RESOLUÇÃO Nº DE DE 2012.



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Transcrição:

RESOLUÇÃO Nº DE DE 2012. Dispõe sobre as características, especificações e padrões técnicos a serem observados nos ônibus utilizados na operação dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros e sobre os multiplicadores tarifários dos serviços diferenciados. A DIRETORIA da AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT, no uso de suas atribuições conferidas pelo art. 25, inciso VIII da Resolução ANTT nº 3.000, de 28 de janeiro de 2009, fundamentada nos termos do Voto D - /2012, de de de 2012, constante dos processos nº 50500.049875/2006-41 e 50500.051152/2006-10, e CONSIDERANDO o disposto nos arts. 20, inciso II, 22, inciso III, e 24, inciso IV, da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, CONSIDERANDO a observância, na definição das tarifas dos serviços diferenciados, do atributo da modicidade tarifária aos usuários e o equilíbrio econômico-financeiro das empresas prestadoras dos serviços de transporte rodoviário regular interestadual e internacional de passageiros, RESOLVE: Art. 1º. Definir as características, especificações e padrões técnicos a serem observados nos ônibus utilizados na operação dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros e os multiplicadores tarifários dos serviços diferenciados. Art. 2º. Para os fins desta Resolução, considera-se: I - Serviço regular - serviço delegado para execução de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros entre dois pontos terminais,aberto ao público em geral, com tarifas estabelecidas e com esquema operacional aprovado pela ANTT. II - Serviço diferenciado - serviço regular de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, cuja oferta é uma prerrogativa do permissionário e está vinculada à existência de um serviço outorgado por meio de licitação, explorado com equipamentos de características especiais, para atendimento de demandas específicas. Parágrafo único. Os serviços diferenciados são prestados com ônibus diferente do definido no ato de outorga para fins de cumprimento da frequência mínima do serviço. Art. 3º. A presente Resolução não desobriga os fabricantes de ônibus e as transportadoras de cumprir os tratados, as convenções e os acordos internacionais,

enquanto vincularem a República Federativa do Brasil, e as demais normas e regulamentos técnicos que tratam da matéria, sobretudo as exaradas pelas entidades que compõem o Sistema Nacional de Trânsito e o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. TÍTULO I DAS CARACTERÍSTICAS VEICULARES CAPÍTULO I DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS Art. 4º. Os ônibus destinados ao transporte rodoviário interestadual ou internacional de passageiros, por suas condições de utilização e conforto, deverão ser classificados nas seguintes categorias: I - urbano; II - convencional; III - executivo; IV - leito; ou V - misto. Art. 5º. Nas partes laterais externas do ônibus, em local de fácil visualização para os passageiros, deve constar a inscrição indicativa da categoria na qual se enquadra o ônibus, conforme modelo constante no Anexo V. 1º A inscrição indicativa da categoria na qual se enquadra o ônibus deve possuir letras com altura mínima de 10 cm e apresentar os termos citados no art. 4º, conforme a categoria do ônibus. 2º O ônibus misto deve sempre ser acompanhado das inscrições indicativas de todas as categorias em que o ônibus se enquadra. 3º Uma das inscrições à qual se refere o caput deste artigo deve estar localizada do lado esquerdo da porta de entrada de passageiros, no sentido de embarque. Art. 6º. A transportadora poderá utilizar veículo diferente do especificado para o serviço, desde que seja de categoria superior e não resulte em cobrança de tarifa a maior do usuário. Parágrafo único. Na prestação do serviço devem ser atendidas as características técnicas do ônibus efetivamente utilizado na operação, na forma especificada no Capítulo II desta Resolução. CAPÍTULO II

DAS CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS Seção I Do ônibus urbano Art. 7º. O ônibus urbano deve oferecer as condições de conforto estabelecidas no Anexo II desta Resolução, bem como obedecer à norma ABNT NBR nº 15.570:2009, e alterações, que estabelece as especificações técnicas para fabricação de ônibus de características urbanas para o transporte coletivo de passageiros. Art. 8º.Os ônibus urbanos usados no transporte rodoviário interestadual ou internacional de passageiros podem ser do tipo simples e, desde que aprovados pela ANTT, do tipo articulado ou biarticulado. 1º Entende-se por articulado o veículo constituído por duas unidades rígidas, devidamente acoplada, que permitam comunicação entre elas, com pelo menos uma unidade dotada de tração, podendo ser de piso único ou de duplo piso. 2º Entende-se por biarticulado o veículo constituído por três unidades rígidas, devidamente acopladas, que permitam comunicação entre elas, compelo menos uma unidade dotada de tração, sendo permitido somente veículo de piso simples. Art. 9º. Deve ser indicada a capacidade do ônibus, com discriminação das quantidades máximas de passageiros a serem transportados em pé e sentados, em local de fácil visualização pelos passageiros e associada à simbologia específica. 1º A capacidade do ônibus corresponde à soma da quantidade de lugares disponíveis para transportar passageiros sentados com a quantidade máxima de passageiros que podem ser transportados em pé. 2º Para efeito de cálculo da quantidade máxima de passageiros em pé, deve ser considerada uma ocupação máxima de cinco passageiros por metro quadrado. 3º Não devem ser consideradas áreas disponíveis para o transporte de passageiros em pé as relacionadas a seguir: I - toda a área do piso do ônibus cuja inclinação exceda 8% e degraus de escadas; II - a área de todas as partes não acessíveis a um passageiro em pé; III - a área de qualquer parte em que a altura livre desde o piso do ônibus seja inferior a 195 cm, situado acima e atrás do eixo traseiro, em qualquer uma das situações anteriores, desconsiderados os balaústres fixados no teto; IV - o espaço situado 30 cm à frente de qualquer assento; V - qualquer área não excluída pelas disposições anteriores, na qual não seja possível inserir um retângulo de 40 cm x 30 cm, em projeção horizontal;

VI - qualquer área que não pertença a um corredor, considerando-se para tanto toda e qualquer área de acesso ou circulação que não tenha interferência da área necessária para a movimentação das folhas da(s) porta(s) de acesso e dos equipamentos destinados à acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; VII - a área à frente de um plano vertical, passando ao longo do centro da superfície do assento do motorista, na sua posição mais recuada, e ao longo do centro do espelho retrovisor externo montado no lado oposto do ônibus; e VIII - a área reservada para cadeira de rodas e cão-guia. 4º Caso o resultado do cálculo da quantidade máxima de passageiros em pé não seja um número inteiro, deve ser adotado o número inteiro imediatamente inferior ao valor obtido com a quantidade máxima de transporte de passageiros em pé do ônibus. Seção II Dos ônibus convencional, executivo, leito e misto. Art. 10. Os ônibus convencional, executivo, e leito devem atender às condições de conforto estabelecidas no Anexo III desta Resolução. Art.11. O ônibus misto é aquele que atende às correspondentes condições de conforto estabelecidas nas normas específicas referente à mais de uma categoria de ônibus, com clara separação entre as categorias atendidas no interior do ônibus. Parágrafo único. Quando da utilização conjunta com a categoria convencional, deverá ser observado o atendimento da frequência mínima, avaliada com base no número de lugares ofertados. Art. 12.Nos casos de prestação de serviço em ônibus misto, quando houver a categoria convencional, não deve haver qualquer tipo de impedimento do exercício de benefícios, como gratuidades e descontos tarifários assegurados aos idosos e às pessoas portadoras do passe livre, devendo esses beneficiários, caso necessário, serem realocados para outra categoria disponibilizada no mesmo ônibus. Art. 13. Com o objetivo de manter o padrão mínimo de conforto e segurança do motorista e dos usuários, o motor deverá estar localizado no entre-eixo ou na parte traseira do veículo. 1º O motor deverá fornecer ao veículo a energia necessária para atender aos requisitos de desempenho, consumo e velocidade de operação. 2º Excepcionalmente, a ANTT poderá autorizar o uso de veículos com motor dianteiro, se devidamente justificado. CAPÍTULO III

DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO E AR CONDICIONADO Art. 14. Todos os ônibus devem ser dotados de sistema de ventilação que assegure a renovação do volume de ar interno, pelo menos vinte vezes por hora. 1º Nos ônibus com ar condicionado, esse aparelho deve ser responsável pela renovação do ar. 2º A renovação do ar deve efetuar-se uniformemente pelo interior do ônibus, mesmo que as portas e janelas estejam fechadas e o ônibus parado. 3º Nos casos de quebra do ar condicionado, deve ser garantida a renovação do ar no interior do ônibus, seja mediante utilização das entradas de ar localizadas na dianteira e na traseira do ônibus e das escotilhas de teto ou por meio de outros sistemas que igualmente garantam a renovação do ar. Art. 15. Devem ser mantidas as condições de limpeza, manutenção, operação e controle dos dispositivos de ar condicionado na forma da legislação específica. CAPÍTULO IV DOS GABINETES SANITÁRIOS Art. 16. Os gabinetes sanitários dos ônibus devem apresentar as seguintes características: I - ter área mínima de 0,80 m², altura interior mínima de 175 cm e porta de entrada com largura e altura mínimas de 45 cm e 170 cm, respectivamente; II - apresentar espaço livre mínimo de 35 cm entre o vaso sanitário e qualquer artefato localizado imediatamente a sua frente; III - ser estanques, providos de ventilação natural ou de exaustor de ar, com capacidade suficiente para funcionamento constante ou conjugado com a utilização do vaso sanitário durante o percurso da viagem; IV - suas janelas não devem permitir que seu interior seja visualizado por pessoas localizadas no lado externo do ônibus; V - sua porta não deve afetar a comodidade e a segurança dos passageiros quando de sua abertura ou fechamento; VI - conter a inscrição Sanitário em sua porta ou proximidades, bem como sinal luminoso indicativo de livre ou ocupado, posicionado de tal forma que permita a sua fácil visualização pelos passageiros. Art. 17. Os gabinetes sanitários devem dispor ainda de: I - vaso sanitário com dispositivo para manter a tampa na posição vertical; II - lavatório provido de torneira e água potável corrente;

III - produto líquido para higienização das mãos; IV - pega-mãos; V - toalhas descartáveis; VI - papel higiênico; VII - recipientes com tampa e pedal ou tampa e basculante para acondicionamento de resíduos sólidos, revestidos com sacos a condicionadores; e VIII - porta com trava que, somente em casos de emergência, pode ser acionada pelo seu lado exterior. Art.18. Devem ser mantidas as condições higiênico-sanitárias dos gabinetes sanitários na forma da legislação específica. TÍTULO II DOS MULTIPLICADORES TARIFÁRIOS DOS SERVIÇOS DIFERENCIADOS Art. 19 As transportadoras deverão observar os multiplicadores tarifários constantes no Anexo IV desta Resolução, para cálculo do coeficiente tarifário do respectivo serviço diferenciado, a ser aplicado sobre o coeficiente tarifário definido para o serviço outorgado, de acordo com a seguinte fórmula: = ç ç = Coeficiente Tarifário do serviço diferenciado. ç = Multiplicadores tarifários dos serviços diferenciados constante no Anexo IV desta Resolução, conforme tipo de serviço a ser oferecido. ç = Coeficiente tarifário do serviço outorgado. Art. 20 Os serviços diferenciados serão considerados de acordo com a categoria do veículo prevista nos incisos I a IV do artigo 4º. TÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS Art. 21. Fica estabelecido o prazo de cento e oitenta dias, contados da data de publicação desta Resolução, para as transportadoras enquadrarem sua frota conforme as categorias e especificações dos ônibus estabelecidas nesta norma e atualizarem o cadastro dos ônibus junto à ANTT.

1º Os ônibus que não se enquadrarem em nenhuma das categorias estabelecidas nesta resolução podem ser excepcionalmente cadastrados como convencional, com exceção dos ônibus urbanos, desde que tenham o cadastro realizado no prazo estabelecido no caput deste artigo. 2º Os ônibus que forem cadastrados após o prazo estabelecido no caput,devem respeitar todos os requisitos exigidos para a respectiva categoria. 3º Caso haja necessidade de cadastramento de ônibus, após o prazo estabelecido no caput deste artigo, em razão de mudança na propriedade, não se aplica a excepcionalidade prevista no 2º deste artigo. Art. 22. A inobservância de disposições constantes desta Resolução sujeitará o infrator às penalidades previstas nas Resoluções ANTT nº 233, de 25 de junho de 2003, e nº 3.075, de 26 de março de 2009. Art. 23. O art. 1º da Resolução ANTT nº 233, de 25 de junho de 2003, passa a vigorar com a seguinte alteração: Art. 1º I - k) trafegar com veículo em serviço, apresentando defeito em equipamento ou item obrigatório; q) não sinalizar os assentos previstos para transporte gratuito de idosos na quantidade e prazo estabelecidos na legislação (NR); II- i) trafegar com veículo em serviço, sem equipamento ou item obrigatório; III- q) não observar as normas e procedimentos de inscrição indicativa da categoria e de cadastramento dos ônibus (NR) Art. 24. O art. 2º da Resolução ANTT nº 3.075, de 26 de março de 2009, passa a vigorar com a seguinte alteração: Art. 2º I - k) trafegar com veículo em serviço, apresentando defeito em equipamento ou item obrigatório; q) não sinalizar os assentos previstos para transporte gratuito de idosos na quantidade e prazo estabelecidos na legislação (NR); II-

i) trafegar com veículo em serviço, sem equipamento ou item obrigatório; III- q) não observar as normas e procedimentos de inscrição indicativa da categoria e de cadastramento dos ônibus (NR) Art. 25. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Diretor-Geral

ANEXO I FIGURA ESQUEMÁTICA Legenda: i. Profundidade do Assento (PA) medida compreendida entre a parte mais saliente da extremidade frontal superior do assento e a vertical da parte frontal do encosto; ii. Largura do Assento (LA) medida compreendida entre as partes laterais do assento; iii. Altura do Assento em relação ao piso (AA) medida compreendida entre o assoalho e a parte mais saliente da extremidade frontal superior do assento; iv. Estágios de Reclinação do encosto da poltrona (ER) quantidade de posições do encosto entre a posição mais vertical e a mais inclinada; v. Reclinação Final do encosto em relação à vertical (α) medida angular compreendida entre a parte frontal mais saliente do encosto e a vertical da parte frontal do encosto; vi. Distância entre uma Poltrona e aquela localizada imediatamente a sua Frente, quando esta estiver em sua reclinação Máxima (DPM) medida compreendida entre a parte traseira mais saliente do encosto e a parte mais saliente da extremidade frontal superior do assento; vii. Distância entre uma Poltrona e aquela localizada imediatamente a sua Frente (DPF) medida compreendida entre a parte traseira mais saliente do encosto e a parte mais saliente da extremidade frontal superior do assento; Observações: A linha do assento passa pelo ponto mais elevado do assento não comprimido; As dimensões PA, AA e DPF devem ser medidas na linha de centro das poltronas; A dimensão LC deve ser medida horizontalmente em qualquer ponto do percurso, entre as partes interiores mais salientes; A dimensão LA deve ser medida na metade da profundidade do assento; A dimensão DPM deve ser efetuada por meio de uma linha reta que sai da extremidade frontal superior do assento de uma poltrona e forma um ângulo de 90º com o superfície ou anteparo fixado no espaldar da poltrona que estiver imediatamente a sua frente, quando esta estiver em sua reclinação máxima As figuras não estão em escala. viii. Largura do Corredor de Circulação (LC) medida compreendida entre as partes mais salientes de cada lado do corredor; ix. Altura do Corredor de Circulação (AC) medida compreendida entre o assoalho e o revestimento interno do teto do veículo.

ANEXO II - CARACTERÍSTICAS VEICULARES DO ÔNIBUS URBANO CARACTERÍSTICAS E DIMENSÕES MÍNIMAS URBANO Altura mínima do encosto baixo (cm) 45 Altura mínima do encosto alto (cm) 65 Profundidade do assento (cm) 38 a 43 Largura mínima dos assentos simples (cm) para ônibus com Peso Bruto Total menor ou igual a 10 toneladas 40 Largura mínima dos assentos duplos (cm) para ônibus com Peso Bruto Total menor ou igual a 10 toneladas 80 Largura mínima dos assentos simples (cm) para ônibus com Peso Bruto Total maior que 10 toneladas 43 Largura mínima dos assentos duplos (cm) para ônibus com Peso Bruto Total maior que 10 toneladas 86 Altura mínima dos assentos (cm) 38 Altura mínima dos assentos em cima das caixas de roda (cm) 35 Ângulo do assento com a horizontal 5 a 15 Ângulo do encosto com a vertical 15 a 25 Distância mínima entre um banco e aquele localizado imediatamente a sua frente, entre a extremidade frontal de um assento e o encosto do banco a sua frente ou anteparo 30 (cm) Distância mínima entre um banco e aquele localizado imediatamente a sua frente, entre os encostos dos bancos montados frente a frente (cm) 130 Largura dos corredores de circulação para os ônibus com Peso Bruto Total menor ou igual a 10 toneladas (cm) 35 Largura dos corredores de circulação para os ônibus com Peso Bruto Total maior que 10 toneladas (cm) 65 Altura dos corredores de circulação (cm) 200

ANEXO III - CARACTERÍSTICAS VEICULARES DO ÔNIBUS CONVENCIONAL, EXECUTIVO E LEITO.

ANEXO IV MULTIPLICADORES TARIFÁRIOSPARA CÁLCULO DO COEFICIENTE TARIFÁRIO DOSSERVIÇOS DIFERENCIADOS a) TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERESTADUAL E INTERNACIONAL DE PASSAGEIROS Tipo de Serviço Multiplicador Convencional com Sanitário 1,00 Executivo 1,31 Leito 2,16 b) TRANSPORTE SEMI-URBANO INTERESTADUAL E INTERNACIONAL DE PASSAGEIROS Tipo de Serviço Multiplicador Urbano 1,00 Convencional sem Sanitário 2,02

ANEXO V MODELO DE INSCRIÇÃO INDICATIVA DA CATEGORIA DO VEÍCULO