intervenção pública, como forma de correção de desigualdades existentes pois a acessibilidade a uma peça de teatro ou a uma exposição varia significativamente consoante o local do país onde nos encontremos. Acreditamos que é necessário: Incentivar a dinamização da cultura local através do apoio a jovens artistas e criadores; Criar (se ainda não existir) descontos ou até entrada livre para os jovens nos espetáculos promovidos nos concelhos; Criar uma agenda cultural regional com divulgação devida nos meios de comunicação, redes sociais e anúncios publicitários; Promover a partilha de espaços e recursos destinados a projetos de empreendedorismo cultural, de modo a potenciar a consolidação da economia cultural, bem como a promover estágios para jovens criadores e apoios às primeiras obras; Criar e divulgar roteiros turísticos, identificando todos os pontos de interesse do nosso distrito. Página 6 de 8

Conclusão Com esta moção setorial depreendemos que temos uma boa base de trabalho para que possamos olhar no horizonte das montanhas do nosso interior e observar que, por detrás de cada uma delas, existe sempre uma bem maior a alcançar. Que este documento seja como isso, a primeira montanha de muitas mais e cada vez maiores, pelos nossos jovens, pelo nosso território, pelo nosso país. Defendemos um país uno e com equivalente grau de desenvolvimento, com igualdade de oportunidades independentemente do local de nascimento das pessoas. É preciso agir. Olhemos para o interior como uma oportunidade e arranjemos soluções, caminhos e estratégias que o voltem a colocar no mapa do desenvolvimento de Portugal. Exige-se uma atitude pró-ativa de todos os responsáveis políticos na defesa e preservação destes territórios, destas gentes que merecem ser tratadas com a mesma dignidade de todos os outros concidadãos. Somos a Juventude Socialista, a maior organização partidária Portuguesa, que luta diariamente e afincadamente para estar à frente do nosso tempo. Os jovens e o nosso território podem contar com a Federação de Viseu da Juventude Socialista, porque de tudo faremos para que este documento seja tomado em conta, quer pelo poder local, quer pelo poder central, porque LADO A LADO CONTIGO CAMINHAMOS JUNTOS! 1º Subscritor: Luis Carlos Silva Soares Presidente da Federação de Viseu da Juventude Socialista Página 7 de 8

Subscritores: Mauro Leandro Matos Pinto Catarina Trindade Homem Ferreira José Carlos Amaral Botelho Liliana Silva Pinto Vítor Manuel dos Santos Simão Luís Miguel Figueiredo Duarte Ana Rita Rodrigues Alexandre André Filipe Lourenço Correia Liliana Raquel Dos Santos Assis Tiago Rafael Rodrigues Costa Ricardo Miguel Silva Soares Tânia Catarina Moura Pinto Gonçalo Miguel Melo Ribeiro José João Soares Cardoso Rafael de Matos Pina Tiago José Moutela Cardoso Leite João Filipe Alves Moreira Rui Filipe Vila Real Torres Ricardo Filipe Couto Soares José Luís Duarte Ribeiro Cristiana Alexandra Sousa Pinto Tânia Alexandra Tabuaço Covas Manuel José Moleiro Mirandês Filipe André Marques Cabral Fonseca Ana Rafaela Teixeira Pereira Página 8 de 8