IX CONVENÇÃO DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL 3 a 5 de agosto de 2003 Gramado RS ANÁLISE DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO ENTE PÚBLICO MEDIANTE O USO DE QUOCIENTES JOSÉ SÍLVIO BORN Contador CRCRS 322 Rua Felipe de Noronha, 547, Casa 0 Canoas RS (5) 324-5240) Joseb@sefaz.rs.gov.br
ANÁLISE DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO ENTE PÚBLICO MEDIANTE O USO DE QUOCIENTES INTRODUÇÃO Este trabalho demonstra a possibilidade de utilizar indicadores em forma de quocientes para, com rapidez, avaliar a situação financeira do Ente público, apresentando um caso prático para o Estado do Rio Grande do Sul. É um trabalho exclusivamente técnico, não fazendo avaliações sobre a qualidade da gestão, nem buscando causas para justificar os indicadores encontrados. Para facilitar o estudo dos indicadores, fornecemos uma tabela prática, contendo os dados e informando o grupo contábil bem como a forma de origem do mesmo. Ao final apresentamos tabelas contendo a base de cálculo para apuração dos índices e fórmulas, assim como conceitos para facilitar o entendimento aos não iniciados na contabilidade pública. UTILIDADE DOS INDICADORES Os indicadores da situação financeira do Ente prestador de serviços não devem ser vistos sob o prisma de empresa visando ao lucro. Neste enfoque, representa apenas a situação financeira do Ente, sendo impossível inferir sobre a qualidade do serviço que presta ao público. Embora os indicadores tenham essa característica, na empresa as pessoas, em geral, não estão preocupadas com a qualidade do seu serviço ou produto, quando analisam a situação financeira. Entretanto, quando procedem à análise da situação financeira do Ente público, querem inferir sobre a qualidade do serviço prestado, tanto pela sua obrigatoriedade, quanto pela sua abrangência, ou seja, a expectativa sobre as ações do Ente público tende a ser razão, também, para análise do desempenho financeiro. Por outro lado, se o bom desempenho financeiro não está necessariamente relacionado com um bom serviço prestado, o mau desempenho financeiro, geralmente, está associado a maus serviços prestados, pois os efeitos externos são perceptíveis, tais como greves, bens obsoletos, conservação inadequada de bens públicos, serviços de má qualidade e servidores desmotivados. Para avaliar a situação financeira da empresa utilizam-se os ativos, comparados com as exigibilidades, em vista da possibilidade de sua liquidação. Entretanto, a análise 2
dos Ativos do Ente público não se presta, tanto por não haver dados disponíveis atualizados monetariamente e com o reconhecimento da depreciação ou, quanto por não serem passíveis de liquidação, para efeitos da solvência. Desta forma, utilizam-se as Receitas Correntes, verdadeiros ativos do Ente. A utilização das Receitas Correntes, como integrante da maioria dos índices, decorre de importância para a área pública, assim como o Lucro Operacional para a área privada. A solvência, na Empresa, tem caráter mais imediato do que no Ente público, justificando-se, mais uma vez, o não uso dos ativos como forma de medir a situação financeira. A empresa que não possui boa situação financeira poderá conseguir recursos caso possua bom produto e convença os aplicadores de que em médio prazo será rentável e líquida. O Ente público, para suprir suas necessidades financeiras, oferecerá produtos, porém, estes são de uso compulsório, bem como compulsória é a aplicação dos seus sócios, mediante a condição que possui de tributar parte dos recursos das pessoas. Essa argumentação evidencia que na ausência de ativos para cumprir as obrigações imediatas, deve ser verificada a capacidade de geração de ativos representada pelas receitas correntes que, sem dúvida, solverão as obrigações do Ente público. Nesse sentido, a análise de solvência das empresas por indicadores estáticos como os de liquidez, endividamento, solvência e outros, seria ortodoxa. Essas colocações não contradizem a utilização de indicadores estáticos, antes, visam a reforçar a idéia de que a comparação das Receitas Correntes com as Obrigações constitui uma boa medida de avaliação da situação financeira do Ente público. Tanto as receitas correntes quanto os ativos e passivos são permanentes a longo prazo, porém, quanto mais rígida for a condução dos negócios financeiros do Ente público, menores serão os saldos dos passivos, com o atingimento do esperado equilíbrio entre receitas e despesas, não restando saldos para serem realizados nos exercícios seguintes e, por conseguinte, atingindo a melhor situação financeira possível. Os dados da execução orçamentária são públicos e de interesse da população, devendo ser utilizados para formar opinião sobre a condução dos assuntos financeiros, na área pública. 3
É pouco comum a utilização de índices de desempenho na análise das contas do Ente público. Uma das causas é a crença de que são mais adequados para análise das demonstrações contábeis das entidades com fins lucrativos. Outra razão, também cultural, é que existem poucos estudos feitos no desenvolvimento de índices voltados para a área pública. Os índices de desempenho, apresentados a seguir, fornecem informações-chave sobre o desempenho da Receita, da Despesa e do gerenciamento das obrigações de entes públicos que estejam obrigados à apresentação das demonstrações contábeis sob a égide da Lei 4.320/64, permitindo acompanhar a evolução de determinadas contas nos últimos cinco anos. Por essa razão, um conjunto bem estruturado de indicadores fornece informações rápidas e precisas sobre o desempenho e a situação financeira do Ente público. Os dados a seguir correspondem a administração direta (não inclui autarquias e fundações) ESTUDO DE CASO No presente estudo foi realizado considerando o período de 8 anos, de 995 a 2002, o que corresponde a dois períodos completos de governo, permitindo a quem detém curiosidade epistemológica a comparação da situação do estado nas duas gestões, ano a ano ou pontualmente entre o último ano de mandato dos dois governos. Cobertura do Passivo Financeiro Líquido com Receitas Correntes. Fórmula: Receita Corrente Nominal Passivo Financeiro + Passivo Potencial Ativo Financeiro 4
Gráfico resultante: Número de vezes 0 9 8 7 6 5 4 3 2-995 996 997 998 999 2000 200 2002 Estado 5,64 3,86 2,76 8,07 4,62 4,02 3,22 4,78 Esse indicador evidencia quantas vezes as Receitas Correntes do Exercício são superiores à soma da Exigibilidade líquida, tendo sentido lógico quando o valor das obrigações de curto prazo (Passivo Financeiro mais Potencial), é superior ao Ativo Financeiro. Caso esta relação fosse inversa, o quociente seria negativo, portanto fora do objeto de análise. Esse índice, quanto maior, melhor, pois mais favoráveis seriam as condições de liquidar as exigibilidades mediante o uso das receitas correntes. Quanto maior o quociente, mais equilibrada será a execução orçamentária. Um resultado tendente a zero indica um Ente público insolvente no curto prazo, pois quanto menor o quociente, desde que positivo, menor será sua capacidade de satisfazer as obrigações pendentes no exercício anterior, prejudicando não só a execução do orçamento presente, como aos credores que não receberam. Demonstra quantas vezes o Ente público teria condições de honrar as obrigações de curto prazo com as receitas correntes. Compara o crescimento das receitas correntes com o do Passivo Financeiro mais Potencial menos Ativo Financeiro. Cobertura do Passivo Permanente com Receitas Correntes 5
Fórmula: Receita Corrente Nominal Passivo Permanente Gráfico resultante: Número de Vezes 0 0 0 0-995 996 997 998 999 2000 200 2002 Estado 0,7 0,64 0,54 0,50 0,49 0,48 0,49 0,52 Esse indicador evidencia quantas vezes as Receitas Correntes do Exercício são superiores ao Passivo Permanente. Demonstra a capacidade do Ente Público em honrar as obrigações de longo prazo, com as receitas correntes. Observa-se, no Estado, constante redução da capacidade, desde 995. Quanto maior o índice, melhor, pois menores parcelas das Receitas Correntes serão comprometidas com encargos das obrigações de Longo Prazo, exigindo menor parcela de Receita para a liquidação do Passivo nos vencimentos. Se fossem utilizadas Receitas de Capital ocorreria, apenas, rolagem por contratação de novos empréstimos, ou, necessariamente, haveria venda de ativos para a liquidação da dívida de Longo Prazo. Um resultado tendente a zero mostra insolvência a longo prazo, pois maior será a parcela de Receita necessária para atender os compromissos com as parcelas da dívida e seus encargos. Quanto maior o quociente, menor é o endividamento de longo prazo. O ideal é que o divisor seja zero, indicando inexistência de dívidas de longo prazo a 6
comprometer as receitas correntes. Recentemente a imprensa divulgou que vários Estados da Federação tentavam reduzir o comprometimento de suas receitas com encargos da dívida que já alcançavam 3% da receita líquida, mediante renegociação, para aproximadamente 6%. Bastaria verificar os Balanços desses Estados para constatar que esse índice apresenta baixo desempenho e vem se deteriorando ao longo dos anos. Cobertura do Passivo Real Líquido + Potencial com Receitas Correntes Fórmula: Receita Corrente Nominal Passivo Real + Passivo Potencial Ativo Financeiro Gráfico resultante: Número de Vezes 0 0-995 996 997 998 999 2000 200 2002 Estado 0,63 0,55 0,45 0,47 0,45 0,43 0,43 0,47 Trata-se da aglutinação dos dois indicadores analisados anteriormente. Esse indicador evidencia o montante das Receitas Correntes do Exercício comprometido com o total das dívidas do Ente público e a sua capacidade de pagá-las, e como o conjunto das obrigações deduzidas dos ativos financeiros - lembrando que as obrigações devem ser maiores que os ativos - influenciará no uso das Receitas Correntes. Quanto maior o índice, melhor, pois menores parcelas das Receitas Correntes serão comprometidas com os encargos das obrigações de curto e longo prazo, exigindo menor parcela da Receita para a liquidação do Passivo nos vencimentos. 7
Índice menor que (um) pressupõe que o administrador público gastará boa parte do tempo de sua gestão renegociando dívidas. Um resultado tendente a zero demonstra um Ente insolvente a longo prazo. Postergação do Pagamento das Despesas Fórmula: Passivo Financeiro + Passivo Potencial Despesa Corrente Paga Gráfico resultante:,00 0,80 Número de Vezes 0,60 0,40 0,20-995 996 997 998 999 2000 200 2002 Estado 0,33 0,45 0,8 0,38 0,47 0,53 0,62 0,53 Esse indicador evidencia a relação existente entre o saldo do passivo financeiro e o volume de despesas pagas no exercício. O saldo a pagar, quanto maior, em relação aos valores pagos, confirma a incapacidade de gerar Receita Corrente ou de Capital (alienações) para pagar as despesas contratadas nos exercícios anteriores. Quanto maior o índice, pior a situação, pois maior será o saldo de despesas não pagas, demonstrando quanto o Passivo Financeiro + Potencial está crescendo em relação às Despesas Correntes pagas no exercício. Esse indicador sempre acompanhará a tendência dos indicadores anteriormente estudados, pois, o volume de despesas pagas 8
normalmente está relacionado ao volume de receitas correntes arrecadadas mais o crescimento dos passivos financeiros. Solvência no Curto Prazo Fórmula: Receita Corrente Nominal Passivo Financeiro + Passivo Potencial Ativo Financeiro + Despesa Corrente Paga Gráfico resultante:,5 Número de Vezes,0 0,5-995 996 997 998 999 2000 200 2002 Estado 0,97 0,79 0,75 0,92 0,85 0,85 0,82 0,92 Representa a relação entre Receita Corrente e Passivo Financeiro mais Potencial menos Ativo Financeiro mais Despesa Paga. A inclusão da Despesa Paga relaciona-se à determinação da Lei 4.320 de que o Ente público tenha como meta executar um orçamento equilibrado. Quanto maior o índice, melhor. Deve ser, no mínimo, igual a (um) para indicar razoável situação financeira no curto prazo. Indicador igual a (um) demonstra que as Receitas Correntes foram suficientes para satisfazer as despesas correntes do exercício, bem como liquidar as exigibilidades de curto prazo. Um indicador tendente a zero demonstra descontrole da administração sobre as despesas correntes bem como sobre suas dívidas. Mantida a tendência, a política financeira adotada levará o Ente à insolvência. 9
Indicador superior a (um) evidencia execução orçamentária superavitária no curto prazo, não execução de todas as despesas previstas no orçamento, estimativa a menor das receitas ou a conjugação dessas duas causas. Solvência Geral Fórmula: Receita Corrente Nominal Passivo Real + Passivo Potencial Ativo Financeiro + Despesa Corrente Paga Gráfico resultante: Número de Vezes,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0, - 995 996 997 998 999 2000 200 2002 Estado 0,40 0,35 0,3 0,32 0,30 0,30 0,30 0,30 Representa a relação entre Receita Corrente e Passivo Real Líquido mais Passivo Potencial mais Despesa Paga. Quanto maior esse índice, melhor. Diferentemente do índice anterior, onde um quociente igual a (um) é o desejado, conclui-se que quanto maior for o quociente, menor será o comprometimento das receitas correntes. A relevância do estudo deste indicador está na tendência que vem demonstrando, por exemplo, nos últimos cinco exercícios, ou, projeção do crescimento da dívida, das Receitas Correntes e das Despesas, para verificar se haverá problemas de solvência. Se, a longo prazo, o indicador tiver tendência para zero, seguramente o administrador terá dificuldades em pagar as dívidas de curto prazo no futuro. 0
Receita Corrente x Dívida Ativa Tributária Fórmula: Receita Corrente Corrigida Divida Ativa Tributária Gráfico resultante: 5 4 Número de Vezes 3 2-995 996 997 998 999 2000 200 2002 Estado 3,49 2,50 2,0,78,60,32,37,52 Representa a relação entre a Receita Corrente e a Dívida Ativa. Demonstra a relevância dos créditos inscritos em Dívida Ativa em relação à capacidade de arrecadação. Quanto maior esse índice, melhor. BASE DE DADOS ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Em R$ 000 CONTA 995 996 997 998 999 2000 200 2002 Ativo Financeiro 447.938 996.974 2.363.664.68.500.497.24.88.796 2.55.324 2.34.098 Dívida Ativa.426.866 2.284.36 2.988.478 3.790.80 4.807.088 6.346.223 7.8.294 8.462.543 Passivo Financeiro.076.544.59.745 2.525.522.406.593 2.052.860 2.936. 3.827.843 3.868.597 Passivo Permanente 7.00.300 8.873.350.03.370 3.46.084 5.5.527 7.340.342 9.834.966 24.60.733 Passivo Real 8.077.844 0.465.095 3.538.892 4.822.677 7.564.387 20.276.454 23.662.809 28.470.330 Passivo Potencial 253.267 886.45 2.00.20.047.982.06.272 97.42.36.509.59.667 Despesa Corrente Paga 4.046.33 5.505.497 5.64.62 6.482.329 6.696.26 7.369.090 8.30.80 9.427.734 Receita Corrente Corrigida 4.974.689 5.72.868 5.994.498 6.747.930 7.672.053 8.397.367 9.773.72 2.833.429 Receita Corrente Nominal 4.756.565 5.543.45 5.834.458 6.706.72 7.092.57 8.028.208 9.338.286.20.302 Tabela Estado do Rio Grande do Sul
Tabela 2 - Dados básicos para cálculo dos indicadores: GRUPO Ativo Financeiro Dívida Ativa Tributária Passivo Financeiro Passivo Permanente Passivo Potencial Despesa Corrente Paga Receita Corrente Corrigida Receita Corrente Nominal APRESENTAÇÃO Dado do Balanço Dado do Balanço Dado do Balanço Dado do Balanço Dado Original Dado Original Corrigido mensalmente até a data do balanço Dado Original Tanto quanto possível, os valores devem ser corrigidos monetariamente, mesmo que a inflação dos períodos analisados seja baixa. Como, normalmente, os saldos patrimoniais estão atualizados até a data do balanço, em vista de normativos que determinam a correção dos saldos, podem ocorrer distorções, em momento de recrudescimento inflacionário, caso as despesas ou as receitas não sejam atualizadas monetariamente, ao menos para o cálculo dos indicadores. FÓRMULAS Tabela 3 - Fórmulas para o cálculo dos indicadores INDICADOR Cobertura do Passivo Financeiro Líquido com Receitas Correntes Cobertura do Passivo Permanente com Receitas Correntes Cobertura do Passivo Real Líquido + Potencial com Receitas Correntes Cobertura do Passivo Financeiro Líquido + Potencial com Receita Corrente - Despesa Paga FÓRMULA Receita Corrente Nominal / (Passivo Financeiro + Passivo Potencial Ativo Financeiro) Receita Corrente Nominal / (Passivo Permanente) Receita Corrente Nominal / (Passivo Real + Passivo Potencial Ativo Financeiro) (Receita Corrente Nominal Despesa Paga) / (Passivo Financeiro + Passivo Potencial Ativo Financeiro) 2
Postergação do Pagamento das Despesas Solvência no Curto Prazo Solvência Geral Receita Corrente sobre Dívida Ativa Tributária (Passivo Financeiro + Passivo Potencial) / (Despesa Corrente Paga) Receita Corrente Nominal / (Passivo Financeiro + Passivo Potencial Ativo Financeiro + Despesa Corrente Paga) Receita Corrente Nominal / (Passivo Real + Passivo Potencial Ativo Financeiro + Despesa Corrente Paga) Receita Corrente Corrigida / Dívida Ativa Tributária CONCEITOS Ativo Financeiro: Grupo do Balanço Patrimonial que inclui as disponibilidades e os direitos de curto prazo. Dívida Ativa: Conta pertencente ao grupo do Ativo Permanente que registra os impostos inscritos pelo Ente, cujos contribuintes não efetuaram os recolhimentos na época própria. Passivo Financeiro: Grupo do Balanço Patrimonial que representa as obrigações de curto prazo, exceto as que compõem a Dívida Fundada. Passivo Permanente: Grupo do Balanço Patrimonial que representa as obrigações de longo prazo e as de curto prazo inscritas como Fundada. Passivo Potencial: Saldo (teórico) das receitas vinculadas (destinação específica e obrigatória) que ainda não receberam destinação, mediante execução da respectiva despesa. Passivo Real: Convencionou-se neste trabalho, como a soma do Passivo Financeiro mais o Passivo Permanente. Despesa Corrente Paga: Total da despesa executada no exercício, devidamente empenhada, liquidada e paga. Receita Corrente Corrigida: Total das receitas correntes do exercício, atualizadas mensalmente pela variação do IGP-DI. 3
valores nominais. Receita Corrente Nominal: Total das receitas correntes do exercício, em CONCLUSÃO O desenvolvimento do caso prático de análise da situação financeira do Estado do Rio Grande do Sul demonstrou, com o uso destes instrumentos de medição, tendências de comportamento facilmente verificáveis e cujas causas devem ser analisadas de uma forma ampla, com a profundidade e a clareza que se impõe. A recente Lei Complementar 0, de 05 de maio de 2000, que prevê limites de endividamento em relação à receita corrente líquida, é um exemplo de normatização que dará impulso a esta modalidade de análise. Por todo o exposto conclui-se pela viabilidade e necessidade da criação e da utilização de indicadores para avaliar a situação financeira dos Entes públicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. -----. Lei 4.320, de 7 de março de 964. 2. -----. Lei Complementar 0, de 05 de maio de 2000. 3. -----. Balanço Geral do Estado do Rio Grande do Sul, exercícios 995 a 2002. 4. Angélico, João. Contabilidade Pública, 8.ed São Paulo : Atlas, 994 5. Barros, Luiz Celso de. Responsabilidade Fiscal e Criminal Bauru, SP : EDIPRO, 200. 6. Franco, Hilário. Contabilidade Geral, 8. ed. São Paulo : Atlas, 973. 7. Giacomoni, James. Orçamento Público, - 0.ed. São Paulo : Atlas, 200. 8. Iudícibus, Sérgio de. Análise de Balanços, 3. ed. São Paulo : Atlas, 98 9. Iudícibus, Sérgio de; Martins, Eliseu; Gelbcke, Ernesto Rubens, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, 2. ed. São Paulo : Atlas, 98 0. Nascimento, José Olavo do. Despesa Pública : Alguns enfoques preambulares. 2.ed. Porto Alegre : CRCRS, 200.. Walter, Milton Augusto, Introdução à Análise de Balanços,- São Paulo: Saraiva, 988 4
2. Walter, Milton Augusto; Braga, Hugo Rocha. Demonstrações Financeiras : Um enfoque gerencial, - São Paulo : Saraiva, 980. 5