Relatório de Gerenciamento de Riscos e Capital Pilar 3 31 de Dezembro de 2014

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Transcrição:

Relatório de Gerenciamento de Riscos e Capital Pilar 3 31 de Dezembro de 2014

Este relatório tem por objetivo a divulgação de informações qualitativas e quantitativas sobre gerenciamento de riscos e requerimentos de capital aplicáveis ao Conglomerado Financeiro do HSBC Brasil, que inclui o HSBC Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo e suas sociedades controladas, em linha com as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia e também com as determinações do Banco Central do Brasil (BACEN), publicadas na Circular nº. 3.678/2013, de 31 de Outubro de 2013. Devido a mudanças realizadas na metodologia para atender as novas regulamentações, os históricos apresentados neste relatório se referem às informações trimestrais do período de Dezembro 2013 a Dezembro 2014. Recomendamos que este relatório seja lido em conjunto com as demais informações divulgadas pelo HSBC Brasil, tais como os Resultados Financeiros, e que podem ser encontrados no site www.hsbc.com.br. O Conglomerado Financeiro inclui o HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo, sua agência em Grand Cayman e controladas financeiras no país. O termo Grupo HSBC utilizado neste documento significa HSBC Holding plc (Reino Unido) e suas empresas coligadas e controladas em todo o mundo. O termo HSBC Brasil significa HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo e suas sociedades controladas. As demais abreviações utilizadas no texto estão definidas no glossário incluído no final deste documento. Os valores apresentados neste documento estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 2

Sumário Perfil da instituição... 5 Acordo de capital de Basileia... 5 Risco de crédito... 5 Risco de mercado... 5 Risco operacional... 6 Basileia III... 6 Frequência das divulgações sobre o Pilar 3... 7 Comparação com as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014... 7 Revisão... 7 Gestão e alocação de capital... 7 Visão geral... 7 Avaliação interna de adequação de capital... 8 Análise de cenário e teste de stress... 8 Capital regulatório... 9 Patrimônio de Referência Exigido (PRE)... 10 Participações Societárias não classificadas na carteira de negociação - Posição de Dezembro de 2014.... 11 Operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros... 12 Gerenciamento de Riscos... 12 Visão Geral... 12 Estrutura organizacional... 13 Estrutura de governança sênior de comitês, composição e propósitos... 14 Estrutura organizacional da Diretoria de Risco... 15 Políticas para gestão de riscos... 15 Apetite de risco... 16 Mensuração de risco e sistemas de reporte... 16 Risco de crédito... 17 Objetivos... 17 Organização e responsabilidades... 17 Risk analytics... 17 Mensuração e monitoramento do risco de crédito... 18 Exposições a risco de crédito... 19 Concentração de créditos... 23 Obs.: Operações com característica de concessão de crédito.... 23 Operações em atraso bruto de provisões, excluídas as operações baixadas para prejuízo.... 24 Provisão para créditos de liquidação duvidosa e Operações baixadas para prejuízo... 25 Mitigação do risco de crédito... 26 Instrumentos mitigadores de risco de crédito... 26 Risco de liquidação... 26 Risco de crédito de contraparte... 27 Ajuste de risco de crédito... 28 Acordos de garantia (CSA)... 28 Risco de correlação adversa... 28 Cessão de crédito e operações de securitização... 28 Risco de mercado... 29 3

Objetivos... 29 Organização e responsabilidades... 29 Políticas de mitigação de risco e de hedge... 29 Medição e monitoramento... 29 Análise de sensibilidade... 29 Valor em risco ( VaR )... 30 Teste de Estresse... 30 Carteira de negociação... 31 Exposição de derivativos... 32 Risco de taxa de juros... 33 Risco de taxa de câmbio... 33 Risco de preço de ações... 33 Risco de preço de mercadorias (commodities)... 33 Risco de emissor específico... 33 Risco de taxa de juros das operações não classificadas na carteira de negociação... 33 Risco operacional... 33 Objetivo... 33 Organização e responsabilidades... 33 Mensuração e monitoramento... 34 Abordagem de avaliação de risco operacional... 34 Registro... 35 Risco de liquidez e captação... 35 Glossário... 38 4

Introdução Perfil da instituição O Grupo HSBC é uma das maiores organizações de serviços bancários e financeiros do mundo, presente em mais de 73 países e territórios. O HSBC Brasil está presente em 531 municípios em todas as regiões do País; com uma rede de atendimento composta por 853 agências, 452 postos de atendimento bancários, 669 postos de atendimento eletrônico, 1.809 ambientes de autoatendimento e 4.728 caixas automáticos. Detalhes das principais atividades do HSBC Brasil e sua direção estratégica podem ser encontrados na página da internet www.hsbc.com.br. Acordo de capital de Basileia O Banco Central do Brasil, seguindo as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia contidas no documento "Convergência Internacional de Mensuração e Padrões de Capital: Uma Estrutura Revisada" (Basileia II), publicou diversas normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), as quais estabelecem diretrizes para o adequado gerenciamento dos riscos associados às operações conduzidas pelas instituições financeiras. Nesse sentido, foram regulamentadas as estruturas mínimas de gerenciamento de risco a serem mantidas pelas instituições financeiras, bem como as metodologias a serem adotadas na apuração do Patrimônio de Referência Exigido para fazer face aos Riscos de Crédito, de Mercado e Operacional. Assim, a partir de julho de 2008, o Sistema Financeiro Nacional passou a operar sob as regras de Basileia II, na abordagem padronizada. Para a abordagem avançada, ou seja, adoção dos modelos internos pelas instituições financeiras, o cronograma publicado pelo Banco Central do Brasil estabeleceu o início dos períodos de solicitação de autorização para o uso dos modelos proprietários a partir de Junho de 2010 para risco de mercado, Dezembro de 2012 para risco de crédito e Junho de 2013 para risco operacional. As recomendações do comitê e as normas emitidas pelo Banco Central do Brasil no contexto de Basileia II têm como principal característica a introdução dos conceitos e da importância de se utilizar as melhores práticas de gestão dos riscos nas organizações, com a recomendação de um arcabouço formado por processos, estruturas e metodologias necessárias à gestão efetiva no dia a dia dos riscos aos quais uma organização está exposta. Este acordo baseia-se em uma estrutura conhecida como os três pilares : O Primeiro Pilar consiste na mensuração do Patrimônio de Referência Exigido da instituição para fazer face aos riscos de crédito, de mercado e operacional, conforme detalhado a seguir: Risco de crédito A Basileia II fornece três abordagens de sofisticação progressiva aos cálculos das exigências de capital de risco do Pilar 1. A mais básica, a abordagem padronizada ( STDA ), exige que bancos ponderem suas exposições de acordo com fatores de ponderação de risco - FPR, baseados na classificação das operações e definidos pela Circular 3.644/2013 e alterações posteriores, obtendo desta forma um dos componentes do Patrimônio de Referência Exigido. A abordagem avançada ( IRB ) permite a utilização de sistemas internos de classificação de risco de crédito para apuração do Patrimônio de Referência Exigido. A IRB é dividida em dois métodos: abordagem IRB básica ( IRB-F ) e abordagem IRB avançada ( IRB-A ). Tratando-se da abordagem básica, as instituições financeiras devem estimar internamente a probabilidade de default ( PD ), para suas carteiras de atacado além do prazo efetivo de vencimento ( M ) quando aplicável, utilizando os demais parâmetros divulgados pelo Banco Central do Brasil (exposição no momento do default - EAD e a perda dado o default - LGD ). As instituições que adotarem a abordagem IRB-A devem estimar internamente a PD, EAD, LGD e o M tanto para suas carteiras de atacado como para o varejo. A exigência de recursos de capital tem o objetivo de cobrir perdas inesperadas e deriva de uma fórmula especificada no acordo de Basileia II, incorporando esses fatores e outras variáveis. O HSBC Brasil utiliza a abordagem padronizada de Basileia II desde julho de 2008. Risco de mercado Risco de mercado é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas por uma instituição financeira, o que inclui risco das operações sujeitas à variação cambial, taxas de juros, preços de ações e preços de mercadorias (commodities). O risco de mercado é 5

medido usando os modelos Value at Risk ( VaR ) ou as regras padrão prescritas pelo Banco Central do Brasil. O HSBC Brasil utiliza a abordagem padronizada para determinar as exigências de capital de risco de mercado. Risco operacional O Acordo de Basileia II, adotado pela regulamentação publicada pelo Banco Central do Brasil sob a Circular 3.640/2013 e alterações posteriores, estabelece exigências de capital para risco operacional usando três possíveis metodologias: (i) Abordagem do Indicador Básico; (ii) Abordagem Padronizada Alternativa; e (iii) Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada. O Primeiro Pilar de Basileia II delineia, portanto, as exigências mínimas de capital para instituições financeiras. Para este fim, e de acordo com exigência do Banco Central do Brasil, O HSBC Brasil adotou a Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada (ASA2) para determinar as exigências de capital regulatório de risco operacional. Esta abordagem segrega o saldo patrimonial (média dos três últimos exercícios) das linhas de negócio Banco Comercial e Banco de Varejo e de forma conjunta aplica o fator m de 3,5% e o fator beta de 15%. Para as demais linhas de negócio é considerada a média do resultado bruto dos três últimos exercícios, e de forma conjunta, ponderada pelo fator beta de 18%. Para efeitos de consolidação do Grupo, utiliza-se a abordagem padronizada (STDA), calculada utilizandose a média de receita bruta da instituição dos últimos 3 anos para cada uma das linhas de negócio listadas na tabela abaixo, multiplicada pelo coeficiente relevante: Linha de Negócio Coeficiente Finanças Corporativas 18% Banco de Varejo 12% Banco Comercial 15% Negociação e Vendas 18% Pagamentos e Liquidações 18% Serviços de Agente Financeiro 15% Administração de Ativos 12% Corretagem de Varejo 12% O HSBC Brasil está se preparando para solicitar ao Banco Central do Brasil a adoção da abordagem avançada nos riscos de crédito, de mercado e operacional. O Segundo Pilar estabelece os princípios de supervisão bancária, os critérios para o tratamento dos riscos não cobertos pelo Pilar 1 e definições e procedimentos de gerenciamento por parte da administração. O Terceiro Pilar complementa as exigências mínimas de capital (Pilar1) e o processo de supervisão (Pilar 2). Seu objetivo é incentivar a disciplina de mercado mediante um conjunto de exigências de divulgação, que permitam que clientes e participantes do mercado avaliem certas informações especificadas no escopo da aplicação de Basileia II, tais como o capital exigido, determinadas exposições de risco, processos de avaliação de risco; em resumo, a adequação de capital da instituição. As divulgações são feitas por meio de informações quantitativas e qualitativas e são fornecidas no nível de consolidação da instituição financeira. Basileia III As medidas anunciadas em 2010 pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, conhecidas como Basileia III, buscam aprimorar a capacidade das instituições financeiras de absorver perdas vindas de choques do próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia, auxiliando a manutenção da estabilidade financeira e a promoção do crescimento econômico sustentável. No Brasil, o BACEN divulgou a partir de 2013 um conjunto de Resoluções e Circulares que implantam as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia relativas à estrutura de capital de instituições financeiras. As novas regras buscam aperfeiçoar a capacidade das instituições financeiras de absorver choques, fortalecendo a estabilidade financeira e a promoção do crescimento econômico sustentável. O aumento da quantidade e qualidade do capital regulamentar mantido por instituições financeiras visa a reduzir a probabilidade e a severidade de eventuais crises bancárias, e os seus consequentes custos para a economia. As Resoluções adotadas tratam dos seguintes assuntos: I nova metodologia de apuração do capital regulamentar no Brasil, denominado Patrimônio de Referência (PR), que continua a ser dividido nos níveis I e II; II nova metodologia de apuração da exigência de manutenção de capital, adotando requerimentos mínimos de PR, de Nível I e de Capital Principal, e III introdução do Adicional de Capital Principal. 6

A apuração dos requisitos mínimos de capital é estabelecida como uma porcentagem do montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA, na sigla em inglês). As regras estabelecem três requerimentos independentes a serem observados continuamente pelas instituições financeiras: I de 7,0% a 9,5% para o Capital Principal, que é composto principalmente por ações, quotas, reservas e lucros retidos; II de 8,5% a 11,0% para o Nível I, que é composto pelo Capital Principal e outros instrumentos capazes de absorver perdas com a instituição em funcionamento; e III de 10,5% a 13% para o total do PR, que é composto pelo Nível I e por outros instrumentos subordinados capazes de absorver perdas quando do encerramento da instituição. A implantação, no Brasil, da nova estrutura de capital iniciou-se em outubro de 2013 e segue o cronograma internacional acordado até a conclusão do processo, em 2019. Frequência das divulgações sobre o Pilar 3 De acordo com as exigências do Banco Central do Brasil, o HSBC Brasil publica semestralmente a atualização das informações de natureza qualitativa, e trimestralmente as informações de natureza quantitativa. Comparação com as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 As Divulgações do Pilar 3 exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 foram preparadas de acordo com os conceitos e regras de adequação de capital regulatório, e não com os padrões contábeis locais ou internacionais. Portanto, algumas informações nas Divulgações do Pilar 3 exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 não são diretamente comparáveis às informações financeiras constantes das demonstrações financeiras deste mesmo exercício. Revisão As Divulgações do Pilar 3 exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 foram revisadas internamente e preparadas em linha com as diretrizes da Circular 3.678/13 do Banco Central do Brasil, bem como com as políticas previstas no Manual de Padrões do Grupo HSBC, mas não foram revisadas pela auditoria externa do HSBC Brasil. Portanto, não estão acompanhadas de parecer dos auditores independentes. Gestão e alocação de capital Visão geral A abordagem de gerenciamento de capital do HSBC Brasil é orientada por suas estratégias e necessidades organizacionais, levando em conta a regulamentação aplicável e o ambiente econômico e de negócios em que opera. É objetivo do HSBC Brasil manter uma base de capital forte e superior ao mínimo exigido pelo regulador para suportar o desenvolvimento de seus negócios. No HSBC Brasil, o qual é parte integrante do Grupo HSBC, uma das maiores organizações de serviços financeiros e bancários do mundo, o capital é gerenciado localmente, mas de forma integrada ao processo de gestão de capital do Grupo HSBC como um todo, com consistência e alinhamento. A estrutura de gerenciamento de capital, aprovada pela Diretoria Executiva do HSBC Brasil, incorpora visões alternativas de capital, incluindo o capital investido e o capital regulatório. Esses são definidos assim: Capital investido é o capital investido no HSBC Brasil pelos acionistas; Capital regulatório é o capital mínimo que o HSBC Brasil deve manter conforme determinado pela regulamentação do BACEN. Os riscos de crédito, de mercado e operacional foram identificados como materiais e são gerenciados por estruturas próprias, nos moldes definidos pela regulamentação. Testes de stress foram incorporados à estrutura de gerenciamento de risco e são utilizados como um importante mecanismo para a compreensão da sensibilidade das premissas fundamentais do planejamento de capital para um impacto negativo extremo, mas plausível. O teste de stress permite à alta Administração formular medidas de gestão, prevendo condições com antecedência para refletir cenários de stress identificados. A responsabilidade pela alocação de capital e respectivas decisões pertence à Diretoria Executiva. Por meio de sua estrutura de processos e governança interna, o HSBC Brasil mantém disciplina sobre suas decisões de investimento e alocação de capital, visando garantir que os retornos sobre o investimento sejam adequados, tendo em conta os custos de capital. 7

O processo de gestão de capital é articulado via um plano anual de capital aprovado pela Diretoria Executiva, com o objetivo de manter tanto uma quantidade ideal de capital como um equilíbrio entre seus diferentes componentes. Este plano pode envolver aumento de capital de nível 1 e/ou emissão de dívida subordinada, e estas ações são efetuadas de acordo com as políticas e diretrizes do Grupo HSBC relacionadas ao mercado e à concentração de investidores, ao custos, às condições de mercado e aos efeitos no perfil de composição e maturidade do capital total. O capital é gerenciado para suportar o crescimento planejado dos negócios e cumprir com os requerimentos regulatórios no âmbito do plano anual de capital aprovado pelo HSBC Brasil. Avaliação interna de adequação de capital O HSBC Brasil mantém uma base de capital cuidadosamente gerenciada para cobrir os riscos inerentes ao negócio. A adequação do capital social da entidade é monitorada e avaliada, dentre outras formas, por meio de regras estabelecidas pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, adotadas pelo Banco Central do Brasil, considerando os recursos necessários para cobrir perdas inesperadas decorrentes dos riscos discricionários, tais como risco de crédito e risco de mercado, ou não discricionários, como o risco operacional e risco reputacional. Essa estrutura, em conjunto com as políticas que definem o processo de avaliação interna de adequação do capital ( ICAAP ) pela qual o HSBC Brasil examina o perfil de risco do ponto de vista de capital regulatório e econômico, garante que o nível de capital: Continua a ser suficiente para apoiar o nosso perfil de risco e autorizações pendentes; Excede os requerimentos mínimos de capital regulatório de acordo com as margens definidas; É capaz de suportar um cenário grave de estresse originado por uma recessão econômica; e Permanece consistente com nossos objetivos estratégicos e operacionais, e com as expectativas dos acionistas e das agências de classificação. HSBC Brasil cumpre rigorosamente todas as exigências de capital impostas pelos reguladores. O capital econômico é a medida pela qual o risco é medido e ligado ao capital dentro da estrutura de apetite de risco. A declaração do apetite de risco, que descreve o quantum e tipos de riscos que o HSBC Brasil está preparado para assumir na execução da estratégia, é aprovada anualmente pela Diretoria Executiva do HSBC Brasil. A estrutura de gerenciamento de risco promove o monitoramento contínuo do ambiente de risco e uma avaliação integrada dos riscos e suas interações. O orçamento realizado ao final de 2014 indica que o Conglomerado Prudencial contará com capital suficiente e adequado para cobrir os riscos decorrentes de suas atividades durante o ano de 2015 e anos subsequentes. Detalhes adicionais a respeito da adequação de capital são apresentados no relatório de ICAAP quando posto à disposição pelo HSBC Brasil ao regulador. Análise de cenário e teste de stress Análise de cenário e teste de stress são mecanismos importantes para entender as sensibilidades do capital e dos planos de negócio do HSBC Brasil a efeitos adversos de eventos extremos, mas plausíveis. Além da consideração do efeito financeiro potencial sobre os planos, um resultado chave dessa ferramenta é a análise e estabelecimento de planos de ação gerencial para mitigar o potencial impacto de tais eventos adversos, ou eventos similares. A estrutura e processos de teste de stress e análise de cenário do HSBC Brasil são supervisionados pelo Stress Test and Economic Capital Committee. Este comitê se reúne trimestralmente para monitorar e revisar os relatórios de análise de cenário e teste de stress; todavia, periodicidade diferente será possível dependendo das demandas associadas a exercícios de stress testing em andamento. Os membros incluem representantes das funções de gestão de risco e de capital do HSBC Brasil. Os recursos de capital regulatório são avaliados regularmente em relação à demanda dentro de uma série de cenários de stress, incluindo recessão econômica global e local. Técnicas qualitativas e quantitativas são usadas para estimar o impacto potencial sobre a posição do capital do HSBC Brasil dentro de tais cenários. O HSBC Brasil também participa, quando apropriado, em análises de cenário padrão exigidas pelos órgãos reguladores. Além da análise macroeconômica, uma série de cenários dirigidos por eventos relacionados a riscos 8

operacionais, de mercado e de crédito, são regularmente formulados e analisados em detalhe, para garantir que a administração tenha considerado o impacto potencial, e as ações necessárias, se uma série de riscos se materializar. Em especial, essa estrutura tem auxiliado a administração a mitigar alguns dos efeitos da crise financeira mundial. Apesar da previsão de eventos futuros ser limitada, uma análise de cenários ocorridos no passado auxilia no conhecimento e definição das ações necessárias para mitigar os riscos, na hipótese de eventos similares acontecerem. Como parte do processo de gestão do apetite de risco do HSBC Brasil, planos de negócio e de capital são apoiados por previsões dos parâmetros de risco que direcionam as exigências de capital. Os testes de stress do HSBC Brasil consideram as sensibilidades desses direcionadores dentro de uma variedade de previsões econômicas potenciais para examinar as posições de capital possíveis. Em qualquer recessão econômica importante, a intervenção proativa e estruturada da administração é uma consequência inevitável e necessária. Portanto, o HSBC Brasil incorpora o efeito de tais ações para determinar se tem ou não capacidade de resistir a tal evento. Capital regulatório Na página seguinte apresentamos o detalhamento do capital regulatório da organização, sob a ótica do Conglomerado Financeiro: 9

Patrimônio de Referência Exigido (PRE) Conglomerado Financeiro Capital Regulatório Dezembro 2014 Setembro 2014 Junho 2014 Março 2014 Dezembro 2013 a) RWA CPAD - Por Fator de Ponderação (FPR): 90.530 88.261 87.622 86.658 83.672 FPR de 2% 17 41 13 93 9 FPR de 20% 616 913 1.063 1.139 839 FPR de 35% 1.784 1.703 1.593 1.486 1.337 FPR de 50% 5.220 4.785 3.914 4.005 3.679 FPR de 75% 15.212 15.167 13.072 13.249 12.199 FPR de 85% 24.940 22.833 21.618 20.348 20.169 FPR de 100% 39.115 39.224 42.137 42.118 41.006 FPR de 150% - - 382 387 378 FPR de 250% 3.226 3.496 3.672 3.654 3.368 FPR de 300% 2.278 1.157 1.264 1.235 890 FPR de (-) 100% (695) (819) (688) (714) (904) FPR de (-) 300% (2.278) (1.157) (1.263) (1.234) - FPR de 909.09% 645 485 509 523 90 Variação da qualidade creditícia da contraparte 449 431 337 370 611 b) RWA MPAD 6.574 7.694 7.691 7.817 6.517 RWA JUR1 1.790 2.360 2.359 2.696 1.717 RWA JUR2 3.109 3.146 3.516 3.014 3.073 RWA JUR3 197 728 57 104 149 RWA JUR4 805 857 954 1.012 1.123 RWA ACS 434 407 542 829 455 RWA CAM 239 197 263 161 - Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking 981 104 62 117 21 c) RWA OPAD 10.132 10.132 10.144 10.147 9.909 Total Ativo Ponderado pelo Risco 107.235 106.087 105.458 104.621 100.098 Patrimônio de Referência (1) 14.051 13.514 13.753 13.761 12.001 Nível I 8.604 9.324 9.791 9.745 9.832 Nível II (2) 5.448 4.190 3.962 4.017 2.169 ÍNDICE DE BASILEIA (IB) 13,10% 12,74% 13,04% 13,15% 11,99% ÍNDICE DE NÍVEL I (IN1) 8,02% 8,79% 9,28% 9,31% 9,82% ÍNDICE DE CAPITAL PRINCIPAL (ICP) 8,02% 8,79% 9,28% 9,31% 9,82% (1) Detalhamento do cálculo do Patrimônio de Referência consta do Anexo I. (2) Detalhes a respeito dos instrumentos (Nível II) de Patrimônio de Referência constam do Anexo II. (a) RWA CPAD, relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada. (b) RWA MPAD, relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada; RWA JUR1, relativa às exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas denominadas em real cujo requerimento de capital é calculado mediante abordagem padronizada; RWA JUR2, relativa às exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de moedas estrangeiras cujo requerimento de capital é calculado mediante abordagem padronizada; RWA JUR3, relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos cupons de índices de preços cujo requerimento de capital é calculado mediante abordagem padronizada; RWA JUR4, relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos cupons de taxas de juros cujo requerimento de capital é calculado mediante abordagem padronizada; RWA ACS, relativa às exposições sujeitas à variação do preço de ações cujo requerimento de capital é calculado mediante abordagem padronizada; RWA CAM, relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial cujo requerimento de capital é calculado mediante abordagem padronizada. (c) RWA OPAD, relativo ao cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA), relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante abordagem padronizada. 10

Participações Societárias não classificadas na carteira de negociação - Posição de Dezembro de 2014. Os investimentos em controladas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos foram registrados ao custo deduzido de provisão para perdas, quando aplicável. O Capital requerido para participações societárias não classificadas na carteira de negociação foi de R$ 326 milhões para a data base 31 de dezembro de 2014. HSBC Seguros (Brasil) S.A. Banco Losango S.A. - Banco Múltiplo HSBC HSBC (Brasil) Administradora de Consórcio Ltda. BANK Credival Participações, Administração e Assessoria Ltda. HSBC Leasing Arrendamento Mercantil (Brasil) S.A. HSBC Corretora de Títulos e Valores Mobiliários HSBC Administração de Fundo de Pensão Outras participações em controladas Total de participações e resultados em controladas Posição das controladas Capital social 555 332 20 20 300 218 80 - Quantidade de ações/quotas emitidas: Ações/quotas ordinárias (1) 17.192 135.013 2.047.323 2.011.709 121 181.238 7.982.355 - Ações preferenciais (1) 10.082 - - - - - - - Resultado do exercício 404 76 82 17 23 108 5 - Patrimônio líquido 963 499 35 41 316 292 85 - Posição dos investimentos Quantidade de ações/quotas possuídas: Ações/quotas ordinárias (1) 17.152 135.009 2.047.322 2.011.709 121 181.171 7.982.355 - Ações preferenciais (1) 9.597 - - - - - - - Percentual de participação (%) 98% 100% 100% 100% 100% 100% 100% - Resultado de participações - Operacional HSBC Bank 395 76 82 17 23 93 4 24 714 HSBC Conglomerado Financeiro 395-82 17 - - 5 24 522 Saldo das participações HSBC Bank 922 499 35 41 316 292 85 25 2.216 HSBC Conglomerado Financeiro 922-35 41 - - 85 25 1.109 Transações com controladas Ativo 127 2.983 2-455 859 0 - Passivo (12) (993) (8) (19) (41) (1.198) (76) (35) Receitas 10 239 7 0 32 0 0 0 Despesas (11) (114) - (19) (17) (84) (11) (2) (1) Valores Unitários 11

Operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros A Cessão de Recebíveis Imobiliários para a área de Crédito Imobiliário do HSBC Brasil é uma maneira de levantar fundos alternativos para o negócio, levando em consideração as seguintes vantagens: (i) evita o risco de descasamento de índice entre ativo e passivo e, portanto, o custo de swap; (ii) levanta fundos complementares a um custo equivalente aos depósitos de poupança através do programa de aquisição de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) do FGTS (Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço), (iii) gera novos negócios levando em consideração as oportunidades que o crédito imobiliário traz de venda cruzada para a instituição. Todas as operações de crédito imobiliário cedidas foram com coobrigação do HSBC e estão registradas no ativo conforme determina o plano contábil das instituições financeiras (COSIF). Saldo dos contratos cedidos - Dezembro/2014 Tipo de exposição Tipo de Cessionário série 285 série 318 Total Crédito Imobiliário Securitizadoras 40 34 74 Obs.: Cessionária de ambas as séries foi a BRAZILIAN SECURITIES COMPANHIA DE SECURITIZAÇÃO, sociedade anônima com endereço na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Paulista, nº 1.374, 10º andar, Bela Vista, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 03.767.538/0001-14. O total das exposições recompradas, devido a cláusulas de coobrigação estabelecida entre o HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo e a Securitizadora, nos últimos 12 meses, somam R$ 1.287.192,03. Gerenciamento de Riscos Visão Geral As atividades de gerenciamento de risco do HSBC Brasil envolvem o dimensionamento, avaliação, aceitação e gerenciamento de algum grau de risco ou uma combinação de riscos. Os perfis de risco mudam constantemente sob a influência de uma ampla gama de fatores. A estrutura de gestão de riscos estabelecida pelo HSBC Brasil visa a fomentar o monitoramento contínuo do ambiente de risco e é associada a uma avaliação integrada dos riscos e suas interdependências. Dentre os principais riscos inerentes à atividade bancária, destacam-se: Risco de crédito O risco de crédito é o risco de perdas financeiras no caso de o cliente ou contraparte não cumprir com uma obrigação relacionada a um contrato. Surge principalmente de empréstimos e adiantamentos e de contratos de arrendamento, mas também está presente em certos produtos registrados em contas de compensação, tais como garantias, valores de referência dos derivativos e do posicionamento do HSBC Brasil em instrumentos de dívida. Entre os riscos a que o HSBC Brasil está exposto, o risco de crédito gera a maior exigência de capital regulatório. Risco de mercado O risco de mercado consiste na possibilidade de perda por oscilações de preços e taxas, uma vez que a carteira de ativos e passivos pode apresentar descasamentos de prazos, moedas e indexadores. Risco operacional O risco operacional consiste na possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falhas, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos, incluindo perdas legais. Risco de liquidez e captação O risco de liquidez é o risco de que o HSBC Brasil não tenha recursos financeiros suficientes para cumprir com suas obrigações à medida que vencem, ou que tenha de vir a fazê-lo a um custo excessivo. Esse risco decorre da inadequação do calendário de fluxos de caixa. Risco de captação (uma forma de risco de liquidez) surge quando a liquidez necessária para financiar posições ativas sem liquidez não pode ser obtida nos termos esperados e quando necessário. Risco de seguro Risco de seguro é aquele em que o segurado transfere para o segurador, no caso o HSBC Brasil, o risco da ocorrência do sinistro sobre o objeto segurado. O principal risco abrangido nos contratos de seguros é representado pelo custo dos sinistros em contrapartida ao montante global dos prêmios recebidos. O custo de 12

um sinistro pode ser influenciado por vários fatores, incluindo o histórico de mortalidade. Risco de reputação Como um grupo bancário, a reputação do HSBC Brasil depende da maneira pela qual conduz seus negócios e também pode ser afetada pela qualidade e conduta de seus clientes e fornecedores (parceiros) de serviços. Em caso de qualquer possibilidade de risco à reputação do HSBC Brasil, a questão deve ser direcionada para áreas especializadas internas, tais como: Compliance, Jurídico, Risco Operacional, Marketing, etc., onde os riscos são avaliados caso a caso. O HSBC Brasil possui atividades relacionadas à Segurança e Prevenção de Fraudes bem como atividades voltadas a assegurar o cumprimento de normas e regulamentos (Compliance), com vistas a monitorar e prevenir atividades relacionadas à lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas. Também possui políticas internas de restrição ao financiamento de atividades ligadas ao terrorismo, jogos de azar, contravenção, ou que causem prejuízo ao meioambiente. Risco de sustentabilidade Os riscos de sustentabilidade (ambiental e social) surgem da prestação de serviços financeiros para empresas ou projetos que conflitem com as necessidades de desenvolvimento sustentável. Risco de negócio Risco de negócio é o impacto negativo potencial sobre lucros e capital devido à falha da Organização em atingir seus objetivos estratégicos, conforme estabelecido no plano operacional, como resultado de mudanças imprevisíveis no ambiente comercial e regulatório, exposição a ciclos econômicos e mudanças tecnológicas. O HSBC Brasil não reserva capital contra risco de negócio como uma categoria distinta, já que acredita que esse risco é efetivamente coberto pelo capital reservado para outros riscos, como risco de crédito, risco de mercado e risco operacional. Risco residual O risco residual é, primariamente, o risco de que as técnicas de mitigação sejam menos eficazes que o esperado. Essa categoria também inclui riscos que são causados por eventos específicos de reputação, ou de negócios que causem exposições não incluídas nas categorias de maior risco. Estrutura organizacional A estrutura de governança existente no HSBC Brasil assegura o acompanhamento da execução da estratégia e resultados dos negócios, além da supervisão e responsabilidades para o efetivo gerenciamento dos riscos em nível local, regional e global, tanto de segmentos de clientes como de entidade legal. O Executive Committee é composto pelos principais executivos do HSBC Brasil e, dentre outras atribuições, aprova o nível de apetite de risco, planos e metas de desempenho para áreas e departamentos, nomeação de executivos seniores e delegação de autoridades, bem como o acompanhamento da execução da estratégia corporativa. De maneira geral, essas atividades estão alinhadas com as orientações da administração regional e global do Grupo HSBC. Através do Risk Management Committee, o HSBC Brasil formula as políticas de riscos, exercita a delegação de autoridade relacionada à gestão de riscos e supervisiona os controles e o apetite de risco. Este comitê monitora todas as categorias de risco, recebe relatórios sobre desempenho e problemas emergentes, determina as ações a serem tomadas e revisa a eficácia da estrutura de gerenciamento de riscos do HSBC Brasil. A Diretoria Executiva de Risco tem responsabilidade funcional sobre os principais tipos de riscos financeiros, ou seja, de crédito de varejo e atacado, de mercado e operacional entre outros. Esse departamento atua na disseminação das políticas e fornece relatórios e outras análises à gerência sênior. A Diretoria Executiva de Risco também coordena o desenvolvimento contínuo do apetite de risco e dos cenários dos testes de stress. Risco HSBC Brasil Presidente HSBC América Latina Presidente HSBC Brasil Diretor Executivo de Risco Grupo HSBC Diretor Executivo de Risco HSBC América Latina Diretor Executivo de Risco Negócios 13

O Diretor Executivo de Risco do Brasil se reporta diretamente ao Presidente do HSBC Brasil e também ao Diretor Executivo de Risco da América Latina. Este por sua vez, se reporta ao Presidente do Grupo HSBC da América Latina e ao Diretor Executivo de Risco do Grupo HSBC no Reino Unido. De acordo com essa linha de reporte, informações sobre o desempenho da área de Risco, incluindo crédito, mercado, operacional e outros, são enviadas periodicamente para a Diretoria Executiva de Risco da América Latina. Estrutura de governança sênior de comitês, composição e propósitos Todos os riscos são consolidados por meio de uma estrutura robusta de comitês, que os gerencia e controla com uma visão holística da organização. Atualmente, o HSBC Brasil possui uma estrutura de comitês corporativos que é responsável pelo gerenciamento e direcionamento estratégico (Govern the Bank), monitoramento e execução do dia-a-dia da organização (Run the Bank) e monitoramento dos principais projetos em andamento e execução da estratégia (Change the Bank). A estrutura de comitês responsável pela gestão de riscos do HSBC Brasil está demonstrada abaixo: Executive Committee (EXCO) Risk Management Committee (Latin America) Assets & Liabilities Committee (ALCO) Risk Management Committee (RMC) Capital Planning Committee Stress Testing and Economic Capital Committee (STECC) Model Oversight Committee (MOC) Brasil Região Retail Credit & Risk Committee (RCRC) Função dos comitês Executive Committee ( EXCO ): composto pelo quadro de Diretores responsáveis pelas decisões de planejamento e de estratégias que têm impacto na missão, visão e resultados gerais do HSBC Brasil. Este comitê se reúne mensalmente para discutir as estratégias, resultados, planos e metas de desempenho para áreas e departamentos, sendo responsável pela nomeação de executivos seniores e delegação de autoridades, bem como o acompanhamento da execução da estratégia corporativa e acompanhamento da implementação das decisões. Assets & Liabilities Committee ( ALCO ): periodicidade mensal; engloba Finanças, Tesouraria e executivos de negócios para discutir mensalmente o balanço, liquidez e posicionamento quanto aos riscos de mercado. Também apontam a sustentabilidade dos lucros em uma estrutura de balanço conservadora. 14

Risk Management Committee ( RMC ): periodicidade mensal; assegura a implementação e a manutenção de controles e gestão de riscos conforme exigências locais e do Grupo HSBC. Esse comitê abrange os riscos de crédito, mercado, operacional e outros riscos do HSBC Brasil. Retail Risk HBBR CRO Wholesale & Market Risk Stress Testing and Economic Capital Committee ( STECC ): periodicidade trimestral; tem por objetivo monitorar e analisar os resultados de testes de stress aplicados para os riscos de mercado, crédito e operacional. Risk COO / Risk Strategy Collections Security & Fraud Financial Crime Compliance Retail Credit & Risk Committee ( RCRC ): periodicidade mensal; tem por objetivo monitorar e gerenciar a performance e o risco dos portfolios de Varejo com os padrões do Grupo HSBC. Operational Risk Insurance Risk Regulatory Compliance Independent Review Model Oversight Committee (MOC): composto por membros das áreas de Risco, Businesses, IT, Finanças e Independent Review, tem a responsabilidade de dirigir, supervisionar e recomendar / aprovar a criação, desenvolvimento, implementação, validação e monitoramento de modelos de crédito para atacado e varejo. Os comitês estão estruturados para atender especificamente as áreas de atacado e varejo e reportam-se aos seus correspondentes no âmbito regional e global. Capital Planning Committee: periodicidade trimestral; tem por objetivo assessorar a Diretoria Executiva ( EXCO ) no desempenho de suas atribuições no gerenciamento de capital conforme determinado pelas normas dos reguladores locais e internacionais, além de internas do Grupo HSBC a que o HSBC Brasil e suas coligadas ( HBBR ) estão sujeitos. Estrutura organizacional da Diretoria de Risco A estrutura organizacional da Diretoria de Risco do HSBC Brasil abrange o gerenciamento de risco de crédito, de mercado, operacional e outros. Apresentamos a seguir um resumo da estrutura relacionada ao gerenciamento do Risco: Information Management Políticas para gestão de riscos As políticas de administração de risco do HSBC Brasil estão contidas no Manual de Padrões do Grupo HSBC e levam em conta uma hierarquia de manuais de política aplicável a todo o Grupo, sendo destinados a comunicar os padrões, instruções e orientações para os colaboradores do HSBC Brasil. As políticas apoiam o apetite de risco e estabelecem procedimentos para monitorar e controlar riscos, através de relatórios pontuais e confiáveis para a gerência sênior. O HSBC Brasil regularmente revisa e atualiza suas políticas, sistemas e metodologias de gestão de risco para que reflitam as mudanças na lei, nos regulamentos, nos mercados, nos produtos e melhores práticas que surjam. O conceito de responsabilidade pessoal, reforçado pela estrutura de governança do HSBC Brasil, é difundido por treinamentos que auxiliam na propagação de uma cultura construtiva e disciplinada, em que a gestão de riscos é responsabilidade de todos os colaboradores, os quais devem identificá-los, avaliá-los e gerenciá-los. A gestão de risco é enfatizada pela associação com a política de remuneração do HSBC Brasil e há exigências para garantir que a remuneração seja consistente com uma gestão eficaz de risco. 15

Apetite de risco A estrutura de apetite de risco descreve a natureza e tipos de risco que o HSBC Brasil está preparado para assumir na execução da sua estratégia. Ela é fundamental para a abordagem integrada do risco, capital e gestão de negócios. Também suporta o HSBC Brasil na execução de objetivos de rentabilidade sobre o capital e é um elemento-chave no cumprimento dos requerimentos de capital vigentes. A formação do apetite de risco considera a capacidade de risco, a situação financeira, a força das receitas das áreas de negócio e a resiliência da reputação e da marca. O apetite de risco está expresso tanto qualitativamente, descrevendo quais são os riscos tomados, quanto quantitativamente. A alta administração do HSBC Brasil atribui métricas quantitativas para cada tipo de risco, de forma a assegurar que: Atividades básicas das áreas de negócio possam ser guiadas e controladas, continuando, assim, alinhadas com a estrutura de apetite de risco; Premissas fundamentais que sustentam o apetite de risco possam ser monitoradas e, se necessário, ajustadas por meio dos ciclos de planejamento de negócios; e Decisões de negócios para mitigação dos riscos sejam antecipadas e colocadas em prática, tão logo as evidências de risco sejam sinalizadas. A avaliação do apetite de risco é conduzida pela Diretoria Executiva do HSBC Brasil e é monitorada em bases contínuas pela Diretoria de Risco. O apetite de risco é operado por meio de dois mecanismos principais: A estrutura em si define os órgãos de governança, processos, métricas, e outras características de como o HSBC Brasil gerencia o apetite de risco na condução de seus negócios. Relatórios periódicos de apetite de risco definem, em diversos níveis das áreas de negócio, o grau desejado de risco, compatível com o retorno de metas de crescimento, em linha com a estratégia corporativa e os objetivos de todas as partes interessadas. mensurado, avaliado e usado como base para a alocação de capital e a avaliação de desempenho. O apetite de risco é executado por intermédio de limites operacionais que comprovam o nível de risco assumido pelo HSBC Brasil, e é mensurado utilizando-se métricas de performance de risco. Mensuração de risco e sistemas de reporte O objetivo da mensuração e reporte de risco do HSBC Brasil é garantir que os riscos sejam capturados integralmente, com todos os atributos necessários para fundamentar decisões seguras, e que esses atributos sejam avaliados com exatidão, garantindo também que as informações sejam entregues tempestivamente de modo que os riscos sejam administrados e mitigados com sucesso. A mensuração e reporte de risco também estão sujeitos a uma estrutura robusta de governança, para garantir que seu desenho seja adequado aos objetivos e que estejam funcionando apropriadamente. O HSBC Brasil investe recursos significativos em sistemas e processos de tecnologia da informação para manter e melhorar sua capacidade de gestão de risco. A mensuração e monitoramento dos grandes riscos gerenciados pelo HSBC Brasil, inclusive riscos de crédito, de mercado e operacional, são cada vez mais administrados por sistemas centrais, ou, quando isso não acontece, as estruturas e processos possibilitam uma supervisão completa pela gerência sênior. A gestão é realizada visando manter os níveis de risco em conformidade com os limites estabelecidos pelo HSBC Brasil. Informações gerenciais de controle de risco são disponibilizadas às áreas de negócio, à Diretoria Executiva do HSBC Brasil e da América Latina, mediante relatórios diários, mensais, trimestrais e apresentações periódicas. Esse processo inclui o fornecimento de informações por meio de um sistema corporativo às agências, regionais, segmentos de negócios, áreas de concessão e recuperação de crédito e incluem dados que possam sinalizar situações de risco e impactar a qualidade dos créditos concedidos aos clientes, permitindo à organização atuar de forma preventiva a mitigar perdas. A estrutura de apetite de risco abrange tanto os aspectos positivos quanto os negativos do risco. Nesse contexto, o capital é a moeda comum pela qual o risco é 16

Risco de crédito Objetivos Os objetivos do gerenciamento de risco de crédito são intrinsecamente subjacentes a negócios rentáveis e sustentáveis, visando principalmente manter uma forte cultura de responsabilidade sobre empréstimos. O gerenciamento de risco no HSBC Brasil está suportado por uma robusta política de risco e estrutura de controle, em parceria e desafiando as áreas de negócios na definição e execução do apetite de risco, com a reavaliação contínua dos termos e condições reais de cenário, assegurando independência, análise profunda dos riscos, seus custos e formas de mitigação. Organização e responsabilidades O risco de crédito é parte da função de Risco. Em todo o HSBC Brasil, a área de Risco de Crédito cumpre o papel de uma unidade independente de controle de crédito, ao passo que interage com as equipes de negócio para definir prioridades, refinar o apetite de risco, monitorar e reportar exposições de alto risco. O HSBC Brasil adota políticas de crédito, procedimentos e orientações na concessão de crédito que satisfaçam tanto às exigências locais quanto às normas do Grupo HSBC. A autoridade para a aprovação de crédito é delegada pela Diretoria Executiva ao Diretor Executivo de Risco, que responde ao Presidente do HSBC Brasil sobre questões relacionadas a crédito, mantendo uma linha funcional de comunicação direta com o diretor responsável pela função de Risco na América Latina. Monitorar o desempenho e realizar a gestão das carteiras de crédito, assegurando performance em linha com o perfil e o apetite de risco do HSBC Brasil; Estabelecer e manter a política do HSBC Brasil em grandes exposições de crédito, assegurando que as concentrações de exposição frente às contrapartes, setor econômico ou geográfico não se tornem excessivas em relação aos níveis exigidos tanto internamente quanto pelas normas vigentes; Manter e desenvolver a estrutura de gerenciamento de riscos e sistemas do HSBC Brasil, identificando e classificando as exposições significativas e permitindo o gerenciamento com foco nos riscos envolvidos; Atuar ativamente no desenvolvimento de cenários de testes de stress e no refinamento dos indicadores-chave de risco, permitindo sua utilização como instrumento no processo de planejamento dos negócios do HSBC Brasil; Relatar sobre os aspectos da carteira de risco de crédito do HSBC Brasil para o RMC, o Comitê de Auditoria e a Diretoria Executiva do HSBC Brasil; Gerenciar e direcionar iniciativas relacionadas aos sistemas de gerenciamento de risco de crédito; Promover as melhores práticas no HSBC Brasil relacionadas ao risco de crédito, como risco de sustentabilidade, novos produtos e treinamentos. A função de Risco de Crédito do HSBC Brasil emprega um alto nível de supervisão e gestão do risco de crédito. Suas responsabilidades incluem: Formular as políticas de crédito; Orientar quanto ao apetite do HSBC Brasil à exposição ao risco de crédito para setores específicos de mercado, atividades e produtos bancários; Risk analytics A estrutura de Risco do HSBC Brasil gerencia as atividades de credit risk analytics através de uma série de disciplinas analíticas que dão suporte aos modelos de classificação de risco, capital econômico e testes de stress. Essa estrutura formula respostas técnicas ao desenvolvimento da indústria e às políticas regulatórias no campo de credit risk analytics além de dar suporte e supervisionar o desenvolvimento e utilização dos modelos avançados de Basileia II. Realizar avaliação independente e objetiva do risco; Os modelos de credit risk analytics do HSBC Brasil são governados pelo Model Oversight Committee, que se reune trimestralmente e se reporta ao Risk Management Committee. O MOC é presidido pela função de Risco e 17

tem como membros participantes as áreas de negócios do HSBC Brasil. Sua responsabilidade primária é supervisionar e recomendar / aprovar a criação, desenvolvimento, implementação, validação e monitoramento de modelos de crédito de atacado e varejo associados aos sistemas de classificação de risco. Com o objetivo de garantir os padrões de qualidade para os modelos e processos fundamentais para a gestão de riscos, o HSBC Brasil conta com estruturas independentes de validação de modelos, processos, governança e tecnologia. Essas áreas têm a responsabilidade de avaliar as metodologias e as práticas realizadas em todas as áreas que contribuem direta ou indiretamente em qualquer etapa dos processos de crédito, emitindo pareceres e relatórios para as áreas envolvidas e para a alta direção, contribuindo para a manutenção de sua eficácia. Mensuração e monitoramento do risco de crédito A exposição do HSBC Brasil ao risco de crédito ocorre em várias classes de ativos, incluindo derivativos, ativos financeiros disponíveis para venda, empréstimos e adiantamentos a clientes e investimentos financeiros, e os sistemas de classificação de risco existentes para medir e monitorar esses riscos são igualmente diversos. De forma a evitar a concentração excessiva de risco, as políticas e procedimentos estabelecidos pelo Grupo HSBC incluem orientações específicas à manutenção de uma carteira diversificada. Concentrações de risco de crédito identificadas são controladas adequadamente e administradas. As exposições de risco de crédito são gerenciadas em carteiras de clientes de atacado ou varejo. No caso de clientes individualmente significativos, avaliações de risco são realizadas no mínimo anualmente, podendo ser mais frequente se necessário, e quaisquer alterações necessárias para reduzir a exposição são implementadas imediatamente. Para as carteiras de varejo, os riscos são avaliados e gerenciados por meio de uma variedade de modelos e ferramentas estatísticas que provêm dados que permitem acompanhar e avaliar alternativas para mitigação do risco. Qualquer que seja a natureza da exposição, um princípio fundamental da política e abordagem do Grupo HSBC é que sistemas de mensuração e monitoramento de risco são simplesmente ferramentas de auxílio à tomada de decisão. Atenção especial é dispensada aos problemas de exposição, que são objetos de revisões e monitoramento mais frequentes e intensivos, a fim de acelerar ações corretivas. Para tanto, existe uma unidade de riscos especiais que fixa estratégias de gestão de relacionamentos com clientes que estão com operações em atraso ou que apresentam problemas financeiros. A atuação vai desde o entendimento dos problemas dos clientes até a solução definitiva da inadimplência. Regularmente as equipes de avaliação de crédito e identificação de risco efetuam a revisão de exposições e dos processos para fornecer uma avaliação independente e rigorosa acerca dos riscos de crédito no HSBC Brasil, reforçando o gerenciamento secundário dos riscos e disseminando as melhores práticas. A auditoria interna desempenha uma função terciária, focada nos riscos com uma perspectiva global e na concepção e efetividade dos controles primários e secundários, realizando auditorias de supervisão através de amostragens regionais e globais de toda a estrutura de controle, auditorias específicas de riscos-chaves emergentes e auditoria de projetos para avaliar as principais iniciativas de mudanças. O HSBC Brasil procura melhorar constantemente a qualidade de sua gestão de risco. Portanto, para fins de gestão e reporte, os sistemas de tecnologia de informação do HSBC Brasil foram posicionados para processar informações de risco de crédito eficiente e consistentemente; há uma base de dados cobrindo substancialmente todas as exposições de empréstimos, que gera relatórios regulares com os principais indicadores de performance das carteiras que são disponibilizados para a alta administração em nível cada vez mais granular. Os padrões do Grupo HSBC são base para o processo por intermédio do qual os sistemas de classificação de risco são desenvolvidos, aprovados e implementados. A ênfase aqui está na comunicação eficaz entre as linhas de negócio e a gestão de risco e a independência adequada na tomada de decisão. Como outros aspectos da gestão de risco, os sistemas analíticos de classificação de risco não são estáticos e estão sujeitos à revisão e modificação em relação ao ambiente, e a maior disponibilidade e qualidade das informações. Processos estruturados e métricos existem para capturar as informações relevantes e alimentá-las numa melhoria contínua do modelo. 18