CARTA DE FORTALEZA-CE



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Transcrição:

CARTA DE FORTALEZA-CE O 18º Congresso Nacional do Vestuário e Calçado do Plano da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), por intermédio do Departamento Profissional do Vestuário da Confederação dos Trabalhadores na Indústria (DEPAVEST), foi realizado nos dias 24 e 25 de maio de 2012, em Fortaleza-CE. Participaram 319 delegados de 117 sindicatos filiados e 20 federações pertencentes a 22 estados brasileiros. O congresso foi coordenado pelo presidente do DEPAVEST, Raimundo Lopes Junior. Os esforços em conjunto, as propostas discutidas durante o evento e a Carta de Fortaleza-CE foram construídas, e aprovadas em plenário, como resultado de um trabalho coletivo, propiciado por todos os representantes sindicais. Tal momento traduz as preocupações, necessidades, anseios e perspectivas do setor do vestuário e calçado no Brasil e que tais propostas sejam norteadoras da luta que garante os direitos da classe trabalhadora, sem medir esforços e que as resoluções aprovadas sejam concretizadas. Tais discussões propiciaram a elaboração e aprovação da Carta de Fortaleza-CE, a qual será encaminhada para todas as entidades participantes e lida na abertura do próximo congresso, a ser realizado em 2014, em Brasília. Os temas debatidos no evento foram: estrutura sindical brasileira; saúde do trabalhador; mulher, igualdade de gênero e raça; previdência social; a inserção da juventude na organização sindical, qualificação e requalificação profissional e conjuntura política e econômica do setor de vestuário e calçado. Seguem os temas debatidos no congresso: 5

Estrutura Sindical Brasileira. Neste tema, a Convenção nº 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), provocou discussões em torno dos modelos da unicidade ou da pluralidade dos sindicatos. Apesar da campanha realizada nacionalmente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para que a Convenção nº 87 seja ratificada pelo governo federal, ressalta-se que a Constituição Brasileira, em seu artigo 8º, estabelece o modelo do sindicato único por categoria profissional. As trabalhadoras e os trabalhadores reafirmaram o seu posicionamento a favor da manutenção da unicidade sindical, assim como da contribuição compulsória dos trabalhadores, com o objetivo de manter a força de luta das categorias profissionais. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foi criticado, pois os trabalhadores pedem atuação frente às denúncias de precarização do trabalho, e preocupam-se em atrair os trabalhadores mais jovens para a luta sindical. Deliberações aprovadas. 1. Lutar junto às entidades sindicais por um piso salarial nacional para os trabalhadores nas indústrias de vestuário e calçado, para assegurar que, a despeito dos diferentes incentivos fiscais oferecidos pelos estados, os trabalhadores, que realizam a mesma função, sejam remunerados igualmente e com as mesmas condições de trabalho; 2. Fazer gestão junto ao Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) para a imediata convocação de concursados para auditores fiscais, com o objetivo de garantir responsabilidade e fiscalização das denúncias de más condições de trabalho e precarização do trabalhador; 6

3. Incentivar parcerias entre as entidades sindicais e o MTE para a oferta de programas de qualificação, para os trabalhadores que buscam a inserção no mercado de trabalho do setor de vestuário e de calçados, e de requalificação para os trabalhadores já inseridos; 4. Pressionar o governo federal para a criação de linhas de crédito específicas para o setor de calçado e vestuário, para facilitar a compra de máquinas de costura e de equipamentos; 5. Acompanhamento e participação no Plano Brasil Maior; 6. Fortalecer o movimento sindical, federações e centrais através de campanhas nacionais que possam aliar o trabalhador ao sindicato através da filiação, no intuito de realinhar uma confiança entre o sindicato e trabalhador; 7. A favor da manutenção da unicidade sindical, contribuição compulsória e estabilidade plena dos eleitos pelo voto; 8. Requisitar a realização de audiências públicas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal sobre unicidade sindical, contribuição compulsória e estabilidade plena dos dirigentes sindicais; 9. Organizar encontro nacional em Brasília de mobilização contrária à Convenção 87 da OIT em defesa da unicidade sindical, da contribuição compulsória e da estabilidade plena dos dirigentes sindicais; 10. Nota de repúdio feita pela CNTI contra a interferência do Ministério Público do Trabalho, por motivo de sua fiscalização que desfavorece o trabalhador. As auditorias de alguns promotores estão pedindo que sejam devolvidas verbas de cinco anos atrás; 11. Trabalhar no sentido de extinguir a taxa cobrada pela Caixa Econômica Federal para recolhimento e distribuição da contribuição sindical; 12. Empreender ação efetiva junto ao Ministério Público do Trabalho para denunciar práticas empresariais que privam a liberdade sindical; 13. Repúdio às cartas sindicais que tramitam no Ministério do Trabalho e Emprego; 7

14. Garantir a rotatividade dos cargos de diretores, evitando a sobrecarga de trabalho de um único dirigente e democratizando o acesso aos cargos em todos os graus; 15. Informar constantemente ao trabalhador a respeito de medidas, conquistas, lutas e campanhas por meio de jornais etc; 16. Os sindicatos devem promover formação e capacitação para os trabalhadores de base sobre o movimento sindical; 17. Realizar, com apoio de institutos e universidades, uma pesquisa dentro das empresas sobre a visão dos trabalhadores em relação aos sindicatos, visando elaborar estratégias de inovação da imagem sindical. Saúde do Trabalhador. O grupo de debate Saúde do Trabalhador, a partir de uma preocupação sobre a qualidade de vida dos trabalhadores na atualidade, pensou em algumas possibilidades de mudanças na política sindical, condição trabalhista e precariedade no ambiente de trabalho. Destacou os principais problemas: ergonomia, segurança no trabalho, assédio moral, reconhecimento de doenças psicológicas, uso de drogas e a construção de novas relações com médicos e peritos. Estes formaram a base das principais reivindicações pelos representantes sindicais. A necessidade de avaliar estes aspectos nos norteia a perceber as dinâmicas no mundo do trabalhador. Sugestões, encaminhamentos e reivindicações pretendem inovar as relações entre sindicato, trabalhadores, patrões e Governo. O interesse dos grupos e suas propostas buscam promover uma cultura de saúde, qualidade e bem-estar à vida do trabalhador. 8

Os encaminhamentos que dimensionaram a importância de renovar a forma de pensar a saúde do trabalhador seguem abaixo: 1. Garantir a presença de um representante do sindicato na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPAs). O integrante sindical deve receber formação específica que corresponda às exigências do exercício desta função. 2. Equilibrar entre os integrantes das CIPAs, a participação dos representantes eleitos pelos trabalhadores e pelo patronato. 3. Estabelecer que as fábricas e empresas divulguem para os sindicatos, informações sobre campanhas e eleições das CIPAs. 4. Elaborar cadastros nos sindicatos para coletar informações sobre a situação da saúde do trabalhador nas empresas e fábricas. 5. Estabelecer que as CIPAs produzam relatório mensal, divulgando as ocorrências de acidentes dos trabalhadores aos sindicatos. Esse compromisso deve ser estimulado para que se torne lei. 6. Orientar os trabalhadores sobre os processos de preenchimento e procedimento dos documentos da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). 7. Elaborar um documento oficial que reconheça e legitime o acidente no ambiente de trabalho, o registro deve ser reconhecido por médicos e peritos, garantindo acesso ao auxílio saúde do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 8. Erradicar as práticas de assédio moral no que diz respeito ao atendimento médico e perito, estabelecendo o auxílio de acompanhantes do sindicato, advogado e da família do operário, garantindo testemunhas e direitos aos trabalhadores acidentados nas fábricas e empresas. 9. Garantir a obrigatoriedade do exame dimensional, agregando diretamente as avaliações e resultados dos exames médico periódico. 9

10. Reivindicar na câmara federal e Senado, que a seguridade do auxílio saúde atenda as novas versões das doenças causadas pelo ambiente de trabalho, resultando no combate a negligencia de médicos e peritos ao identificar e protocolar as doenças do trabalho nos atestados garantidos pelo INSS. 11. Reivindicar o reconhecimento das doenças psíquicas decorrentes das condições inapropriadas de trabalho, a identificação e tratamento devem partir das avaliações dos médicos e peritos do INSS especialistas em doenças psíquicas. 12. Tratar a dependência química como questão de saúde do trabalhador. 13. Promover dentro das empresas e fábricas, campanhas de informação e combate ao uso de drogas. 14. Pressionar para que seja alterada a legislação referente ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), estimulando a criação de incentivos fiscais para a equiparação das pequenas as grandes empresas. 15. Garantir apoio e acompanhamento dos dirigentes sindicais na fiscalização das denúncias dos trabalhadores em relação às más condições de trabalho e infraestrutura, além da avaliação na organização ergonômica nos diversos setores das fábricas e empresas. 16. Incentivar parcerias com as universidades para a condução de pesquisas sobre a saúde do trabalhador nas indústrias, para que as demandas trabalhistas sejam fundamentadas em dados atuais e no conhecimento científico. 17. Coibir metas grupais nas empresas e fábricas que desqualifiquem trabalhadores nesse sistema de competição, sendo preciso desenvolver capacitações que incentivem o nivelamento dos trabalhadores nos diversos setores da produção. 18. Ampliar a política ergonômica e seus objetivos básicos na infraestrutura do ambiente de trabalho. 10

19. Organizar, em cada estado, o dia internacional de lutas MOVIDA por melhores condições de trabalho, priorizando a realização de eventos nas Assembleias Legislativas. 20. Requerer a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos peritos e médicos, para que os profissionais compreendam e atendam aos novos aspectos no campo da saúde do trabalhador, beneficiando os direitos dos operários e não os interesses dos empresários. 21. Fazer gestão junto ao Governo Federal, a fim de reverter parte do orçamento do Sistema S para a saúde dos trabalhadores. 22. Retomar a luta pela redução da jornada de trabalho, de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salários. 23. Combater a contratação de trabalhadores informais e terceirizados por parte das indústrias que não obedecem aos princípios mínimos das leis trabalhistas, que precarizam as condições de trabalho e tentam suprimir direitos dos trabalhadores. 24. Aumentar a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego nas fábricas e empresas para que os direitos trabalhistas não sejam negligenciados pela força patronal. 25. Exigir que as empresas, que migram de uma região para a outra, informem ao sindicato local sobre a saída da empresa, e que no local de destino, se adéqüem às condições de trabalho consideradas seguras. 26. Criar um fórum em defesa da saúde do trabalhador da FEPMAT (Federação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente do Trabalho) por meio de federações e sindicatos. 27. Pedir a revogação da Portaria 186. 28. Aderir nacionalmente ao dia 28 de Abril como Dia da Saúde do Trabalhador. 11

Mulher, Igualdade de Gênero e Raça. Com relação a essa temática, a partir da percepção de que as mulheres, principalmente as negras, possuem um menor rendimento econômico, assim como são mais expostas a doenças adquiridas no trabalho, e em geral ocupam cargos de menor importância nos sindicatos, apesar de ser maioria nas fábricas, ficou clara a necessidade de haver igualdade de remuneração, sem discriminação por sexo ou raça. Nenhum outro tipo de discriminação deve ser aceito no ambiente de trabalho. E partir daí, as trabalhadoras reafirmaram a luta para combater as diferenças salariais, o assédio moral e sexual, assim como a falta de representatividade das mulheres nos sindicatos. 1. Atuar junto aos órgãos cabíveis para a divulgação de um documento comum, já existente, que contém diretrizes que auxilia a trabalhadora e o trabalhador a identificar o assédio moral e sexual, em ambiente de trabalho. 2. Garantir a participação do maior número possível de mulheres nas diretorias dos sindicatos, federações e confederações, bem como garantir maior participação de mulheres nos congressos sindicais. 3. Atuar para que a Secretaria da Mulher, as federações, confederações e centrais sindicais ofereçam formação e capacitação específicas para as trabalhadoras sobre política sindical, políticas públicas de saúde e outros temas relacionados à atuação sindical; 4. Qualificação profissional específica para as mulheres, para que possam permanecer em seu posto de trabalho e, também, possam mudar de função ou de ofício. 12

5. Mobilização nacional, partindo dos sindicatos, motivando a erradicação do preconceito de raça, combate à violência contra a mulher, igualdade de salários, independente de gênero ou raça e maior participação das mulheres nos poderes. 6. Cobrar, pressionar para que seja aprovada a PEC 30/2007, que amplia a licença à gestante para 180 dias. 7. Cobrar para que as creches funcionem o ano inteiro, não fechando nas férias, e que funcionem em horários compatíveis com o horário do trabalhador. 8. Sugerir que a CNTI e as federações produzam vídeos com palestras para serem utilizadas na conscientização dos trabalhadores. 9. Buscar a contribuição nas universidades e escolas técnicas para a realização de pesquisas e palestras sobre gênero e igualdade de raça. 10. Sensibilização do movimento sindical pela aprovação do projeto de lei da igualdade (PL 4857/2009), em tramite no Congresso Nacional, com abrangência da CIPI (Comissão Interna de Promoção da Igualdade) e CERAD (Cadastro de Empresas de Atos Discriminatórios). 11. Aprovar, nas convenções coletivas de trabalho, mecanismos de fiscalização sobre as cotas e a igualdade de remuneração. 12. Integrar as questões políticas sindicais também nas famílias dos trabalhadores. 13. Garantir que a Lei Maria da Penha seja cumprida em todas as esferas - municípios, estados e união. 14. Introduzir cláusulas nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) nas questões relacionadas ao gênero. 13

15. Mobilizar apoio à aprovação do PL 6653/2009, que cria mecanismos para garantir a igualdade entre mulheres e homens, para coibir práticas discriminatórias nas relações de trabalho urbano e rural, bem como no âmbito de entes de direito público externo, das empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias. Como também para o PL 4857/2009, que cria mecanismos visando coibir e prevenir a discriminação contra a mulher, garantindo as mesmas oportunidades de acesso e vencimentos. Previdência Social. Em um momento de suas vidas, todas as trabalhadoras e trabalhadores devem pensar na sua aposentadoria. Haverá um tempo em que suas forças físicas não mais os possibilitarão de continuar a exercer a profissão. Pensando na importância do tema, a CNTI discutiu questões importantes sobre a Previdência Social. Temas como fator previdenciário, valor da aposentadoria, déficit previdenciário e mobilização dos trabalhadores ganharam destaque nos debates. Várias propostas sobre a Previdência Social tramitam no Congresso Nacional, porém é preciso garantir que o trabalhador não saia perdendo em nenhuma delas. No diálogo sobre a previdência, é preciso que haja um acordo entre as centrais sindicais, governo e parlamentares. Para que isso aconteça, a CNTI apresenta as seguintes proposições: 1. Campanha de esclarecimento e publicação de cartilha sobre o fator previdenciário, com o objetivo de chamar o trabalhador para uma maior participação nas lutas e mobilizações. 14

2. Realizar manifestações no Congresso Nacional, e em outros espaços públicos, pelo fim do fator previdenciário. Uma proposta seria fazer uma manifestação em Brasília, com cada Federação mandando 5 dirigentes sindicais com intenção de pressionar em torno do projeto de lei da extinção do fator previdenciário. 3. Fazer um seminário específico para explicar o funcionamento da Previdência Social ao trabalhador. 4. A CNTI, os sindicatos e as confederações devem veicular em seus meios de comunicação os deputados que votam a favor do trabalhador e aqueles que votam contra no Congresso Nacional e nas assembleias estaduais. 5. Convidar os representantes de bancadas, que apoiam os trabalhadores, para participar nas reuniões sindicais, para que conheçam as suas demandas. 6. Manter o trabalho de discussão dentro dos sindicatos sobre os desafios à previdência social e sobre o projeto do Senador Paulo Paim. 7. Assegurar que os médicos peritos sejam obrigatoriamente especialistas no problema de saúde enfrentado pelo trabalhador requerente. 8. Assegurar a obrigatoriedade das perícias e garantias de remuneração aos trabalhadores em licença médica. 9. Em casos de disputa sobre o laudo final de médicos do INSS e da indústria, o trabalhador também possa acionar a justiça civil contra a empresa, apelando por uma determinação mais ágil, justificando que o salário é a garantia de alimentação de sua família. 10. Desconto previdenciário que ocorre na folha de pagamento do trabalhador aposentado seja recalculado para agregar valor a sua aposentadoria. 15

11. As entidades sindicais devem iniciar um movimento para que se derrube o mito de que o sistema público de previdência seja deficitário e que haja esclarecimento sobre as reais condições financeiras de arrecadação e concessão de benefícios. 12. Criar ações que combatam a falta de respeito aos trabalhadores, em face da ausência de profissionais médicos nos postos de saúde. 13. Os sindicatos devem promover parcerias com escolas de psicologia para realizar acompanhamentos aos trabalhadores no ambiente de trabalho e no momento das perícias médicas do INSS. 14. Cobrar das empresas o pagamento de funcionários que são considerados aptos, ou seja, garantir o pagamento de salários dos funcionários conhecidos como pingue-pongue. 15. Sugerir que a CNTI mantenha um canal de informação mais direto com os sindicatos, para que os mesmos sejam informados de como fazer parte dos conselhos nacionais. 16. Sugerir que a CNTI cobre a disponibilização do extrato da contribuição previdenciária do trabalhador, facilitando o acesso do mesmo à informação. 17. Maior fiscalização no cadastramento previdenciário e um controle efetivo durante o período do trabalhador ativo neste cadastro. Reforçar os mecanismos que fiscalizam o empresário e o próprio INSS. 18. Criar órgãos nos sindicatos que tenham, em arquivo, dados sobre a contribuição dos trabalhadores. 16

19. Os sindicatos, ao tomarem conhecimento que determinadas empresas não estão contribuindo regularmente com o INSS, devem notificar os órgãos competentes, especialmente ao Ministério Público do Trabalho, para que tome providências em relação àquela empresa. 20. Os sindicatos devem exigir o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) no momento da rescisão contratual. A Inserção da Juventude na Organização Sindical, Qualificação e Requalificação Profissional. As discussões sobre a juventude no evento demonstrou uma nítida preocupação com a falta de participação dos jovens no movimento sindical. É importante considerar as várias maneiras de viver a juventude e os diferentes tipos de jovens, portanto, conhecer o perfil do jovem trabalhador, por meio de suas opiniões e necessidades, é fundamental para promover uma maior interação entre o jovem e o sindicato. As propostas foram pensadas com o objetivo de criar estratégias que sejam atraentes para integrar o jovem trabalhador ao movimento sindical, atentando para uma linguagem e meios de comunicação acessíveis, promovendo uma formação e divulgando informações, além de incentivar atividades esportivas e culturais. Tais propostas, que foram elaboradas e aprovadas, são as seguintes: 1. Estimular e promover encontros regionais, estaduais e nacionais, da juventude operária, elaborando uma programação cultural, esportiva e política, com uma linguagem que desperte a atenção da juventude. 17

2. Criar e implantar um programa de capacitação e formação politico-sindical que os jovens possam representar seus respectivos sindicatos no encontro, para nacional da juventude, promovido pelo CNTI. 3. Promover discussões, por meio da CNTI, sobre a imagem dos sindicatos na sociedade, com o objetivo de criar estratégias para atrair e mobilizar os jovens trabalhadores para o sindicato, uma vez que a renovação sindical desponta como um desafio. 4. Promover um concurso nacional de redação com o tema: A inserção do jovem e a luta no movimento sindical. Na primeira etapa, o sindicato elege dois jovens (um homem e uma mulher) e as etapas serão divididas em níveis de sindicato, federação e confederação. O critério avaliativo será o conteúdo politico e não o gramatical. O prêmio será um notebook para cada vencedor. 5. As instituições sindicais devem atuar nas redes sociais dialogando com as mídias e equipamentos de comunicação utilizados pelos jovens. 6. O movimento Sindical (CNTI, central, sindicato e federação) deve criar um sistema e mecanismo de formação gratuita ou de preço acessível para a formação dos jovens e trabalhadores. O Sistema 4S (SESI/SENAI/SESC/SENAC) já não disponibiliza cursos profissionalizantes de S preço acessível aos trabalhadores e seus filhos. 7. Garantir que o Sistema 4S (SESI/SENAI/SESC/SENAC) seja tripartite e estendida à participação aos filhos dos trabalhadores. 8. Fortalecer o PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) ampliando para todos os estados da federação. 9. Facilitar o acesso ao PRONATEC e FAT (Programa de Amparo ao Trabalhador), e que sejam discutidos, junto aos trabalhadores, uma revisão nos critérios de acesso dos alunos, adequado a cada realidade local. 18

10. Dinamizar o diálogo social com a juventude para que esta participe do sindicato, em todas as instâncias, bem como na elaboração de eventos (congressos, seminários, conferências). 11. Criar Secretarias da Juventude nos sindicatos e departamentos de formação nas federações, com uma rubrica orçamentária própria. 12. Incluir jovens na formação de chapas de diretoria das entidades para que eles ingressem na vida sindical e, dessa maneira, como forma de renovar as administrações sindicais, sempre aproveitando e respeitando os companheiros e companheiras mais experientes. 13. Sugerir um projeto de lei para que trabalhadores jovens possam se ausentar do trabalho para participar de atividades sindicais, sem perda do seu vencimento. 14. Que na negociação dos acordos coletivos seja exigida dos patrões, uma contribuição para os encontros da juventude trabalhadora, por meio de investimentos em educação para esse segmento. 15. Que nas assembleias locais dos sindicatos tenha um local apropriado, em que as mães trabalhadoras possam deixar os seus filhos sob os cuidados de profissionais especializados. 16. Desenvolver um programa que tenha como objetivo sensibilizar os jovens que estão nas universidades e no final do ensino médio para a importância da participação sindical. 17. Buscar espaços junto às universidades para desenvolver pesquisas sobre o ambiente de trabalho em que o jovem atuará e, assim, além de informar ao jovem sobre o seu futuro local de trabalho, fornecer dados para os sindicatos. 18. Que os dirigentes sindicais sejam formadores de opinião estando presente em escolas e faculdades, proferindo palestras sobre a realidade do mercado de trabalho e a importância da participação sindical. 19. Que o movimento sindical esteja inserido nas instâncias participativas do poder público. 19

20. Pressionar o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas para que seja inserido nos currículos escolares e nas faculdades temáticas referentes à realidade sindical e o mercado de trabalho. Conjuntura Política e Econômica do Setor de Vestuário e Calçado. O grupo de debate Conjuntura Política e Econômica amplia discussões atuais sobre as problemáticas enfrentadas pelas transformações no setor industrial. A necessidade de reformular as articulações políticas e econômicas passa pela interação dos desafios que leva cada órgão responsável a repensar seus papeis e atuações. O nível de mediação percorre pelas vias das indústrias nacionais e internacionais, tendo como foco principal: o fim das guerras fiscais, o não incentivo ao trabalho escravo, a sub-taxação de produtos importados, a proteção da indústria nacional, o efeito reverso da migração das indústrias nacionais para exploração da mão-de-obra em países com realidade de trabalho escravo. Essas formaram a base da criação de estratégias e ações que consideram aspectos na reorganização do modo de pensar o setor econômico e político sob questão. A transformação será possível com forte atuação do poder público, sindicatos e setores econômicos, unidos em diferentes níveis de articulação. O compromisso parte dos encaminhamentos abaixo: 1. Exigir que as empresas, que contratam mão de obra terceirizada, ofereçam espaço e condições de trabalho decente. 2. Exigir que as empresas contratantes de serviços terceirizados apliquem o uso do CCT ou do ACT nos empregados terceirizados, quando a empresa que presta o serviço não os cumprem. 3. Repúdio ao projeto de lei do Deputado Federal Sandro Mabel que visa flexibilizar as regras de terceirização. 20

4. Criação de um selo social que identificaria a procedência de um produto produzido em países que respeitam a legislação trabalhista e previdenciária mínimas exigidas pelos países membros da OIT. 5. Fortalecimento e criação de barreiras comerciais à importação de produtos fabricados em países de intensa exploração da mão de obra. 6. Condicionamento da concessão de incentivos fiscais a criação e manutenção de empregos. 7. O sindicato deve se reunir em torno de uma conjuntura nacional de combate a guerra fiscal, incentivando os poderes públicos a efetuarem uma cobrança mais eficaz. 8. Garantir que quando uma empresa migre para outra região, o pagamento dos salários dos trabalhadores sejam o mesmo da região remanescente. 9. O sindicato deve exigir que as migrações das empresas acompanhem o desenvolvimento local com pagamentos dignos e condições adequadas de trabalho. 10. Exigir que as empresas, que se estabeleçam nos estados, cumpram as convenções coletivas ou acordos coletivos de trabalho. 11. Que os sindicatos se associem ao DIEESE, DIAP e DIESAT, para que tenham conhecimentos de dados estatísticos diante da negociação com os patrões. 12. Estabelecer nas convenções coletivas de trabalho a prioridade e critérios com relação à unificação de pauta e base de dados. Como estrategia de unificação nacional, em cada estado, os sindicatos devem partir de uma pauta única com direcionamentos e parâmetros mínimos, que cumpra efeito de unificação. 13. Lutar para que tenhamos uma política econômica em que as empresas, vindas de outros estados, ao se instalarem em um estado, desenvolvam contrapartidas em relação à criação de empregos e compra de produtos locais. 21

14. Sensibilizar o governo federal para atuar frente aos prejuízos provocados à indústria brasileira na competição com produtos importados de preço mais barato, pois a concorrência internacional se faz de forma bastante desigual com relação ao trabalho decente. 15. Envolver os deputados federais e estaduais nas discussões sobre a guerra fiscal entre os estados, que provoca a desindustrialização de estados de tradição sindicalista, em detrimento de outros onde se paga menos pela mão de obra. Evita-se, dessa forma, que o foco de atuação sindical se dê apenas em Brasília. 16. Promover discussões com políticos locais sobre a sub-taxação de produtos importados com vistas a proteger a indústria nacional a partir de cada estado. 17. Questionar as regras de financiamento e de incentivos fiscais oferecidos por bancos públicos, tais como o BNDES e BNB, que acabam por estimular a migração das indústrias dentro do território nacional, e propor maneiras de fiscalizar o uso dos recursos públicos para coibir a saída de empresas do território nacional. Fortaleza-CE, 25 de maio de 2012. José Calixto Ramos Presidente da CNTI Raimundo Lopes Junior Presidente do DEPAVEST 22

Realização Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria CNTI Comissão Organizadora Antônio Gerardo Moura Arilo Araújo Fabiana Barros Fernando Matos João Miguel Diógenes Jonas Cruz José Sérgio Martins Josenias Falcão Maria do Socorro Macedo Matos Maximiana da Silva Costa Tiago Araújo 23