Pavimentação - sub-base de concreto de cimento Portland adensado por vibração



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DNER-ES 323/97 p. 03/08 b) DNER-EM 036/95 - Cimento Portland - recebimento e aceitação; c) DNER-EM 037/97 - Agregado graúdo para concreto de cimento; d) DNER-EM 038/97 - Agregado miúdo para concreto de cimento; e) DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental; f) NBR-5738/94 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto; g) NBR-5739/94 - Concreto - ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos de concreto; h) NBR-7211/83 - Agregado para concreto; i) NBR-7212/84 - Execução de concreto dosado em central; j) NBR-7223/92 - Concreto - determinação da consistência do concreto pelo abatimento do tronco de cone; l) NBR-7680/83 - Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de estruturas de concreto; m)nbr-11686 - Concreto fresco - determinação do teor de ar pelo método pressométrico. 3 DEFINIÇÃO Para os efeitos desta Norma, é adotada a seguinte definição. Concreto adensado para sub-base - concreto simples para emprego em sub-base com baixo consumo de cimento, de resistência plástica que permita o seu adensamento por meio de vibradores de imersão ou régua vibratória. 4 CONDIÇÕES GERAIS 4.1 Concreto da sub-base 4.1.1 O concreto destinado à execução da sub-base deverá ser dosado por método racional, visando obter com os materiais disponíveis uma mistura fresca com consistência adequada para adensamento por meio de vibradores de imersão ou régua vibradora, do que resulta um produto endurecido e compacto, com a resistência característica exigida nesta Norma. 4.1.2 A camada de concreto adensado por vibração, que atenda às exigências desta Norma, também poderá ser empregada como base de pavimento flexível. 4.2 Recebimento do material O recebimento e armazenamento do cimento Portland e dos agregados e aditivos na obra deverão ser como os recomendados nas normas DNER-EM 036, DNER-EM 037 e DNER-EM 038. 5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 5.1 Material 5.1.1 Cimento Portland O cimento Portland poderá ser de qualquer tipo, desde que satisfaça às exigências específicas da norma DNER-EM 036, para o tipo de cimento empregado na obra. 5.1.2 Agregados

DNER-ES 323/97 p. 04/08 Os agregados graúdo e miúdo deverão atender às exigências das normas DNER-EM 037 e DNER-EM 038. 5.1.3 Água A água destinada ao amassamento do concreto deverá atender às exigências da norma DNER-EM 034. 5.1.4 Aditivos 5.1.4.1 Os aditivos empregados no concreto da sub-base poderão ser dos tipos plastificante ou redutor de água, retardador de pega e incorporador de ar. 5.1.4.2 A dosagem do aditivo no concreto deverá, em princípio, ser aquela recomendada pelo fabricante, em função da temperatura ambiente, podendo ser alterada para mais ou para menos conforme os efeitos obtidos, e o tipo de cimento empregado na obra e outras condições. Fixada a dosagem no início das concretagens, ela não deverá ser alterada, a menos que ocorram modificações significativas nas características dos materiais da obra. 5.1.5 Materiais para a cura A cura de superfícies da sub-base deverá ser feita com pintura betuminosa, utilizando-se emulsões asfálticas catiônicas de ruptura média. 5.1.6 Concreto O concreto adensado por vibração, destinado à execução de sub-bases, deverá apresentar as seguintes características: a) resistência característica à compressão (f ck ) na idade de 28 dias, determinada em corpos-deprova moldados e rompidos conforme as normas NBR-5738 e NBR-5739: f ck = 7,5 MPa; b) consumo mínimo de cimento: C mín = 100kg/m³; c) abatimento, determinado conforme a norma NBR-7223, de 80 mm ± 20 mm; d) a dimensão máxima característica do agregado no concreto não deverá exceder 1/3 da espessura da sub-base ou 25mm obedecido o menor valor; e) teor de ar, determinado conforme a NBR-11686: 5%.

DNER-ES 323/97 p. 05/08 5.2 Equipamento Os equipamentos destinados à execução da sub-base são: a) vibradores de imersão com diâmetro externo de, no máximo, 40 mm, e freqüência igual ou superior a 60 Hz (3600 rpm); b)régua vibradora com freqüência igual ou superior a 60 Hz (3600rpm); c) régua acabadora de madeira com seção retangular de 10 cm de largura, 12 cm de altura e comprimento igual à largura da placa de concreto mais 50 cm; d)ponte de serviço de madeira de dimensão igual à largura da placa acrescida de 50 cm; e) rolo de cabo longo, preferencialmente, de alumínio com formas arredondadas; f) desempenadeira de madeira, com área útil de, no mínimo, 450 cm²; g) régua para nivelamento, de madeira, com 3 m de comprimento. 5.3 Execução 5.3.1 Largura da sub-base A sub-base deverá exceder de 50 cm, no mínimo, a largura total do pavimento, devendo sua superfície ser lisa e desempenada. 5.3.2 Assentamento de fôrmas e preparo para a concretagem 5.3.2.1 As fôrmas poderão ser metálicas ou de madeira firmemente fixadas ao subleito, de modo a suportar sem deslocamento, os esforços decorrentes do lançamento e adensamento do concreto. 5.3.2.2 O topo das fôrmas deverá coincidir com a superfície da sub-base; feita a verificação do alinhamento e nivelamento, admite-se desvios altimétricos de até 3 mm e diferenças planimétricas não superiores a 5 mm em relação ao projeto. 5.3.2.3 Deverá ser feita verificação do fundo de caixa, não se admitindo espessura, ao longo de toda a seção transversal, inferior à especificada no projeto. As fôrmas serão untadas de modo a facilitar a desmoldagem. 5.3.3 Mistura, transporte, lançamento e espalhamento do concreto 5.3.3.1 O concreto poderá ser produzido em betoneiras estacionárias ou em centrais, podendo os materiais serem medidos tanto em peso como em volume, exceto o cimento, que sempre deverá ser medido em peso. No caso do concreto ser fornecido por usina comercial deverão ser atendidas as condições estipuladas na NBR-7212. 5.3.3.2 O transporte do concreto, quando não feito em caminhão betoneira, deverá ser por equipamento capaz de evitar a segregação dos materiais componentes da mistura. 5.3.3.3 O período máximo entre o preparo da mistura, a partir da adição da água e o lançamento, deverá ser de 30 minutos, não sendo permitida a redosagem sob qualquer forma. Quando usado caminhão-betoneira e durante o transporte e a descarga houver agitação do concreto, este poderá ser ampliado para 90 minutos. 5.3.3.4 O lançamento do concreto é feito, de preferência, lateral à faixa a executar, devendo o subleito ser previamente saturado sem a formação de poças d água.

DNER-ES 323/97 p. 06/08 5.3.3.5 O espalhamento do concreto, feito com o auxílio de ferramentas manuais ou executado eventualmente a máquina, deverá garantir uma distribuição homogênea da camada na espessura a ser adensada. 5.3.4 Adensamento 5.3.4.1 Deverá ser feito por vibradores de imersão e pela régua vibratória. 5.3.4.2 Nos cantos das fôrmas devem ser aplicados os vibradores de modo a corrigir as deficiências no adensamento do concreto quando superficialmente vibrado pela régua. 5.3.4.3 A verificação da regularidade longitudinal da superfície deverá ser feita com o emprego de régua de 3 m de comprimento. 5.3.4.4 Qualquer variação na superfície, superior a 5 mm, em depressão ou em saliência, deverá ser corrigida, cortando-se as saliências ou preenchem-se as depressões com concreto fresco. 5.3.4.5 Imediatamente após o adensamento será feito acabamento da superfície, por meio da passagem da régua acabadora em deslocamentos longitudinais, com movimentos de vaivém. 5.3.5 Cura 5.3.5.1 A superfície do concreto deverá ser protegida contra evaporação de água por meio de uma pintura betuminosa, aplicada em quantidade suficiente para construir uma membrana contínua (0,8 a 1,5 l/m²). Procedimento a ser executado imediatamente após o término do acabamento. 5.3.5.2 Interditado o tráfego ou a presença de qualquer equipamento, até que a sub-base apresente resistência para suportar solicitações de carga. 6 MANEJO AMBIENTAL Os cuidados a serem observados visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das operações destinadas à execução do pavimento de concreto, devem atender o prescrito nos itens 6.1 a 6.2 desta Norma. 6.1 Na exploração das ocorrências de materiais 6.1.1 Atendimento às recomendações preconizadas na DNER-ES 281. 6.1.2 No caso de material pétreo (agregados graúdos) os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de materiais: a) o material somente será aceito após a executante apresentar licença ambiental de operação da pedreira, para arquivamento da cópia da licença junto ao Livro de Ocorrências da Obra; b)evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação; c) planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e a possibilitar recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos;

DNER-ES 323/97 p. 07/08 d) não provocar queimadas como forma de desmatamento; e) as estradas de acesso deverão seguir as recomendações da DNER-ES 279; f) deverão ser construídas junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando seu carreamento para cursos d água; g) caso fornecida por terceiros, exigir documentação atestando regularidade das instalações, assim como sua operação junto ao órgão ambiental competente. 6.2 Na execução 6.2.1 Os cuidados para a preservação ambiental se referem à disciplina do tráfego e estacionamento dos equipamentos. 6.2.2 Proibir o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para se evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural. 6.2.3 As áreas destinadas ao estacionamento e serviços de manutenção dos equipamentos, devem ser localizadas de forma que resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis não sejam levados até cursos d água. 7 INSPEÇÃO 7.1 Controle do material Deverão ser realizados no concreto os seguintes ensaios de controle de 7.1.1 a 7.1.2. 7.1.1 Determinação do abatimento Deverá ser feita segundo a norma ABNT NBR-7223, cada vez que forem moldados corpos-deprova para o ensaio de resistência à compressão. 7.1.2 Determinação de resistência à compressão 7.1.2.1 A cada trecho de no máximo 2500 m² de sub-base deverão ser moldados aleatoriamente e de amassadas diferentes, no mínimo, 20 exemplares de corpos-de-prova. 7.1.2.2 Cada exemplar é constituído por, no mínimo, dois corpos-de-prova cilíndricos de uma mesma amassada, cujas dimensões, preparo e cura deverão estar de acordo com a norma NBR- 5738. 7.1.2.3 Os corpos-de-prova serão rompidos na idade de 28 dias, segundo a norma NBR 5739, adotando-se como resistência do exemplar, o maior dos dois valores obtidos em cada ensaio. 7.2 Controle geométrico

DNER-ES 323/97 p. 08/08 7.2.1 Após a execução de cada trecho de 2500 m² de sub-base, proceder à relocação e o nivelamento do eixo e dos bordos de 20 m em 20 m, ao longo do eixo, para fins de verificação do atendimento ao projeto, largura e espessura da sub-base. 7.2.2 Para aceitação dos parâmetros geométricos da sub-base, serão adotados as seguintes tolerâncias em relação às dimensões do projeto: a) 10 cm para a largura; b) 10% para a espessura. 7.3 Aceitação e rejeição 7.3.1 Resistência do concreto 7.3.1.1 Determinação da resistência característica A resistência característica estimada do concreto à compressão axial de cada trecho inspecionado, será dada por: f ck, est = f c28-0,842 s sendo: f ck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão axial f c28 = resistência média do concreto à compressão axial, na idade de 28 dias s = desvio padrão dos resultados. 7.3.1.2 Aceitação automática O trecho será automaticamente aceito se: f ck, est 7,5 MPa 7.3.1.3 Verificações suplementares, como a seguir: a) quando não houver aceitação automática deverão ser extraídos no trecho, no mínimo, seis corpos-de-prova de 15 cm de diâmetro, seguindo a ABNT NBR-7680, que serão ensaiados à compressão conforme a ABNT NBR-5739; b) nenhum resultado inferior a 4,6 MPa, para a sub-base será aceito; c) caso contrário, de comum acordo entre as partes interessadas, pode ser tomada uma das seguintes decisões: c.1) a parte condenada será demolida e reconstruída; c.2 ) a sub-base será reforçada. 8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO Os serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios de 8.1 a 8.3.

DNER-ES 323/97 p. 09/08 8.1 A sub-base será medida em metros cúbicos de concreto, conforme a seção transversal do projeto. Não serão motivo de medição a mão-de-obra, materiais, equipamentos, transportes, lançamento da mistura, acabamento, cura e encargos. 8.2 No cálculo dos valores dos volumes serão consideradas as larguras médias obtidas no controle geométrico. 8.3 Não serão considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no projeto.