Recomendações Encontro Nacional de Juventude 2015



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Transcrição:

Recomendações Encontro Nacional de Juventude 2015 O Conselho Nacional de Juventude (CNJ) organizou, de 30 de outubro a 1 de novembro de 2015, em Cascais, na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril, o Encontro Nacional de Juventude 2015. O evento foi apoiado pela Câmara Municipal de Cascais, cofinanciado pelo Programa ERASMUS+ Juventude em Ação e contou com o Alto Patrocínio da Presidência da República. Ao longo dos três dias, mais de 300 jovens, distribuídos por oito grupos de trabalho, refletiram sobre temáticas diretamente relacionadas com a juventude, chegando às recomendações finais presentes neste documento. Discriminações e Igualdade de Oportunidades 1. A Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) deve criar um Grupo de Trabalho que inclua representantes de vários setores da sociedade (ONG s, Associações, IPSS, etc.), que reflitam a pluralidade de fatores que possam ser razão para a discriminação negativa (origem geográfica, orientação sexual, religião, cultura, etnia, etc.), com o objetivo de garantir uma maior visibilidade da diversidade e pluralidade da sociedade nos meios de comunicação social. Este grupo de trabalho deve: Monitorizar os conteúdos presentes nos meios da comunicação social; Disponibilizar consultores/as que colaborarão com os vários meios de comunicação; Promover a formação dos profissionais da Comunicação para as questões da discriminação e da igualdade de oportunidades; Propiciar a criação de espaços/tempo de antena obrigatórios nos vários meios de comunicação para publicidade institucional e isenta de custos para a divulgação destes temas e questões relacionadas. 2. Criação de um Instituto Público, que poderá ser denominado Observatório das Discriminações e que, no modelo de cogestão entre a Sociedade Civil Organizada, Instituições Educativas e outros potenciais atores, deverá: Receber e documentar denúncias de diferentes discriminações; Encaminhar as denúncias para as instituições competentes; 1

Investigar e mapear a ocorrência de discriminações; Realizar investigações sistemáticas sobre a ocorrência de discriminações em todo o território Português, produzindo estudos que facilitem o seu combate nas diferentes realidades geográficas; Criar um plano de ação com parceiros relevantes e com envolvimento nesta temática, para promover a implementação efetiva do PNI. 3. Com base nas medidas enumeradas no Plano Nacional para a Igualdade (PNI), e com a consciência que ainda existem pontos a melhorar naquilo que é a sua aplicação na área da saúde, recomenda-se a criação de um Grupo de Trabalho para a elaboração, implementação e monitorização de um Plano para a Igualdade e não-discriminação no sector da saúde. Este Grupo de Trabalho supra referido deve contar com representantes das várias categorias de profissionais de saúde e de organizações (ONG s, Associações, IPSS) com trabalho reconhecido no combate à discriminação nos múltiplos fatores que a causam. 2

Saúde Juvenil e Boas Práticas Ambientais 1. O Ministério da Saúde deve criar uma plataforma online (aplicação Web) de acesso gratuito e em formato chat onde os jovens possam colocar dúvidas sobre os vários tipos de consumos (álcool, droga, alimentação, compras), obtendo resposta num prazo máximo de 5 horas por parte de profissionais de saúde e ciências sociais. 2. O Ministério da Educação deve promover junto dos agrupamentos de Escolas (3º Ciclo e Ensino Secundário) e Associações de Estudantes a criação de uma equipa de intervenção multidisciplinar (constituída por profissionais psicólogos, sociólogos, nutricionistas, desportistas, enfermeiros e outros profissionais na área da saúde), com o objetivo de capacitar os jovens para a importância da saúde através de metodologias de educação não formal em regime extra curricular. 3. O Ministério da Educação, integrado com o Ministério da Saúde, deve criar uma unidade curricular, de caráter obrigatório de educação para a saúde, com o intuito de capacitar jovens do 7º ao 12º ano a tornarem-se autónomos nas suas escolhas relacionadas com a saúde individual e ambiental. 4. O Ministério da Saúde deve criar unidades de saúde integradas nas universidades, com o objetivo de promover a saúde e a prevenção de doenças dirigidas aos estudantes. 5. O CNJ, em parceria com o IPDJ, deve criar uma plataforma de comunicação e informação de modo a que os jovens possam fazer propostas para melhorar a qualidade e acessibilidade dos serviços na área da saúde, ação social e do desporto nos centros do IPDJ. 3

Educação para a Cidadania e o Papel da Escola na Formação do Indivíduo e para a Integração no Mercado de Trabalho 1. As instituições de ensino superior devem ter em conta os seguintes pontos na definição dos seus cursos: Atualização dos conteúdos para as solicitações do mercado de trabalho; A possibilidade de cada aluno definir o seu próprio percurso com mais cadeiras optativas; Maior possibilidade de aprendizagem em contexto de trabalho através de estágios curriculares. 2. O Estado deve continuar a garantir acesso aos manuais e ao passe escolar para quem precisa. 3. O Ministério da Educação deve proceder à contratação de mais psicólogos, professores e funcionários, com o objetivo de garantir a cada aluno um acompanhamento mais próximo e individual, não só psicossocial, mas também pedagógico. 4. As escolas básicas e secundárias, juntamente com o Ministério da Educação, devem elaborar um programa para uma disciplina que aborde as questões financeiras, as condições de trabalho e o desenvolvimento de competências interpessoais. 4

O Reconhecimento e a Validação da Educação Não Formal e do Youth Work 1. As universidades devem declarar a participação em movimentos associativos e de voluntariado. 2. Estabelecer parcerias entre associações e escolas para a promoção da ENF. 3. Criar espaços municipais de promoção da ENF (promoção de atividades, etc.). 4. As entidades promotoras de educação não formal devem adaptar o Youth Pass com vista ao reconhecimento/validação de atividades de ENF. 5. O Ministério da Educação deve promover a utilização de metodologias de educação para adultos (por ex: RVCC) para reconhecimento de competências / skills dos youth workers. 5

Emprego de Qualidade e Empreendedorismo Jovem 1. O CNJ, em articulação com entidades consultivas (sindicatos, centros de emprego) e com poder de decisão (Ministério da Educação, Universidades), deve criar linhas de orientação para os jovens que pretendem entrar no mercado de trabalho, através da realização anual de eventos/iniciativas que divulguem e mediem essa transição. 2. A Assembleia da República deve proceder a um aumento salarial generalizado por lei em 2016, no primeiro trimestre do ano. 3. A Assembleia da República deve proceder a uma alteração da legislação laboral que combata todas as formas precárias de trabalho (empresas de trabalho temporário, recibos verdes, contratos, emprego-inserção) até ao término de 2016. 4. O Governo deve implementar práticas de transmissão de informação e esclarecimento, através das escolas e centros de emprego, sobre legislação e direitos laborais no imediato. 5. O Ministério da Educação deve, no ensino público e privado, melhorar a componente de educação ambiental, obrigatória nas disciplinas de estudo do meio, ciências e biologia, que integra o plano de estudos em cada ano letivo, através de ações de informação e sensibilização (proteção ambiental, ligação à natureza, alimentação saudável), com o intuito de fomentar o interesse ambiental e, por sua vez, a criação de novos postos de trabalho e projetos empreendedores nesta área. 6. O Ministério da Educação, em parceria com entidades de âmbito nacional ou local reconhecidas na área do empreendedorismo, deve fomentar o desenvolvimento de competências e uma cultura (mais) empreendedora (fazer, agir, inovar). As atividades devem ser incluídas mensalmente no plano curricular, a partir do primeiro ciclo até ao ensino secundário, através de testemunhos, workshops ou outros tipo de atividades que incrementem a autoconfiança, a criatividade, a inovação, o relacionamento interpessoal e a iniciativa. 7. O CNJ, em colaboração com o Ministério da Educação, deve implementar um programa curricular para a disciplina de formação cívica com o intuito de combater a desigualdade de género no mercado de trabalho. Recomendamos, ainda, que se proceda à implementação de programas de educação não formal. 6

Mobilidade na União Europeia e na Comunidade de Países de Língua Portuguesa 1. Criação e a implementação de um regulamento que garanta a mobilidade estudantil entre as embaixadas e as entidades de formação e educação dos países da CPLP, num prazo máximo de 2 anos. 2. A Comissão Europeia (Agências Nacionais para a Gestão do Programa) deve proceder a revisões das tabelas europeias para o programa Erasmus+, a fim de nivelar as diferenças de apoio entre os diferentes países da UE, face aos diferentes custos de vida. Esta medida deve ser implementada num prazo máximo de 5 anos e ser revista a cada 10 anos. 3. Maior abertura e divulgação dos projetos ao abrigo do Erasmus+ a jovens com mobilidade reduzida. O reforço desta divulgação deve ser feito através dos mecanismos já existentes, e ser executado num período de um ano e supervisionado o seu funcionamento a cada 3 anos. 4. Criação de um modelo uniforme para apresentar, esclarecer e motivar os/as universitários/as para programas de mobilidade. O gabinete de mobilidade da universidade deve realizar semestralmente uma sessão de informação geral e, daí em diante, o acompanhamento aos programas de mobilidade dever ser feito por um grupo de voluntários/as de alunos/as. 7

Novas Formas de Participação, Modelos de Governação e Lei do Associativismo Juvenil 1. Criação de uma plataforma - física e virtual - composta por associações que trabalham com os jovens lusófonos, para consulta e elaboração de recomendações. A plataforma deve utilizar estas recomendações para desenvolver trabalho de advocacy, sendo administrada pelas associações lusófonas, com a participação do CNJ. Deverá ser implementada até final de 2016. 2. Participação de representantes das associações juvenis nos espaços de decisão onde são definidas as prioridades para financiamento na área da juventude, elegendo representantes das associações (de base local, regional e nacional) para que tenham voz ativa nesses espaços, até ao ano de 2020. 3. Revisão da lei que estabelece o regime jurídico do associativismo jovem, numa discussão que inclua os órgãos representantes de associações juvenis e estudantis com a tutela, até ao final de 2016. Auscultação das associações juvenis e estudantis relativamente à lei que estabelece o regime jurídico do associativismo jovem, atualizando a proposta de lei do associativismo jovem transmitida em parecer do Conselho Nacional de Juventude em Janeiro de 2013. Necessidade de haver fiscalização e penalização do não cumprimento do estatuto de dirigente associativo. 4. Proposta ao Ministério da Educação para criar conteúdos programáticos para o 1º Ciclo e a disciplina de cidadania e participação para o ensino básico e secundário a partir do ano letivo 2016/2017. 5. Proposta à Associação Nacional de Municípios para que se criem rádios locais com conteúdos realizados por jovens para jovens através das escolas secundárias a partir do ano letivo 2016/2017. 8

Educação para a Cultura e Empreendedorismo Cultural e Criativo 1. Tornar a cultura, a arte, e os criadores mais presentes no dia-a-dia nos contextos educativos, quer a nível dos conteúdos pedagógicos, quer a nível de orientação profissional. 2. Sinalizar a cultura como setor estratégico para o desenvolvimento económico e social, investindo em projetos culturais de forma mais consistente e planeada, nomeadamente com a atribuição de uma percentagem de 1% do OE para a cultura. 3. Desenvolvimento de espaços cogeridos a nível local para apoio à criação artística (ex. Incubadoras culturais). Estes espaços devem ter diversas valências, tais como: orientação e aconselhamento, formação e capacitação, entre outras. 9