Relatório e Contas 2013



Documentos relacionados
Fundação Denise Lester

Relatório e Contas 2013

Organização de Apoio e Solidariedade para a Integração Social

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO

Demonstrações Financeiras & Anexo. 31 Dezembro 2013

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

ANEXO. Prestação de Contas 2011

ANEXO AO BALANÇO E DR 2014

Demonstrações Financeiras & Anexo. 31 Dezembro 2012

Eólica Faísa V Geração e Comercialização de Energia Elétrica S.A.

Definições (parágrafo 9) 9 Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados

FEUP RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 14 CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS. Objectivo ( 1) 1 Âmbito ( 2 a 8) 2

Manual do Revisor Oficial de Contas IAS 7 (1) NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE IAS 7 (REVISTA EM 1992) Demonstrações de Fluxos de Caixa

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 1 ESTRUTURA E CONTEÚDO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Inepar Telecomunicações S.A. Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2008 e 2007

8.2 NOTAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA

IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36

Relatório de Gestão. Enquadramento Macroeconómico / Setorial

Fundação Casa Museu Mario Botas

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 07. Subvenção e Assistência Governamentais

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO

NCRF 25 Impostos sobre o rendimento

SONAE, SGPS, SA DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA PARA OS EXERCÍCIO FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010

Grupo Reditus reforça crescimento em 2008

NCRF 8 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

Identificação da empresa

Identificação da empresa

Fundo de Investimento Imobiliário Aberto. ES LOGISTICA (CMVM nº 1024)

NCRF 19 Contratos de construção

IAS 38 Ativos Intangíveis

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS ORIENTAÇÃO OCPC 01 (R1) Entidades de Incorporação Imobiliária

TRX Securitizadora de Créditos Imobiliários S.A.

31-Dez Dez-2012

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010

Demonstração dos Resultados

(a) Propriedade detida por locatários que seja contabilizada como propriedade de investimento (ver NCRF 11 - Propriedades de Investimento);

DOCUMENTO DE CONSULTA REGULAMENTO DO BCE RELATIVO ÀS TAXAS DE SUPERVISÃO PERGUNTAS E RESPOSTAS

SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS

AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS. Reforçar a Competitividade das Empresas

Aviso do Banco de Portugal n. o 10/2014

POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

ÍNDICE ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE SANTARÉM 1. ÍNDICE 2. PROMULGAÇÃO 3. DESCRIÇÃO DA ESCOLA. 3.1 História. 3.2 Objetivo e Domínio da Certificação

OTOC - Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas

Relatório e Contas 2012

Portaria n.º 106/2011, de 14 de Março

Fundação Amazonas Sustentável Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2008 e parecer dos auditores independentes

Acrescido o Anexo Único pelo Decreto n 1.349/15, efeitos a partir de ANEXO ÚNICO

Norma contabilística e de relato financeiro 9. e divulgações apropriadas a aplicar em relação a locações financeiras e operacionais.


newsletter Nº 86 MARÇO / 2014

Princípios de Bom Governo

Ponto 8 Anexo ao balanço e à demonstração de resultados referente ao exercício económico de 2011

GESTÃO FINANCEIRA UMA ANÁLISE SIMPLIFICADA

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Avisos do Banco de Portugal. Aviso do Banco de Portugal nº 2/2010

ATIVO IMOBILIZADO

Fundo de Investimento Imobiliário Hospital da Criança (Administrado pelo Banco Ourinvest S.A.)

Instituto Odeon - Filial Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012 e relatório de revisão dos auditores independentes

8.2. NOTAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa

Empresas em Portugal 2012

Fator Veritá Fundo de Investimento Imobiliário (Administrado pelo Banco Fator S.A.)

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃOE DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

Norma contabilística e de relato financeiro 27

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012

Publicado no Diário da República, I série, nº 221, de 17 de Dezembro AVISO N.º 11/2014 ASSUNTO: REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA OPERAÇÕES DE CRÉDITO

CPC COOPERATIVA DE POUPANÇA E CRÉDITO, S.C.R.L. Demonstrações Financeiras. 31 de Dezembro de 2008

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 841

Associação Boa Hora, IPSS NIPC: Contas 2014

GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I

Portaria n.º 92-A/2011, de 28 de Fevereiro - 41 SÉRIE I, 1º SUPLEMENTO

ANÁLISE DE FLUXOS A DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Apresentação do Manual de Gestão de IDI

ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

SAG GEST Soluções Automóvel Globais, SGPS, SA Sociedade Aberta

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 06. Operações de Arrendamento Mercantil

Fundamentos Decifrados de Contabilidade

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 10 CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

IFRS Update Newsletter

Relatório dos auditores independentes. Demonstrações contábeis Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE

Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso

a dinheiro deve ser reconhecida como um juro de acordo com a NCP 13, refletindo o rendimento efetivo sobre a conta a receber.

Diagnóstico da Convergência às Normas Internacionais IAS 16 Property, Plant and Equipment

Associação Orquestras Sinfónicas Juvenis Sistema Portugal AOSJSP

Serviço Funerário Bom Pastor Ltda ME Demonstrações contábeis findas em 31 de dezembro de 2014

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS)

CAPÍTULO XI FINANÇAS

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872

BETAPART PARTICIPAÇÕES S.A. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E DE Página 1 de 16

Balanço e análise setorial

ORIENTAÇÃO TÉCNICA GERAL OTG 1000, DE 21 DE OUTUBRO DE 2015

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

Transcrição:

Relatório e Contas

Índice PRINCIPAIS INDICADORES 3 SÍNTESE DO ANO 5 ESTRUTURA ORGÂNICA 6 ESTRATÉGIA EMPRESARIAL 7 ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 13 PERSPECTIVAS FUTURAS 15 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 16 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO 18 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL E CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS RELATÓRIO DE AUDITORIA

PRINCIPAIS INDICADORES A atividade da Mailtec Comunicação continuou a desenvolver-se em contexto adverso, face à crise económica geral e aos programas de redução de custos generalizados a todas as Empresas. Quer a procura, por via dos programas de redução de custos, quer as margens, devido à forte concorrência no sector, tiveram efeitos evidentes. Verificou-se uma redução de aproximadamente 7% dos Rendimentos e Ganhos Operacionais relativamente aos registados em 2012, acompanhada de variação igualmente negativa nos Gastos e Perdas Operacionais. Os Capitais Próprios apresentam uma redução de 13%, na sequência dos resultados obtidos. Indicadores Económicos 2011 2012 Rendimentos e Ganhos Operacionais 16.341 14.288 13.260-13% -7% Gastos e Perdas Operacionais 14.740 13.353 13.145-9% -2% Resultado Operacional 1.601 935 114-42% -88% Ebitda 2.052 1.378 548-33% -60% Resultado Líquido 1.185 685 78-42% -89% Indicadores Financeiros 2011 2012 Capital Próprio 5.809 4.710 4.103-19% -13% Passivo 2.535 2.353 2.132-7% -9% Ativo Corrente 6.145 5.285 3.724 Ativo não Corrente 2.200 1.778 2.511 Valores em milhares de euro 03

O Passivo da Mailtec Comunicação registou uma diminuição de 9% relativamente ao exercício anterior, mantendo a tendência de redução que já se verificava em 2012, pela aplicação das medidas de redução de custos constantes no OE 2012 e replicadas no OE Em, 60% do Ativo Líquido da Mailtec Comunicação é constituído por Ativo Corrente. Os gráficos seguintes demonstram a evolução dos indicadores referidos. 04

SÍNTESE DO ANO Na área de Impressão e Envelopagem, a Mailtec continuou a assegurar a produção documental para as principais empresas dos sectores geradores de grandes quantidades de informação transacional, como é o caso do financeiro, das utilities ou do Estado, entre outros. Em foi efetuado um vultuoso investimento de renovação dos equipamentos de impressão, destacando-se um novo e sofisticado sistema de impressão a cores em rolo. Com os novos equipamentos a empresa reforçou as capacidades produtivas na área da impressão passando a utilizar as mais recentes tecnologias existentes no mercado e disponibilizou novos produtos relacionados com a impressão a cores em rolo. A colocação em serviço do sistema de impressão em rolo a cores revelou-se de grande potencial estando a Mailtec a produzir trabalhos com esta tecnologia para clientes dos sectores das Comunicações, da Distribuição e da Energia. Iniciou-se a produção de faturas a cores em contínuo com o sistema Transpromo (conjugação da informação Transacional e Promocional com a gestão dinâmica dos espaços em branco e de segmentos-alvo), e introduziu-se a prestação de serviços de formatação para fora de Portugal, consistindo na receção de ficheiros de dados para que se proceda à composição de documentos. Estes são seguidamente disponibilizados através de ficheiros de impressão (AFP) para que sejam impressos e expedidos nos locais/país acordados. Essa experiência decorreu com êxito em Espanha, em parceria com uma empresa de impressão e envelopagem nesse mercado. Paralelamente foi dada continuidade à resposta às solicitações pontuais de grande volume, sendo de referenciar a produção de suportes documentais no âmbito das Eleições Autárquicas. A Mailtec passou igualmente a assegurar os serviços de operação de Mailmanager, com a oferta do serviço de digitalização de todo o correio físico, documentos e arquivos dos seus clientes, contribuindo neste domínio como fator diferenciador e gerador de crescimento, sustentado em processos de inovação tecnológica orientados para a colocação de novos produtos no mercado. Continuou ainda a disponibilizar soluções de comunicação multicanal, complementando a produção em suporte físico com a transmissão através de canais digitais de acordo com a solicitação dos Clientes. 05

ESTRUTURA ORGÂNICA Durante o ano, a Mailtec acentuou a sua integração na conceção de soluções para as Empresas e oferta de produto dos CTT, sendo a sua estrutura orgânica reflexo dessa integração: Mailtec Comunicação Mailtec Consultoria Operações Desenvolvimento Planeamento, Finanças e Qualidade Printing e Finishing Aplicações e Desenvolvimento Planeamento e Finanças Logística e Expedição Gestão de Projetos Qualidade e Sustentabilidade Apoio Operacional Desenvolvimento Técnico e Aplicacional Infraestruturas de TI Mailmanager Sistemas e Suporte à Produção 06

ESTRATÉGIA EMPRESARIAL A Empresa prosseguiu a estratégia aprovada em sintonia com a Visão e Missão assim definidas: Visão Fornecer tecnologia e processos de gestão de conteúdos empresariais, otimizando os fluxos de informação física ou digital dos clientes. Missão Ser a solução para o relacionamento único entre conteúdos empresariais e seus destinatários, adicionando valor e excelência baseado em modelos de inteligência tecnológica e eficiência operacional. A principal linha estratégica de atuação da Mailtec continuou a centrar-se no seu reconhecimento no mercado como um parceiro que acrescenta valor aos processos de comunicação dos seus clientes. Num período de intensa recessão motivado pela conjuntura internacional e pelas dificuldades económicas do país, a ação das empresas do Grupo incidiu prioritariamente numa busca incessante da satisfação dos clientes, procurando-se em todas as circunstâncias responder com eficácia às suas expectativas, privilegiando o objetivo de aumentar os seus níveis de fidelização. Em simultâneo foi feito um esforço sensível na prospeção de novos clientes, ancorado na ação comercial das redes dos CTT e na mobilização da força de vendas da Mailtec para explorar novas oportunidades e novos mercados. Destaca-se neste domínio a construção de soluções integradas envolvendo a prestação de serviços com origem na oferta global do Grupo CTT, desenhadas em colaboração estreita com os clientes, consubstanciando verdadeiras relações de parceria, com as inerentes vantagens para todos QUALIDADE DE SERVIÇO Existe forte preocupação no cumprimento dos níveis de serviço acordados com os Clientes, consubstanciada na monitorização através de aplicações desenvolvidas para o efeito. Em, a Mailtec Comunicação obteve a renovação da certificação pelas normas NP EN ISO 9001:2008 e NP EN ISO 14001:2012 e manteve a certificação FSC de Cadeia de Custódia pela norma FSC-STD-40-004. 07

Tem sido preocupação constante a adequação dos processos à evolução da atividade da Empresa, por forma a facilitar a gestão do dia-a-dia e garantir a eficácia do sistema essencialmente no que tem impacto na conformidade dos requisitos do produto para assim garantir a satisfação do Cliente. A deteção de não conformidades, através do registo das ocorrências internas, tem permitido atuar preventivamente, evitando a expedição de produto não conforme e consequentemente a diminuição do número de reclamações. INTERNACIONALIZAÇÃO No domínio da internacionalização foram levadas a cabo iniciativas junto de países como Angola e Moçambique, Marrocos, Brasil, visando o estudo de eventuais parcerias para o lançamento de uma atividade de Printing & Finishing naqueles mercados. Através de parceria com uma empresa sedeada em Madrid, foi possível assegurar o serviço de impressão e envelopagem para um importante cliente nacional, relativamente a documentação a distribuir em Espanha. INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Durante o ano de, o enfoque foi colocado na implementação de melhorias incrementais no processo operacional, com o objetivo de aumentar a eficiência mantendo elevados níveis de qualidade de serviço. Os investimentos efetuados no âmbito da Impressão permitiram ampliar a oferta de soluções com condições comerciais adequadas, que permitirão reduzir o impacto da subcontratação na personalização de papel. RECURSOS HUMANOS Em, o número de colaboradores passou para os 176, menos 4 que no final do ano de 2012 que também já registava uma variação negativa face a 2011. Esta redução gradual resulta sobretudo de medidas de reorganização na área de operações e da aplicação das medidas constantes no OE referentes à contratação a termo. 2011 2012 Nº de Trabalhadores 190 180 176 O número médio de trabalhadores reduziu-se de 186 para 178 08

Os Gastos com Pessoal totalizaram 3.199.811 euro, menos cerca de 144 mil (-4,3%) que no ano anterior. As práticas laborais da empresa, que respeitam a legislação vigente, são dirigidas para o desenvolvimento das competências e das capacidades dos colaboradores, promovendo-se uma atitude comportamental que privilegie o envolvimento de todos e de cada um nos objetivos estabelecidos. O recrutamento e a seleção de colaboradores são efetuados de acordo com o procedimento específico integrado no Sistema de Gestão da Qualidade da empresa. Neste procedimento define-se a metodologia associada ao recrutamento, seleção e integração de novos colaboradores. A gestão dos recursos humanos é efetuada tendo como base uma análise atempada da adequação do perfil do colaborador à função desempenhada, maximizando-se o potencial de trabalho disponível e adequando-se, sempre que necessário, os recursos disponíveis às reais necessidades produtivas. Esta gestão, ao articular os objetivos das diferentes direções da empresa em termos de recursos humanos, permite a integração de colaboradores em novas funções. Em termos de Carreira Profissional, a empresa definiu uma política que privilegia o recrutamento interno para o preenchimento de funções em aberto de acordo com o perfil, competências e expectativas de cada um dos colaboradores, desde que devidamente enquadrado nos objetivos da organização. A empresa tem procurado implementar uma política de motivação dos seus recursos humanos existindo o objetivo de colocar as pessoas nas funções mais adequadas ao seu perfil, auscultando os seus contributos e permitindo sua evolução na organização, e garantindo assim condições de atração e retenção de efetivos. A Mailtec Comunicação tem como prática uma política que, ao reconhecer o mérito dos seus colaboradores, os incentive a alcançar os objetivos definidos pela empresa. O processo da avaliação de desempenho e de reconhecimento por via do mérito é definido pelo Grupo CTT para posterior implementação no Grupo Mailtec, sendo a avaliação efetuada periodicamente, abrangendo todos os colaboradores da empresa, suportada em metodologias definidas no Sistema de Gestão da Qualidade. Formação A empresa considera que a formação dos colaboradores é um vetor primordial para o desenvolvimento da sua atividade, pois é determinante para o aumento das respetivas qualificações profissionais e académicas. Sendo um incentivo para os colaboradores, as ações de formação são um contributo decisivo para garantir a atualização de conhecimentos e a sua empregabilidade no mercado de trabalho. Neste sentido elabora-se um plano de formação anual que engloba todos os empregados, incluindo as seguintes ações: 09

Diretamente dedicadas à aquisição de conhecimentos; Relacionadas com as funções desempenhadas; Que envolvem a componente comportamental; Que permitem adquirir valências complementares. Em, a formação envolveu um total de horas 6.867,45h. No sentido de atualizar o grau académico dos empregados considerando a aquisição ao longo da vida de competências técnicas e comportamentais, o Grupo Mailtec aderiu à iniciativa Novas Oportunidades em curso no Grupo CTT. Garantir a segurança dos colaboradores é um objetivo prioritário da gestão da empresa considerando-se que os colaboradores devem assumir a segurança como parte integrante do seu trabalho. A Mailtec rege a sua atuação neste domínio pela legislação aplicável e pela Carta de Higiene, Segurança e Ergonomia no Trabalho do Grupo CTT. A empresa faz a identificação, a avaliação e o controlo dos riscos a que os colaboradores estão sujeitos e providencia os meios necessários para que o trabalho seja executado de forma segura. Foram também identificados riscos inerentes à continuidade do negócio. Os serviços de higiene, segurança e medicina no trabalho são subcontratados a uma entidade licenciada para o efeito. No âmbito dos serviços desta entidade está incluída a identificação, avaliação e apresentação de medidas de controlo dos riscos profissionais. A Mailtec desenvolve a sua atividade assumindo o compromisso da Política Ambiental do Grupo CTT aprovada em 2011 e a Política do FSC aprovada em 2012. Existe uma permanente atenção no que diz respeito à prevenção da poluição e ao cumprimento da legislação. No que diz respeito às atividades, os impactes estão relacionados com: Produção de resíduos: em particular embalagens de tonner e papel; Depleção de combustíveis fósseis: devido ao consumo de carburantes e de eletricidade; Depleção da camada de ozono: derivada de emissões de gases com efeito de estufa produzidos pela frota (que é reduzida); Diminuição de recursos naturais hídricos: o consumo de água está associado somente ao funcionamento diário das instalações: 10

Potencial contaminação dos solos: os efluentes domésticos das instalações são encaminhados para o aterro sanitário. A resposta a situações de emergência é definida no Plano Interno de Atuação em Situações de Emergência (PIASE). Outros indicadores: Total de acidentes de trabalho em : 3, originando 7 dias perdidos; Taxa de absentismo: 5,2% SUSTENTABILIDADE A Mailtec desenvolve a sua atividade assumindo o compromisso da Política Ambiental do Grupo CTT aprovada em 2011 e a Política do FSC aprovada em 2012. Existe uma permanente atenção no que diz respeito à prevenção da poluição e ao cumprimento da legislação. No que diz respeito às atividades, os impactes estão relacionados com: Produção de resíduos: em particular embalagens de tonner e papel; Depleção de combustíveis fósseis: devido ao consumo de carburantes e de eletricidade; Depleção da camada de ozono: derivada de emissões de gases com efeito de estufa produzidos pela frota (que é reduzida); Diminuição de recursos naturais hídricos: o consumo de água está associado somente ao funcionamento diário das instalações: Potencial contaminação dos solos: os efluentes domésticos das instalações são encaminhados para o aterro sanitário. Energia O consumo de eletricidade, em, reduziu cerca de 14% comparativamente ao ano de 2012. Água No ano de verificou-se um aumento no consumo de água (5%). 11

Consumo de materiais A criação dos novos produtos/serviços EasyPrint e Personalização de extratos com impressão a cores tem contribuído para a diminuição da diversidade de materiais e que, juntamente com a gestão mais cuidada de stocks e armazém tem permitido uma gradual diminuição dos níveis de stocks de matéria-prima reduzindo o desperdício de papel. Resíduos Os resíduos são separados e recolhidos por operadores de gestão de resíduos licenciados. Relativamente aos resíduos de papel, plástico e madeira, são encaminhados para reciclagem, após um processo de trituração. As embalagens de toner são recolhidas pelo próprio fornecedor do equipamento de impressão mediante contrato de outsourcing, que garante a sua reciclagem. Política de compras ecológicas Cabe à área de compras dos CTT proceder à negociação da maior parte dos contratos de compra. Na seleção de fornecedores a Empresa tem a preocupação de dar prioridade aos fornecedores que do ponto de vista de satisfação das suas necessidades são as mais aconselhadas e que respeitam os valores ambientais e de transparência do mercado. Sociedade A empresa está associada a iniciativas no âmbito da responsabilidade social, sendo de destacar a campanha Somar para Dividir organizada pelos CTT a favor de Instituições que apoiam pessoas em situação de carência, Peditório Nacional de Pilhas e Baterias promovido pela Ecopilhas a favor do IPO (Instituto Português de Oncologia) e Campanha de Recolha de Brinquedos, Livros e Material Escolar organizada pela Junta de Freguesia da Mina a favor das crianças dessa freguesia. INVESTIMENTO O investimento durante o ano de fixou-se em aproximadamente 1.186m, mais 1.150m que o investimento realizado em 2012. Do investimento efetuado, cerca de 1,1 milhões destinaram-se a renovar o parque de impressão, em especial de impressão a cor, sendo um dos equipamentos uma impressora de papel contínuo. 12

ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA Situação Económica Os Rendimentos e Ganhos Operacionais apresentam uma redução de 7,2%, face ao período homólogo, variação superior à redução de 1,6% verificada nos Gastos e Perdas Operacionais. Síntese dos Resultados (euros) 2012 Variação Rendimentos e Ganhos Operacionais 13.259.510 14.287.848-7,2% Matérias Consumidas (1.714.107) (1.646.112) 4,1% Fornecimentos e Serviços Externos (7.793.206) (7.771.199) 0,3% Pessoal (3.199.811) (3.343.980) -4,3% Ganhos/reversões de depreciação e amortização (433.646) (442.882) -2,1% Imparidade de inventários (perdas/reversões) 9.408 (19.905) 147,3% Imparidade de divídas a receber (perdas/reversões) 42.717 (15.490) 375,8% Provisões 0 (6.500) 100,0% Outros Gastos Operacionais (56.723) (106.655) -46,8% Gastos e Perdas Operacionais (13.145.368) (13.352.723) -1,6% Indicadores de Natureza Económica 2012 Variação Resultado Operacional 114.142 935.125-87,8% Excedente Bruto de Exploração (EBITDA) 547.788 1.378.007-60,2% VAB 3.695.474 4.763.882-22,4% Resultado Antes de Impostos 114.138 934.625-87,8% Resultado Líquido 78.292 685.289-88,6% Margem Operacional 0,9% 6,5% Margem EBITDA 4,1% 9,6% Margem Líquida (antes de impostos) 0,9% 6,5% Margem Líquida (após impostos) 0,6% 4,8% Proveitos Operacionais por colaborador 74.492 76.816-3,0% Custo médio por colaborador 17.976 17.978 0,0% VAB por colaborador 20.761 25.612-18,9% Resultado Operacional por colaborador 641 5.028-87,2% Resultado Líquido por colaborador 440 3.684-88,1% A redução nos Rendimentos e Ganhos Operacionais ficou a dever-se, fundamentalmente, à renegociação de alguns contratos com forte erosão de condições comerciais e à saída de 2 grandes clientes, com o consequente impacto no EBITDA que decresceu 60,2% face a 2012. 13

PESO DOS GASTOS OPERACIONAIS NO VOLUME DE NEGOCIOS % VN 2012 % VN Custos das Matérias Consumidas (1.714.107 ) 14,2 (1.646.112 ) 12,5 Fornecimentos Externos (7.793.206 ) 64,6 (7.771.199 ) 59,2 Gastos Com Pessoal (3.199.811 ) 26,5 (3.343.980 ) 25,5 Outros Gastos Operacionais (56.723 ) 0,5 (106.655 ) 0,8 (12.763.847 ) 105,8 (12.867.946 ) 98,0 A rúbrica de Fornecimentos e Serviços Externos continua a destacar-se com o maior peso relativo no volume de negócios da empresa. Situação Financeira A boa saúde financeira da empresa manteve-se em, conforme se pode constatar na tabela seguinte. 2012 Autonomia Financeira 65,8% 66,7% Solvabilidade 192,4% 200,2% Fundo de Maneio 1.591.649 2.931.598 Liquidez Geral 1,75 2,25 Prazo Médio de Recebimentos 56 dias 64 dias Prazo Médio de Pagamentos 32 dias 37 dias Rendibilidade dos Capitais Próprios 2% 15% Rotação do Activo 2,13 2,02 A Autonomia Financeira e a Solvabilidade apresentam valores acima dos níveis considerados mínimos, revelando claramente a suficiência dos capitais próprios para fazer face aos compromissos assumidos para com terceiros. O Fundo de Maneio decresceu cerca de 46%. O Prazo Médio de Recebimentos decresceu cerca de 13% para 56 dias e o Prazo Médio de Pagamentos para 32 dias, quer pelo impacto dos encontros de contas entre as empresas do Grupo CTT, quer pelo cumprimento do enquadramento legal definido para as empresas do sector empresarial do Estado, quer ainda pelas condições acordadas no âmbito de alguns contratos de manutenção, mantém-se inferior a 40 dias. 14

PERSPECTIVAS FUTURAS Em 2014 a Mailtec, empresa subsidiária dos CTT, acentuará o seu caráter de fornecedora de soluções às Empresas no âmbito da sua vocação, em termos diretos ou integrada na oferta global do Grupo CTT. Nesse sentido continuará a desenvolver serviços e soluções inovadoras, e a racionalizar os seus sistemas, garantindo competitividade, segurança, qualidade e rigor. Manterá uma forte aposta na Qualidade, de que são exemplo os avultados investimentos em renovação tecnológica, as Certificações obtidas, e a resposta pronta às necessidades dos clientes. Manterá a aposta no seu desenvolvimento sustentado, respeitando, nas suas práticas, as exigências legais e as regras dos mercados em que se insere. Manterá uma correta gestão dos seus ativos, e continuará a apresentar-se como um parceiro comercialmente fiável e financeiramente seguro dos seus Clientes. A Mailtec reforçará a sua atenção nas oportunidades que surjam a nível nacional e internacional, sendo a sua expansão para os mercados exteriores uma aposta consistente e assumida. 15

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Conselho de Administração propõe, tendo em conta as disposições legais e estatutárias, que o Resultado Líquido do Exercício no montante de Euro 78.292 seja distribuído sob a forma de Dividendos. Amadora, 28 de fevereiro de 2014 O Conselho de Administração Dra. Dionízia Maria Ribeiro Farinha Ferreira (Presidente) Dr. Hernâni Joaquim Mateus dos Santos (Vogal) Dr. João Manuel da Costa Araújo (Vogal) 16

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO MAILTEC - COMUNICAÇÃO, S.A. BALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE E EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 UNIDADE MONETÁRIA: Euro NOTAS 31-12- 31-12-2012 ATIVO Ativo não corrente Ativos fixos tangíveis 7 1.782.404 972.315 Propriedades de investimento 8 680.827 741.359 Ativos intangíveis 9 12.673 10.278 Ativos por impostos diferidos 31 34.979 53.979 Total do activo não corrente 2.510.883 1.777.931 Ativo corrente Inventários 12 284.312 333.273 Clientes 13 2.362.911 2.683.950 Acionistas/ sócios e empresas do Grupo 6 / 23 185.992 85.211 Outras contas a receber 13 164.772 55.032 Diferimentos 14 175.709 167.497 Caixa e equivalentes de caixa 4 550.036 1.959.561 Total do ativo corrente 3.723.732 5.284.524 Total do ativo 6.234.615 7.062.455 Capital próprio CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital realizado 16 751.800 751.800 Reservas legais 17 150.360 150.360 Outras reservas 17 3.235.065 3.235.065 Ajustamentos em activos financeiros 17 (112.985) (112.985) Resultado líquido do período 78.292 685.289 Total do capital próprio 4.102.532 4.709.529 Passivo Passivo corrente Fornecedores 22 1.161.695 1.214.023 Estado e outros entes públicos 23 318.068 280.400 Outras contas a pagar 22 652.320 858.503 Total do passivo corrente 2.132.083 2.352.926 Total do passivo 2.132.083 2.352.926 Total do capital próprio e do passivo 6.234.615 7.062.455 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 17

MAILTEC - COMUNICAÇÃO, S.A. DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE E EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 UNIDADE MONETÁRIA: Euro NOTAS 2012 Vendas e serviços prestados 24 12.066.411 13.132.494 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 12 (1.714.107) (1.646.112) Fornecimentos e serviços externos 26 (7.793.206) (7.771.199) Gastos com o pessoal 27 (3.199.811) (3.343.980) Imparidade de inventários (perdas/reversões) 12 9.408 (19.905) Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 13,15 42.717 (15.490) Provisões (aumentos/reduções) 20 - (6.500) Outros rendimentos e ganhos 25 1.193.099 1.155.354 Outros gastos e perdas 29 (56.723) (106.655) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 547.788 1.378.007 Gastos/ reversões de depreciação e de amortização 28 (433.646) (442.882) Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 114.142 935.125 Juros e gastos similares suportados 30 (4) (500) Resultado antes de impostos 114.138 934.625 Imposto sobre o rendimento do período 31 (35.846) (249.336) Resultado líquido do período 78.292 685.289 Resultado por acção 19 0,52 4,56 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 18

MAILTEC - COMUNICAÇÃO, S.A. DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE E EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 UNIDADE MONETÁRIA: Euro NOTAS Capital realizado Reservas legais Outras reservas Ajustamentos em activos financeiros Resultado líquido do período Total do capital próprio POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2012 1 751.800 150.360 3.835.065 (112.985) 1.184.571 5.808.811 ALTERAÇÕES NO PERÍODO: 2 - - - - - - RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO DE 2012 3 685.289 685.289 RESULTADO INTEGRAL DO PERÍODO DE 2012 4=2+3 685.289 685.289 OUTRAS OPERAÇÕES NO PERÍODO: Aplicação do resultado líquido do período de 2011 - Distribuição de dividendos 18 (600.000) (1.184.571) (1.784.571) 5 - - (600.000) - (1.184.571) (1.784.571) POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO DE 2012 6=1+4+5 751.800 150.360 3.235.065 (112.985) 685.289 4.709.529 POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 1 751.800 150.360 3.235.065 (112.985) 685.289 4.709.529 ALTERAÇÕES NO PERÍODO: 2 - - - - - - RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO DE 3 78.292 78.292 RESULTADO INTEGRAL DO PERÍODO DE 4=2+3 78.292 78.292 OUTRAS OPERAÇÕES NO PERÍODO: Aplicação do resultado líquido do período de 2012 - Distribuição de dividendos 18 (685.289) (685.289) 5 - - - - (685.289) (685.289) POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO DE 6=1+4+5 751.800 150.360 3.235.065 (112.985) 78.292 4.102.532 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 19

MAILTEC - COMUNICAÇÃO, S.A. DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DE FLUXOS DE CAIXA DOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE E EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 UNIDADE MONETÁRIA: Euro NOTAS 2012 Fluxos de caixa das atividades operacionais Recebimentos de clientes 15.710.224 18.445.523 Pagamentos a fornecedores (11.175.229) (11.737.298) Pagamentos ao pessoal (3.056.128) (3.038.580) Caixa gerada pelas operações 1.478.867 3.669.644 Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (114.329) (323.283) Pagamento de outros impostos (628.086) (1.142.625) Outros recebimentos/pagamentos (29.544) (39.449) Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 706.908 2.164.287 Fluxos de caixa das atividades de investimento Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis 777 3.113 Juros e rendimentos similares 17.294 67.506 Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis (1.449.212) (93.059) Fluxos de caixa das atividades de financiamento Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (1.431.141) (22.440) Pagamentos respeitantes a: Juros e gastos similares (4) - Dividendos 18 (685.289) (1.784.571) Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (685.293) (1.784.571) Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) (1.409.526) 357.276 Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período 1.959.561 1.602.285 Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 550.036 1.959.561 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 20

MAILTEC COMUNICAÇÃO, S.A. Anexo às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de (Montantes expressos em Euros) ÍNDICE 1. NOTA INTRODUTÓRIA 23 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 23 3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 24 3.1-Ativos fixos tangíveis 24 3.2-Propriedades de investimento 26 3.3-Ativos intangíveis 26 3.4-Participações financeiras 27 3.5-Imparidade de ativos tangíveis e intangíveis, exceto goodwill 28 3.6-Instrumentos financeiros 29 3.7-Inventários 31 3.8-Resultados por ação 32 3.9-Distribuição de dividendos 32 3.10-Provisões e passivos contingentes 32 3.11-Locações 33 3.12-Rédito 33 3.13-Impostos 34 3.14-Regime do acréscimo 35 3.15-Julgamentos e estimativas 35 3.16-Matérias ambientais 37 3.17-Acontecimentos subsequentes 37 4. FLUXOS DE CAIXA 37 5. ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ERROS E ESTIMATIVAS 38 6. PARTES RELACIONADAS 38 7. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS 43 21

8. Propriedades de investimento 44 9. ATIVOS INTANGÍVEIS 45 10. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS 47 11. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS 48 12. INVENTÁRIOS 50 13. CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER 52 14. DIFERIMENTOS 54 15. PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS 55 16. CAPITAL 56 17. RESERVAS E OUTRAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO 56 18. DIVIDENDOS 57 19. RESULTADOS POR AÇÃO 58 20. PROVISÕES, GARANTIAS PRESTADAS, PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS 58 21. LOCAÇÕES OPERACIONAIS 59 22. FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR 60 23. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 61 24. VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS 62 25. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS 62 26. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 63 27. GASTOS COM PESSOAL 63 28. DEPRECIAÇÕES/ AMORTIZAÇÕES E IMPARIDADE DE INVESTIMENTOS 64 29. OUTROS GASTOS E PERDAS 64 30. JUROS E GASTOS SIMILARES SUPORTADOS 64 31. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 64 32. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES 66 33. INFORMAÇÃO SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS 66 34. OUTRAS INFORMAÇÕES 66 35. ACONTECIMENTOS SUBSQUENTES 67 22

1. NOTA INTRODUTÓRIA A MAILTEC COMUNICAÇÃO, S.A. é uma sociedade anónima, com sede na Estrada Casal do Canas, Edifício Mailtec, freguesia da Venteira, concelho da Amadora. A Empresa, constituída em 3 de abril de 1995, tem como atividade principal a impressão e atividades ligadas com a impressão e, acessoriamente, serviços incluindo a receção, tratamento e expedição de informação e tecnologia mailing. A Empresa é detida (em 82,30%) pela Mailtec Holding, S.A., com sede no mesmo local, e (em 17,70%) pelos CTT Correios de Portugal, S. A. Sociedade Aberta (CTT). Visto que a Mailtec Holding, S.A. é detida (a 100%) pelos CTT, a Empresa é detida (a 100%) pelos CTT, que tem sede na Rua de S. José, n.º 20, freguesia de S. José, concelho de Lisboa. Nos termos do art.º 7º do Decreto-Lei nº 158/2009, a Empresa está dispensada de elaborar demonstrações financeiras consolidadas dado que os pelos CTT Correios de Portugal, S. A. Sociedade Aberta (CTT), elaboram contas consolidadas e são titulares da totalidade das partes de capital da Empresa. Em conformidade, as presentes demonstrações financeiras da Empresa são as suas demonstrações financeiras individuais que são expressas em Euros por esta ser a moeda principal das operações da Empresa. 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As presentes demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações da Empresa, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as normas do Sistema de Normalização Contabilística ( SNC ), regulado pelos seguintes diplomas legais: Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho (Sistema de Normalização Contabilística), com as retificações da Declaração de Retificação nº67-b/2009, de 11 de setembro, e com as alterações introduzidas pela Lei nº 20/2010, de 23 de agosto; Portaria nº 986/2009, de 7 de setembro (Modelos de Demonstrações Financeiras); Aviso nº 15652/2009, de 7 de setembro (Estrutura Conceptual); Aviso nº 15655/2009, de 7 de setembro (Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro); Aviso nº 15654/2009, de 7 de setembro (Normas Interpretativas); Portaria nº 1011/2009, de 9 de setembro (Código de Contas). 23

Em todos os aspetos relativos ao reconhecimento, mensuração e divulgação foram utilizadas as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro ( NCRF ) que integram o SNC. As demonstrações financeiras foram elaboradas utilizando os modelos das demonstrações financeiras previstos no art.º 1º da Portaria nº 986/2009, de 7 de setembro, designadamente o balanço, a demonstração dos resultados por naturezas, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa e o anexo. O normativo SNC foi utilizado na elaboração das demonstrações financeiras pela primeira vez em 2010, passando a constituir o referencial de base para os períodos subsequentes. Estas normas foram ainda aplicadas ao período iniciado em 1 de Janeiro de 2009 e findo em 31 de dezembro de 2009 de forma a apresentar as demonstrações financeiras reexpressas para efeitos comparativos. Conforme previsto no Anexo ao Decreto-Lei nº 158/2009, a Empresa aplica supletivamente as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) adotadas ao abrigo do Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de julho, as Normas Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro ( IAS/IFRS ) e as respetivas interpretações ( SIC/IFRIC ) do IASB, de forma a colmatar lacunas ou omissões relativas a aspetos de algumas transações ou situações particulares não previstas no SNC. Nos períodos de e de 2012 a que respeitam as presentes demonstrações financeiras não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC que pudessem ter produzido efeitos materialmente relevantes pondo em causa a imagem verdadeira e apropriada da informação divulgada. 3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas adotadas pela Empresa na preparação destas demonstrações financeiras estão descritas abaixo e foram consistentemente aplicadas. 3.1- Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis (Nota 7) são inicialmente registados ao custo de aquisição ou de produção. O custo de aquisição inclui: (i) o preço de compra do ativo, (ii) as despesas diretamente imputáveis à compra, e (iii) os custos estimados de desmantelamento, remoção dos ativos e restauração do local. Após o reconhecimento inicial os ativos fixos tangíveis são mensurados ao custo deduzido de depreciações acumuladas e perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. 24

As depreciações dos ativos tangíveis, deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas constantes), a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as diversas classes de ativos: Anos de vida útil Edifícios e outras construções 10 50 Equipamento básico 4 10 Equipamento de transporte 4 7 Equipamento administrativo 3 10 Outros ativos fixos tangíveis 5 10 A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda. Em cada data de relato, a Empresa avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar em imparidade. Sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são sujeitos a testes de imparidade, sendo o excesso da quantia escriturada face à quantia recuperável, caso exista, reconhecido em resultados. A quantia recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um ativo menos os custos de o vender e o seu valor de uso. Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos tangíveis ainda em fase de construção/produção, encontrando-se registados ao custo de aquisição ou produção. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos. 25

Os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são registados como gastos do período em que são incorridos. As grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada são registadas como ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente substituída é identificada e abatida. As mais ou menos valias decorrentes da alienação de ativos fixos tangíveis, determinadas pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia registada na data da alienação, são contabilizadas em resultados na rubrica Outros rendimentos e ganhos ou Outros gastos e perdas. 3.2- Propriedades de investimento As propriedades de investimento (Nota 8) compreendem, um edifício e o respetivo terreno, detido pela Empresa. O imóvel encontra-se arrendado até ao ano de 2024 à empresa CTT - Correios de Portugal, S.A. (empresa mãe). Uma propriedade de investimento é mensurada inicialmente pelo seu custo de aquisição ou produção, incluindo os custos de transação que lhe sejam diretamente atribuíveis. Após o reconhecimento inicial as propriedades de investimento são mensuradas ao custo deduzido de depreciações e de perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. A política e taxas de depreciação coincidem com as dos ativos fixos tangíveis. A Empresa providencia anualmente avaliações aos ativos classificados como propriedades de investimento para determinar eventuais imparidades. Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento, nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no período a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicionais são capitalizadas. 3.3- Ativos intangíveis Os ativos intangíveis (Nota 9) são inicialmente registados ao custo de aquisição. Após o reconhecimento inicial os ativos intangíveis são mensurados ao custo deduzido das amortizações acumuladas e das perdas de imparidade, quando aplicável. Os ativos intangíveis apenas são 26

reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa e que os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade. Os ativos intangíveis, compreendem essencialmente despesas com patentes, software (sempre que este é separável do hardware e esteja associado a projetos em que seja quantificável a geração de benefícios económicos futuros), licenças e outros direitos de uso. Também incluem as despesas de desenvolvimento dos projetos de I&D sempre que se demonstre a intenção e a capacidade técnica para completar esse desenvolvimento, a fim de o mesmo estar disponível para comercialização ou uso. As despesas de investigação, efetuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas. Os ativos intangíveis são amortizados pelo método da linha reta (quotas constantes), a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil estimada, que se situa num período que varia entre 3 e 5 anos. Exceção para os ativos respeitantes a propriedade industrial, que são amortizados durante o período de tempo em que tem lugar a sua utilização exclusiva e, para os ativos intangíveis com vida útil indefinida, que não são objeto de amortização, sendo antes sujeitos a testes de imparidade com uma periodicidade anual, ou então sempre que haja uma indicação de que possam estar em imparidade. As mais ou menos valias resultantes da alienação dos ativos intangíveis são determinadas pela diferença entre o preço de venda e a quantia escriturada na data da alienação, sendo registadas na Demonstração dos resultados por naturezas como Outros rendimentos e ganhos ou Outros gastos e perdas. 3.4- Participações financeiras As participações financeiras nas quais a Empresa tem controlo ou que controla conjuntamente com outras entidades, são registadas no balanço em Participações financeiras método da equivalência patrimonial, pelo método da equivalência patrimonial (Nota 10). De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo e posteriormente ajustadas pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas subsidiárias, conjuntamente controladas ou associadas por contrapartida de Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos, e por outras variações ocorridas nos seus capitais próprios por contrapartida de Ajustamentos em ativos financeiros. Adicionalmente, as participações financeiras poderão igualmente ser ajustadas pelo reconhecimento de perdas por imparidade. Anualmente ou quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é realizada uma avaliação e as perdas 27

por imparidade que se demonstre existir, são registadas como gastos na Demonstração dos resultados por naturezas. Os resultados das participadas adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos na demonstração de resultados por naturezas desde a data da sua aquisição e até à data da sua alienação. Quando as perdas em empresas subsidiárias ou associados excedem o investimento efetuado nessas entidades, o valor contabilístico do investimento financeiro é reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado, exceto na parcela em que a Empresa incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da subsidiária ou associada, caso em que é registada uma Provisão. Os dividendos recebidos de empresas subsidiárias e associadas são registados como uma diminuição do valor das Participações financeiras método da equivalência patrimonial. 3.5- Imparidade de ativos tangíveis e intangíveis, exceto goodwill A Empresa efetua avaliações de imparidade dos seus ativos fixos tangíveis e intangíveis sempre que ocorre algum evento ou alteração que indique que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Em caso da existência de tais indícios, a Empresa procede à determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a extensão da perda por imparidade. Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. A quantia recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. O justo valor é o valor que se obteria com a alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras. O valor de uso decorre dos fluxos de caixa futuros estimados e descontados do ativo durante a vida útil esperada. A taxa de desconto utilizada na atualização dos fluxos de caixa descontados reflete o valor atual do capital e o risco específico do ativo. Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da unidade geradora de caixa seja superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada na Demonstração dos resultados por naturezas do período a que se refere, na rubrica de Imparidade de investimentos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/reversões). 28

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram, sendo reconhecida na demonstração de resultados como dedução à rubrica Imparidade de investimentos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/reversões). Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações ou amortizações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores, e é reconhecida como um rendimento na demonstração de resultados. 3.6- Instrumentos financeiros Um instrumento financeiro é um contrato que dá origem a um ativo financeiro numa entidade e a um passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra entidade. Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais. Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber dinheiro. Um passivo financeiro é qualquer passivo que se consubstancie numa obrigação contratual de entregar dinheiro. Os ativos financeiros da Empresa são basicamente os Clientes e outras contas a receber e, Caixa e equivalentes de caixa. Os passivos financeiros são fundamentalmente os Financiamentos obtidos e os Fornecedores e outras contas a pagar. Os ativos e passivos financeiros encontram-se mensurados na data do relato financeiro ao custo ou ao custo amortizado subtraído da perda por imparidade, sendo o custo amortizado determinado através do método do juro efetivo. O juro efetivo é calculado através da taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do ativo ou passivo financeiro. Por instrumento de capital próprio entende-se um qualquer contrato que evidencie um interesse nos ativos da Empresa após a subtração de todos os passivos. Os instrumentos de capital próprio são basicamente as ações/ quotas da empresa e prestações suplementares e acessórias, sempre que cumpram o conceito de instrumento de capital próprio. Clientes e outras contas a receber Os saldos de clientes e de outros devedores, constituem as contas a receber por serviços prestados pela Empresa no decurso normal da sua atividade (Nota 13). Se é expectável que a sua cobrança 29

ocorra dentro de um ano ou menos, são classificadas como ativo corrente. Caso contrário são classificadas como ativo não corrente. As contas a receber classificadas como ativo corrente não têm implícito juro e são apresentadas pelo respetivo valor nominal, deduzidas de perdas de realização estimadas (perdas por imparidade), calculadas essencialmente com base na antiguidade das contas a receber. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior. As contas a receber classificadas como ativo não corrente são mensuradas pelo respetivo custo amortizado, determinado de acordo com o método da taxa de juro efetiva. Quando existe evidência de que as mesmas se encontram em imparidade, procede-se ao registo da correspondente perda em resultados. O seu desreconhecimento só ocorre quando expiram os direitos contratuais. Caixa e equivalentes a caixa Os montantes incluídos nas rubricas de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores de caixa, depósitos à ordem, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Se o seu vencimento for inferior a 12 meses, são reconhecidos no ativo corrente; caso contrário, e ainda quando existam limitações à sua disponibilidade ou movimentação, são reconhecidos no ativo não corrente. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de Caixa e seus equivalentes é deduzida dos descobertos bancários (Nota 4). Fornecedores e outras contas a pagar Os saldos de fornecedores e outros credores (Nota 22) são responsabilidades respeitantes à aquisição de mercadorias ou serviços pela Empresa no decurso normal das suas atividades. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos são classificadas como passivo corrente. Caso contrário, são classificadas como passivo não corrente. 30

As contas a pagar classificadas como passivo corrente são registadas pelo seu valor nominal. As contas a pagar classificadas como passivo não corrente, para as quais não exista uma obrigação contratual pelo pagamento de juros, são mensuradas pelo respetivo custo amortizado, determinado de acordo com o método da taxa de juro efetiva. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tiver havido lugar a liquidação, cancelamento ou expiração. Instrumentos de capital próprio Um instrumento de capital próprio (Nota 16) só é reconhecido quando é emitido e subscrito. Se um instrumento de capital próprio for emitido, subscrito e se os recursos não forem proporcionados, a quantia a receber é relevada como dedução ao capital próprio. Caso a empresa adquira ou readquira os seus próprios instrumentos de capital próprio, estes instrumentos são reconhecidos como dedução ao capital próprio. Os custos com a emissão de novas ações são reconhecidos diretamente em capital como dedução ao valor do encaixe. Os custos com uma emissão de capital próprio que não se concluiu são reconhecidos como gasto. 3.7- Inventários As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo (Nota 12) encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, incluindo os custos incorridos para colocar os inventários no seu local e em condições de utilização. O método de valorização das saídas de armazém é o custo médio ponderado. 31

O sistema de inventário utilizado na Empresa é o sistema de inventário permanente. Sempre que se verifica que a antiguidade dos inventários é significativa, procede-se à redução da quantia registada, mediante o reconhecimento de uma perda por imparidade. 3.8- Resultados por ação Os resultados por ação (Nota 19) são calculados dividindo o lucro atribuível aos acionistas pelo número ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período. 3.9- Distribuição de dividendos A distribuição de dividendos, quando aprovados em Assembleia-geral da Empresa e enquanto não pagos ao acionista, é reconhecida como um passivo (Nota 18). 3.10- Provisões e passivos contingentes São reconhecidas provisões (Nota 20) quando, cumulativamente: (i) a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) exista uma estimativa fiável da quantia da obrigação. O montante das provisões corresponde ao valor presente da obrigação, sendo a atualização financeira registada como custo financeiro na rubrica de Juros e gastos similares suportados (Nota 30). As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data. Quando alguma das condições para o reconhecimento de provisões não é preenchida, a Empresa procede à divulgação dos eventos como passivo contingente (Nota 20). Os passivos contingentes são: (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros, incertos e não totalmente sob o seu controlo, ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados 32

mas que não são reconhecidas porque não é provável que uma saída de recursos que incorpore benefícios económicos seja necessária para liquidar a obrigação, ou a quantia da obrigação não possa ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes são divulgados, a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos. 3.11- Locações A classificação das locações como financeiras ou operacionais é efetuada em função da substância e não da forma do contrato. As locações são classificadas como financeiras sempre que nos seus termos ocorra a transferência substancial, para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à propriedade do bem. As restantes locações são classificadas como operacionais (Nota 21). Os ativos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades para com o locador, são registados no balanço no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. A taxa de desconto a utilizar deverá ser a taxa implícita na locação. Caso esta não seja conhecida deverá ser utilizada a taxa de financiamento da Empresa para aquele tipo de investimentos. A política de depreciação destes ativos segue as regras aplicáveis aos ativos tangíveis propriedade da Empresa. Os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do ativo fixo tangível são reconhecidos na Demonstração dos resultados por naturezas do período a que respeitam. Nas locações operacionais as rendas devidas são reconhecidas como gasto na Demonstração dos resultados por naturezas, durante o período da locação (Nota 26). 3.12- Rédito O rédito relativo a vendas, prestações de serviços e juros decorrentes da atividade ordinária da Empresa, é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente às vendas e prestações de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o Imposto sobre o Valor Acrescentado (Notas 24,25). O reconhecimento de um rédito exige que (i) seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para a Empresa, (ii) o montante do rédito possa ser fiavelmente mensurado, (iii) os custos incorridos ou a incorrer com a transação também possam ser mensurados com fiabilidade e, (iv) que a fase de acabamento da prestação de serviços/ transação possa ser 33