Curso de Cálculos Judiciais Direito Previdenciário



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Transcrição:

Sumário TEMAS P. I.APRESENTAÇÃO... 03 II. PREVIDÊNCIA SOCIAL Noções Básicas... Segurados... Dependentes... Qualidade de Segurado... Carência... Interstício... Distinção entre Unidade Salarial e Salário Mínimo... Distinção entre Salário-de-Benefício, Salário-de-Contribuição e Salário-Base... Desconto Previdenciário...... Decadência/Prescrição...... Prazo para Concessão de Benefícios... III. Quadro de Legislações Básicas... IV. Quadro de Percentuais de Concessão dos Benefícios Previdenciários... 04 04 09 09 11 13 15 15 18 18 18 19 19 IV. Principais Benefícios... Auxílio Doença... Auxílio Acidente... Auxílio Doença por Acidente do Trabalho... Abono Anual... Salário Maternidade... Salário Família... Aposentadoria por Tempo de Contribuição... Aposentadoria por Idade... Aposentadoria Especial... Aposentadoria por Invalidez... Pensão por Morte... Auxílio Reclusão... Reabilitação Profissional... Amparo Assistencial ao Idoso e ao Deficiente... 20 20 25 36 39 40 42 42 50 58 64 67 75 76 76 IV. Benefícios Extintos... V. Acumulação de Benefícios... VI. Espécies de Benefícios... 77 78 79 VII. Revisões de Benefícios... Da Revisão decorrente da incidência do disposto no artigo 201 da CF/88... Da Revisão decorrente do disposto no artigo 58 do ADCT, da CF/88... Das Revisões decorrentes da aplicação da Lei n.º 8.213/91... Da Revisão decorrente da aplicação do artigo 26 da Lei n.º 8.870/94... Da Revisão prevista pelo artigo 35 da Lei 8.213/91(alterado pelo Dec. 3048/99)... 81 81 82 84 86 87 1

Sumário TEMAS P. VIII. Reajustamentos de Benefícios... 87 Histórico dos Reajustamentos anteriores à CF/88... 87 Dos Índices de Reajustes... 89 Dos Reajustes pelo Salário Mínimo-de-Referência... 91 Do Reajuste Previdenciário na competência de 03/88... 92 Do Reajuste de 147,06%... 93 Da Súmula 260 do Tribunal Federal de Recursos : Conteúdo, Aplicação e Prescrição... 95 IX. Da Correção Monetária... Dos Expurgos índices Inflacionários... Dos Índices de Correção Monetária para Ações Previdenciárias... Do Critério de Correção Monetária estipulado na Revista n.º9.859/74 e na Súmula 26 do Segundo Tribunal de Alçada do Estado de São Paulo... X. Dos Precatórios... Da Correção Monetária dos Precatórios... Dos Índices de Correção Monetária... Dos Juros nos Precatórios... 100 100 105 105 106 106 108 108 XI. As siglas mais utilizadas... XII. Bibliografia... 110 116 XIII. Anexos... Tabela de Benefício (Menor e Maior Valor Teto)... Tabela dos Valores de Contribuição e Produção de Empregador Rural até 10/91... 117 118 128 2

O objetivo deste curso é compartilhar os conhecimentos técnicos e operacionais obtidos pelo árduo trabalho, combinado com estudos da matéria, bem como a experiência adquirida em longos anos de atividade. Almejamos proporcionar aos usuários e operadores do a otimização de suas atividades dentro da sua área de atuação, com uma visão voltada para os Cálculos Judiciais tendo como parâmetros: exatidão, técnica, equidade, ética e profissionalismo. Sueli Fujiko Shimada Graduada em Ciências Contábeis pela Instituição Toledo de Ensino de Bauru/SP Chefe do Setor de Precatórios e Cálculos Judiciais da Gerência Executiva do INSS de Bauru/SP Especialista em Cálculos Previdenciários Perita Judicial nas áreas Trabalhista e Financeira Elaboração: Sueli Fujiko Shimada e Lea Del Bianco Garcia 3

SEGURADOS São segurados da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: - O Empregado e Trabalhador Avulso - O Empregado Doméstico - O Contribuinte Individual e Facultativo - O Segurado Especial a) Segurado Empregado É aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado. Também é considerado empregado: aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria; o brasileiro ou estrangeiro residente e contratado no Brasil para trabalhar, no exterior, como empregado em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País; o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno; aquele que presta serviço, no Brasil, à missão diplomática ou à repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos os estrangeiros sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência social; o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que trata a Lei 8745/93, este desde que, em razão de proibição legal não possa filiar-se ao sistema previdenciário local; o bolsista e estagiário que prestam serviços a empresa, desde que não seja na sua área de formação profissional; o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração; o servidor do Estado, do Distrito Federal ou do Município, bem como das respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado a regime próprio de Previdência Social; o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade 4

temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do artigo 37 da Constituição Federal; o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego público; o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou militar da União, do Estado, do Distrito Federal ou do município, bem como das respectivas autarquias e fundações, amparado por regime próprio de Previdência Social, quando requisitado para outro órgão ou entidade cujo regime previdenciário não permita filiação nessa condição, relativamente à remuneração recebida do órgão requisitante; o escrevente e auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei n.º 8.935, de 18 de novembro de 1994; o exercente de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, nos termos da Lei 9506/97, desde que não amparado por regime próprio de previdência social. O empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil salvo quando coberto por regime próprio de previdência. A inscrição do empregado é formalizada pelo contrato de trabalho registrado na Carteira de Trabalho e Previdência Social. O recolhimento da contribuição é de responsabilidade do empregador. b) Segurado Trabalhador Avulso É aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-deobra, nos termos da Lei 8630/93 ou sindicato da categoria. São considerados trabalhadores avulsos: aquele que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco; o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios); o amarrador de embarcação; o ensacador de café, cacau, sal e similares; o trabalhador na indústria de extração de sal; o carregador de bagagem em porto; o prático de barra em porto; o guindasteiro; o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos. A inscrição é formalizada pelo cadastramento e registro no sindicato de classe ou órgão gestor de mão-de-obra. O recolhimento da contribuição é de responsabilidade do tomador do serviço ou do órgão gestor de mão-de-obra. c) Empregado Doméstico É aquele que presta serviços contínuos, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos. O motorista particular, a cozinheira, a lavadeira, o jardineiro, a babá, a copeira, o empregado de sítio de veraneio e de casa de praia, a governanta, a acompanhante, a passadeira, o mordomo e outros que se enquadram na definição acima. A lei obriga o empregador doméstico a assinar a carteira de trabalho de seus empregados. 5

Munido da carteira de trabalho com o contrato assinado, o empregado doméstico efetua uma só inscrição na Agência ou Unidade da Previdência Social. O empregador doméstico pode promover a inscrição, no INSS, do segurado a seu serviço, ou qualquer outra pessoa sem necessidade de procuração. O empregador doméstico é responsável pelo recolhimento das contribuições do empregado doméstico. d) Contribuinte Individual Os segurados anteriormente denominados "empresário", " trabalhador autônomo" e "equiparado a trabalhador autônomo", a partir de 29 de novembro de 1999, com a Lei 9.876, foram considerados uma única categoria e passaram a ser chamados de " contribuinte individual". O contribuinte individual ao exercer atividade remunerada é considerado segurado obrigatório perante o Regime Geral de Previdência Social, devendo nele inscrever-se. Consideram-se contribuintes individuais, entre outros: Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas sem relação de emprego; Atividade em caráter eventual é atividade prestada de forma não contínua e esporádica, sem subordinação e horário. A pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; titular de firma individual de natureza urbana ou rural; diretor não-empregado e o membro do conselho de administração da Sociedade Anônima; os sócios nas sociedades em nome coletivo e de capital e industrial; o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural; o associado eleito para cargo de direção na cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade; o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; o profissional liberal; pintores, eletricistas, bombeiros hidráulicos, encanadores e outros que prestam serviços em âmbito residencial, de forma não contínua, sem vínculo empregatício; cabeleireiro, manicure, esteticista e profissionais congêneres, quando exercerem suas atividades em salão de beleza, por conta própria; o comerciante ambulante; o membro de conselho fiscal de sociedade anônima; o trabalhador associado à cooperativa de trabalho que, por intermédio desta, presta serviços a terceiros; o trabalhador diarista que presta serviços de natureza não contínua na residência de pessoa ou família, sem fins lucrativos; o feirante-comerciante que compra para revender produtos hortifrutigranjeiros e assemelhados; o piloto de aeronave, quando habitualmente exerce atividade remunerada por conta própria; o corretor ou leiloeiro, sem vínculo empregatício; o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21.11.94; o titular de serventia da justiça, não remunerado pelos cofres públicos, a partir de 25.07.91; o condutor de veículo rodoviário, assim considerado o que exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário, bem como o auxiliar de 6

condutor contribuinte individual, em automóvel cedido em regime de colaboração; o médico residente; o vendedor sem vínculo empregatício: de bilhetes ou cartelas de loterias, de livros, de produtos de beleza etc.; o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em barco com mais de seis toneladas de arqueação bruta se parceiro outorgante, e com mais de dez toneladas de arqueação bruta, se parceiro outorgado; o incorporador conforme o artigo 29 da Lei 4.591/64; o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade com a Lei 6.855/80 o prestador de serviços de natureza eventual em órgão público, inclusive o integrante de grupo-tarefa, desde que não sujeito a regime próprio de previdência social; o presidiário que exerce atividade por conta própria; o trabalhador rural que exerce atividade eventual, sem subordinação (domador, castrador de animais, consertador de cercas etc.). o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho ou da Justiça Eleitoral; o árbitro e auxiliares de jogos desportivos; a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira diretamente ou por intermédio de outros e com auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira através de prepostos, mesmo que sem o auxílio de empregados; a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral (garimpo), em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de outros, com ou sem auxílio de empregados, ainda que de forma não contínua; o ministro de confissão religiosa e o membro do instituto de vida consagrada e de congregação ou de ordem religiosa, quando mantido pela entidade a que pertencem, salvo se filiados obrigatoriamente à Previdência Social ou outro sistema previdenciário; presidiário que exerce atividade remunerada mediante contrato celebrado ou intermediado pelo presídio; o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social. e) Segurado Facultativo Pode filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social como segurado facultativo., a pessoa maior de dezesseis anos de idade que não exerça atividade remunerada que a enquadre como segurado obrigatório da previdência social. Consideram-se segurados facultativos entre outros: a dona-de-casa; o síndico de condomínio quando não remunerado; o estudante; o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social; o membro de conselho tutelar de que trata o artigo. 132 da Lei 8.069/90, quando não estiver vinculado a qualquer regime de previdência social; o bolsista e o estagiário que prestam serviço a empresa de acordo com a Lei 6.494/77; o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pósgraduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; 7

o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional. O segurado facultativo pode filiar-se à Previdência Social por sua própria vontade, o que só gerará efeitos a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não sendo permitido o pagamento de contribuições relativas a meses anteriores a data da inscrição, ressalvada a situação específica quando houver a opção pela contribuição trimestral. Após a inscrição, o segurado facultativo somente pode recolher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado. O contribuinte individual e o segurado facultativo podem inscrever-se nas Agências da Previdência Social, pelo PREVFONE (0800 78 0191), no caso de já possuírem número de PIS/PASEP, efetuar o primeiro recolhimento em GPS. f) Segurado Especial (produtor rural pessoa física sem empregados) É o produtor, o parceiro, o meeiro, e o arrendatário rurais, o pescador artesanal e seus assemelhados, que exerçam essas atividades individualmente ou em regime de economia familiar, com ou sem auxilio eventual de terceiros (mutirão). Todos os membros da família (cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 16 anos de idade ou a eles equiparados) que trabalham na atividade rural, no próprio grupo familiar, são considerados segurados especiais. Também o índio tutelado é considerado segurado especial, mediante declaração da FUNAI. Não é considerado segurado especial : o membro do grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento decorrente do exercício de atividade remunerada ou de benefício de qualquer regime previdenciário, ou na qualidade de arrendador de imóvel rural, com exceção do dirigente sindical, que mantém o mesmo enquadramento perante o Regime Geral de Previdência Social - RGPS de antes da investidura no cargo; a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira através de preposto (parceiro outorgado), mesmo sem o auxílio de empregados. Parceiro É aquele que, comprovadamente, tem contrato de parceria com o proprietário da terra, desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando os lucros, conforme pactuado. Meeiro É aquele que, comprovadamente, tem contrato com o proprietário da terra, exerce atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, dividindo os rendimentos obtidos. Arrendatário É aquele que, comprovadamente, utiliza a terra, mediante pagamento de aluguel ao proprietário do imóvel rural, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira. Pescador Artesanal: É aquele que, utilizando ou não embarcação própria, de até seis toneladas de arqueação bruta (se parceiro outorgante), ou até dez toneladas de arqueação bruta (se parceiro outorgado), faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, inclusive em regime de parceria, meação ou arrendamento A Capitania dos Portos, a Delegacia ou Agência Fluvial/Marítima são órgão competentes para certificar a capacidade total da embarcação. Na impossibilidade da informação, deverá ser solicitado ao segurado a apresentação da documentação fornecida pelo estaleiro naval ou construtor da respectiva embarcação. O pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em barco com 8

mais de seis toneladas de arqueação bruta (parceiro outorgante), e com mais de dez toneladas de arqueação bruta (parceiro outorgado) é considerado contribuinte individual. Produção Rural É toda a produção de origem animal e vegetal, em estado natural ou submetida a processo de beneficiamento ou industrialização rudimentar (assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, fermentação, embalagem, cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem, torrefação), bem como os subprodutos e os resíduos obtidos através desses processos. A comprovação da atividade rural é suficiente para garantir a condição de segurado no INSS. Caso queira ter direito a benefícios com valor superior a um salário mínimo, o segurado especial pode optar por contribuir facultativamente e cumprir a carência exigida. DEPENDENTES Para o INSS há três classes de dependentes: Classe I: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido; Classe II: os pais; Classe III: o irmão, não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. Observações: a) A condição de invalidez do dependente maior de 21 anos deverá ser comprovada pela perícia médica do INSS. B) Enteados e tutelados equiparam-se a filhos. Havendo dependentes de uma classe, os dependentes da classe seguinte perdem o direito a receber pensão por morte. Também perde o direito ao benefício o dependente que passar à condição de emancipado por sentença do Juiz ou por concessão do seu representante legal, ou em função de casamento, ou ainda pelo exercício de emprego público efetivo, pela colação de grau em curso de ensino superior, por constituir estabelecimento civil ou comercial com economia própria. Os dependentes têm direito à pensão por morte e auxílio-reclusão, ao serviço social e à reabilitação profissional. QUALIDADE DE SEGURADO Da Manutenção da Qualidade de Segurado A qualidade de segurado será mantida, enquanto este contribuir para a Previdência Social ou estiver em gozo de algum benefício Previdenciário. Alguns segurados podem manter a qualidade de segurado, independentemente de contribuição, pelo período de: a) até 12 meses, quando: - após a cessação de benefício por incapacidade (alta médica ou suspensão de aposentadoria por 9

invalidez); - após a cessação das contribuições (* o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração); - após cessar a segregação (* o segurado acometido de doença de segregação compulsória); - após o livramento (* o segurado retido ou recluso); - o segurado especial que deixa de exercer atividade que o caracteriza como tal; b) até 6 meses: - após a cessação das contribuições (* o segurado facultativo); - o segurado especial que deixa de contribuir facultativamente como contribuinte individual (após 06 meses sem contribuir, perde o direito de cálculo de benefício com base na contribuição; c) até 3 meses: - após o licenciamento (* o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar); d) sem limite de prazo - o segurado está em gozo de benefício; Durante os prazos fixados nas alíneas a a d e prorrogações, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. Da Perda da Qualidade de Segurado Perde a qualidade de segurado, aquele que dentro dos prazos exigidos não contribui para a Previdência, ou seja, aquele que mesmo encerrado o chamado período de graça, não volta a contribuir aos cofres da Previdência, perderá a qualidade de segurado. Da Recuperação da Qualidade de Segurado Para os benefícios requeridos a partir de 25/07/91, havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data somente serão computadas, para efeito de carência, depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com no mínimo, 1/3 do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido. De acordo com o Parecer n.º PGC 058/95, qualquer que seja a época da inscrição ou da filiação do segurado na Previdência Social, no caso de aposentadorias por idade, tempo de serviço e especial, calcula-se 1/3 sobre a carência de 180 contribuições mensais, conforme discriminado a seguir: a) 60 contribuições mensais para aquele que, tendo perdido a qualidade de segurado, vinculou-se ao RGPS até 24/07/91, devendo cumprir a carência exigida no artigo 142 da Lei 8.213/91 (tabela progressiva); b) 60 contribuições mensais para aquele que, tendo perdido a qualidade de segurado até 24/07/91, volte a se inscrever no RGPS a partir de 25/07/91, desde que, somadas às anteriores, totalize 180 contribuições; c) 60 contribuições mensais para aquele que, tendo perdido a qualidade de segurado após 24/07/91, vincule-se ao RGPS em qualquer época a partir de 25/07/91, desde que, somadas às anteriores, totalize 180 contribuições. 10

Do Período de Graça Período de Graça é o período em que o segurado continua a ter os seus direitos garantidos: - até 10 anos de contribuição, período de graça = 12 meses - mais de 10 anos de contribuição, período de graça = 24 meses (sem interrupção superior a 12 meses). OBS: Será acrescido de mais 12 (doze) meses para o segurado-desempregado desde que comprovada essa situação pelo registro em órgão próprio do Ministério do Trabalho, dentro do período de graça (Ex.: no SINE - Sistema Nacional de Emprego), valendo para esse efeito a anotação na CTPS referente a seguro desemprego. CARÊNCIA É o período correspondente a um número mínimo de contribuições mensais para que o segurado tenha direito ao benefício. Alguns benefícios não exigem carência. Para o segurado especial, a carência é o número de meses de efetivo exercício da atividade rural, ainda que de forma descontínua, necessário para a concessão de um benefício. O segurado trabalhador rural (empregado rural, trabalhador autônomo rural, trabalhador avulso rural, segurado especial e o garimpeiro), ora enquadrado como segurado obrigatório no RGPS, pode requerer: - até 25/07/2006, a aposentadoria por idade no valor de 1 salário mínimo, desde que comprovado o exercício de atividade rural, mesmo que de forma descontínua, no período imediatamente anterior a data do requerimento, em número de meses idênticos à carência do referido benefício (Lei 9.032/95). A carência é contada: a) da data de filiação ao RGPS: - empregado - trabalhador avulso b) da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição, sem atraso: - empregado doméstico - empresário - autônomo - equiparado a autônomo - facultativo - segurado especial (contribuição facultativa até 2.006) Independe de carência a concessão dos benefícios abaixo indicados (desde que mantida a qualidade de segurado): - pensão por morte - auxílio-reclusão - salário-maternidade (exceto para segurada especial) - salário-família - auxílio-acidente - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral da Previdência Social, for acometido de algumas das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social a cada 3 (três) anos, de acordo com os 11

critérios de estigma, de formação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especialidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado. - aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão por morte aos segurados especiais de que trata o inciso VII do art. 6º, desde que comprovem o exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses correspondente à carência do benefício requerido (Inciso IV do Artigo 27 do Decreto 2.172/97). Doenças que geram isenção de carência: - tuberculose ativa; - hanseníase; - alienação mental; - neoplasia maligna; - cegueira; - paralisia irreversível e incapacitante; - cardiopatia grave; - doença de Parkinson; - espondiloartrose anquilosante; - nefropatia grave; - estado avançado da doença de Paget (osteite deformante) - síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS); - contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada. TABELA PROGRESSIVA DE CARÊNCIA Válida na Vigência do Decreto 89.312, de 23 de Janeiro de 1984 Classe Tempo de Filiação Base de Cálculo 1 Até 1 ano 1 SMR 2 Mais de 1 até 2 anos 2 vezes o maior SM 3 Mais de 2 até 3 anos 3 vezes o maior SM 4 Mais de 3 até 5 anos 5 vezes o maior SM 5 Mais de 5 até 7 anos 7 vezes o maior SM 6 Mais de 7 até 10 anos 10 vezes o maior SM 7 Mais de 10 até 15 anos 12 vezes o maior SM 8 Mais de 15 até 20 anos 15 vezes o maior SM 9 Mais de 20 até 25 anos 18 vezes o maior SM 10 Mais de 25 anos 20 vezes o maior SM TABELA PROGRESSIVA DE CARÊNCIA Válida na Vigência da Lei n.º8.212, de 24 de Julho de 1.991 Classe Salário-Base Meses 1 1 (um) salário mínimo 12 2 Cr$34.000,00 12 3 Cr$51.000,00 12 4 Cr$68.000,00 12 5 Cr$85.000,00 24 6 Cr$102.000,00 24 7 Cr$119.000,00 36 8 Cr$136.000,00 36 9 Cr$153.000,00 60 10 Cr$170.000,00 60 12

Valores da data da edição da Lei Curso de Cálculos Judiciais TABELA PROGRESSIVA DE CARÊNCIA SEGURADOS INSCRITOS ATÉ 24.07.91 DEVEM OBEDECER A TABELA PROGRESSIVA DE CARÊNCIA ano de implementação das condições meses de contribuição exigidos 1998 102 meses 1999 108 meses 2000 114 meses 2001 120 meses 2002 126 meses 2003 132 meses 2004 138 meses 2005 144 meses 2006 150 meses 2007 156 meses 2008 162 meses 2009 168 meses 2010 174 meses 2011 180 meses INTERSTÍCIO Para contribuintes individuais inscritos na Previdência Social, a partir de 29/11/1999 ( decreto 3.265/99): Salário de Contribuição, é a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observados os limites: salário mínimo e teto de contribuição (20% sobre o salário de contribuição). Para contribuintes individuais inscritos na Previdência Social, antes de 29/11/99: O saláriode-contribuição seguia a escala de salários-base. Nessa escala, havia exigência de cumprimento de um interstício, que consistia em um lapso de tempo necessário para que o contribuinte possa progredir na escala de salário base, isto é, número mínimo de meses de permanência em cada classe. Esclarecemos que essa escala tem vigência fixa, ou seja, será totalmente extinta até 11/2.003, conforme quadro abaixo, cujos valores estão atualizados para a competência de Março de 2.002: Classe Salário Base De 12/01 a De 12/02 a A partir de 11/02 11/03 12/03 1 a 6 180,00 a 858,00 12 - - 7 1000,99 12 - - 8 1144,01 24 12-9 1287,00 24 12-10 1430,00 - - - Interstícios 13

Da progressão É a passagem para a classe imediatamente superior, na escala de salário-base, após o cumprimento do interstício. Cumprido o interstício, o segurado pode permanecer na classe em que se encontra, mas em nenhuma hipótese, isso ensejará a outra classe que não a imediatamente superior, quando desejar progredir na escala. Para o segurado que se encontra em atraso não é permitida a progressão dentro do período em débito, podendo todavia, a partir da primeira contribuição em dia, usufruir da faculdade de progredir, devendo recolher as contribuições em débito, se empresário, autônomo ou a este equiparado. Da regressão Se o segurado não tiver condições de sustentar a contribuição na classe em que vinha contribuindo, poderá regredir, até a classe que desejar, desde que esteja em dia com os pagamentos. NOTAS 1 - Se a regressão ocorreu a partir de 11/91, observar: - Se houver cumprimento dos interstícios das classes anteriores da qual regrediu poderá, sempre que desejar, passar a contribuir em qualquer classe, desde que não ultrapasse aquela de onde regrediu inicialmente; - Se o enquadramento foi em classe diferente da inicial quando regredir fica sujeito ao cumprimento do interstícios da classe para qual regrediu e ao das classes seguintes. 2 - Se a regressão ocorreu até 10/91, prevalece o direito adquirido, ou seja, poderá voltar a contribuir na classe em que contribuía, antes da regressão, de conformidade com a legislação à época, não sendo necessário cumprir os interstícios neste intervalo. 3 - Para progredir novamente: a partir de 11/91: - só se tiver cumprido anteriormente todos os interstícios das classes compreendidas entre aquela para qual regrediu e aquela para a qual deseja retornar; - se não cumpriu todos os interstícios deve observar o interstício da classe para a qual regrediu e os das classes seguintes, ressalvados os direitos adquiridos na forma da legislação anterior. Da indenização 1 - O reconhecimento de filiação no período em que o exercício de atividade remunerada não exigia filiação obrigatória à previdência social somente será feito mediante recolhimento das contribuições relativas ao respectivo período. 2 - O valor a ser indenizado poderá ser objeto de parcelamento mediante solicitação do segurado, de acordo com o Regulamento da Organização e do Custeio da Seguridade Social- ROCSS. 3 - Não será indenizado o tempo de serviço prestado como trabalhador rural, anteriormente à vigência da Lei 8.213/91, no entanto, será reconhecido desde que devidamente comprovado o período de atividade. 4 - Comprovado o exercício de atividade de contribuinte individual (empresário, autônomo e equiparado) em período de filiação obrigatória à Previdência Social e quando superior a 30 (trinta) anos contados até a data do requerimento, deverá ser computado no benefício o respectivo período, sem exigência de contribuições, na forma estabelecida pelo parágrafo primeiro do artigo 45 da Lei 8.212/91, introduzido pela Lei 9.032/95. 14

DISTINÇÃO ENTRE UNIDADE SALARIAL E SALÁRIO MÍNIMO A definição da unidade salarial está prevista no decreto 83.080/79, artigo 430, inciso I: O valor-padrão resultante da aplicação ao salário mínimo vigente em 30 de abril de 1975 do fator de reajustamento salarial de que tratam os artigos 1º e 2º da lei 6.147, de 29 de novembro de 1974 Já, conforme a própria definição de salário mínimo, que está prevista na CLT, art. 76: este é: A contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às sua necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte. DISTINÇÃO ENTRE SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO, SALÁRIO- DE-CONTRIBUIÇÃO E SALÁRIO-BASE. Do Salário-de-Benefício Consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários-de-contribuição, corrigidos mês a mês, pelos índices oficiais estabelecidos pelo Governo, divulgados por Portaria Ministerial, relativos aos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data de entrada do requerimento, até o máximo de 36, apurados em período não superior a 48 meses, denominado Período Básico de Cálculo (PBC). Do Salário-de-Contribuição a) para empregado e trabalhador avulso: é a remuneração efetivamente recebida ou creditada a qualquer título, durante o mês, em uma ou mais empresas, inclusive os ganhos habituais sob a forma de utilidades, respeitados os limites mínimo e máximo. b) para empregado doméstico: é a remuneração registrada na CTPS, respeitados os limites mínimo e máximo. c) para trabalhador autônomo e equiparado, empresário e segurado facultativo: é o saláriobase. Do Salário-Base É o salário de contribuição dos segurados: - autônomo - empresário - equiparado a autônomo - facultativo 15

- especial (quando contribuir facultativamente) Tabela Escala de Salário-Base Percentuais e Bases para Cálculo dos Recolhimentos SALÁRIO-BASE CLASSE INTERSTÍCIOS CATEGORIA DE SEGURADOS BASE PARA CÁLCULO PERCENTUAL 1 12 meses. EMPRESÁRIO, 2 12 meses FACULTATIVO, 3 24 meses AUTÔNOMO e EQ., SALÁRIO-BASE 20 % 4 24 meses SEG. ESPECIAL (facult.) 5 36 meses 6 48 meses 7 48 meses 8 60 meses EMPREGADO SALÁRIO FAIXA SALARIAL 9 60 meses DOMÉSTICO REGISTRADO NA CTPS, 10 - respeitados os limites:. empregador: 12% - mínimo = 1SM 19,82%. empregado: 8%, - máximo = até a classe 10 de 1SM a 3SB 9% ou 11% da escala SB 20,82% acima de 3SB a 3SM 21% acima de 3SM a 5SB 23% acima de 5SB a 10SB Com a instituição da CPMF a partir de 23.01.97, a alíquota relativa a empregado doméstico passa a ser de 7,82 % e 8,82 %, de acordo com a faixa salarial, cabendo esta redução apenas para salários e remunerações até 03 Salários-Mínimos. A perda da qualidade de segurado impossibilita a utilização da média aritmética simples, para fixação do salário-base. De 11/91 a 08/93 permitido o enquadramento através da média com menos de 06 contribuições. Se o segurado fez a inscrição, mas não fez nenhum recolhimento, ainda poderá pedir enquadramento, caso queira e desde que mantenha a qualidade de segurado. - Se já recolheu uma contribuição, o segurado que tiver direito ao enquadramento mas não o fez, terá o prazo de 180 dias para solicitar o seu reenquadramento na escala de saláriobase, recolhendo as diferenças. - O segurado que pediu o enquadramento e recolheu em classe inferior àquela na qual foi enquadrado, poderá no prazo de 180 dias, retornar à classe na qual foi enquadrado, desde que recolha as diferenças. Empregado, Empregado Doméstico, Trabalhador Avulso, que passarem a exercer, exclusivamente, atividade sujeita a Salário-Base: - enquadramento em qualquer classe, até a equivalente ou a mais próxima da média aritmética simples dos seus 6 (seis) últimos salários-de-contribuição, atualizados mês a mês, observando-se a mesma tabela de fatores utilizada para o cálculo do salário-de-benefício, vigente na competência do enquadramento. Do Enquadramento O enquadramento na classe inicial ocorrerá quando: 16

NOTAS Curso de Cálculos Judiciais - inexistir filiação anterior; - houver perda da qualidade de segurado; - contar o segurado com menos de 6 contribuições; - o aposentado permanecer ou retornar a atividades sujeitas ao salário-base; - o segurado pertence(u) a outro regime de previdência social. 1 - A perda da qualidade de segurado impossibilita a utilização da média aritmética simples, para fixação do salário-base. 2 - De 11/91 a 08/93 permitido o enquadramento através da média com menos de 06 contribuições. 3 - Se o segurado fez a inscrição, mas não fez nenhum recolhimento, ainda poderá pedir enquadramento, caso queira e desde que mantenha a qualidade de segurado. - Se já recolheu uma contribuição, o segurado que tiver direito ao enquadramento mas não o fez, terá o prazo de 180 dias para solicitar o seu reenquadramento na escala de salário-base, recolhendo as diferenças. - O segurado que pediu o enquadramento e recolheu em classe inferior àquela na qual foi enquadrado, poderá no prazo de 180 dias, retornar à classe na qual foi enquadrado, desde que recolha as diferenças. Empregado, Empregado Doméstico, Trabalhador Avulso, que passarem a exercer, exclusivamente, atividade sujeita a Salário-Base: - enquadramento em qualquer classe, até a equivalente ou a mais próxima da média aritmética simples dos seus 6 (seis) últimos salários-de-contribuição, atualizados mês a mês, observando-se a mesma tabela de fatores utilizada para o cálculo do salário-de-benefício, vigente na competência do enquadramento. Do Reenquadramento (OS/INSS/DSS/578 de 14/08/97) - (OS/INSS/DSS/456 de 24/11/94). O segurado que exercer atividade sujeita a salário-base e simultaneamente for empregado, inclusive doméstico ou trabalhador avulso, poderá, se perder o vínculo empregatício, rever seu enquadramento na escala de salário-base, desde que não ultrapasse a classe equivalente ou a mais próxima da média aritmética simples dos seus 6 últimos salários-de-contribuição correspondentes a essas atividades, atualizadas monetariamente. OBS.: O prazo para revisão de enquadramento na escala de salário-base não poderá ser superior a 180 dias após a perda do vínculo empregatício. ATIVIDADES SIMULTÂNEAS SUJEITAS A SALÁRIO-BASE O segurado que exercer atividades simultâneas sujeitas a salário-base, contribuirá em relação apenas a uma delas (prevalecendo nesse caso a inscrição mais antiga). APOSENTADO QUE VOLTA A SER CONTRIBUINTE INDIVIDUAL O aposentado por idade ou por tempo de serviço pelo RGPS que permanecer ou retornar a exercer atividade, como autônomo, equiparado a autônomo e empresário, a partir da competência 03/97, será enquadrado na classe inicial da Tabela (ON/08, de 21/03/97 e OS/564, de 09/05/97). 17

DESCONTO PREVIDENCIÁRIO Durante o período de 01/82 a 05/86 houve desconto da previdência escalonado para pensionistas no importe de 3%, e para aposentados de 3% a 5%, conforme critério estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 1.910/81, de 29 de Dezembro de 1981. Decreto n.º 1.910/81 de 29 de Dezembro de 1981 Art. 2º Ficam estabelecidas contribuições dos aposentados em geral e dos pensionistas, para custeio da assistência médica, na forma seguinte: I - aposentados: a) 3% (três por cento) do valor dos respectivos benefícios até o equivalente a 3 (três) vezes o salário mínimo regional; b) 3,5% (três e meio por cento) do valor dos respectivos benefícios superior 3 (três) vezes o inferior ou igual a 5 (cinco) vezes o salário mínimo regional; c) 4% (quatro por cento) do valor dos respectivos benefícios superior a 5 (cinco) e inferior ou igual a 10 (dez) vezes o salário mínimo regional; d) 4,5% (quatro e meio por cento) do valor dos respectivos benefícios superior a 10 (dez) e inferior ou igual a 15 (quinze) vezes o salário mínimo regional; e) 5% (cinco por cento) do valor dos respectivos benefícios superior a 15 (quinze) vezes o salário mínimo regional. II - pensionistas: a) 3% (três por cento) de valor dos respectivos benefícios. D E C A D Ê N C I A / P R E S C R I Ç Ã O É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão do benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. Do prazo para concessão de benefícios (inclusive espécies 87 e 88) O primeiro pagamento da renda mensal do benefício será efetuado em até 45 dias após a data da apresentação, pelo segurado, da documentação necessária à sua concessão. Atraso por responsabilidade da Previdência Social será atualizado de acordo com índice 18

definido para essa finalidade. Lei 3.807/60 Dec.Lei 89.312/ 84 (CLPS) Dec. 612/92 DEC. 1.197/94 Dec.Lei 50.326/61 Lei 7604/87 LEI 8.398/92 LEI 9.032/95 Dec.Lei 66/66 Dec.Lei 2.351/87 LEI 8.542/92 LEI 9.063/95 Dec.Lei 72771/73 CF/88 LEI 8.620/93 LEI 9.528/97 Lei 6.205/75 ADCT CF/88 LEI 8.619/93 DEC. 2.172/97 Dec.Lei 77.077/76 (CLPS) LEI 7.777/89 LEI 8.647/93 DEC. 2.173/97 Lei 6.332/76 LEI 7.801/89 LEI 8.861/94 Lei 6.708/79 LEI 8.212/91 LEI 8.870/94 Dec.Lei. 83.080/79 LEI 8.213/91 LEI 8.880/94 Lei 6950/81 Dec. 611/92 LEI 8.935/94 Espécie Perc. Base DECRETO n.º 83.080/79 LEI n.º 8.213/92 LEI n.º 9.032/95/LEI n.º 9.528/97 Perc. de Acréscimo B/31 70% De 1% até 20% 70% a 90% Perc. de Cálculos B/32 70% De 1% até 30% 70% a 100% 80% B/41 70% De 1% até 25% 75% a 95% 70% B/46 70% De 1% até 25% 85% a 95% 85% B/42 80% De 3% até 15% B/57 -------------- 80% a 95% (aos 30 anos de serviço, se mulher, e 35 anos, se homem) 95% (aos 25 anos de serviço para a professora e 30 anos de serviço para o professor) Perc. Base 80% ** Foi criado o auxíliodoença decorrente acidente qualquer natureza. 70% de de Perc. de acréscimo De 1% até 12%. De 1% até 20% De 1% até 30% De 1% até 15% De 6% até 30% -------------- -------------- Perc. de Cálculos Perc. Base Perc. de Acréscimo 80% 92% 91% 91% 80% a 100% 100% 100% 70% a 100% 70% De 1% até 30% 100% 100% 100% 70% (aos 30 anos de serviço se homem, e aos 25 anos de serviço, se mulher) a 70% 100% (aos 35 anos de serviço, se homem, ou 30, se mulher) 100% (aos 25 anos de serviço para a professora e 30 anos de serviço para ----------- --- De 6% até 30% -------------- Perc. de Cálculo 70% a 100% 70% (aos 30 anos de serviço, se homem, e aos 25 anos de serviço, se mulher) a 100% (aos 35 anos de serviço, se homem, ou 30, se mulher) 100% (aos 25 anos de serviço para a professora e 30 anos de serviço para o 19

B/48/47 Auxíliodoença e aposent adoria por invalide z de excombat ente. B/45 B/36 20% (dos 30 aos 34 anos de serviço) e 25% (aos 35 anos de serviço) ----------- -------------- 100% (qualquer que seja o número de anos de atividade) ---------- ---------- -------------- 95% (aos 30 anos de serviço) -------------- -------------- -------------- -------------- -------------- -------------- -------------- -------------- o professor professor) 25% (aos 35 anos de serviço). Deixou p/ o homem e 30 anos de serviço p/ mulher) Extinto Extinto. Extinto. Extinto o B/48. *** Lei n.º 8.870/94 extinguiu o benefício em 15.04.94. 100% (qualquer que seja o número de anos de atividade) 100% (aos 30 anos de serviço) 30%, 40% ou 60% ----------- --- ----------- --- ----------- --- -------------- -------------- 100% (qualquer que seja o número de anos de atividade) 100% (aos 30 anos de serviço) -------------- 50% do SB AUXÍLIO-DOENÇA É o benefício a que tem direito o segurado que, após cumprir a carência, quando for o caso, ficar incapaz para o trabalho (mesmo que temporariamente), por doença por mais de 15 dias consecutivos. A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada através de exame realizado pela perícia médica do INSS. Não é concedido auxílio-doença ao segurado que, ao filiar-se no Regime Geral de Previdência Social, já era portador da doença ou da lesão que geraria o benefício, salvo quando a incapacidade decorreu de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. A carência exigida é de 12 contribuições mensais. Observações: 1) Havendo a perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas depois que, a partir da nova filiação à Previdência Social, o segurado contar, no mínimo 04 contribuições (1/3) que somadas as anteriores totalize 12 contribuições. Se o segurado for acometido de tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida AIDS, ou contaminação por 20

radiação, com base em conclusão da medicina especializada, terá direito ao benefício, independente do pagamento de 12 contribuições, desde que tenha a qualidade de segurado. Será devido auxílio-doença, independentemente de carência, aos segurados obrigatório e facultativo, quando sofrerem acidente de qualquer natureza. 2) O segurado que estiver recebendo auxílio-doença, independente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, está obrigado a se submeter à perícia médica do INSS periodicamente. O auxílio-doença começa a ser pago: para o segurado empregado a partir do 16º dia de afastamento da atividade. para os demais segurados a partir da data do início da incapacidade ou; a partir da data da entrada do requerimento, quando requerido após o 30º dia do afastamento da atividade. Caso o INSS tenha ciência da internação hospitalar ou do tratamento ambulatorial, avaliado pela perícia médica, o auxílio começa ser pago na data do início da incapacidade, independentemente pois em conformidade com o Decreto 3668/2000, foi revogado o parágrafo 2º do Artigo72 alterando assim, o procedimento transmitido na observação acima citada. Esse benefício deixa de ser pago: quando o segurado recupera a capacidade para o trabalho; quando esse benefício se transforma em aposentadoria por invalidez; quando o segurado solicita e tem a concordância da perícia médica do INSS. quando o segurado volta voluntariamente ao trabalho; O valor do auxílio-doença corresponde a 91% do salário de benefício. Para os inscritos até 28/11/99 - o salário de benefício corresponderá à média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente, a partir do mês 07/94. Para os inscritos a partir de 29/11/99 - o salário de benefício corresponderá à média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo. Para o segurado especial o valor do auxílio-doença é de um salário mínimo. Caso tenha optado por contribuir facultativamente, o valor do auxílio-doença corresponderá a 91% do salário de benefício. Retrospectiva do Benefício de Auxílio Doença 1. Auxílio-Doença com DIB até 5.10.88 vigência do decreto n.º 83.080/79 1.1 Período Básico de Cálculo PBC 1.1.1 O Período Básico de Cálculo PBC compreendia os 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade (segurado empregado e empregador) ou da entrada do requerimento (demais segurados, inclusive desempregados), podendo esse período ser recuado até 06 (seis) meses, para complementar os 12, quando necessário. 1.1.2 Se, por ocasião do requerimento, o segurado estivesse exercendo mais de uma atividade e se afastasse de todas por incapacidade, prevalecia para a fixação do Período Básico de Cálculo a condição de empregado (se empregado e autônomo), de empregador (se empregador e autônomo), ou a que correspondesse à data do último afastamento (se empregado e empregador). 21

1.2 Salário de Benefício SB. 1.2.1 O salário de benefício correspondia à média dos salários de contribuição do Período Básico de Cálculo, isto é, a soma desses salários dividida por 12. 1.2.2 Se, no Período Básico de Cálculo, o segurado contasse com menos de 12 salários de contribuição, o salário de benefício corresponderia à soma dos salários apurados dividido por 12. 1.2.3 Quando no Período Básico de Cálculo o segurado tivesse recebido benefício por incapacidade, o período deste era computado, considerando-se salário de contribuição, nos meses respectivos, o seu salário de benefício reajustado nas mesmas épocas e nas mesmas bases dos benefícios em geral. Nota: Nos meses de início e término do benefício abrangido pelo PBC, deve ser considerado o valor do salário de contribuição da atividade (proporcionalmente aos dias trabalhados) ou o salário de benefício (integral), se mais vantajoso. 1.3 Salário de benefício em casos de múltiplas atividades. 1.3.1 Nos casos em que, no Período Básico de Cálculo PBC, haja concomitância de empregos ou atividades e não se trate do mesmo grupo empresarial, será verificado, inicialmente, se o segurado satisfaz, em relação a cada um dos empregos ou atividades, todas as condições necessárias à concessão do benefício requerido (carência e incapacidade). Hipótese afirmativa Apurar o salário de benefício com base na soma dos salários de contribuição de todos os empregos ou atividades, observados os limites máximos em vigor. Hipótese negativa a) Apurar, primeiramente, o salário de benefício parcial dos empregos ou atividades em que tenha sido satisfeita a condição de carência (12 contribuições mensais), isto é 1/12 da soma dos respectivos salários de contribuição no PBC; b) Em seguida, apurar a média dos salários de contribuição de cada um dos demais empregos ou atividades, constantes do PBC, em que não foi cumprida a carência (1/12 da soma dos respectivos salários de contribuição); c) A cada média referida na letra b será aplicado um percentual equivalente à relação que existir entre o número de meses de contribuições prestadas pelo segurado, a qualquer tempo na atividade a que se referir, e o número estipulado como período de carência (12 contribuições). O resultado será o salário de benefício parcial de cada atividade; d) A soma dos salários de benefício parciais apurados na forma das letras a e c será o salário de benefício global para efeito de cálculo da renda mensal. 1.3.2 Tendo em vista que o segurado exercente de mais de uma atividade sujeita a salário-base (autônomo e empregador), deve contribuir apenas sobre um salário-base, de acordo com as normas regulamentares em vigor. As várias atividades serão, nesse caso, consideradas como uma só, para efeito de cálculo do benefício. 1.3.3 O salário de benefício não podia, em qualquer hipótese, ser inferior ao saláriomínimo da localidade de trabalho do segurado, nem superior ao maior valor-teto (20 22