Art.3 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação e revoga a Resolução No 189 do extinto CONCINE.



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Transcrição:

ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DE TÉCNICOS CINEMATOGRÁFICOS DO RIO GRANDE DO SUL BOLETIM N 24 - MARÇO/1991 PACOTE AUDIOVISUAL DO GOVERNO FEDERAL Saiu o "Pacote Audiovisual" há um ano prometido pelo Sr. Ipojuca Pontes e colegas. Foi assinado dia 8 de março de 1991, alguns minutos antes da demissão do então Secretário. Trata-se de 6 Portarias da Secretaria da Cultura da Presidência da República (SC/PR), 1 Portaria Interministerial assinada pela SC/PR e Ministério da Economia, um Decreto presidencial (todos já em vigor), e finalmente um Projeto de Lei de autoria do Executivo (ainda não enviado ao Congresso). Este Boletim traz a íntegra do Pacote (apenas com algumas abreviaturas) e referências a toda legislação citada. Agradecemos ao Jornal de Brasilia, e especialmente à jornalista Maria do Rosário Caetano, sem a qual esta edição não teria sido possível. PORTARIAS DA SC/PR PORTARIA 1: Art.1 - O contrato entre a empresa produtora estrangeira e a empresa produtora brasileira responsável pela produção no Brasil será apresentado à SC/PR, bem como os devidos vistos de entrada no território nacional dos artistas e técnicos estrangeiros que trabalharem na produção. Art.2 - Nas produções cinematográficas estrangeiras realizadas no Brasil, a substituição de atores e técnicos far-se-á sem a alteração legal da proporcionalidade de dois terços da mão de obra brasileira em relação à estrangeira. Art.3 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação e revoga a Resolução No 189 do extinto CONCINE. PORTARIA 2: Art. 1 - Fica reduzida de 140 para 70 dias anuais a obrigação de exibição de filmes brasileiros de longa metragem nas salas exibidoras que funcionam sete dias por semana, em todo o território nacional. Par.único - As salas exibidoras que funcionam menos de 7 dias/semana terão quota de exibição obrigatória proporcional. Art.2 - A participação percentual do produtor e distribuidor brasileiros na renda de bilheteria é estabelecida por contrato entre as partes. Art.3 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as Res.CONCINE 161, 170, 171, 178, 192. PORTARIA 3: Art.1 - Fica reduzida de 25% para 10% o percentual de títulos nacionais de obras cinematográficas, gravadas no suporte de videocassete, do acervo de cópias das empresas locadoras e do acervo de títulos das empresas distribuidoras de video doméstico, até 31/12/91. Art.2 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as Res.CONCINE 98 e 181.

PORTARIA 4: Art.1 - A copiagem de obras cinematográ ficas em videocassete no país, prevista na Res.136 do CONCINE, extinguir-se-á em 31/12/91. Art.2 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as Res.CONCINE 98 e 180. PORTARIA 5: Art.1 - Considerando a necessidade de desregulamentar as atividades cinematográfica e videofonográ fica, o Secretário da Cultura da Presidência da República revoga as Res.INC 37 e 51; e as Res. CONCINE 12, 55, 71, 81, 92, 117, 137, 154, 156, 157, 168, 173, 182, 183, 185 e 188. PORTARIA 6: Art.1 - As Resoluções INC 101 e CONCINE 36, referentes à copiagem obrigatória de filmes estrangeiros em laboratórios brasileiros, vigorarão até 31/12/91. Resoluções revogadas: INC 37 (27/05/70) controlava a arrecadação de direitos autorais sobre músicas em filmes estrangeiros; 51 (14/01/71) regulava o uso do ingresso padronizado. CONCINE 12 (15/03/77) definia renda líquida de bilheteria; 55 (29/08/80) obrigava a dublagem no país dos filmes para TV; 71 (28/08/81) regulava registro de cinemas; 81 (30/12/81) regulava o uso do ingresso e borderô padronizados; 92 (30/03/83) estabelecia cobrança de meia entrada; 98 (25/11/83) criava reserva de mercado em video, fixada em 25%; 117 (25/01/85) regulava exibição de cinejornais; 136 (24/04/87) regulava etiqueta de controle e obrigatoriedade da copiagem no país de obras em video; 137 (24/04/87) era a regulamentação em vigor da "Lei do Curta"; 154 (05/02/88) obrigava circuitos de cinemas a funcionarem da mesma forma para filmes brasileiros; 156 (25/03/88) regulava a "Lei da Dobra"; 157 (02/05/88) regulava a importação de filmes; 161 (02/05/88) estabelecia sistema de distribuição de quotas entre salas exibidoras para o cumprimento da obrigatoriedade de exibição de filmes brasileiros; 168 (17/11/88) determinava interdição de salas por fraude de bilheteria; 170 (09/12/88) sistematizava normas de proteção ao cinema nacional, fixando multas e critérios de aplicação; 171 (09/12/88) estabelecia normas para o cumprimento da obrigatoriedade de exibição de filmes brasileiros; 173 (09/12/88) transferia do CONCINE para a FCB as atribuições definidas na Res.137 ("Lei do Curta"); 178 (12/01/89) alterava as Res.170 e 171; 180 (30/06/89) atualizava preços de etiquetas de video; 181 (30/06/89) dividia a reserva de mercado em video: 15% para filmes e 10% para videos; 182 (30/06/89) transferia atribuições da EMBRAFILME para o CONCINE; 183 (10/07/89) mudava detalhes da Res.170; 188 (27/10/89) indexava das multas previstas na Res.170; 189 (27/10/89) regulava produção estrangeira no país; 192 (06/12/89) mudava detalhes da Res.171. INTERMINISTERIAL PORTARIA INTERMINISTERIAL No 136-A: Art.1 - Fica aprovado o Relatório da Comissão Mista instituída pela Portaria 371, de 26/06/90, com as seguintes observações: I - Fica recomendado ao Departamento de Comércio Exterior (DECEX) a adoção das providências necessárias para que, no prazo de 60 dias, seja estabelecida gradação tarifária para importação de produtos audiovisuais, tendo sob alíquota zero as matrizes destinadas à reprodução no país e 40% as cópias destinadas à comercialização.

II - Fica recomendado ao BNDES que inclua entre os segmentos financiáveis no Programa de Operações Conjuntas (POC) as produções audiovisuais. Par.único - Na adoção das medidas de que trata o inc.i, deverão ser consideradas as normas contratuais de importação, para definição da base de incidência do imposto, conforme dispõe o relatório conclusivo. Art.2 - Esta Port.entra em vigor na data de publicação. O DECRETO DECRETO No 51: Art.1 - Filme nacional é o produzido por empresa brasileira de capital nacional e aquele resultante de acordos internacionais de co-produção. Par.único - Extinguir-se-á em 31/12/91 a obrigatoriedade de realização, no Brasil, dos serviços técnicos de trilha sonora, revelação, mixagem, transcrição, copiagem e reprodução de filme nacional. Art.2 - Compete às partes interessadas estabelecer, mediante contrato, o pagamento pela exibição do filme nacional de curta metragem. Art. 3 - A autenticação por etiquetagem, que distingue as cópias de videofonogramas de que trata o inc.xi do art.117 da Lei 5988, introduzido pelo art.1 da Lei 6800, é realizado pela SC/PR, por intermédio do seu sistema de emissão e fornecimento de etiquetas de controle, que poderá ser executado mediante convênios ou contratos com órgãos públicos ou entidades públicas ou particulares. Art.4 - Este Dec. entra em vigor na data de publicação. Art.5 - Revoga-se o Decreto No 92488. Legislação citada: A Lei 5988 (14/12/73) é a Lei de Direitos Autorais ainda em vigor no país. Seu art.117 define as atribuições do CNDA (Conselho Nacional de Direito Autoral), originalmente em 8 incisos. A Lei 6800 (25/06/80) acrescentoulhe mais 3, inclusive o XI, sobre a autenticação das etiquetas em cópias de videogramas e fonogramas. O Decreto 92488 (24/03/86) definia filme nacional, exigindo: produção brasileira; falado em português; diretor brasileiro; 2/3 de brasileiros na equipe e elenco; serviços técnicos realizados no Brasil, salvo licença do CONCINE. O PROJETO DE LEI PROJETO DE LEI SOBRE A INDúSTRIA AUDIOVISUAL Art.1 - É livre o exercício das atividades de produção, reprodução, exibição, comercialização, importação e exportação do produto audiovisual. Par.único - Entende-se por produto audiovisual a obra que resulta da fixação de imagens com impressão de movimento, com ou sem som, sincronizado ou não, independente de gênero, espécie, metragem, duração, bitola e formato, bem como do suporte, processo, meio ou sistema de registro. Art.2 - Produto audiovisual brasileiro é o gerado por empresa brasileira de capital nacional e aquele resultante de acordos internacionais de co produção, para o qual será concedido Certificado de Produto Brasileiro (CPB) pela SC/PR. Par.único - O produto audiovisual gerado por ou para empresa de televisão,

enquanto por ela veiculado, permanecerá sujeito à legislação específica, sem prejuízo do disposto na presente Lei, no que couber. Art.3 - O produto audiovisual importado de natureza publicitária será veiculado no país após o processo técnico de adaptação, de acordo com normas estabelecidas pela SC/PR. Par.único - A partir de 01/01/92, não mais será exigido o processo técnico de adaptação de que trata o caput deste artigo para veiculação do produto audiovisual importado de natureza publicitária. Art.4 - As importâncias pagas, creditadas, empregadas, remetidas ou entregues aos produtores, distribuidores ou intermediários no país ou no exterior, como rendimento decorrente da exploração de produto audiovisual estrangeiro no território nacional, ficam sujeitas ao Imposto de Renda de 25% retido na fonte. Par.único - No caso de remessas decorrentes da exploração de produto audiovisual a preço fixo, o imposto de que trata este artigo será devido no ato da internação. Art.5 - Ficam isentos do Imposto de Renda, até 31/12/93, os ganhos de capital decorrentes das transações realizadas em mercados organizados, reconhecidos pela Comissão de Valores Mobiliários, de quotas de participação de prod. audiovisuais. Par.único - O Ministério da Economia expedirá em 60 dias instruções necessárias à execução do disposto neste artigo. Art.6 - O sistema de controle de renda de bilheteria de cinemas e salas exibidoras no país será elaborado, custeado e executado pelos produtores, distribuidores e exibidores de produtos audiovisuais, sob a liderança destes últimos. Par.único - Compete à SC/PR verificar a observância do disposto neste artigo. Art.7 - As cópias de produtos audivosuais em video fonograma destinadas à venda, cessão, empréstimo, permuta, locação ou exibição somente poderão ser comercializadas se contiverem etiqueta de controle de autenticidade, como forma de preservação da inviolabilidade dos direitos autorais. Art.8 - Compete à SC/PR a emissão e fornecimento em todo o território nacional das etiq. de controle de autenticidade de produtos audiovisuais a que se refere o artigo anterior. Par.1 - As etiquetas, que obedecerão a modelo estabelecido pela SC/PR, serão apostas na razão de uma para cada cópia reproduzida e serão dotadas de numeração sequencial, correlata ao número de registro da matriz respectiva. Par.2 - Pela emissão de cada etiqueta, o adquirente pagará a importância de Cr$ 64,00. Par.3 - Observadas as medidas de segurança fiscal, a SC/PR poderá atribuir o preenchimento complementar da etiqueta a entidades privadas. Par.4 - A importância a que se refere o par.2 deste artigo é devida no momento da entrega da etiqueta, cabendo ao Departamento da Receita Federal expedir as instruções para o seu recolhimento a crédito do Tesouro Nacional. Art.9 - Constitui violação de Direito Autoral nos termos do Código Penal a venda, cessão, empréstimo, permuta, locação ou exibição ou qualquer outra forma de comercialização ou utilização pública, por órgão público ou entidade privada, com ou sem fins lucrativos, inclusive em clubes, associações ou similares, de

produtos audiovisuais no suporte de videocassete, videodisco ou qualquer outro que os substitua, no todo ou em parte, sem a etiqueta de que trata o art.7 devidamente aposta em cada cópia. Art.10 - Constitui crime de concorrência desleal de que tratam os arts.169 e 189 do Decreto lei 7903, em vigor por determinação expressa do art.128 da Lei 5772, a venda ou locação de produtos audiovisuais, no suporte de videocassete, videodisco ou qualquer outro que os substitua, no todo ou em parte, sem a etiqueta de que trata o art.7. Art.11 - O produto da receita proveniente da emissão das etiquetas será destinado à execução, pela SC/PR, das atividades previstas nesta Lei. Art.12 - O Executivo regulamentará esta Lei em 60 dias. Art.13 - Esta Lei entra em vigor na data de publicação. Art.14 - Revogam se as Leis Nos 5770, 5848 e 6633; e os Decretos leis Nos 43, 483, 603, 862, 1595, 1741, 1891 e 1900. Legislação citada: Leis e Decretos leis (ainda em vigor) que o Projeto pretende revogar: Lei 5848 (07/12/72) altera detalhes do DL 43; 6633 (28/04/79) obriga as emissoras de TV a exibirem um filme legendado por semana; DL 43 (18/11/66) cria o INC (mais tarde dividido em CONCINE e EMBRAFILME), estabelece a obrigatoriedade de exibição e normas para distribuição de filmes brasileiros, cria o ingresso e borderô padronizados, centraliza a censura a filmes; 483 (03/03/69) obriga os cinejornais a exibirem "assuntos de interesse educativo" fornecidos pela Assessoria da Presidencia da República; 603 (30/05/69) altera detalhes do DL 43; 862 (12/09/69) cria a EMBRAFILME e obriga os distribuidores de filmes estrangeiros a depositarem 40% do Imposto de Renda devido em favor da estatal; 1595 (22/12/77) aumenta a obrigação prevista no DL 862 para 70%; 1741 (27/12/79) fixa em 25% a alíquota do Imposto de Renda sobre a Remessa de Lucros (IRRL) dos distribuidores de filmes estrangeiros; 1891 (15/12/81) legislação atualmente em vigor sobre ingresso e borderô padronizados, fixando o produto de sua venda como receita da EMBRAFILME; 1900 (21/12/81) estabelece abrangência, valores e forma de pagamento da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (CDICN). Nota: Não está proposta no Projeto a revogação da Lei 6281 (09/12/75), que amplia as atribuições da EMBRAFILME, arrola entre suas receitas a CDICN, o IRRL, o ingresso e borderô padronizados, e, no art.13, cria a "Lei do Curta".