INCIDÊNCIA DE FEBRE MACULOSA NA CIDADE DE AMPARO. Palavras- Chave: Saúde, Pesquisa, Febre Maculosa, Patologia, Enfermagem.

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Transcrição:

INCIDÊNCIA DE FEBRE MACULOSA NA CIDADE DE AMPARO Daniela Aparecida Correa Aline Gritti Rodrigues Resumo: O presente artigo terá como objetivo abordar a incidência de Febre Maculosa na cidade de Amparo SP. O objetivo é aprimorar o conhecimento, verificar os sinais e sintomas, o tipo da doença, como ela se manifesta e sua origem. Foram coletados dados na vigilância epidemiológica da cidade de Amparo/SP e também foram feitas pesquisas em sites científicos e livros acadêmicos. Palavras- Chave: Saúde, Pesquisa, Febre Maculosa, Patologia, Enfermagem. Área do Conhecimento: Patologia Geral. Introdução A Febre Maculosa é uma doença febril aguda, infecciosa, de gravidade variável, com elevada taxa de morte. É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia rickettsii, essa bactéria é transmitida por carrapatos da espécie Amblyomma cajennense, como por exemplo, o carrapato estrela. Esses carrapatos hematófagos podem ser encontrados tipicamente em áreas rurais, em animais de grande porte. O maior de todos os reservatórios naturais é a capivara, contudo autores citam também os cães e equinos como reservatórios de menor ocorrência (FONSECA, 2009; MEDEIROS, et al 2013, SPOLIDORIO et al, 2012) Não existe transmissão de febre maculosa de uma pessoa para outra pessoa. A transmissão ocorre quando o carrapato infectado permanece na pele por pelo menos 4 horas. Pode ocorrer também independente de suas fases que são: (larva, ninfa e adulto). Os mais jovens e de menor tamanho, são de vetores mais perigosos, pois são muito mais difíceis de serem vistos, também não há vacinação contra a doença. (SOUZA, et al, 2015). Os primeiros sintomas aparecem de dois a quatorze dias após a picada, na grande maioria dos casos, logo nos primeiros sete dias. A maioria dos sintomas são bastante semelhantes a outras infecções, são estes: febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, desânimo, falta de apetite. Depois desses sintomas aparecem 52

pequenas manchas avermelhadas, que são as máculas, que crescem e tornam-se mais ressaltadas, constituindo assim as maculopápulas. (SOUZA, et al, 2015) A taxa de letalidade está claramente relacionada a identificação precoce da doença e a instalação rápida do tratamento adequado. Em casos onde o tratamento é iniciado nos três primeiros dias, consequentemente a taxa de mortalidade é menor. (DEL FIOL, 2010) A partir da picada do carrapato, a riquétsia se desloca por várias direções do organismo por meio dos vasos linfáticos e pequenos vasos sanguíneos, atingindo: coração, fígado, baço, pâncreas, cérebro, entre outros. Em todos esses tecidos ela invade o endotélio vascular, onde ali se multiplica para atingir as células da musculatura lisa. O quadro acaba se agravando com a trombose dos pequenos vasos, que nada mais são do que lesões nas paredes destes: coração, pulmões, rins e cérebro. (DEL FIOL, 2010) Em relação ao tratamento, os únicos fármacos que são comprovados a eficácia são a tetraciclinas e o cloranfenicol. (DEL FIOL, 2010) Metodologia Foi utilizado o método qualitativo. Pesquisas em sites científicos como a Scielo e a Biblioteca Regional de Medicina (Bireme), livros acadêmicos também foram utilizados. Além destes, foram utilizados dados da vigilância epidemiológica da cidade de Amparo SP com o objetivo de levantar informação sobra a incidência de notificação da doença, casos confirmados e óbitos no período de 2010 a 2014. Resultados e Discussão A cidade de Amparo está localizada na região de Campinas, área considerada endêmica para Febre maculosa (NASSER et al, 2015). Sua população estimada para 2014 é de 69.808 habitantes de acordo com o IBGE, sendo cortada pelos rios Camanducaia e Jaguari. No Gráfico 1 temos o número de casos notificados de Febre Maculosa na cidade de Amparo/SP entre os anos de 2010 e 2014. 53

Gráfico 1: Incidência de casos notificados de Febre Maculosa na cidade de Amparo no período entre 2010 e 2014 ( BRASIL, 2015). Gráfico 2: Incidência de casos notificados de Febre Maculosa na cidade de Amparo no período entre 2010 e 2014 (BRASIL, 2015). 54

Gráfico 3: Incidência de óbitos por Febre Maculosa na cidade de Amparo no período entre 2010 e 2014. (BRASIL, 2015) Observa-se que no ano de 2010 foram notificados 19 casos, em 2011 foram 42 casos, 72 casos em 2012, 76 em 2013 e por fim, 50 em 2014. Contudo o número de casos confirmados foi baixo em vista das notificações: nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2014 foram confirmados 1 caso por ano, somente o ano de 2013 que tiveram 2 casos, como mostra o gráfico 2. Dos casos confirmados em geral, todos evoluíram a óbito, exceto no ano de 2010, que provavelmente, foi evoluído para cura, de acordo com o gráfico 3. (BRASIL, 2015). Com base nos dados e gráficos acima, percebe-se que a quantidade de casos notificados é variável, sendo o maior número de 76 casos no ano de 2012. A cidade de Amparo/SP não ultrapassou 2 casos confirmados. Comparando entre os anos de 2010 a 2014, iniciou-se com 1 caso confirmado, confirmou-se 2 casos no ano de 2013, logo após, 2014 com 1 caso. Observando os dados, pode-se ver que quase todos os casos confirmados evoluíram para óbito, somente o ano de 2010 que não houve óbitos, sendo este, o que provavelmente tenha evoluído para cura. Os estados de São Paulo e Minas Gerais vem se destacando com relação a notificação de novos casos da doença, sendo que o estudo publicado por NASER et al, 2015, aponta 20 casos notificados de Febre maculosa na cidade de Valinhos, situada na mesma região de Amparo. Foram confirmados 519 casos no Estado de São Paulo, entre 1998 e 2013 dos quais 80% (415) dos casos foram notificados em 31 municípios da região de Campinas. Desde 1985 a região com a maior 55

incidência de Febra Maculosa no estado tem sido a Bacia do Rio Piracicaba, embora a distribuição espacial não é homogênea dentro desta área (BRASIL, 2015). Segundo QUINTERO VELEZ et al, 2012, as infecções por Rickettsia tem sido motivo de atenção da comunidade acadêmica em praticamente toda a América do Sul, havendo relato de casos no Brasil, Colômbia, Peru, Argentina e Uruguai. Relatam-se casos também na América Central e do Norte. O estudo realizado por SOUZA et al, 2015, aponta que a transmissão de Febre Maculosa está associada à idade e variáveis ambientais, tais como áreas peri-urbanas urbanas, a existência de um ambiente de pasto sujo, a presença do vector e a presença de capivaras. Conclusão Observando os dados em geral, conclui-se que em relação as notificações que tiveram um número consideravelmente alto, o número de casos confirmados foi baixo, totalizando 6 casos confirmados durantes 5 anos, sendo que 5 evoluíram para óbito e 1 para cura. Os sintomas e aparências da Febre Maculosa podem ser confundidos com outros tipos de enfermidades, o que dificulta o diagnóstico e culmina no início tardio do tratamento, com isso se faz necessário procurar o atendimento médico o mais rápido possível, para realizar os exames necessários e obter resultados precisos com antecedência e assim o tratamento precoce. Bibliografia BRASIL. Centro de Vigilância Epidemiológica. Distribuição dos casos de febre maculosa, segundo município de infecção no Estado de São Paulo, 1998-2003. Disponível em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/ htm/zoo/fm_lpi.htm (Acessado em 10 de maio de 2015). DEL FIOL, F. de S. et al. A febre maculosa no Brasil. Rev Panam Salud Publica, v. 27, p. 461-6, 2010 FONSECA, L.; MARCELLO, G.; MARTINS, A. V.. Febre maculosa: Revisão de Literatura Artigo de Revisão. Saúde & Ambiente em Revista, v. 2, n. 1, 2009. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE. Dados sobre População do Município de Amparo Brasil, Estimativas da população residente com data e referência 1ºde julho de 2014 publicada no Diário Oficial da União em 28/08/2014, 2014 MEDEIROS, A.P. et al. Antibodies against rickettsiae from spotted fever groups in horses from two mesoregions in the state of Santa Catarina, Brazil. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., Belo Horizonte, v. 65, n. 6, p. 1713-1719, Dec. 2013 56

NASSER, J. T. et al. Urbanization of Brazilian spotted fever in a municipality of the southeastern region: epidemiology and spatial distribution. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 18, n. 2, p. 299-312, June 2015. PACHECO, R. C. et al. Pesquisa de Rickettsia spp em carrapatos Amblyomma cajennense e Amblyomma dubitatum no Estado de São Paulo. Rev Soc Bras Med Trop, v. 42, n. 3, p. 351-353, 2009. QUINTERO VELEZ, J ; MARYLIN, H.; RODAS GONZALEZ, J. D.. Rickettsiosis, una enfermedad letal emergente y re-emergente en Colombia. Univ. Sci., Bogotá, v. 17, n. 1, Apr. 2012 SOUZA, C. E..; PINTER, A.; DONALISIO, M. R.. Risk factors associated with the transmissionof Brazilian spotted fever in the Piracicaba river basin, State of São Paulo, Brazil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba, v. 48, n. 1, p. 11-17, Feb. 2015 SPOLIDORIO, M. G. et al. Serosurvey for tick-borne diseases in dogs from the Eastern Amazon, Brazil. Rev. Bras. Parasitol. Vet., Jaboticabal, v. 22, n. 2, p. 214-219, June 2013 57