Demonstrações Financeiras. 30 de junho de 2015 e 2014 com Relatório dos Auditores Independentes



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Transcrição:

Demonstrações Financeiras 30 de junho de 2015 e 2014 com Relatório dos Auditores Independentes

Índice Relatório da Administração... 1 Relatório dos Auditores Independentes sobre Demonstrações Financeiras........ 4 Demonstrações Financeiras Balanços Patrimoniais... 6 Demonstrações do Resultado... 8 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido... 9 Demonstrações dos Fluxos de Caixa - Método Indireto...... 10 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras... 11 0

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Em 30 de junho de 2015 e 2014 Apresentamos as Demonstrações Financeiras do Banif Banco de Investimento (Brasil), S.A., elaboradas na forma da legislação societária, normas de contabilidade e legislação bancária aplicáveis às Instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, relativas ao semestre encerrado em 30/06/2015, acompanhadas das Notas Explicativas e do parecer da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. CONJUNTURA ECONÔMICA O cenário internacional encontra-se marcado por acentuadas assimetrias entre as perspectivas de crescimento nas diferentes economias. Com efeito, se nos Estados Unidos, na esteira da melhoria dos indicadores de produção, discute-se - pela primeira vez após quase uma década - a oportunidade de um possível aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve, na outrora pujante China as autoridades promoveram recentemente medidas como a desvalorização do yuan, reduções nas taxas de juros, diminuição dos compulsórios e emissão de sinais de incentivo ao mercado acionário, demonstrando uma forte preocupação com o arrefecimento econômico que tem se acentuado nos últimos anos. A Europa e o Japão, por seu lado, apresentam obstáculos estruturais para sustentar o almejado crescimento em suas economias, enquanto os países emergentes, de maneira geral, atravessam momento de fraco crescimento, no difícil processo de transição de um período em que foram beneficiados por crédito abundante e elevada demanda global por commodities, para um novo cenário, com menores perspectivas de crescimento em nível mundial. No Brasil, além dos efeitos da situação econômica global, o quadro econômico é também impactado em função da prolongada crise política instalada, que se intensifica em função das tensões provocadas pelo andamento das investigações da Operação Lava-Jato. As incertezas no quadro político, o enfraquecimento adicional da demanda doméstica e os baixos níveis de confiança dos empresários tornam o quadro mais difícil neste ano, e não sugerem uma recuperação dos investimentos no curto prazo. O consumo, por seu turno, reage negativamente à piora dos indicadores de renda, crédito e emprego. No segundo trimestre de 2015 o desemprego no Brasil subiu a 8,3%, configurando-se na maior taxa da série histórica Pnad do IBGE, representando a perda de 494 mil empregos com carteira assinada no período de janeiro a julho. No segundo trimestre de 2015, houve queda de 2,6% no PIB, se comparado com o período homólogo no ano anterior. A expectativa entre economistas do mercado financeiro é de uma queda de 2 % para o PIB em 2015. E a inflação também preocupa: no acumulado de 12 meses encerrado em julho os preços subiram 9,56% - se medidos pelo IPCA, índice oficial - e a previsão do mercado financeiro é de uma variação superior a 9% em 2015. Este poderia ser o primeiro ano com inflação superior ao teto da meta estabelecida pelo CMN (6,5%), algo que não acontece desde 2.003. Assim, a economia do País está convivendo com queda na produção, desemprego, inflação e recessão. 1

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Em 30 de junho de 2015 e 2014 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Dados do Banco Central do Brasil revelam que a expansão do volume de crédito do sistema financeiro nacional, de Junho/2014 a Junho/2015, foi de 9,8%, abaixo da tendência dos últimos exercícios, atingindo o montante de R$ 3,1 trilhões, dos quais R$ 1,5 trilhão com pessoas físicas e R$ 1,6 trilhão com pessoas jurídicas. A relação crédito/pib passou de 52,8% em Junho/2014 para 54,5% em Junho/2015. BANIF BRASIL O Banif Brasil, no País desde 1998, com sua sede localizada na cidade de São Paulo - SP mantém estruturas de bancos Comercial e de Investimento, cujas operações se encontram integradas desde o primeiro semestre de 2013. O Banco Comercial atua nos segmentos de empresas, pessoas físicas e investidores institucionais, com focos, em especial, no middle market, affluents e clientes de alta renda, ofertando produtos de crédito, comércio exterior, tesouraria, operações estruturadas, câmbio e de captação em geral (depósitos e investimentos). No Banco de Investimento destacam-se negócios das áreas de Mercado de Capitais, Fusões e Aquisições, Corporate Finance e Securitizações, com reputação consolidada na estruturação e distribuição de operações através de diversos instrumentos, tais como CRI, FII, FIP e Debêntures. A atuação do Grupo Banif no Brasil no ano de 2013 foi caracterizada por um amplo processo de reestruturação, com foco na racionalização da estrutura organizacional, na busca de uma maior eficiência operacional em negócios nos segmentos-alvo de mercado, além da continuidade do processo de desinvestimento em segmentos descontinuados. Em 2014 e no primeiro semestre de 2015, foram realizados novos ajustes na estrutura organizacional, com adoção de medidas que buscaram aprimorar ainda mais a eficiência em todas as áreas da Instituição, sem qualquer prejuízo à qualidade dos serviços, com o que se totaliza uma redução de 50% do custo administrativo recorrente, desde a posse da nova administração, em Setembro de 2012. O Ativo Líquido Consolidado no período de junho de 2014 a junho de 2015 diminuiu de R$ 1.142 milhões para R$ 1.015 milhões, como reflexo, entre outros, da redução das Operações de Crédito, que passaram de R$ 698 milhões para R$ 420 milhões em linha com o objetivo de desalavancagem do Balanço, com reflexos positivos no rácio de transformação (loan to deposit ratio), que se situou, em 30 de junho de 2015, em 0,61, que compara com 0,98 no período homólogo. Do lado do Passivo, o Banco seguiu a sua estratégia de redução do cost of funding (CoF), por via, em especial, da redução dos passivos mais onerosos (DPGE), enquanto os Depósitos de Clientes mantiveram sua tendência de crescimento observado no exercício de 2014, passando de R$ 211,6 milhões, em junho/2014, para R$ 256,5 milhões em junho/2015, com os Depósitos Totais a situarem-se em R$ 723,3 milhões, em junho de 2015, contra R$ 744,6 milhões, no período homólogo. 2

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Em 30 de junho de 2015 e 2014 De destacar ainda o fechamento de operação de securitização de parte significativa da carteira de crédito do Banco (incluindo operações em balanço e written off), no montante total (valor de face) de R$ 564,0 milhões e net accounting value de R$ 178,5 milhões, que permitiu concluir a reestruturação de balanço e segregar os portfolios legacy remanescentes do Banif Brasil. Tratou-se de operação relevante no processo de reestruturação do Banco iniciado em Setembro de 2012, abrangendo um portfolio de direitos creditórios de diversas categorias, com ênfase em NPL. A liquidação da Operação em questão teve início em 01/07/2015, com importantes reflexos na: i) geração de liquidez; ii) redução no CoF; iii) melhoria no equilíbrio entre ativos rentáveis e passivos onerosos; iv) geração de relevante resultado contábil (P&L); v) eliminação de riscos contingentes potenciais; e vi) redução de despesas do Banif inerentes à gestão, acompanhamento e recuperação da carteira objeto da securitização. Os impactos da operação de securitização acima referida, a serem reconhecidos em balanço no terceiro trimestre, permitirão, ainda, o realinhamento do resultado do exercício com o Business Plan. O Patrimônio Líquido Consolidado do Banco registrou, ao final do 1º Semestre de 2015, o valor de R$ 161,9 milhões, com o Índice de Basiléia, no consolidado do Grupo Banif no Brasil, a registrar 14,48%. Em atenção ao disposto no artigo 8º da Circular nº. 3.068 de 08 de novembro de 2001, do Banco Central do Brasil, a Administração declara que o Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. possui capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria Títulos Mantidos até o Vencimento. 3

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 30 de junho de 2015 e 2014 Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos Administradores e Acionistas Banif Banco de Investimento (Brasil) S.A. Examinamos as demonstrações financeiras individuais do Banif Banco de Investimento (Brasil) S.A. ("Instituição") que compreendem o balanço patrimonial em 30 de junho de 2015 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o semestre findo nessa data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Instituição é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações financeiras da Instituição para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da Instituição. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva. 4

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Base para opinião com ressalva Conforme mencionado na nota explicativa 5 (a), o saldo comparativo do ativo em 30 de junho de 2014, referente ao investimento no Real Estate Brasil FIP ("FIP") no montante de R$ 54.013 mil, estava registrado pelo valor da cota divulgado pelo administrador e não representava a avaliação a valor de mercado dos investimentos detidos pelo FIP, conforme requerido Circular no. 3.068/01 do Banco Central do Brasil, para os títulos e valores mobiliários classificados como títulos para negociação. Adicionalmente, para aquela data-base, não obtivemos acesso às informações financeiras dos investimentos mantidos pelo FIP ou ao relatório dos auditores independentes sobre as últimas demonstrações financeiras do FIP que pudessem comprovar a sua posição patrimonial e financeira. Consequentemente, não foi possível determinar a eventual necessidade de algum ajuste nas demonstrações financeiras da Instituição em 30 de junho de 2014, relacionado com este investimento, caso as referidas evidências de auditoria tivessem sido obtidas. Todavia, a partir do segundo semestre de 2014 o conjunto de ativos imobiliários detido pelo FIP passou a ser avaliado por empresa especializada independente e o resultado dessa avaliação reconhecido como provisão nas demonstrações financeiras da Instituição, de forma a ajustar o investimento ao valor de avaliação apurado. Este assunto não produziu impactos no patrimônio líquido e resultado do semestre findo em 30 de junho de 2015. Opinião com ressalva Em nossa opinião, exceto pelos possíveis efeitos do assunto descrito no parágrafo "Base para opinião com ressalva", as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banif Banco de Investimento (Brasil) S.A. em 30 de junho de 2015 o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. São Paulo, 29 de agosto de 2015 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0 5

BALANÇOS PATRIMONIAIS Em 30 de junho de 2015 e 2014 2015 2014 Ativo Circulante 129.457 221.821 Disponibilidades 107 68 Aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 4) 56.987 2.011 Aplicações no mercado aberto 56.987 - Aplicações em depósitos interfinanceiros - 2.011 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (Nota 5) 48.407 178.836 Carteira própria 48.407 136.716 Vinculados a operações compromissadas - 42.120 Operações de crédito (Nota 6) 6.752 16.488 Setor privado 8.811 18.750 ( - ) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Nota 6e) (2.059) (2.262) Outros créditos 15.313 12.835 Rendas a receber (Nota 7) 91 671 Diversos (Nota 8) 15.290 15.433 ( - ) Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa (nota 6e) (68) (3.269) Outros valores e bens (Nota 9) 1.891 11.583 Outros valores e bens 1.749 11.428 Despesas antecipadas 142 155 Realizável a longo prazo 35.752 37.605 Aplicações interfinanceiras (Nota 4) 19.860 21.503 Aplicações em depósitos interfinanceiros 19.860 21.503 Operações de crédito (Nota 6) 6.176 6.445 Setor privado 12.352 12.891 ( - ) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Nota 6e) (6.176) (6.446) Outros créditos 9.716 9.657 Diversos (Nota 8) 9.716 20.767 ( - ) Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa (Nota 6e) - (11.110) Permanente 3.948 2.135 Investimentos 3.061 583 Participações em controladas (Nota 10) 3.040 443 Outros investimentos 21 295 ( - ) Provisão para perdas - (155) Imobilizado de uso 388 811 Outras imobilizações de uso 2.693 5.460 ( - ) Depreciações acumuladas (2.305) (4.649) Diferido 499 741 Gastos de organização e expansão 1.537 2.939 ( - ) Amortizações acumuladas (1.038) (2.198) Intangível - - Outros ativos intangíveis 260 260 ( - ) Amortizações acumuladas (260) (260) Total do ativo 169.157 261.561 6

BALANÇOS PATRIMONIAIS Em 30 de junho de 2015 e 2014 2015 2014 Passivo Circulante 38.671 109.094 Depósitos (Nota 11) 29.412 57.149 Depósitos a prazo 29.412 57.149 Captações no mercado aberto (Nota 11) - 42.003 Carteira própria - 42.003 Outras obrigações (Nota 12) 9.259 9.942 Sociais e estatutárias 8.146 8.146 Fiscais e previdenciárias 188 439 Diversas 925 1.357 Exigível a longo prazo 13.961 37.520 Depósitos (Nota 11) 10.995 36.964 Depósitos a prazo 10.995 36.964 Outras obrigações (Nota 12) 2.966 556 Fiscais e previdenciárias - 85 Diversas 2.966 471 Resultados de exercícios futuros - 8 Resultados de exercícios futuros - 8 Patrimônio líquido (Nota 13 ) 116.525 114.939 Capital.De domiciliados no país 90.785 90.785 Reservas de lucros 25.740 23.271 Ajustes de avaliação patrimonial - (520) Lucros acumulados - 1.403 Total do passivo e patrimônio líquido 169.157 261.561 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 7

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO (Em milhares de reais, exceto o lucro por lote de mil ações ) 2015 2014 Receitas da intermediação financeira 10.906 17.725 Operações de crédito (Nota 6 f e 6g) 4.380 624 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 6.526 11.101 Despesas da intermediação financeira (6.195) (9.370) Operações de captação no mercado (7.024) (10.343) Reversão de provisão. p/ créditos de liquidação duvidosa 829 973 Resultado bruto da intermediação financeira 4.711 2.355 Outras receitas (despesas) operacionais (2.784) (1.262) Receitas de prestação de serviços 9 202 Resultado de participações em coligadas e controladas 606 (31) Despesas de pessoal (365) (763) Outras despesas administrativas (Nota 15) (1.650) (2.009) Despesas tributárias (2.709) (88) Outras receitas operacionais (Nota 16) 4.225 1.605 Outras despesas operacionais (Nota 16) (2.900) (178) Resultado operacional 1.927 1.093 Resultado não operacional (171) 310 Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações 1.756 1.403 Participações no lucro (16) - Imposto de renda e contribuição social (720) - IRPJ/CSLL exercícios anteriores (472) - Ativo fiscal diferido (248) - Lucro líquido do semestre 1.020 1.403 Recebimento de juros sobre capital próprio (Nota 10a) 550 - Lucro por lote de mil ações - R$ 3,66 5,04 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 8

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Reservas de lucros Reservas Capital Ajustes de Reserva especiais avaliação Lucros Social legal de lucros patrimonial Acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2013 90.785 8.003 15.268 (522) - 113.534 Ajuste da circular Bacen 3068/01 - - - 2-2 Lucro do semestre - - - - 1.403 1.403 Saldos em 30 de junho de 2014 90.785 8.003 15.268 (520) 1.403 114.939 Mutações do semestre - - - 2 1.403 1.405 Saldos em 31 de dezembro de 2014 90.785 8.048 16.122 (1) - 114.954 Ajuste da circular Bacen 3068/01 - - - 1-1 Lucro líquido do semestre - - - - 1.020 1.020 Reservas de lucros - 51 1.519 - (1.570) - Equivalência reflexa da empresa investida - - - - 550 550 Saldos em 30 de junho de 2015 90.785 8.099 17.641 - - 116.525 Mutações do semestre - 51 1.519 1-1.571 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 9

2015 2014 Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro/ (Prejuízo) ajustado do semestre 130 92 Lucro/ (Prejuízo) do semestre 1.020 1.403 Ajustes para reconciliar o prejuízo líquido ao caixa líquido (890) (1.311) Depreciações e amortizações 150 239 impostos diferidos 248 - Ajustes de avaliaçao patrimonial (1) - Provisão/Reversão para devedores duvidosos (829) (973) Reversão da provisão para desvalorização de outros valores e bens - (511) Resultado na alienação de outros valores e bens 3 - Baixa de ativos imobilizados 145 (97) Equivalência patrimonial (606) 31 Variação de ativos e passivos 31.684 (28.603) (Aumento) / redução em aplicações interfinanceiras de liquidez 2.838 866 (Aumento) / redução em títulos e valores mobiliários 80.030 (14.123) Redução em operações de crédito 9.709 298 (Aumento) / redução em outros créditos (1.061) 9.057 (Aumento) em outros valores e bens (1.748) (10.495) (Redução) em depósitos (58.365) (56.257) Aumento em captações no mercado aberto - 42.003 Aumento em outras obrigações 282 54 (Redução) em resultados de exercícios futuros (1) (6) Caixa líquido gerado (aplicado) nas atividades operacionais 31.814 28.511 Fluxo de caixa das atividades de investimentos Dividendos 1.700 - Juros sobre o capital próprio 550 - Vendas de ativo imobilizado - 212 Caixa líquido gerado nas atividades de investimento 2.250 212 Fluxos de caixa das atividades de financiamentos Aumento de capital em companhia investida (50) - Redução de capital em companhia investida 8.502 - Cessão de Crédito 1.100 - Caixa líquido gerado nas atividades de financiamento 9.552 - Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa 43.616 (28.299) Caixa e equivalentes de caixa No início do semestre 13.479 28.367 No fim do semestre 57.095 68 Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa 43.616 (28.299) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 10

1. Contexto operacional O Banif Banco de Investimento (Brasil) S.A. é uma sociedade de capital fechado, constituído sob a forma de banco de investimento, integrante do Conglomerado Financeiro Banif. Seu acionista majoritário da sociedade é o Banif Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. Destacam-se as áreas de negócios de Mercado de Capitais, Fusões e Aquisições, Corporate Finance e Securitizações, com reputação consolidada na estruturação de negócios através de diversos instrumentos, tais como CRI, FII, FIP e Debêntures. As operações do Banco são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro. 2. Apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que incluem as diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações Lei 6.404/76, alterações introduzidas pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09, e normas do Banco Central do Brasil - BACEN, e estão sendo apresentadas de acordo com o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF. As estimativas contábeis são determinadas pelo Banco, considerando fatores e premissas estabelecidas com base em julgamentos. Itens significativos, sujeitos a essas estimativas e premissas, incluem as provisões para ajuste dos ativos ao valor provável de realização ou recuperação, as provisões para perdas, as provisões para contingências, marcação a mercado de instrumentos financeiros, os impostos diferidos, e a expectativa de realização dos créditos tributários, entre outros. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores divergentes em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. O Banco revisa as estimativas e premissas, pelo menos, semestralmente. As demonstrações financeiras foram aprovadas pela Administração em 28 de agosto de 2015. 3. Principais diretrizes contábeis a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência, observando-se o critério pro-rata dia para as de natureza financeira. As receitas e despesas de natureza financeira são calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relativas a títulos descontados ou relacionados com operações no exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas pré-fixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As operações com taxas pós-fixadas são atualizadas até a data do balanço através dos índices pactuados. 11

3. Principais diretrizes contábeis--continuação b) Caixa e equivalentes de caixa Conforme Resolução nº 3.604/08 do Banco Central do Brasil, caixa e equivalentes de caixa são representados, basicamente, por disponibilidades em moeda nacional e, quando aplicável, por operações que são utilizadas pelo Banco para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo, tais como aplicações no mercado aberto e aplicações em depósitos interfinanceiros, com prazo igual ou inferior a 90 dias entre a data de aquisição e a data de vencimento. O caixa e equivalentes de caixa são compostos como segue: Descrição 2015 2014 Disponibilidades 107 68 Aplicações no mercado aberto 56.987 - Total 57.094 68 c) Aplicações interfinanceiras de liquidez, captações no mercado aberto, obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior, obrigações por empréstimos e repasses e dívida subordinada As operações com cláusula de atualização monetária / cambial e as operações com encargos pré-fixados estão registradas a valor presente e calculadas prorata dia com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuados. As operações que são objeto de hedge, dentro dos conceitos da Circular nº 3.082/01 do Banco Central do Brasil são ajustadas a valor de mercado. As aplicações pós-fixadas são registradas ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável. As operações compromissadas são classificadas em função de seus prazos de vencimento, independentemente dos prazos de vencimento dos papéis que lastreiam as operações. d) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos De acordo com o estabelecido pela Circular nº 3.068/01 do Banco Central do Brasil, os títulos e valores mobiliários integrantes da carteira são classificados em três categorias distintas, conforme a intenção da Administração, quais sejam: Títulos para negociação; Títulos disponíveis para venda; e Títulos mantidos até o vencimento. Os títulos para negociação são apresentados no ativo circulante, independentemente dos respectivos vencimentos e compreendem os títulos adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados. São avaliados pelo valor de mercado, sendo o resultado da valorização ou desvalorização computado ao resultado. 12

3. Principais diretrizes contábeis--continuação d) Titulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos--continuação Os títulos disponíveis para a venda representam os títulos que não foram adquiridos para frequente negociação e são utilizados, dentre outros fins, para reserva de liquidez, garantias e proteção contra riscos. Os rendimentos auferidos segundo as taxas de aquisição, bem como as possíveis perdas permanentes são computados ao resultado. Estes títulos são avaliados ao valor de mercado, sendo o resultado da valorização ou desvalorização contabilizado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido (deduzidos os efeitos tributários), o qual será transferido para o resultado no momento da sua realização. Os títulos mantidos até o vencimento referem-se aos títulos adquiridos para os quais a Administração tem a intenção e capacidade financeira de mantê-los em carteira até o vencimento. São avaliados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos. Caso apresentem perdas permanentes, estas são imediatamente computadas no resultado. Os instrumentos financeiros derivativos compostos por operações de futuro são contabilizados com base nos critérios estabelecidos na Circular nº 3.082/01 do Banco Central do Brasil de acordo com o seguinte critério: Operações de futuros - o valor dos ajustes a mercado são diariamente contabilizados em conta de ativo ou passivo e apropriados diariamente como receita ou despesa. As operações com instrumentos financeiros derivativos não considerados como hedge accounting são avaliadas, na data do balanço, a valor de mercado, contabilizando a valorização ou a desvalorização em conta de receita ou despesa, no resultado do período. e) Operações de crédito, outros créditos com característica de concessão de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa As operações de crédito são registradas pelo valor pactuado e atualizadas prorata dia, com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuada e são classificadas de acordo com o julgamento da Administração quanto ao nível de risco, levando em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação, aos devedores e garantidores, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução nº 2.682, que requer análise periódica da carteira e sua classificação em 9 níveis, sendo AA (risco mínimo) e H (risco máximo). 13

3. Principais diretrizes contábeis--continuação e) Operações de crédito, outros créditos com característica de concessão de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa--continuação As atualizações das operações de crédito vencidas até o 59º dia são contabilizadas em receita de operações de crédito e, a partir do 60º dia, em rendas a apropriar. As operações com atraso superior a 360 dias são baixadas contra a provisão e controladas em conta de compensação. As operações que apresentam responsabilidade total do devedor até R$ 50 mil, são classificadas como no mínimo rating A, respeitando o atraso das operações. As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas antes da renegociação. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas no nível H. As operações de crédito cedidas com coobrigação estão contabilizadas em contas de compensação, e classificadas quanto ao nível de risco, de acordo com a Resolução nº 2.682 do BACEN. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante suficiente para cobrir prováveis perdas em montante julgado suficiente pelo Banco. f) Outros valores e bens Os bens não de uso próprio são registrados pelo seu valor de custo ou obtenção, baseados em laudos de avaliação, e, quando aplicável é constituída provisão para perda por redução ao valor recuperável de ativo. As despesas antecipadas são registradas pelo custo e amortizadas de acordo com a fluência do prazo contratual das operações que deram origem entre 12 e 60 meses. g) Investimentos Os investimentos em controladas são avaliados com base no método de equivalência patrimonial e os demais investimentos pelo custo deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável. 14

3. Principais diretrizes contábeis--continuação h) Imobilizado, diferido e intangíveis Corresponde aos direitos que tenham como objeto bens corpóreos e incorpóreos, destinados à manutenção das atividades da Instituição ou exercido com essa finalidade. São demonstrados ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas depreciações ou amortizações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, utilizando-se taxas que levam em conta a vida útil estimada dos bens, ou seja, 4% a.a. para imóveis, 10% a.a. para instalações, móveis e equipamentos e 20% a.a. para sistemas de processamento de dados e veículos. O ativo diferido é composto por gastos com organização e expansão e estão sendo amortizados linearmente, com base nos prazos dos contratos, na base de 20% ao ano, e referem-se a gastos com aquisição e desenvolvimento de logiciais e benfeitorias em imóveis de terceiros, com amortizações lineares conforme prazo do contrato de locação. i) Redução do valor recuperável de ativos não financeiros - (Impairment) O registro contábil de um ativo deve evidenciar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Quando tais evidências são identificadas e o valor contábil líquido excede o valor recuperável, é constituída uma provisão, ajustando o valor contábil líquido. Essas provisões são reconhecidas no resultado do período/exercício, conforme previsto na Resolução nº 3.566/08 do Banco Central do Brasil. Os valores dos ativos não financeiros são revistos anualmente, exceto créditos tributários, cuja realização é avaliada de acordo com a Resolução 3059/02 e alterações posteriores. j) Ativos e passivos contingentes O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Resolução n 3.823/09 do Banco Central do Brasil e Pronunciamento Técnico CPC 25, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), obedecendo aos seguintes critérios: Contingências ativas - não são reconhecidas nas demonstrações financeiras, exceto quando da existência de evidências que propiciem a garantia de sua realização, sobre as quais não couberem mais recursos. 15

3. Principais diretrizes contábeis Continuação j) Ativos e passivos contingentes--continuação Contingências passivas - são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, baseado na opinião de assessores jurídicos e da administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como perdas possíveis pelos assessores jurídicos são apenas divulgados em notas explicativas, enquanto aquelas classificadas como perda remota não requerem provisão e divulgação. Obrigações legais, fiscais e previdenciárias - referem-se a demandas judiciais onde estão sendo contestadas a legalidade e a constitucionalidade de alguns tributos (ou impostos e contribuições). O montante discutido é quantificado, registrado e atualizado mensalmente. k) Provisão para o imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) As provisões para o imposto de renda (IRPJ) e contribuição social (CSLL), quando devidas, são calculadas com base no lucro ou prejuízo contábil, ajustado pelas adições e exclusões de caráter permanente e temporário, sendo o imposto de renda determinado pela alíquota de 15%, acrescida de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 240 no exercício (R$ 120 no semestre) e a contribuição social pela alíquota de 15%. Foi publicado em 22/05/2015 a Medida Provisória nº 675 que eleva de 15% para 20% a alíquota de contribuição social (CSLL) devida por instituições financeiras e assemelhadas a partir de 1º de setembro de 2015. A MP ainda requer a aprovação do Congresso Nacional para ser convertida em Lei. O Banco está apurando os impactos dessa mudança que serão refletidos contabilmente a partir da sua entrada em vigor. Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social foram calculados sobre adições e exclusões temporárias e serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões pelas quais foram constituídas e são baseados nas expectativas atuais de realização e considerando os estudos técnicos e análises do Banco. l) Depósitos, captações no merc aberto e recursos de aceites e emiss. de títulos São demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram os encargos exigíveis até a data do balanço, reconhecidos em base pro-rata dia sendo as de obrigações em moeda estrangeira atualizadas às taxas oficiais de câmbio, vigentes nas datas dos balanços. As captações no mercado aberto são classificadas no passivo circulante em função de seus prazos de vencimento, independentemente dos prazos de vencimento dos papéis que lastreiam as operações. 16

4. Aplicações interfinanceiras de liquidez 2015 2014 Aplicações no Mercado Aberto Letras Financeiras do Tesouro - LFT 8.152 - Letras do Tesouro Nacional - LTN 48.835-56.987 - Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 19.860 23.514 19.860 23.514 Total 76.847 23.514 Curto prazo 56.987 2.011 Longo prazo 19.860 21.503 O resultado auferido no semestre findo em 30 de junho de 2015 com aplicações interfinanceiras de liquidez foi de R$ 2.553 ( R$ 2.004 em 2014). 5. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos a) Classificação, valor de mercado e curva 2015 2014 Valor de Ajuste a Provisão Valor Valor contábil/ contábil/ Descrição curva (i) mercado para perdas mercado (ii) mercado (ii) Títulos para negociação Letras do Tesouro Nacional LTN - - - - 19.170 Letras Financeiras do Tesouro LFT 856 10-866 2.662 Notas do Tesouro Nacional NTN-B - - - - 49.146 Cotas de Fundos de Participações FIP (iii) - - - - 65.738 Total de títulos para negociação 856 10-866 136.716 Títulos disponíveis para venda Cotas de Fundos de Participações FIP (iii) 50.542 - (3.001) 47.541 - Notas do Tesouro Nacional-NTN-B - - - - 42.120 Total de títulos disponíveis para venda 50.542 - (3.001) 47.541 42.120 Total títulos e valores mobiliários 51.398 10 (3.001) 48.407 178.836 O resultado auferido no semestre findo em 30 de junho de 2015 com aplicações em títulos e valores mobiliários foi de R$ 3.973 (R$ 9.097 em 2014). 17

5. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos--continuação (i) Valor de curva: Nos casos de títulos de renda fixa, refere-se ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço; para as ações, considera-se o custo de aquisição. (ii) Valor de mercado: O valor de mercado dos títulos públicos é apurado segundo divulgações nos boletins diários informado pela ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades de Mercados Financeiros e de Capitais. As ações são avaliadas pela cotação de fechamento do último dia em que foram negociadas na Bolsa de Valores. Os títulos privados são registrados pelo seu valor de custo, acrescido diariamente dos rendimentos incorridos e ajustado ao valor de mercado. (iii) Para fins de divulgação, informamos que em 17 de julho de 2015 foi emitido laudo de avaliação pela Colliers International do Brasil, relativo aos investimentos detidos pelo Real Estate Brasil FIP. Esta avaliação foi elaborada com data base de maio de 2015 e apurou o valor de R$ 66.600. Adicionado aos demais ativos de R$ 4.481, totaliza R$ 71.081 (R$ 85.736 em 2014) para o conjunto total dos ativos do fundo, sendo o montante de R$ 47.541 (R$ 56.329 em 2014) a parcela correspondente naquela data à participação do Banif Banco de Investimento (Brasil) S.A. para um ativo então registrado a custo no valor de R$ 50.542 (R$ 48.268 em 2014), conforme valor da cota divulgado pelo administrador. Os títulos e valores mobiliários encontram-se custodiados, conforme o caso, no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) e na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). As cotas de fundo de investimento encontram-se custodiadas junto ao administrador dos fundos. 18

5. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos--continuação b) Vencimento e classificação Sem Até 3 2015 2014 Títulos e valores mobiliários Vencimento meses Total Total Carteira própria - livre Letras Financeiras do Tesouro - LFT - 866 866 2.662 Letras do Tesouro Nacional - LTN - - - 19.170 Notas do tesouro nacional NTN-B - - - 59.842 Cotas de Fundos de Participações - FIP 47.541-47.541 65.738 Total da carteira própria 47.541 866 48.407 147.412 Vinculados ao compromisso de recompra Notas do tesouro nacional NTN-B - - - 42.120 - - - 42.120 Total da carteira por vencimento 47.541 866 48.407 178.836 19

6. Operações com característica de concessão de crédito a) Modalidade e nível de risco : 2015 2014 Tipo de operação AA A B C D E F G H Total Total Operações de crédito Empréstimos - - 4.789 - - - 16.374 - - 21.163 31.641 Total de operações de crédito - - 4.789 - - - 16.374 - - 21.163 31.641 Outros créditos Devedores por compra de valores e bens(nota 8) - 182 - - - - - - - 182 1.010 Títulos e créditos a receber (Nota 8) - - 6.711 - - - - - - 6.711 25.404 Total de outros créditos - 182 6.711 - - - - - - 6.893 26.414 Total geral das operações com características de concessão de crédito - 182 11.500 - - - 16.374 - - 28.056 58.055 20

6. Operações com característica de concessão de crédito-- Continuação b) Diversificação por atividade econômica e vencimento: Carteira a Vencer Carteira Até 90 91 a 365 Acima de Setor Vencida dias dias 365 dias 2015 2014 Setor Privado Indústria - - - - - 23.259 Comércio - - - - - 700 Serviços 1.186 640 2.196 12.352 16.374 17.126 Pessoas físicas 11.500-182 - 11.682 16.970 Total 12.686 640 2.378 12.352 28.056 58.055 c) Concentração de operação de crédito e outros créditos: 2015 2014 Operações de crédito Valor % Total Valor % Total Maior devedor 16.374 58,36% 17.126 29,50% 10 maiores clientes 11.682 41,64% 40.929 70,50% 28.056 100% 58.055 100% d) Composição da provisão para créditos de liquidação duvidosa: % Mínimo Provisionamento 2015 2014 Nível Requerido Vencidas (i) Vincendas Total (ii) Provisão Total (ii) Provisão AA - - - - - - - A 0,50% - 182 182 (1) - - B 1% 11.500-11.500 (115) 26.367 (263) C 3% - - - - 310 (9) D 10% - - - - - - E 30% - - - - - - F 50% 1.399 14.975 16.374 (8.187) 17.126 (8.563) G 70% - - - - - - H 100% - - - - 14.252 (14.252) 12.899 15.157 28.056 (8.303) 58.055 (23.087) (i) Considera todas as parcelas vencidas, inclusive com menos de 15 dias. (ii) Inclui operações de créditos, outros créditos e operações com características de concessão de crédito. 21

6. Operações com característica de concessão de crédito-- Continuação e) Movimentação da provisão para operações de créditos e outros créditos de liquidação duvidosa 2015 2014 Saldo inicial 31 de dezembro (9.132) (24.060) Constituições (488) (7) Reversões 1.317 980 Saldo final 30 de junho (8.303) (23.087) No semestre findo em 30 de junho de 2015 não ocorreram renegociações de créditos e outros créditos (R$ 32.719 em 2014) nem ocorreram baixas de créditos para prejuízo. Em março de 2015 ocorreu recuperação de créditos baixados como prejuízo no valor de R$ 1.082 (R$ 624 em 2014). f) Rendas de operações com característica de concessão de crédito 2015 2014 Rendas de empréstimos 3.833 - Recuperação de créditos baixados como prejuízo 1.082 624 4.915 624 g) Operações de venda ou transferência de ativos sem retenção substancial de riscos e benefícios Em março de 2015 o Banco efetuou cessão de créditos ativos a pessoas jurídicas não financeiras, sem retenção substancial de riscos e benefícios, no montante de R$ 589, auferindo resultado de (R$ 535) e de créditos já baixados para prejuízo no montante de R$ 36.378, auferindo resultado de R$ 1.082. 22

7. Rendas a receber 2015 2014 Taxas de administração de fundos a receber 91 113 Serviços prestados a receber - 558 Total rendas a receber 91 671 8. Outros créditos Diversos 2015 2014 Adiantamentos e antecipações salariais 17 28 Impostos e contribuições a compensar (a) 4.871 8.322 Crédito presumido - Lei 12.838/2013 2.038 - Valores a receber de sociedades ligadas (Nota 17) 8.502 - Títulos e créditos a receber (b) 6.711 25.404 Devedores por compra de valores e bens 182 1.010 Depósitos para interposição de recursos judiciais 745 903 Devedores por depósitos em garantia - outros 1.650 - Pagamentos a ressarcir - 14 Devedores diversos 290 519 Total 25.006 36.200 Curto prazo 15.290 15.433 Longo prazo 9.716 20.767 (a) O Banco obteve decisão favorável, transitada em julgado junto ao Supremo Tribunal Federal em 2006, sobre o alargamento da base de cálculo da COFINS, imposta através da Lei nº. 9718/98. Em janeiro de 2013, o Banco protocolou junto à Secretaria da Receita Federal pedido de habilitação de crédito. Em 30 de junho de 2014 o montante contabilizado é de R$ 2.356. A partir do trânsito em julgado o Banco passou a recolher o PIS e COFINS tendo como base a receita de prestação de serviços até dezembro de 2014. A partir de janeiro de 2015, com as alterações introduzidas pela Lei nº 12.973/2014, o Banco passou a calcular o PIS e a COFINS com base na receita bruta. (b) Títulos e créditos a receber (CPR e Acordos Judiciais) no montante de R$ 6.711 (R$ 25.404 em 2014) para os quais o Banco possui provisão de R$ 68 (R$ 14.379 em 2014). 23

9. Outros valores e bens a) Bens não de uso próprio Composto por bens recebidos em dação de pagamento em operações de crédito e outros créditos no valor de R$ 1.749 (R$ 11.428 em 2014). b) Despesas antecipadas Referem-se, substancialmente, às despesas diferidas que estão sendo apropriadas segundo o regime de competência. 2015 2014 Auditoria e publicação 112 122 Outros 30 33 Total 142 155 Curto prazo 142 155 Longo prazo - - 10. Investimentos em coligadas e controladas no País Os investimentos consolidados estão representados por participações em empresas controladas no País e as principais informações estão representadas a seguir: % Participação Lucro (Prejuízo) Liquido Valor Contábil do Investimento Empresas Patrimônio Resultado Liquido Equivalência Beta Securitizadora S.A. (a) 50,01% 4.348 1.240 622 2.727 Banif Gestão de Ativos 100% 313 (16) (16) 313 4.661 1.224 606 3.040 a) Em 12/05/2015 conforme Ata de Assembleia Geral Extraordinária (AGE), foi deliberado a redução do capital social da Companhia no montante de R$ 17.000 (Dezessete milhões de reais), com o cancelamento de 23.217.127 (vinte e três milhões, duzentos e dezessete mil, cento e vinte e sete) ações ordinárias. Decorrido o prazo legal para oposição de credores, estabelecidos no artigo 174 da Lei nº 6.404/76, o montante foi pago em 13/07/2015. Nesta mesma AGE também foi deliberado o pagamento de juros sobre capital próprio no valor de R$ 1.100 e dividendos no montante de R$ 3.400 relativo aos exercícios de 2012, 2013 e 2014, valores estes pagos em 13/05/2015 a favor dos acionistas. 24

11. Depósitos e captações no mercado aberto As captações em depósitos a prazo e no mercado aberto são negociadas a taxas usuais de mercado. Seus vencimentos estão assim distribuídos: Até 3 a 12 Total 3 meses meses 2015 2014 Depósito a prazo 29.412 10.995 40.407 94.113 Total de Depósitos 29.412 10.995 40.407 94.113 Captações no mercado aberto - - - 42.003 Em 30 de junho 29.412 10.995 40.407 136.116 Em 30 de junho de 2015, os depósitos a prazo de garantia especial (DPGE) do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) totalizam R$ 31.319 (83.877 em 2014). 12. Outras obrigações Sociais e estatutárias 2015 2014 Dividendos a pagar 1.517 1.517 Juros sobre capital próprio a pagar 6.629 6.629 8.146 8.146 Curto prazo 8.146 8.146 Longo prazo - - Fiscais e previdenciárias Impostos e contribuições a recolher 188 524 188 524 Curto prazo 188 439 Longo prazo - 85 Diversas Provisões para encargos trabalhistas 111 175 Provisão para passivos contingentes 2.713 250 Contas a pagar 580 678 Valores a pagar a sociedades ligadas 174 - Outras 313 725 3.891 1.828 Curto prazo 925 1.357 Longo prazo 2.966 471 25

13. Patrimônio líquido a) Capital social Em 30 de junho de 2015, o capital social, subscrito e integralizado, está representado por 278.471.007 ações, sem valor nominal, sendo 167.239.979 ações ordinárias e 111.231.028 ações preferenciais. b) Dividendos O estatuto assegura aos acionistas um dividendo mínimo correspondente a 10% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da legislação societária. c) Juros sobre capital próprio São calculados sobre as contas do patrimônio líquido, exceto reservas de reavaliação, aplicando-se a variação da taxa de juros de longo prazo (TJLP) do período. O pagamento é condicionado à existência de lucros no exercício antes da dedução dos juros sobre capital próprio, ou de lucros acumulados e reserva de lucros, em montante igual ou superior a duas vezes os juros a serem pagos. d) Reserva legal O Banco deve destinar 5% do lucro líquido de cada exercício social para a reserva legal, que não poderá exceder a 20% do capital integralizado. Ademais, o Banco poderá deixar de destinar parcela do lucro líquido para a reserva legal no exercício em que o saldo desta reserva, acrescido do montante das reservas de capital, exceder a 30% do capital social. e) Ajustes ao valor de mercado títulos e valores mobiliários disponíveis para venda Refere-se ao ajuste a valor de mercado de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda (Nota 5). 26

14. Imposto de renda e contribuição social a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social 2015 2014 IRPJ CSLL IRPJ CSLL Resultado antes da tributação s/ o lucro e participações 1.756 1.756 1.403 1.403 Participações no lucros e juros sobre capital próprio 534 534 - - Resultado antes da tributação sobre o lucro 2.290 2.290 1.403 1.403 Adições temporárias 3.231 3.231 1.079 1.079 Ajuste das circulares Bacen 3068/01 e 3082/02 663 663 915 915 Outras provisões operacionais 2.568 2.568 164 164 Adições permanentes 268 268 288 288 Resultado de equivalência patrimonial - - 31 31 Outras adições permanentes 268 268 257 257 Exclusões permanentes (3.467) (3.467) - - Resultado de equivalência patrimonial (606) (606) - - Dividendos (2.861) (2.861) - - Exclusões temporárias (9.551) (9.551) (6.768) (6.768) Provisão para credito de liquidação duvidosa (701) (701) (973) -973 Dividendos - - (1.068) (1.068) Perdas dedutíveis (8.744) (8.744) (4.216) (4.216) Reversão de provisão p/ desvaloriz outros vals bens (38) (38) - - Reversão de provisões operacionais (68) (68) (511) (511) Base de cálculo antes da compensação de prejuízo fiscal e base negativa da CSLL (7.229) (7.229) (3.998) (3.998) Base de cálculo do imposto de renda e contribuição social - - - - b) Créditos tributários Em virtude do não atendimento das condições previstas na Resolução Nº 3.059/02 e alterações dadas pela Resolução Nº 3.355/06, o Banco possui ativo fiscal diferido nos montantes de R$ 28.379 (R$ 21.671 em 2014) referente a prejuízo fiscal e base negativa e de R$ 1.416 (R$ 13.347 em 2014) sobre as diferenças temporárias os quais não estão registrados contabilmente. O Banco optou pela constituição de Crédito Presumido facultado pela Lei 12.838/2013, no montante de R$ 2.038 em dezembro de 2014. 27

15. Outras despesas administrativas 2015 2014 Aluguéis, água, energia elétrica e condomínio (724) (835) Serviços técnicos de terceiros (457) (343) Amortizações/depreciações (150) (239) Outras despesas administrativas (189) (207) Processamento de dados (10) (174) Comunicações (16) (110) Transporte (15) (45) Propaganda, publicidade e relações públicas (62) (29) Serviços do sistema financeiro (27) (27) (1.650) (2.009) 16. Outras receitas (despesas) operacionais Outras receitas (despesas) operacionais estão compostas conforme demonstrado abaixo: Outras receitas operacionais 2015 2014 Dividendos 2.861 1.068 Atualização monetária de Impostos 626 - Outras 629 21 Reversão de prov p/ desvalorização de outros valores e bens 84 511 Atualização de depósito judicial 25 5 4.225 1.605 Outras despesas operacionais Desvalorização em aplicação fundo de participação (1.670) - Reversão de atualização monetária de depósito judicial (685) - Contingências trabalhistas (212) (164) Perdas com ações judiciais (177) - Outras (156) (14) (2.900) (178) 28

17. Transações com partes relacionadas a) As operações realizadas entre partes relacionadas são divulgadas em atendimento à Resolução nº 3.750/09 do CMN. Essas operações são efetuadas a valores de mercado vigentes nas respectivas datas, conforme descrito abaixo: 2015 2014 Ativo Receita Ativo Receita (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa) Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. Disponibilidades 107-56 - Aplicações em operações compromissadas (1) 56.987 1.392-832 Aplicações em depósitos interfinanceiros (2) - - - 38 Obrigações por operações compromissadas (3) - (12) (42.003) (162) Banco Internacional do Funchal S.A. Lisboa Dividendos a pagar (1.279) - (1.279) - Juros sobre capital próprio a pagar (5.122) - (5.122) - Banif Securities Holdings, Ltd. Dividendos a pagar (238) - (238) - Juros sobre capital próprio a pagar (1.507) - (1.507) - Beta Securitizadora Depósitos a prazo (9.088) (601) (10.236) (485) Redução de capital (Nota 8 e 10) (8.502) - - - Banif Finance (USA) Corp-Miami Depósitos à vista (630) - - - Obrigações em moeda estrangeira - - - (1.337) Banif Gestão de Ativos (Brasil) S.A. Depósitos a prazo - - - 5 FIP Banif Primus Real Estate. Aplicação em cotas de fundos de Investimento 50.542 53 11.725 1.892 FIP Real Estate (Brasil Aplicação em cotas de fundos de investimento - - 54.013 (105) Taxa de Administração a receber - - - - (1) Aplicações em operações compromissadas representam operações de compra de títulos com compromisso de revenda de curtíssimo prazo. (2) Aplicações em depósitos interfinanceiros estão representadas por títulos emitidos pelo Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. (3) Obrigações por operações compromissadas representam vendas de títulos da carteira própria com compromisso de recompra de curtíssimo prazo. 29