RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJETO DE EXECUÇÃO



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Transcrição:

ÉVORA RESORT RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJETO DE EXECUÇÃO VOLUME 1 SUMÁRIO EXECUTIVO JUNHO DE 2012

ÉVORA RESORT RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJETO DE EXECUÇÃO Sumário Executivo O que são o RECAPE e o Sumário Executivo? E porque é que estes documentos são necessários? De acordo com a legislação, determinadas categorias de projetos estão sujeitas ao procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA 1 ), antes do seu licenciamento. O Évora Resort é abrangido por este procedimento, dado que inclui aldeamentos turísticos (com área superior a 5 ha), estabelecimentos hoteleiros (com mais de 200 camas), um campo de golfe com 27 buracos e uma barragem (com altura superior a 15 m, com um volume superior a 0,5 hm 3 e com uma albufeira com área superior a 5 ha). 1: Na última página deste documento encontra-se uma lista das siglas utilizadas O regime legal da AIA foi aprovado pelo Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de novembro, tendo sido posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 60/2012, de 14 de março. Este diploma transpõe, para o direito nacional, a diretiva europeia 2011/92/EU do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de dezembro de 2011, relativa à avaliação dos efeitos de determinados projetos públicos e privados no ambiente. O procedimento de AIA é da responsabilidade de uma entidade da Administração Pública, designada como Autoridade de AIA. No presente caso, a Autoridade de AIA é a Agência Portuguesa do Ambiente, I. P. (APA). A AIA tem como objetivos avaliar os potenciais efeitos (impactes), positivos e negativos, identificar as medidas para evitar, reduzir ou compensar os efeitos negativos significativos e indicar as medidas de controlo (monitorização) a adotar, antes de uma decisão ser tomada. A AIA também permite que as entidades e o público interessado se possam pronunciar, contribuindo para essa decisão sobre o projeto. A legislação nacional pode ser consultada em: www.dre.pt A legislação comunitária pode ser consultada em: eur-lex.europa.eu/pt/index.htm Internet: www.apambiente.pt Telefone: 214728200 1/10

Assim, o proponente de um projeto sujeito a AIA deve preparar um documento, designado como Estudo de Impacte Ambiental (EIA), contendo as informações sobre os potenciais efeitos do projeto e as medidas que se propõe adotar para evitar, reduzir ou compensar os efeitos negativos significativos, bem como as medidas potenciadoras de impactes positivos. O EIA pode incidir sobre um projeto em fase de estudo prévio (ou de anteprojeto) ou de projeto de execução (ou de licenciamento). Naturalmente, o conteúdo do EIA deve atender à fase em que o projeto é apresentado. Após apreciação do EIA, o Ministro (ou o Secretário de Estado) responsável pela área do ambiente emite uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA). A DIA constitui a decisão do procedimento de AIA e pode ser favorável, favorável condicionada ou desfavorável ao projeto. No caso da decisão ser favorável condicionada, a DIA estabelece as condições a que o projeto deve obedecer, as medidas para evitar, reduzir ou compensar potenciais impactes negativos e a monitorização que deve ser efetuada. As condições estabelecidas na DIA são obrigatórias para a entidade licenciadora e para o proponente. Quando o EIA é desenvolvido em fase de Estudo Prévio, o proponente deve de seguida elaborar um Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE), documento que demonstra a forma como o projeto de execução (ou de licenciamento) cumpre as condições estabelecidas na DIA. O Sumário Executivo é um documento que integra o RECAPE, mas que é editado de forma autónoma, por forma a facilitar uma divulgação mais alargada, em particular durante a consulta pública, designada na legislação como envolvimento público. O Sumário Executivo resume, em linguagem corrente, as principais informações constantes do RECAPE. Quem pretender aprofundar algum dos aspetos relativos à forma como o projeto responde às condições impostas na DIA poderá consultar o RECAPE que estará disponível, durante o período de consulta pública, na APA e na Câmara Municipal de Évora. Internet: www.cm-evora.pt Telefone: 266 777 000 2/10

Qual o projeto analisado no RECAPE? Quem é o proponente? E quem é a entidade licenciadora? O projeto analisado no RECAPE corresponde ao conjunto turístico Évora Resort e o seu proponente é a empresa Frontino Turismo, S.A. Dadas as várias componentes do projeto (aldeamentos turísticos, estabelecimentos hoteleiros, um campo de golfe e uma barragem), existem duas entidades licenciadoras: a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Alentejo, atualmente em processo de integração na APA (barragem) e a Câmara Municipal de Évora (restantes componentes). Internet: http://evoraresort.com www.arhalentejo.pt Onde se localiza o projeto? Em que consiste? O Évora Resort localiza-se no concelho de Évora, freguesia de Senhora da Saúde, a nordeste da cidade de Évora e a sul da autoestrada Marateca-Caia (A6/IP7), na proximidade da sua saída n.º 6, conforme apresentado na Figura 1 (ver figura seguinte). Na envolvente do Évora Resort encontra-se atualmente em construção a via rodoviária IP2, localizada a oeste do projeto e incluindo um nó de ligação à autoestrada. Está também previsto um troço da linha ferroviária de velocidade alta, que atravessa tangencialmente, a sul, a área do projeto. O projeto corresponde a um conjunto turístico, que abrange uma área de cerca de 937 ha e inclui cinco aldeamentos turísticos, um aparthotel, oito conjuntos de apartamentos turísticos e dois hotéis, perfazendo um total de 5637 camas. Em termos de edificado, o conjunto turístico encontra-se dividido em seis áreas: aldeamento da entrada, aldeamento da vinha, aldeamento do montado, aldeamento do golfe norte, aldeamento do golfe sul e zona central, conforme se apresenta na Figura 2 (ver figura na página 5). 3/10

Figura 1 Localização do Évora Resort O Évora Resort inclui ainda um campo de golfe de 27 buracos. Este foi desenvolvido de modo a respeitar as características da área e a proteger e valorizar os valores naturais e culturais presentes. O projeto inclui também uma barragem, associada à ribeira do Freixo, que visa satisfazer os consumos de rega de cinco das seis áreas do conjunto turístico. A exceção corresponde ao aldeamento do montado, que será abastecido por um furo existente. Exemplo da prática de golfe (fonte: www.ibspro.net) 4/10

Figura 2 Áreas do conjunto turístico A barragem inclui estruturas de descarga de fundo e de descarga de caudais ecológicos, ou seja, por um lado é possível esvaziar a albufeira em casos de acidente ou de manutenção (descarga de fundo) e, por outro, nem toda a água é retida, mantendo-se uma descarga para manutenção da biodiversidade (caudal ecológico). O conjunto turístico inclui também outros componentes característicos da região, nomeadamente, uma área de vinha e respetiva adega, uma área dedicada à apicultura e um centro hípico. Para além destas componentes, o Évora Resort inclui uma quinta pedagógica, uma horta biológica, um campo desportivo Biodiversidade: variedade de organismos considerada a todos os níveis (desde o gene ao ecossistema), que ocorre num dado contexto territorial (local, regional, nacional). 5/10

polivalente dotado de campos de jogos, campos de ténis, piscinas, um jardim de infância e parque infantil, distribuídos por diferentes zonas do conjunto turístico. Vista atual da área de vinha O monte atualmente existente na área do conjunto turístico (Monte Sousa da Sé) será integrado no mesmo, como centro cultural. Na envolvente deste edifício, desenvolve-se a zona central do Évora Resort, incluindo uma praça comercial, dotada de restaurante e diferentes serviços. O abastecimento de água potável ao conjunto turístico é garantido pela empresa Águas do Centro Alentejo, SA. A rede de distribuição de água potável providenciará também o abastecimento a marcos de incêndio. O sistema de rega, associado à albufeira do Freixo, irá servir as áreas agrícolas (olival, pomar, hortícolas e vinha), as áreas verdes associadas às áreas urbanas (públicas e privadas) e o campo de golfe. Os esgotos domésticos serão encaminhados para a estação de tratamento de águas residuais (ETAR), a construir a sul no terreno, onde serão tratados. As águas das chuvas serão encaminhadas para o terreno natural mais próximo, promovendo a sua infiltração natural. Monte Sousa da Sé O fornecimento de energia elétrica ao conjunto turístico faz-se através da rede pública. 6/10

O Évora Resort contempla um sistema de recolha de resíduos sólidos urbanos, que possibilita a recolha diferenciada pelos vários tipos de resíduos. Complementarmente, o projeto inclui também um centro de compostagem, localizado a sul no terreno. A rede viária interna do projeto foi desenvolvida de modo a impor velocidades reduzidas na circulação automóvel dentro do conjunto turístico. A estas vias estão também associados lugares de estacionamento. Em termos de acessibilidade, o Évora Resort prevê também a existência de um heliporto. Compostagem: processo biológico no qual os resíduos como folhas, papel, restos de comida, etc. são transformados e podem depois ser utilizados de novo como adubo. Todo o conjunto turístico será alvo de integração paisagística, incluindo também a requalificação da vegetação nas margens das linhas de água, bem como das margens da albufeira prevista para a ribeira do Freixo. Como é que o projeto responde às condições da DIA? A DIA do Évora Resort apresenta um conjunto de condições que se encontram agrupadas em seis grupos: Condicionantes (gerais); Exemplo de linha de água a requalificar Condicionantes ao projeto de execução (ou seja, ao projeto detalhado); Elementos a entregar com o RECAPE; Medidas de minimização; Programas de monitorização. O RECAPE esclarece o modo como o projeto do Évora Resort deu cumprimento a estas condições. Para tal, em alguns casos, foi necessário elaborar estudos específicos, nomeadamente: Monitorização: avaliação da evolução de determinado parâmetro, o que permite o seu controlo periódico. Carta de Condicionantes sobre o património arqueológico e arquitetónico, na qual se definem as áreas a proteger e o tipo de medidas a implementar para o assegurar; 7/10

Plano de Salvaguarda, Valorização e Monitorização e o Guia de Boas Práticas para os Monumentos Megalíticos, nos quais se detalham as medidas específicas a implementar para assegurar a proteção e valorização das antas presentes na área; sondagens arqueológicas realizadas para dez dos sítios de património arqueológico identificados no terreno do Évora Resort; em alguns sítios foram identificados elementos como cerâmica romana, uma moeda, elementos de mó, muros, conforme apresentado nas imagens seguintes. Anta 4 da Herdade do Álmo da Cegonha (exemplo de monumento megalítico) Exemplo de sondagem arqueológica na qual se identificaram muros Esquema da moeda identificada durante as sondagens arqueológicas levantamento arquitetónico do Monte da Amendoeirinha, através do qual foi possível recolher informações sobre o tipo de arquitetura de um monte tradicional em Évora; Estudo dos Recursos Hídricos e respetivo aditamento, no qual são avaliadas as origens de água e as condições para a sua utilização e reutilização no Évora Resort; Vista geral do Monte da Amendoeirinha 8/10

Projeto de Integração Paisagística, no qual se definem os tipos de intervenção a realizar nas diversas áreas do Évora Resort (este projeto indica, por exemplo, que árvores e arbustos colocar em determinado aldeamento, que sementeiras desenvolver, onde colocar bancos de jardim e papeleiras, que tipo de pavimento colocar); Relatório sobre o Ambiente Sonoro, no qual se avaliam os níveis de ruído na área onde se localiza o Évora Resort; Planta exemplificativa da solução de integração paisagística proposta para o aldeamento da entrada Projeto de requalificação da vegetação nas margens das linhas de água e das margens da albufeira, através do qual se pretende potenciar a biodiversidade e a qualidade estética da paisagem. Para além destes elementos, apresentam-se também no RECAPE programas de monitorização e um sistema de gestão ambiental (SGA). A concretização dos programas de monitorização, nas fases de construção e exploração, tem como objetivo acompanhar a evolução de determinados parâmetros eventualmente influenciados pelo Évora Resort. Estes parâmetros são a qualidade da água, os ecossistemas aquáticos e ribeirinhos e o ambiente sonoro (ruído). Por sua vez, o SGA inclui os procedimentos a implementar, nas fases de construção e de exploração, bem como o modo de comprovar a sua correta realização. O SGA abrange medidas a aplicar na gestão de resíduos, no funcionamento, movimentação, manutenção e abastecimento de maquinaria e equipamentos, na desmatação e limpeza do terreno, nas atividades de escavação e aterro, na localização e funcionamento dos estaleiros, na intervenção paisagística, entre outras atividades. Ecossistema: comunidade de organismos e o seu ambiente físico (solo, disponibilidade de água, temperatura, etc.), interagindo como uma unidade. 9/10

E qual é a conclusão da análise feita no RECAPE? O RECAPE considera que o Évora Resort respeita as condições e dá cumprimento às medidas fixadas na DIA. A aplicação e a eficácia das medidas de minimização, relativas às fases de construção e de exploração, serão controladas através do SGA e também dos programas de monitorização. Terão que ser elaborados relatórios periódicos, que serão enviados à APA, enquanto Autoridade de AIA. Lista de siglas AIA Avaliação de Impacte Ambiental APA Agência Portuguesa do Ambiente ARH Administração da Região Hidrográfica DIA Declaração de Impacte Ambiental EIA Estudo de Impacte Ambiental ETAR Estação de Tratamento de Águas Residuais RECAPE Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução SGA Sistema de Gestão Ambiental 10/10