ATESTADOS MÉDICOS DIFERENÇAS ENTRE B 31 E B 91 ACIDENTE DE TRABALHO. Presidente Prudente 24/07/2014

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Transcrição:

ATESTADOS MÉDICOS DIFERENÇAS ENTRE B 31 E B 91 ACIDENTE DE TRABALHO Presidente Prudente 24/07/2014 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Constituição Federal Art. 5º (...):... II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 1

CLT CLT Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 2

CLT Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica; CLÁUSULA 19 - AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS: Os empregados poderão faltar ao serviço, sem prejuízo do salário, nos seguintes casos: a) 03 (três) dias consecutivos por morte do cônjuge, filho, irmão, pais, avós inclusive padrasto, madrasta, sogro ou sogra, companheiro ou companheira (CCT Presidente Prudente) CLT Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 3

CLT Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário: II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; CLÁUSULA 19 - AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS: Os empregados poderão faltar ao serviço, sem prejuízo do salário, nos seguintes casos: b) 05 (cinco) dias consecutivos em virtude de casamento. (CCT Presidente Prudente) CLT Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 4

CLT Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário: III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; art. 10 (...) 1º - Até que a lei venha a disciplinar o disposto no Art. 7º, XIX, da Constituição, o prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias. (ADCT) CLÁUSULA 9ª - LICENÇA PATERNIDADE: Fica garantido ao empregado licença de 05 (cinco) dias em caso de nascimento de filho(a), sem prejuízo do emprego ou salário. (CCT Presidente Prudente) CLT Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 5

CLT Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário: IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos têrmos da lei respectiva. VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra c do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).... VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo CLT Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 6

CLT Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário: VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. CLÁUSULA 38 - GARANTIA AO ESTUDANTE: Compromete-se a empresa a facilitar a jornada de trabalho do empregado estudante, em especial o que esteja cursando enfermagem, a fim de garantir a continuidade de seus Estudos. (CCT Presidente Prudente) CLT Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 7

CLT Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário: IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. CLÁUSULA 13 - DIRIGENTE SINDICAL: Fica assegurado o direito de afastamento sem remuneração de 02 (dois) empregados por empresa, para desempenho de mandato sindical, considerado como tempo de serviço efetivo, se ocupante de cargo de Presidente, Vice- Presidente, Secretário Geral, Primeiro Secretário, Primeiro Tesoureiro, Segundo Tesoureiro e Diretor Social. (CCT Presidente Prudente) Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 8

Convenção Coletiva de Trabalho Presidente Prudente CLÁUSULA 22 - AMAMENTAÇÃO: As empresas que tenham entre os seus empregados mais de 30 (trinta) mulheres com idade superior a 16 (dezesseis) anos, manterão no local de trabalho, uma sala apropriada para as crianças no período de amamentação, nos termos da CLT. CLT Art. 389 - Toda empresa é obrigada: 1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da amamentação. 2º - A exigência do 1º poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas, diretamente ou mediante convênios, com outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades sindicais. Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. Art. 400 - Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 9

Atestado para acompanhamento Convenção Coletiva de Trabalho Presidente Prudente CLÁUSULA 25 - ATESTADO MÉDICO: Reconhecimento pela empresa de atestado médico e odontológico fornecido por profissionais conveniados ou credenciados pelo SUS, desde que não mantenham médico do trabalho. PARÁGRAFO ÚNICO - Quando o empregado acompanhar filhos menores de 14 anos ao médico, deverá entregar ao empregador declaração ou atestado que comprove seu comparecimento junto ao profissional, podendo trabalhar no segundo período. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 10

DESCANSO SEMANAL REMUNERADO LEI Nº 605, DE 5 DE JANEIRO DE 1949 Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local.... Art. 7º A remuneração do repouso semanal corresponderá: a) para os que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês, à de um dia de serviço, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas;... Art. 6º. Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho. 1º. São motivos justificados: a) os previstos no artigo 473 e seu parágrafo único da Consolidação das Leis do Trabalho; b) a ausência do empregado, devidamente justificada, a critério da administração do estabelecimento; c) a paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não tenha havido trabalho; d) a ausência do empregado, até três dias consecutivos, em virtude do seu casamento; e) a falta do serviço com fundamento na lei sobre acidente do trabalho; f) a doença do empregado, devidamente comprovada. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 11

LEI Nº 605, DE 5 DE JANEIRO DE 1949 Art. 6º. (...). 2º. A doença será comprovada mediante atestado de médico da instituição de previdência social a que estiver filiado o empregado, e, na falta deste e sucessivamente, de médico do Serviço Social do Comércio ou da Indústria; de médico da empresa ou por ela designado; de médico a serviço de repartição federal, estadual ou municipal, incumbida de assuntos de higiene ou de saúde pública; ou não existindo estes, na localidade em que trabalhar, de médico de sua escolha. Art. 12. Constituem motivos justificados:... DECRETO Nº 27.048, DE 12 DE AGOSTO DE 1949 1º. A doença será comprovada mediante atestado passado por médico da empresa ou por ela designado e pago. 2º. Não dispondo a empresa de médico, o atestado poderá ser passado por médico do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), por médico do Serviço Social da Indústria ou do Serviço Social do Comércio, por médico de repartição federal, estadual ou municipal, incumbida de assuntos de higiene ou saúde, ou, inexistindo na localidade médicos nas condições acima especificadas, por médico do sindicato a que pertença o empregado ou por profissional da escolha deste. 3º. As entradas no serviço, verificadas com atraso, em decorrência de acidentes de transportes, quando devidamente comprovadas mediante atestado da empresa concessionária, não acarretarão, para o trabalhador, a aplicação do disposto no artigo 11. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 12

Ordem preferencial de atestados médicos Súmula nº 15 do TST ATESTADO MÉDICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A justificação da ausência do empregado motivada por doença, para a percepção do salário-enfermidade e da remuneração do repouso semanal, deve observar a ordem preferencial dos atestados médicos estabelecida em lei Ordem preferencial de atestados médicos Médico da empresa ou por ela designado Médico da Previdência Social Médico do SESI ou do SESC Médico de repartição federal, estadual ou municipal Médico do Sindicato da categoria Médico particular Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 13

Comprovação da doença Convenção Coletiva de Trabalho Presidente Prudente CLÁUSULA 25 - ATESTADO MÉDICO: Reconhecimento pela empresa de atestado médico e odontológico fornecido por profissionais conveniados ou credenciados pelo SUS, desde que não mantenham médico do trabalho. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 14

NR 04 - SESMT QUADRO II DIMENSIONAMENTO DOS SESMT Grau de Risco N.º de Empregados no estabelecimento/ Técnicos 101 a 250 251 a 500 501 a 1.000 Técnico Seg. Trabalho 1 2 3 Engenheiro Seg. Trabalho 1* 3 Aux. Enferm. do Trabalho Enfermeiro do Trabalho Médico do Trabalho 1* (*) Tempo parcial (mínimo de três horas) OBS.: Hospitais, Ambulatórios, Maternidade, Casas de Saúde e Repouso, Clínicas e estabelecimentos similares com mais de 500 (quinhentos) empregados deverão contratar um Enfermeiro em tempo integral Abono de Faltas Médico da Empresa Decreto nº 27.048/49 Art 11. Perderá a remuneração do dia de repouso o trabalhador que, sem motivo justificado ou em virtude de punição disciplinar, não tiver trabalhado durante tôda a semana, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.... 2º Não prejudicarão a freqüência exigida as ausências decorrentes de férias. 3º Não serão acumuladas a remuneração do repouso semanal e a do feriado civil ou religioso, que recaírem no mesmo dia. Conforme se verifica pelo 1º do artigo 12 do Decreto nº 27.048/49, os atestados médicos que comprovam a doença do trabalhador devem ser verificados pelo médico da empresa. Art 12.(...) 1º A doença será comprovada mediante atestado passado por médico da emprêsa ou por ela designado e pago. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 15

Abono de Faltas Médico da Empresa Art. 60. (...) LEI Nº 8213/1991 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral. 4º. A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no 3º, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias. Abono de Faltas Médico da Empresa Súmula nº 282 do TST ABONO DE FALTAS. SERVIÇO MÉDICO DA EMPRESA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Ao serviço médico da empresa ou ao mantido por esta última mediante convênio compete abonar os primeiros 15 (quinze) dias de ausência ao trabalho. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 16

Abono de Faltas Médico da Empresa Resolução CFM nº 1.658/2000 REQUISITOS PARA VALIDADE DO ATESTADO MÉDICO a) especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para a completa recuperação do paciente; b) estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente; c) registrar os dados de maneira legível; d) identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho Regional de Medicina Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 17

Resolução CFM nº 1658/2002 CID EM ATESTADOS MÉDICOS OBRIGATORIEDADE Art. 5º Os médicos somente podem fornecer atestados com o diagnóstico codificado ou não quando por justa causa, exercício de dever legal, solicitação do próprio paciente ou de seu representante legal. Parágrafo único No caso da solicitação de colocação de diagnóstico, codificado ou não, ser feita pelo próprio paciente ou seu representante legal, esta concordância deverá estar expressa no atestado. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 18

Resolução CFM nº 1658/2002 Art. 6º Somente aos médicos e aos odontólogos, estes no estrito âmbito de sua profissão, é facultada a prerrogativa do fornecimento de atestado de afastamento do trabalho. 1º Os médicos somente devem aceitar atestados para avaliação de afastamento de atividades quando emitidos por médicos habilitados e inscritos no Conselho Regional de Medicina, ou de odontólogos, nos termos do caput do artigo. OUTROS PROFISSIONAIS NÃO PODEM ATESTAR A FALTA AO TRABALHO Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 19

DECLARAÇÃO DE COMPARECIMENTO NÃO É ATESTADO MÉDIDO CLT Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 20

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE ATESTADO MÉDICO PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE ATESTADO MÉDICO Regimento interno / Regulamento interno/ Circular interna Das Ausências e Atrasos Art. 12 O empregado que se atrasar ao serviço, sair antes do término da jornada ou faltar por qualquer motivo, justifica o fato ao superior imediato, verbalmente ou por escrito, quando solicitado. 1º - À empresa cabe descontar os períodos relativos a atrasos, saídas mais cedo, faltas ao serviço e o conseqüente repouso semanal, excetuadas as faltas e ausências legais. 2º - As faltas ilegais, não justificadas perante a correspondente chefia, acarretam a aplicação das penalidades previstas no Capítulo (...). 3º - As faltas decorrentes de doença, deverão ser abonadas através de Atestado Médico fornecido pelo Serviço Médico da Empresa, ou na inexistência deste, por Médico do INSS, Médico do Serviço Público Federal, Estadual ou Municipal, do Sindicato da categoria desde que conveniado com o SUS ou Médico Particular, nessa ordem de prioridade. 4º - As solicitações de abono de faltas, somente serão aceitas, se as justificativas, com os correspondentes documentos de comprovação, forem apresentadas até 2 (dois) dias úteis após a data do início da ausência. 5º - As faltas, quando não abonadas, acarretarão, além da perda do salário correspondente, a redução legal das férias, devendo ser descontadas no pagamento do salário do mês corrente, caso ocorram até o dia 20 (vinte) do mês, ou no pagamento do salário do mês subseqüente, caso ocorram faltas após esta data. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 21

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO Presidente Prudente CLÁUSULA 26 - TOLERÂNCIA: As empresas tolerarão até 15 (quinze) minutos de atraso, desde que seja esporádico e compensado no mesmo dia. CLÁUSULA 32 - ADVERTÊNCIA E SUSPENSÃO: Em caso de advertência ou suspensão do trabalhador, as empresas comprometem-se a ouvi-lo antes da aplicação da punição, sob pena de invalidar a penalidade aplicada CLÁUSULA 33 - FÉRIAS: O início das férias não poderá coincidir com sábados, domingos ou dias já compensados, exceto na jornada 12 x 36, devendo o pagamento ser efetuado nos termos da CLT. CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO Presidente Prudente CLÁUSULA 39 - CHAMADA À REUNIÃO: Quando o funcionário(a) estiver de folga e for chamado a comparecer a reunião, a empresa fornecerá os passes de ônibus gratuitamente e as horas que ficarem à disposição da empresa serão pagas conforme a cláusula 6ª. CLÁUSULA 18 - DANO MATERIAL: A quebra de materiais usados no desempenho da função, tais como seringas, termômetros ou outro material não poderá ser cobrado do empregado, salvo na ocorrência de dolo ou culpa, devidamente comprovado. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 22

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ATESTADO MÉDICO FALSO: JUSTA CAUSA CLT Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 24

JURISPRUDÊNCIA 117000051309 APRESENTAÇÃO DE ATESTADO FALSO IMPUTAÇÃO DE JUSTA CAUSA IMPROBIDADE Prova existente de que o atestado médico apresentado pelo recorrente era falso. Não comparecimento no hospital na data fixada no atestado. Ato de gravidade suficiente para confirmar a justa causa aplicada pelo empregador, por improbidade. O ato é considerado tão grave pela legislação que chega a ser relevante até mesmo pelo direito penal. Recurso improvido no ponto. (TRT 06ª R. Proc. 0000383-90.2011.5.06.0004 1ª T. Rel. Juiz Paulo Alcântara DJe 14.08.2012 p. 24) 128000037085 JUSTA CAUSA APRESENTAÇÃO DE ATESTADO MÉDICO FALSO ATO DE IMPROBIDADE A entrega de atestado médico falsificado, pelo empregado ao empregador, tipifica justa causa por ato de improbidade, prevista no art. 482, a, da CLT. (TRT 17ª R. RO 39300-42.2006.5.17.0007 Rel. Des. Claudio Armando Couce de Menezes DJe 23.04.2012 p. 150) 114000104818 JUSTA CAUSA ATESTADO MÉDICO FALSO Uma vez provado que a reclamante entregou atestado falso a seu empregador, por certo tal comportamento compromete a relação havida entre as partes, pois implica na destruição dos requisitos de confiança e boa-fé, indispensáveis ao prosseguimento do vínculo de emprego, impondo-se a manutenção da sentença que autorizou a dispensa por justa causa. (TRT 03ª R. RO 588-86.2011.5.03.0042 Rel. Juiz Conv. Milton V. Thibau de Almeida DJe 21.12.2011 p. 118) O AUXÍLIO DOENÇA DECRETO Nº 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999 Art. 71. O auxílio-doença será devido ao segurado que, após cumprida, quando for o caso, a carência exigida, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos. Aconselha-se utilizar a lei em benefício da empresa. Não é qualquer atestado médico que deve ser aceito, e quem deve verificar se os afastamentos justificados pelos atestados médicos apontam uma doença do trabalhador e sua efetiva incapacidade para o trabalho é o médico do trabalho da empresa. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 25

Auxílio Doença Lei nº 8213, de 24/07/1991 Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz. 1º. Quando requerido por segurado afastado da atividade por mais de 30 (trinta) dias, o auxílio-doença será devido a contar da data da entrada do requerimento. 2º. (Revogado pela Lei nº 9.032, de 28.04.1995) 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral. 4º. A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no 3º, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 26

Decreto nº 3.048/1999 Art. 75. Durante os primeiros quinze dias consecutivos de afastamento da atividade por motivo de doença, incumbe à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário. 1º Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros quinze dias de afastamento. 2º Quando a incapacidade ultrapassar quinze dias consecutivos, o segurado será encaminhado à perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social. 3º Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de sessenta dias contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos quinze primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se os dias trabalhados, se for o caso. Art. 63. O segurado empregado em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa como licenciado. (lei nº 8213, de 24/07/1991) Suspensão do contrato de trabalho Art. 476. Em caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença não remunerada, durante o prazo desse benefício (CLT) Art. 80. O segurado empregado em gozo de auxílio-doença é considerado pela empresa como licenciado. Parágrafo único. A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obrigada a pagar-lhe durante o período de auxílio-doença a eventual diferença entre o valor deste e a importância garantida pela licença. (Decreto nº 3048, de 06/05/1999) Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 27

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA x AUXÍLIO DOENÇA CONTRATO DE EXPERIÊNCIA x AUXÍLIO DOENÇA Segundo entendimento de nossos tribunais, o afastamento previdenciário para gozo de auxíliodoença não possui o condão de prorrogar o término do contrato de trabalho por prazo determinado, tampouco suspendê-lo, a não ser que tal hipótese integre os termos formais do ajuste (art. 472, 2º, da CLT), porquanto o seu termo final é, previamente, conhecido pelas partes. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 28

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA x AUXÍLIO DOENÇA Contrato de experiência que não contiver cláusula que determine que será computado na contagem do período de experiência o afastamento do trabalhador por auxílio doença, deve formalizar a rescisão do contrato na data final do contrato de experiência, mesmo que o trabalhador esteja afastado. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA x AUXÍLIO DOENÇA PRAZO DO CONTRATO CLÁUSULA - O presente contrato terá como vigência o prazo determinado de ( ) dias, com início na data de sua assinatura e término no dia / /. 1º- A não prorrogação, ou a não extinção deste contrato no dia de seu término, implicará na sua conversão automática, como de prazo indeterminado, nos termos do art. 445, parágrafo único da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho. 2º - Ocorrendo afastamento do EMPREGADO por motivo de auxílio doença, o tempo de afastamento não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação, conforme permite o artigo 472, 2º, da CLT. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 29

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA x AUXÍLIO DOENÇA "Art. 472. O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar ou de outro encargo público não constituirá motivo para a alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador.... 2º. Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA x AUXÍLIO DOENÇA Se o período de afastamento por auxílio doença exceder a data de encerramento do contrato de experiência, a empresa deve enviar ao empregado uma notificação via carta registrada com aviso de recebimento ou um telegrama com comprovante de recebimento, para a residência do mesmo, comunicando que não haverá a prorrogação do contrato de experiência. É importante que a empresa tenha este documento. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 30

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA x AUXÍLIO DOENÇA Súmula 378, do Tribunal Superior do Trabalho. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/1991 CONTRATO DE EXPERIÊNCIA x AUXÍLIO DOENÇA Caso o afastamento dado pelo INSS tenha sido pela espécie 31, não haverá a estabilidade de 12 meses. CLÁUSULA 24 - ESTABILIDADE PROVISÓRIA: Conceder estabilidade de 150 (cento e cinquenta) dias aos funcionários que adquirirem doenças infectocontagiosas em decorrência do trabalho, a contar da alta médica. Entende-se por doenças infectocontagiosas as doenças controladas e acompanhadas pelo Centro de Saúde Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 31

Decreto nº 3048/1999 Art. 30. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:... III - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; Art. 71.. 2º Será devido auxílio-doença, independentemente de carência, aos segurados obrigatório e facultativo, quando sofrerem acidente de qualquer natureza. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 32

Decreto nº 3048/1999 Art. 32. O salário-de-benefício consiste:... II - para as aposentadorias por invalidez e especial, auxílio-doença e auxílioacidente na média aritmética simples dos maiores salários-decontribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo;... 3º O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao limite máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício.... Art. 39. A renda mensal do benefício de prestação continuada será calculada aplicando-se sobre o salário-de-benefício os seguintes percentuais: I - auxílio-doença - noventa e um por cento do salário-de-benefício;. TABELA VIGENTE Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2013 Salário-de-contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) até 1.247,70 8,00 de 1.247,71 até 2.079,50 9,00 de 2.079,51 até 4.159,00 11,00 Portaria Interministerial MPS/MF nº 15, de 10 de janeiro de 2013 Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 33

Decreto nº 3048/1999 Art. 73. O auxílio-doença do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela previdência social será devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício de uma delas, devendo a perícia médica ser conhecedora de todas as atividades que o mesmo estiver exercendo. 1º Na hipótese deste artigo, o auxílio-doença será concedido em relação à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado, considerando-se para efeito de carência somente as contribuições relativas a essa atividade. 2º Se nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de imediato o afastamento de todas. 3º Constatada, durante o recebimento do auxílio-doença concedido nos termos deste artigo, a incapacidade do segurado para cada uma das demais atividades, o valor do benefício deverá ser revisto com base nos respectivos salários-de-contribuição, observado o disposto nos incisos I a III do artigo 72. 4º Ocorrendo a hipótese do 1º, o valor do auxílio-doença poderá ser inferior ao salário mínimo desde que somado às demais remunerações recebidas resultar valor superior a este. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 34

O INSS, na hora de calcular o benefício, vai levar em conta se a pessoa está incapacitada para ambos os empregos. Ela terá de se afastar das duas atividades? Se sim, vai somar os dois salários e calcular o valor do auxílio-doença. Mas se estiver incapacitada para apenas um emprego, vai calcular o benefício com base no salário deste emprego - no outro, ela continuaria a trabalhar normalmente. http://noticias.r7.com/economia/noticias/tenho-dois-empregos-e-vou-fazercirurgia-tenho-direito-a-dois-auxilios-doenca-20110126.html FRAUDE AO INSS Um dos meios mais eficazes de comunicar a fraude é fazer com que ela seja investigada, devendo denunciá-la à ouvidoria do INSS, com todos os dados do segurado, objetivando a cassação do benefício.... Se cassado o auxílio-doença e o empregador possuir provas suficientes comprovando a fraude, o empregado poderá ser dispensado por Justa Causa.... Não há dúvida, perpetuada e comprovada a fraude, cabe ao órgão previdenciário reaver o pagamento ao empregado fraudador a título de benefícios percebidos. http://www.celestinoadv.com.br/artigos/trabalhadores-fraudam-aprevidencia-e-o-proprio-empregador/ Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 35

FRAUDE AO INSS O artigo 348, 2.º do Decreto 3.048/99 dispõe que "na hipótese de ocorrência de dolo, fraude ou simulação, a seguridade social pode, a qualquer tempo, apurar e constituir seus créditos". Verifica-se, assim, que não há prescrição na ocorrência de dolo, fraude ou simulação. De forma inequívoca se pode afirmar que diante do pagamento indevido do benefício pela previdência social, a mesma deverá cancelar imediatamente a concessão do mesmo. Haverá a possibilidade de cobrança de toda a quantia eventualmente paga, acrescida de juros, correção monetária e multa quando o segurado agiu com má-fé para a obtenção do benefício previdenciário. Ao revés, não caracterizada a má-fé, mas simples falha do INSS, o valor referente ao benefício previdenciário já pago ao segurado não terá que ser devolvido, especialmente em razão do caráter alimentar do mesmo. Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/19175/o-exercicio-de-atividade-laborativapelo-segurado-durante-o-periodo-de-incapacidade-e-as-repercussoes-no-direitoprevidenciario#ixzz2wpitfziq Decreto nº 3048/1999 Art. 74. Quando o segurado que exercer mais de uma atividade se incapacitar definitivamente para uma delas, deverá o auxílio-doença ser mantido indefinidamente, não cabendo sua transformação em aposentadoria por invalidez, enquanto essa incapacidade não se estender às demais atividades. Parágrafo único. Na situação prevista no caput, o segurado somente poderá transferirse das demais atividades que exerce após o conhecimento da reavaliação médicopericial Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 36

Decreto nº 3048/1999 Art. 78. O auxílio-doença cessa pela recuperação da capacidade para o trabalho, pela transformação em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de qualquer natureza, neste caso se resultar seqüela que implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 1º O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico-pericial, o prazo que entender suficiente para a recuperação da capacidade para o trabalho do segurado, dispensada nessa hipótese a realização de nova perícia. 2º Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado poderá solicitar a realização de nova perícia médica, na forma estabelecida pelo Ministério da Previdência Social. 3º O documento de concessão do auxílio-doença conterá as informações necessárias para o requerimento da nova avaliação médico-pericial. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 37

AUXÍLIO DOENÇA ACIDENTÁRIO LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 38

AUXÍLIO DOENÇA ACIDENTÁRIO B 91 Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. 1º. Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 39

AUXÍLIO DOENÇA ACIDENTÁRIO B 91 Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:... II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 1º. Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. 2º. Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior. AUXÍLIO DOENÇA ACIDENTÁRIO B 91 REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DECRETO Nº 3048/1999 A N E X O II AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO ART. 20 DA LEI Nº 8.213, DE 1991 LISTA A AGENTES OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL RELACIONADOS COM A ETIOLOGIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DE OUTRAS DOENÇAS RELACIONADAS COM O TRABALHO LISTA B (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009) Nota: 1. As doenças e respectivos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional listados são exemplificativos e complementares. LISTA C (Incluído pelo Decreto nº 6.957, de 2009) Nota: 1 - São indicados intervalos de CID-10 em que se reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma do 3 o do art. 337, entre a entidade mórbida e as classes de CNAE indicadas, nelas incluídas todas as subclasses cujos quatro dígitos iniciais sejam comuns Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 40

AUXÍLIO DOENÇA ACIDENTÁRIO B 91 LEI Nº 8213/1991 Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; DECRETO Nº 3.048, DE 06 DE MAIO DE 1999 LISTA A AGENTES OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL RELACIONADOS COM A ETIOLOGIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DE OUTRAS DOENÇAS RELACIONADAS COM O TRABALHO AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL DOENÇAS CAUSALMENTE RELACIONADAS COM OS RESPECTIVOS AGENTES OU FATORES DE RISCO (DENOMINADAS E CODIFICADAS SEGUNDO A CID-10) XXIV - Radiações Ionizantes 1. Neoplasia maligna da cavidade nasal e dos seios paranasais (C30-C31.-) 2. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-) 3. Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (Inclui "Sarcoma Ósseo") 4. Outras neoplasias malignas da pele (C44.-) 5. Leucemias (C91-C95.-) 6. Síndromes Mielodisplásicas (D46.-) 7. Anemia Aplástica devida a outros agentes externos (D61.2) 8. Hipoplasia Medular (D61.9) 9. Púrpura e outras manifestações hemorrágicas (D69.-) 10. Agranulocitose (Neutropenia tóxica) (D70) Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 41

DECRETO Nº 3.048, DE 06 DE MAIO DE 1999 LISTA A AGENTES OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL RELACIONADOS COM A ETIOLOGIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DE OUTRAS DOENÇAS RELACIONADAS COM O TRABALHO AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL DOENÇAS CAUSALMENTE RELACIONADAS COM OS RESPECTIVOS AGENTES OU FATORES DE RISCO (DENOMINADAS E CODIFICADAS SEGUNDO A CID-10) XXIV - Radiações Ionizantes 11. Outros transtornos especificados dos glóbulos brancos: Leucocitose, Reação Leucemóide (D72.8) 12. Polineuropatia induzida pela radiação (G62.8) 13. Blefarite (H01.0) 14. Conjuntivite (H10) 15. Queratite e Queratoconjuntivite (H16) 16. Catarata (H28) 17. Pneumonite por radiação (J70.0 e J70.1) 18. Gastroenterite e Colites tóxicas (K52.-) 19. Radiodermatite (L58.-): Radiodermatite Aguda (L58.0); Radiodermatite Crônica (L58.1); Radiodermatite, não especificada (L58.9); Afecções da pele e do tecido conjuntivo relacionadas com a radiação, não especificadas (L59.9) 20. Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose Devida a Drogas (M87.1); Outras Osteonecroses Secundárias (M87.3) 21. Infertilidade Masculina (N46) 22. Efeitos Agudos (não especificados) da Radiação (T66 Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 42

DECRETO Nº 3.048, DE 06 DE MAIO DE 1999 LISTA A AGENTES OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL RELACIONADOS COM A ETIOLOGIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DE OUTRAS DOENÇAS RELACIONADAS COM O TRABALHO AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL DOENÇAS CAUSALMENTE RELACIONADAS COM OS RESPECTIVOS AGENTES OU FATORES DE RISCO (DENOMINADAS E CODIFICADAS SEGUNDO A CID-10) XXV - Microorganismos e parasitas infecciosos vivos e seus produtos tóxicos (Exposição ocupacional ao agente e/ou transmissor da doença, em profissões e/ou condições de trabalho especificadas) 1. Tuberculose (A15-A19.-) 2. Carbúnculo (A22.-) 3. Brucelose (A23.-) 4. Leptospirose (A27.-) 5. Tétano (A35.-) 6. Psitacose, Ornitose, Doença dos Tratadores de Aves (A70.-) 7. Dengue (A90.-) 8. Febre Amarela (A95.-) 9. Hepatites Virais (B15-B19.-) 10. Doença pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) (B20-B24.-) 11. Dermatofitose (B35.-) e Outras Micoses Superficiais (B36.-) 12. Paracoccidiomicose (Blastomicose Sul Americana, Blastomicose Brasileira, Doença de Lutz) (B41.-) 13. Malária (B50-B54.-) DECRETO Nº 3.048, DE 06 DE MAIO DE 1999 LISTA A AGENTES OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL RELACIONADOS COM A ETIOLOGIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DE OUTRAS DOENÇAS RELACIONADAS COM O TRABALHO AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL DOENÇAS CAUSALMENTE RELACIONADAS COM OS RESPECTIVOS AGENTES OU FATORES DE RISCO (DENOMINADAS E CODIFICADAS SEGUNDO A CID-10) XXV - Microorganismos e parasitas infecciosos vivos e seus produtos tóxicos (Exposição ocupacional ao agente e/ou transmissor da doença, em profissões e/ou condições de trabalho especificadas) 14. Leishmaniose Cutânea (B55.1) ou Leishmaniose Cutâneo- Mucosa (B55.2) 15. Pneumonite por Hipersensibilidade a Poeira Orgânica (J67.-): Pulmão do Granjeiro (ou Pulmão do Fazendeiro) (J67.0); Bagaçose (J67.1); Pulmão dos Criadores de Pássaros (J67.2);Suberose (J67.3);Pulmão dos Trabalhadores de Malte (J67.4); Pulmão dos que Trabalham com Cogumelos (J67.5); Doença Pulmonar Devida a Sistemas de Ar Condicionado e de Umidificação do Ar (J67.7); Pneumonites de Hipersensibilidade Devidas a Outras Poeiras Orgânicas (J67.8); Pneumonite de Hipersensibilidade Devida a Poeira Orgânica não especificada (Alveolite Alérgica Extrínseca SOE; Pneumonite de Hipersensibilidade SOE (J67.0) 16. "Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas complicações infecciosas" (L08.9) Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 43

DECRETO Nº 3.048, DE 06 DE MAIO DE 1999 A N E X O II AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO ART. 20 DA LEI No 8.213, DE 1991 (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 9 de setembro de 2009) AGENTES PATOGÊNICOS BIOLÓGICOS TRABALHOS QUE CONTÊM O RISCO XXV - MICROORGANISMOS E PARASITAS INFECCIOSOS VIVOS E SEUS PRODUTOS TÓXICOS 7-Mycobacteria, vírus; outros organismos responsáveis por doenças transmissíveis. Hospital; laboratórios e outros ambientes envolvidos no tratamento de doenças transmissíveis. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 44

DECRETO Nº 3.048, DE 06 DE MAIO DE 1999 A N E X O II - AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO ART. 20 DA LEI No 8.213, DE 1991 (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 9 de setembro de 2009) AGENTES PATOGÊNICOS QUÍMICOS TRABALHOS QUE CONTÊM O RISCO FÍSICOS XXIV RADIAÇÕES IONIZANTES 3. trabalhos executados com exposições a raios X, rádio e substâncias radioativas para fins industriais, terapêuticos e diagnósticos; LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:... II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 45

LISTA B DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS RELACIONADAS COM O TRABALHO (Grupo I da CID-10) DOENÇAS AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONALI - Tuberculose (A15-A19.-) Exposição ocupacional ao Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch) ou Mycobacterium bovis, em atividades em laboratórios de biologia, e atividades realizadas por pessoal de saúde, que propiciam contato direto com produtos contaminados ou com doentes cujos exames bacteriológicos são positivos (Z57.8) (Quadro XXV) Hipersuscetibilidade do trabalhador exposto a poeiras de sílica (Sílicotuberculose) (J65.-) Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 46

LISTA B IX - Hepatites Virais (B15-B19.-) Exposição ocupacional ao Vírus da Hepatite A (HAV); Vírus da Hepatite B (HBV); Vírus da Hepatite C (HCV); Vírus da Hepatite D (HDV); Vírus da Hepatite E (HEV), em trabalhos envolvendo manipulação, acondicionamento ou emprego de sangue humano ou de seus derivados; trabalho com águas usadas e esgotos; trabalhos em contato com materiais provenientes de doentes ou objetos contaminados por eles. (Z57.8) (Quadro XXV) Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 47

LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: (...) Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o que dispuser o regulamento. 1 o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo. 2 o A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social. LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 48

LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:... II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 49

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO Presidente Prudente CLÁUSULA 35 - ACIDENTE DE TRABALHO: Fica o empregador obrigado a fornecer toda a documentação como acidente de trabalho, quando for o caso, aos empregados que forem agredidos por pacientes. LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:... III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 50

LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:... IV - o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mãode-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 51

LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 Art. 20. (...): 1º. Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 52

ACIDENTE DURANTE O INTERVALO PARA REFEIÇÃO Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: (...) 1º. Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. (LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991) ACIDENTE DURANTE O INTERVALO PARA REFEIÇÃO Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:... III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: (...) 1º. Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 53

ACIDENTE DURANTE INTERVALO PARA REFEIÇÃO LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 54

LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 55

http://www.opas.org.br/saudedotrabalhador/arquivos/sala284.pdf MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS ESTRATÉGICAS ÁREA TÉCNICA DE SAÚDE DO TRABALHADOR Protocolos Médicos Assistenciais de Complexidade Diferenciada PROTOCOLO DE EXPOSIÇÃO À MATERIAIS BIOLÓGICOS Autores: Dr. Damásio Macedo Trindade Dr. Álvaro Roberto Crespo Merlo Dra. Dvora Joveleviths Dra. Maria Cecília Verçoza Viana Dr. Vinícius Guterres de Carvalho MS / COSAT / 2005 http://www.opas.org.br/saudedotrabalhador/arquivos/sala284.pdf 1. CONDUTAS APÓS O ACIDENTE 1.1. Cuidados com a área exposta 1.2. Avaliação do acidente 1.3. Orientações e Aconselhamento ao acidentado 1.4. Notificação do acidente (CAT/SINAN) 1.1. CUIDADOS COM A ÁREA EXPOSTA(1, 4, 16, 18, 24-28) Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos de exposição percutânea ou cutânea. Nas exposições de mucosas deve-se lavar exaustivamente com água ou solução salina fisiológica. Não há evidência de que o uso de anti-sépticos ou a expressão do local do ferimento reduzam o risco de transmissão, entretanto o uso de anti-séptico não é contra-indicado. Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como cortes, injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio) também está contra-indicada. - 1.2. AVALIAÇÃO DO ACIDENTE(1, 4, 16, 18, 24-29) Estabelecer o material biológico envolvido: sangue, fluídos orgânico potencialmente infectante (sêmen, secreção vaginal, líquor, líquido sinovial, peritoneal, pericárdico e amniótico), fluídos orgânicos potencialmente não infectantes (suor, lágrima, fezes, urina e saliva), exceto se contaminado com sangue; Tipo de acidente: pérfuro cortante, contato com mucosa, contato com pele com solução de continuidade; Conhecimento da fonte (paciente-fonte comprovadamente infectado ou exposto a comportamento de risco); Fonte desconhecida. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 56

http://www.opas. org.br/saudedotrabalhador/arqui vos/s al a284.pdf 2.4. Status sorológico do acidentado - Verificar realização de vacinação para Hepatite B; - Comprovação de imunidade através do Anti HBs 3. MANEJO FRENTE A EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO 3.1. Condutas Frente à Exposição ao HIV(4, 5, 6, 7, 10, 17, 24 a 27, 29) Paciente-fonte comprovadamente HIV positivo Um paciente-fonte é considerado infectado pelo HIV quando há documentação de exames anti-hiv positivos ou o diagnóstico clínico de AIDS.(23, 25) Conduta Indicada: quimioprofilaxia anti-retroviral (analisar o acidente) Paciente-fonte comprovadamente HIV negativo Envolve a existência de documentação laboratorial disponível recente (até 30 dias para o HIV) ou no momento do acidente, através do teste rápido. Não está indicada a quimioprofilaxia anti-retroviral. Além do teste rápido deve ser coletado material para a testqagem convencional do HIV. Paciente-fonte com situação sorológica desconhecida ou paciente-fonte desconhecido Um paciente-fonte com situação sorológica desconhecida deve, sempre que possível, ser testado para o vírus HIV, após obtido o seu consentimento; deve-se colher também sorologias para HBV e HCV. Na impossibilidade de se colher as sorologias do paciente-fonte ou de não se conhecer o mesmo (p.e., acidente com agulha encontrada no lixo), recomenda-se a avaliação do risco de infecção pelo HIV, levando-se em conta o tipo de exposição, dados clínicos e epidemiológicos.(11) http://www.opas. org.br/saudedotrabalhador/arqui vos/s al a284.pdf Quando indicada, a PPE (profilaxia pós exposição) deverá ser iniciada o mais rápido possível, idealmente, nas primeiras horas após o acidente. Estudos em animais sugerem que a quimioprofilaxia não é eficaz, quando iniciada 24 a 48 horas após a exposição. Recomenda-se que o prazo máximo, para início de PPE, seja de até 72h após o acidente. A duração da quimioprofilaxia é de 28 dias. Atualmente, existem diferentes medicamentos anti-retrovirais potencialmente úteis, embora nem todos indicados para PPE, com atuações em diferentes fases do ciclo de replicação viral do HIV. Mulheres em idade fértil, oferecer o teste de gravidez para aquelas que não sabem, informar sobre a possibilidade de gestação em curso. Nos casos em que se suspeita que o paciente-fonte apresente uma resistência viral encaminhar o acidentado para especialista. Os esquemas preferenciais para PPE estabelecidos pelo Ministério da Saúde são: 1) Básico - ZIDIVUDINA (AZT) + LAMIVUDINA (3TC) Preferencialmente combinados em um mesmo comprimido (por exemplo: Biovir ) 2) Ampliado AZT + 3TC + INDINAVIR OU NELFINAVIR Doses habitualmente utilizadas na infecção pelo HIV/aids devem ser prescritas nos esquemas de PPE. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 57

http://www.opas. org.br/saudedotrabalhador/arqui vos/s al a284.pdf Medicamentos anti-retrovirais diferentes do esquema padrão podem estar indicados quando há suspeita de exposição a cepas virais resistentes. Nestes casos, uma avaliação criteriosa deve ser feita por médicos especialistas na área de infecção pelo HIV/aids. Como a resistência provavelmente afeta toda uma classe de anti-retrovirais, é prudente incluir uma droga de uma outra classe. Ressalta-se que a falta de um especialista, no momento imediato do atendimento pós-exposição, não é razão suficiente para retardar o início da quimioprofilaxia. Nestes casos, recomenda-se o uso dos esquemas habituais (como AZT + 3TC + IP) até que o profissional acidentado seja reavaliado quanto à adequação da PEP, iniciada dentro do prazo ideal de até 72h após a exposição. Na dúvida sobre o tipo de acidente, é melhor começar a profilaxia e posteriormente reavaliar a manutenção ou mudança do tratamento. Prevenção à Transmissão Secundária. Nos casos de exposição ao HIV o Profissional de saúde deve evitar atividade sexual sem proteção pelo período de seguimento, mas principalmente nas primeiras 6 a 12 semanas pós-exposição. Deve evitar gravidez, doação de sangue, plasma, orgãos, tecidos e sêmen. O aleitamento materno deve ser interrompido. http://www.opas. org.br/saudedotrabalhador/arqui vos/s al a284.pdf 3.1.2. Termo de Consentimento Informado para o paciente-fonte,autorizando a realização dos exames. Modelo de Termo de Consentimento Informado ( para o paciente-fonte ) Informamos que durante o seu atendimento neste Serviço ( UBS, Hospital, etc) um funcionário foi vítima de um acidente onde houve contato com seu material biológico. Com o objetivo de evitar tratamentos desnecessários e prevenir situações de risco, estamos solicitando, através da equipe médica que está atendendo, autorização para que sejam realizados alguns exames. Serão solicitados exames para AIDS; e hepatites B e C. Para a realização destes exames será necessária uma coleta simples de sangue venoso, em torno de 8 ml, como realizada para qualquer outro exame convencional já realizado anteriormente. O risco associado a este tipo de coleta é o de poder haver um pequeno derrame local (hematoma), que habitualmente não tem conseqüências além de um pequeno desconforto local. O benefício que você poderá vir a ter é receber informações diagnósticas sobre estas três doenças já citadas e orientação do seu tratamento, se for o caso. Todas as informações serão mantidas em sigilo, servindo unicamente para orientar a condução do tratamento do funcionário acidentado. A sua equipe médica será informada a respeito dos resultados de seus exames que serão incluídos no seu prontuário médico. Caso você não concorde com a realização dos exames, esta decisão não causará prejuízo em seu atendimento nesta instituição. Eu, após ter sido adequadamente informado do objetivo desta solicitação e dos procedimentos que serei submetido, concordo ( ) não concordo ( ) que seja coletado meu sangue para a realização dos exames diagnósticos acima descritos. Cidade, de de. Nome: Assinatura: Nº prontuário: Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 58

http://www.opas. org.br/saudedotrabalhador/arqui vos/s al a284.pdf 3.1.3. Termo de Consentimento Informado ( para o acidentado) Modelo de Termo de Consentimento Informado do acidentado Eu, estou de acordo em me submeter a PROFILAXIA PÓS- EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO HIV adotada por este serviço de saúde, após ter sido exposto à contato com material biológico e recebido as seguintes informações: 1. Que existe de risco de transmissão de HIV pós-exposição ocupacional; 2. Qual é a quimioprofilaxia indicada para o grau de risco de exposição; 3. Os conhecimentos sobre a quimioprofilaxia pós-exposição ocupacional ao HIV são limitados; 4. Os dados de outros medicamentos, que não o AZT, são limitados quanto a toxicidade em pessoas sem infecção por HIV ou que estão grávidas; 5. Algumas ou todas as drogas da quimioprofilaxia podem não ser toleradas pelos profissionais expostos; 6. Recebi informações sobre os efeitos adversos que as medicações poderão causar. 7. Fui orientado sobre a importância de comparecer às consultas nas datas determinadas para a realização dos exames de controle; assim como para informar qualquer manifestação que possa ocorrer em relação ao uso da profilaxia indicada. Nome: Telefone: Endereço: Nº prontuário: Assinatura do Médico A vacina atual para HBV é aplicada, na dosagem de 20 mcg/ml (ou conforme o fabricante), no esquema de 3 doses, exclusivamente em deltóide, com intervalos de 0, 1 e 6 meses; o esquema de 0, 1, 2 meses pode ser utilizado em situações em que a vacinação rápida é necessária, pois os anticorpos protetores são observados em quase todos os vacinados a partir do terceiro mês. É esperado o desaparecimento do título de anticorpos ao longo do tempo mas a imunidade está mantida. Cerca de 95% a 99% atingem níveis protetores de anticorpos. O uso de dosagem dupla de vacina (40mcg/2ml) nos esquemas habituais, ou variantes desse, estão indicados nos casos de trabalhadores com imunidade comprometida. Após obter-se uma dosagem de Anti-HBs Ag > 10 UI/l não está indicada dosagens posteriores. As pessoas que fizeram um esquema vacinal completo e não respondem à vacinação, ou seja, Anti-HBs < 10 UI/L, devem receber uma dose de reforço, testar novamente o nível de anticorpos e caso continuem não respondedoras, devem receber mais duas doses de vacina e após 1 a 3 meses realizar o Anti-HBs. Se ainda persistirem não respondedoras, não são indicadas outras doses da vacina (2). Não há nenhuma restrição quanto às atividades laborais, para as pessoas que não responderam à vacinação para hepatite B; no entanto, caso sofram acidente com material biológico, elas devem procurar o serviço médico de referência com a maior brevidade para avaliar a necessidade de profilaxia pós-exposição. As pessoas que trabalham nos centros de hemodiálise e que são não respondedoras devem realizar Anti-HBc e HBs Ag a cada 6 meses. 3.2.1. FLUXOGRAMA DE PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO À HEPATITE B (...) 3.3. Condutas Frente à Exposição ao HCV (41) Até o momento não existe nenhuma profilaxia pós exposição contra o HCV. A incubação do HCV é de 2 a 24 semanas (em média 6 a 7 semanas). Pode ocorrer alteração na TGP em torno de 15 dias e a positividade do RNA - anti HCV (PCR) aparece entre 8 a 21 dias. O anti-hcv (3ª geração) já pode ser detectado cerca de 6 semanas após a exposição. Dessa forma, o acompanhamento preconizado para trabalhadores que se acidentaram com fonte HCV positiva ou desconhecida consiste na realização dos seguintes exames: Momento zero 30 dias 6 meses Momento zero 45 dias 3 meses 6 meses ALT (TGP) REALIZAR REALIZAR REALIZAR ALT (TGP) REALIZAR REALIZAR REALIZAR REALIZAR Anti-HCV REALIZAR NÃO REALIZAR Anti-HCV REALIZAR NÃO NÃO REALIZAR PCR (RNA-HCV) REALIZAR Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 59

-------- Rotina adaptada do esquema sugerido pelo CDC Tabela sugerida para discussão: Em caso de soroconversão, deve-se realizar teste confirmatório por RIBA ou PCR. Quando se identifica precocemente a infecção pelo HCV, o acidentado deve ser esclarecido e assinar Termo de Consentimento Informado e após encaminhado para médico capacitado para provável tratamento. Prevenção da transmissão secundária. O profissional de saúde exposto ao vírus da hepatite B e/ou hepatite C não precisa tomar precauções especiais para transmissão secundária, durante o período de seguimento. Entretanto, deve evitar doação de sangue, plasma, órgãos, tecidos ou sêmen. Não precisa modificar suas práticas sexuais, evitar gravidez ou interromper o aleitamento materno. 3.3.1. FLUXOGRAMA DE PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO À HEPATITE C (esquema clássico) (4, 24, 34) (...) 3.3.2. FLUXOGRAMA DE PROFILAXIA PÓS - EXPOSIÇÃO À HEPATITE C (proposta para discussão) (33, 35, 36,, 40, 41, 42, 43, 44) Provável cura em três meses, redução de custos para a instituição, com menos retorno e menor estresse do acidentado (...) http://www.opas. org.br/saudedotrabalhador/arqui vos/s al a284.pdf 3.3.4. Termo de Consentimento Informado (30) Interferon Alfa, Interferon Alfa Peguilado e Ribavirina Eu, (nome do (a) paciente), abaixo identificado (a) e firmado (a), declaro ter sido informado (a) claramente sobre todas as indicações, contraindicações, principais efeitos colaterais e riscos relacionados ao uso de interferon alfa ou interferon peguilado, associados ou não com ribavirina, preconizados para o tratamento de hepatite viral aguda / crônica C. Estou ciente de que este (s) medicamento (s) somente poderá ser utilizado por mim, comprometendo-me a devolvê-lo (s) caso o tratamento seja interrompido. Os termos médicos foram explicados e todas as minhas dúvidas foram esclarecidas pelo médico (nome do médico que prescreve). Expresso também minha concordância e espontânea vontade em submeter-me ao referido tratamento, assumindo a responsabilidade e os riscos por eventuais efeitos indesejáveis decorrentes. Assim declaro que: Fui claramente informado (a) de que a associação de interferon alfa + ribavirina ou interferon alfa peguilado + ribavirina podem trazer os seguintes benefícios: Redução de replicação viral; melhora da inflamação de fibrose hepática. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 60

DECRETO Nº 3048/1999 Art. 337. O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS, mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo. 1º O setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social reconhecerá o direito do segurado à habilitação do benefício acidentário. 2º Será considerado agravamento do acidente aquele sofrido pelo acidentado quanto estiver sob a responsabilidade da reabilitação profissional. 3º Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID em conformidade com o disposto na Lista C do Anexo II deste Regulamento. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 61

DECRETO Nº 3048/1999 ANEXO V (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009) RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO (CONFORME A CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS) CNAE 2.0 Descrição Alíquota 8610-1/01 Atividades de atendimento hospitalar, exceto pronto-socorro e unidades para atendimento a urgências 2 8610-1/02 Atividades de atendimento em pronto-socorro e unidades hospitalares para atendimento a urgências 2... 8630-5/01 Atividade médica ambulatorial com recursos para realização de procedimentos cirúrgicos 1 8640-2/01 Laboratórios de anatomia patológica e citológica 2 8640-2/02 Laboratórios clínicos 2 8640-2/03 Serviços de diálise e nefrologia 2 DECRETO Nº 3048/1999 ANEXO V (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009) RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO (CONFORME A CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS) CNAE 2.0 Descrição Alíquota 8640-2/04 Serviços de tomografia 1 8640-2/05 Serviços de diagnóstico por imagem com uso de radiação ionizante, exceto tomografia 2 8640-2/06 Serviços de ressonância magnética 2 8640-2/07 Serviços de diagnóstico por imagem sem uso de radiação ionizante, exceto ressonância magnética 1 8640-2/08 Serviços de diagnóstico por registro gráfico - ECG, EEG e outros exames análogos 3 8640-2/09 Serviços de diagnóstico por métodos ópticos - endoscopia e outros exames análogos 2 Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 62

DECRETO Nº 3048/1999 ANEXO V (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009) RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO (CONFORME A CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS) CNAE 2.0 Descrição Alíquota 8640-2/10 Serviços de quimioterapia 2 8640-2/11 Serviços de radioterapia 2 8640-2/12 Serviços de hemoterapia 1 8640-2/13 Serviços de litotripsia 1... 8650-0/01 Atividades de enfermagem 1 8650-0/02 Atividades de profissionais da nutrição 3 DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C Nota: (Incluído pelo Decreto nº 6.957, de 2009) 1 - São indicados intervalos de CID-10 em que se reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma do 3 o do art. 337, entre a entidade mórbida e as classes de CNAE indicadas, nelas incluídas todas as subclasses cujos quatro dígitos iniciais sejam comuns. CID 10 www.datasus.gov.br/cid10/v2008/cid10.htm Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 63

DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 A15-A19= Tuberculose F 30= Episódio Maníaco F 31 = Transtorno Afetivo Bipolar F 32 = Episódios Depressivos F 33 = Transtorno Depressivo Recorrente F 34 = Transtorno de Humor (afetivos) Persistentes F 38 = Outros Transtornos de Humor (afetivos) F 39 = Transtorno de Humor (afetivo) não especificado F 40 = Transtornos de Fóbicos-ansiosos F 41 = Outros Transtornos ansiosos F 42 = Transtorno Obssessivo-compulsivo F 43 = Reações ao stress grave e transtornos de adaptação F 44 = Transtornos dissociados (de conversão) F 45 = Transtornos somatoformes F 48 = Outros Transtornos neuróticos DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 G 50 = Transtornos de nervo trigêmeo G 51 = Transtornos de nervo facial G 52 = Transtornos de outros nervos cranianos G 53 = Transtornos nervos cranianos em doenças classificadas em outra parte G 54 = Transtornos das raízes e dos plexos nervosos G 55 = Compressões das raízes e dos plexos nervosos em doenças classificadas em outra parte G 56 = Mononeuropatias dos membros superiores G 57 = Mononeuropatias dos membros inferiores G 58 = Outras Mononeuropatias G 59 = Síndromes comportamentais associados a transtornos das funções fisiológicas e a fatores físicos,não especificadas Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 64

DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 I 80 = Flebite e tromboflebite I 81 = Trombose da veia porta I 82 = Outra embolia ou trombose venosas I 83 = Varizes dos membros inferiores I 84 = Hemorrróidas I 85 = Varizes esofagianas I 86 = Varizes de outras localizações I 87 = Outros Transtornos das veias I 88 = Linfadenite inespecífica I 89 = Outros Transtornos não-infecciosos dos vasos linfáticos e dos gânglios linfáticos K 35 = Apendicite aguda K 36 = Outras formas de apendicite K 37 = Apendicite, sem outras especificações K 38 = Outras doenças do apêndice DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 L 60 = Afecções das unhas L 62 = Afecções das unhas em doenças classificadas em outra parte L 63 = Alopécia areata L 64 = Alopécia androgênica L 65 = Outras formas não cicatriciais de perda de cabelos ou pêlos L 66 = Alopécia cicatricial (perda de cabelos ou pêlos, cicatricial) L 67 = Anormalidades da cor e do pedículo dos cabelos e dos pêlos L 68 = Hipertricose L 70 = Acne L 71 = Rosácea L 72 = Cistos foliculares da pele e do tecido subcutâneo L 73 = Outras afecções foliculares L 74 = Afecções das glândulas sudoríparas écrinas L 75 = Afecções das glândulas sudoríparas apócrinas Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 65

L 68 = Hipertricose L 70 = Acne L 71 = Rosácea DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 L 80 = Vitiligo L 81 = Outros transtornos de pigmentação L 82 = Ceratose ceborréica L 83 = Argantose nigricans L 84 = Calos e calosidades L 85 = Outras formas de espessamento epidérmico L 86 = Ceratodermia em doenças classificadas em outra parte L 87 = Transtornos de eliminação transepidérmica L 88 = Piodermite gangrenosa L 89 = Úlcera de decúbito L 90 = Afecções atróficas da pele L 91 = Afecções hipertróficas da pele L 92 = Afecções granulamotosas da pele e do tecido subcutâneo Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 66

DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 L 93 = Lúpus eritematoso L 94 = Outras afecções localizadas do tecido conjuntivo L 95 = Vasculite limitada a pele não classificadas em outra parte L 97 = Úlcera dos membros inferiores não classificadas em outra parte L 98 = Outras afecções da pele e do tecido subcutâneo não classificadas em outra parte L 99 = Outras afecções da pele e do tecido subcutâneo em doenças classificadas em outra parte DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 M 00 = Artrite piogênica M 01 = Infecções diretas da articulação em doenças infecciosas e parasitárias classificadas em outra parte M 02 = Artropatias reacionais M 03 =Artropatias pós-infecciosas e reacionais em doenças infecciosas classificadas em outra parte M 05 =Artrite reumatóide soro-positiva M 06 =Outras artrites reumatóides M 07 =Artropatias psoriásicas e enteropáticas M 08 =Artrite juvenil M 09 =Artrite juvenil em doenças classificadas em outra parte Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 67

DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 M 10 = Gota M 11 =Outras artropatias por deposição de cristais M 12 =Outras artropatias especificadas M 13 =Outras artrites M 14 =Artropatias em outras doenças classificadas em outra partes M 15 =Poliartrose M 16 =Coxartrose [artrose do quadril] M 17 =Gonartrose [artrose do joelho] DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 M 18 = Artrose da primeira articulação carpometacarpiana M 19 =Outras artroses M 20 =Deformidades adquiridas dos dedos das mãos e dos pés M 21 = Outras deformidades adquiridas dos membros M 22 =Transtornos da rótula [patela] M 23 =Transtornos internos dos joelhos M 24 =Outros transtornos articulares específicos M 25 =Outros transtornos articulares não classificados em outra parte Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 68

DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 M 30 =Poliarterite nodosa e afecções correlatas M 31 =Outras vasculopatias necrotizantes M 32 =Lúpus eritematoso disseminado [sistêmico] M 33 =Dermatopoliomiosite M 34 =Esclerose sistêmica M 35 =Outras afecções sistêmicas do tecido conjuntivo M 36 =Doenças sistêmicas do tecido conjuntivo em doenças classificadas em outra parte DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 M 40 = Cifose e lordose M 41 = Escoliose M 42 =Osteocondrose da coluna vertebral M 43 =Outras dorsopatias deformantes M 45 =Espondilite ancilosante M 46 =Outras espondilopatias inflamatórias M 47 = Espondilose M 48 =Outras espondilopatias M 49 =Espondilopatias em doenças classificadas em outra parte Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 69

DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 M 50 = Transtornos dos discos cervicais M 51 =Outros transtornos de discos intervertebrais M 53 =Outras dorsopatias não classificadas em outra parte M 54 =Dorsalgia DECRETO Nº 3048/1999 LISTA C INTERVALO CID-10 CNAE: 8610 S 90 =Traumatismo superficial do tornozelo e do pé S 91 =Ferimentos do tornozelo e do pé S 92 =Fratura do pé (exceto do tornozelo) S 93 =Luxação, entorse e distensão das articulações e dos ligamentos ao nível do tornozelo e do pé S 94 =Traumatismo dos nervos ao nível do tornozelo e do pé S 95 =Traumatismo de vasos sangüíneos ao nível do tornozelo e do pé S 96 = Traumatismos do músculo e tendão ao nível do tornozelo e do pé S 97 =Lesão por esmagamento do tornozelo e do pé S 98 = Amputação traumática do tornozelo e do pé S 99 =Outros traumatismos e os não especificados do tornozelo e do pé Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 70

DECRETO Nº 3048/19991 Art. 337. (...) 4º Para os fins deste artigo, considera-se agravo a lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, independentemente do tempo de latência. 5º Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravo, na forma do 3º, serão devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito. 6º A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto no 3º quando demonstrada a inexistência de nexo entre o trabalho e o agravo, sem prejuízo do disposto nos 7º e 12 Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 71

DECRETO Nº 3048/19991 Art. 337. (...) 7º A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico epidemiológico ao caso concreto mediante a demonstração de inexistência de correspondente nexo entre o trabalho e o agravo. 8º O requerimento de que trata o 7º poderá ser apresentado no prazo de quinze dias da data para a entrega, na forma do inciso IV do art. 225, da GFIP que registre a movimentação do trabalhador, sob pena de não conhecimento da alegação em instância administrativa. Art. 225. A empresa é também obrigada a: IV - informar mensalmente ao Instituto Nacional do Seguro Social, por intermédio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social, na forma por ele estabelecida, dados cadastrais, todos os fatos geradores de contribuição previdenciária e outras informações de interesse daquele Instituto;. 9º Caracterizada a impossibilidade de atendimento ao disposto no 8º, motivada pelo não conhecimento tempestivo do diagnóstico do agravo, o requerimento de que trata o 7º poderá ser apresentado no prazo de quinze dias da data em que a empresa tomar ciência da decisão da perícia médica do INSS referida no 5º. B 31 x B 91 Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 72

http://www3.dataprev.gov.br/cona dem/consultaauxdoenca.asp Consulta Benefícios por Incapacidade por Empresa De acordo com o art. 76-A do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3048/99, é facultado à empresa protocolar requerimento de auxílio-doença ou documento dele originário de seu empregado ou de contribuinte individual a ela vinculado ou a seu serviço, sendo que a empresa que adotar esse procedimento terá acesso às decisões administrativas dos benefícios requeridos. Para consultar os Benefícios por Incapacidade de seus empregados é necessário informar o número do CNPJ e a senha da Empresa. Caso não possua, a senha poderá ser retirada na Unidade de Atendimento da Receita Previdenciária - UARP ou Delegacia da Receita Previdenciária - DRP da jurisdição do estabelecimento centralizador (raiz ou estabelecimento centralizador). CNPJ/CEI: OU digite a raiz do CNPJ: Senha: Copie o código impresso ao lado: DECRETO Nº 3048/19991 Art. 337. (...) 10. Juntamente com o requerimento de que tratam os 8º e 9º, a empresa formulará as alegações que entender necessárias e apresentará as provas que possuir demonstrando a inexistência de nexo entre o trabalho e o agravo. Descrição de cargo Estudo das causas da doença PPRA Análise do acidente Exames periódicos Atestados médicos Redes sociais Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 73

DECRETO Nº 3048/19991 Art. 337. (...) 11. A documentação probatória poderá trazer, entre outros meios de prova, evidências técnicas circunstanciadas e tempestivas à exposição do segurado, podendo ser produzidas no âmbito de programas de gestão de risco, a cargo da empresa, que possuam responsável técnico legalmente habilitado. 12. O INSS informará ao segurado sobre a contestação da empresa para que este, querendo, possa impugná-la, obedecendo, quanto à produção de provas, ao disposto no 10, sempre que a instrução do pedido evidenciar a possibilidade de reconhecimento de inexistência do nexo entre o trabalho e o agravo. DECRETO Nº 3048/19991 Art. 337. (...) 13. Da decisão do requerimento de que trata o 7º cabe recurso, com efeito suspensivo, por parte da empresa ou, conforme o caso, do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social, nos termos dos arts. 305 a 310.... Art. 305. Das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários caberá recurso para o CRPS, conforme o disposto neste Regulamento e no regimento interno do CRPS. 1º É de trinta dias o prazo para interposição de recursos e para o oferecimento de contra-razões, contados da ciência da decisão e da interposição do recurso, respectivamente. 3º O Instituto Nacional do Seguro Social e a Secretaria da Receita Previdenciária podem reformar suas decisões, deixando, no caso de reforma favorável ao interessado, de encaminhar o recurso à instância competente. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 74

DECRETO Nº 3048/19991 Art. 305. (...). 4º Se o reconhecimento do direito do interessado ocorrer na fase de instrução do recurso por ele interposto contra decisão de Junta de Recursos, ainda que de alçada, ou de Câmara de Julgamento, o processo, acompanhado das razões do novo entendimento, será encaminhado: I - à Junta de Recursos, no caso de decisão dela emanada, para fins de reexame da questão; ou II - à Câmara de Julgamento, se por ela proferida a decisão, para revisão do acórdão, na forma que dispuser o seu Regimento Interno. Art. 306. (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de 30.12.2008, DOU 31.12.2008 - Ed. Extra) Art. 307. A propositura pelo beneficiário de ação judicial que tenha por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto. DECRETO Nº 3048/19991 Art. 308. Os recursos tempestivos contra decisões das Juntas de Recursos do Conselho de Recursos da Previdência Social têm efeito suspensivo e devolutivo. 1º Para fins do disposto neste artigo, não se considera recurso o pedido de revisão de acórdão endereçado às Juntas de Recursos e Câmaras de Julgamento. 2º É vedado ao INSS escusar-se de cumprir as diligências solicitadas pelo CRPS, bem como deixar de dar cumprimento às decisões definitivas daquele colegiado, reduzir ou ampliar o seu alcance ou executá-las de modo que contrarie ou prejudique seu evidente sentido. Art. 309. Havendo controvérsia na aplicação de lei ou de ato normativo, entre órgãos do Ministério da Previdência e Assistência Social ou entidades vinculadas, ou ocorrência de questão previdenciária ou de assistência social de relevante interesse público ou social, poderá o órgão interessado, por intermédio de seu dirigente, solicitar ao Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social solução para a controvérsia ou questão. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 75

BENEFÍCIOS APÓS AFASTAMENTO PELO NSS Súmula 440 do TST, divulgada em 25, 26 e 27.09.2012 AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. RECONHECIMENTO DO DIREITO À MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE OU DE ASSISTÊNCIA MÉDICA - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho em virtude de auxílio-doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 76

B 31 x B 91 O auxílio doença que dá direito ao trabalhador de ser mantido o convênio médico é o acidentário, qual seja, aquele que o trabalhador recebe da Previdência Social em decorrência de acidente do trabalho ou doença profissional. Mero afastamento por doença que não se caracterize como acidente do trabalho não obriga a empresa a fornecer o convênio médico. Portanto, deve ser verificado qual é o tipo ou espécie de benefício concedido pelo Ministério da Previdência Social. Se for B 91 auxílio doença acidentário, o convênio médico deve ser mantido. Caso o benefício seja B 31 auxílio doença previdenciário, não se faz necessária a manutenção do convênio médico. B 31 x B 91 Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 77

Vale lembrar que outra consequência para a empresa do afastamento do trabalhador pelo INSS por auxílio doença acidentário é o recolhimento de FGTS durante a licença médica, como está descrito no 5º, do artigo 15 da Lei nº 8.036, de 11/05/1990. Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia sete de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a oito por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os artigos 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.... 5º. O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho. CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO Presidente Prudente CLÁUSULA 34 - GARANTIA DE EMPREGO AO ACIDENTADO DO TRABALHO: Garantia de emprego ao empregado vitimado por acidente de trabalho em conformidade com o artigo 118 da Lei nº8.213/91. Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 78

Eis as diferenças quanto aos benefícios de auxílio doença B 31 e B 91: Espécie de Benefício FGTS recolhimento 8% ao mês B 31 Auxilio Doença Previdenciário Garantia de Emprego de 12 meses após a alta Plano de Saúde Vale Transporte Não Não Não Não Não Vale Refeição B 91 Auxílio Doença Acidentário Sim (Art. 15, 5º, Lei 8036/1990) Sim (Art. 118, Lei nº 8.213/1991) Sim (Súmula 440 do TST) Não Não CLÁUSULA 23 - CESTA BÁSICA: Fica estabelecido que o empregador concederá ao empregado, no período de vigência da norma coletiva, uma cesta básica composta dos itens relacionados abaixo: (...) PARÁGRAFO PRIMEIRO - Só terá direito a cesta básica os funcionários pertencentes a categoria do Sindicato Suscitante, desde que os empregados não tenham faltas injustificadas no mês. A partir de 01/05/2012, não será considerada falta injustificada, para fins de percebimento da cesta básica, aquelas em que o empregado avise com antecedência ao empregador da sua necessidade de ausentar-se do trabalho, ficando a critério do empregador a compensação destas horas posteriormente. A justificativa da ausência do empregado, deverá ser apresentada ao empregador no dia imediatamente posterior à falta. PARÁGRAFO SEGUNDO - O funcionário afastado por doença também fará jus a respectiva cesta básica, até o limite de 60 (sessenta) dias do afastamento. Convenção Coletiva de Trabalho Presidente Prudente PARÁGRAFO TERCEIRO - A cesta básica na presente cláusula será entregue até o 14º (décimo quarto) dia do mês subsequente ao de referência. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 79

Lei nº 8213/1991 Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. TRT-18-873201101018002 GO 00873-2011-010-18-00-2 (TRT-18) Data de publicação: 11/06/2012 Ementa:. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ART. 118 DA LEI Nº 8.213 /91. São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário. Sendo o afastamento de 15 dias, com o pagamento dos salários do período pelo empregador, não faz jus o trabalhador à estabilidade prevista no art. 118 da Lei 8.213 /91. Convenção Coletiva de Trabalho Presidente Prudente CLÁUSULA 24 - ESTABILIDADE PROVISÓRIA: Conceder estabilidade de 150 (cento e cinquenta) dias aos funcionários que adquirirem doenças infectocontagiosas em decorrência do trabalho, a contar da alta médica. Entende-se por doenças infectocontagiosas as doenças controladas e acompanhadas pelo Centro de Saúde. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 80

PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014 Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo Art. 2º Para fins de notificação compulsória de importância nacional, serão considerados os seguintes conceitos:... III - doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos;... V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínicoepidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes; PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014 VI - notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal;... VIII - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;... Art. 3º A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente, em conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. 1º A notificação compulsória será realizada diante da suspeita ou confirmação de doença ou agravo, de acordo com o estabelecido no anexo, observando-se, também, as normas técnicas estabelecidas pela SVS/MS. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 81

PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014 Art. 5º A notificação compulsória semanal será feita à Secretaria de Saúde do Município do local de atendimento do paciente com suspeita ou confirmação de doença ou agravo de notificação compulsória.... Art. 11. A relação das doenças e agravos monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes constarão em ato específico do Ministro de Estado da Saúde. PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt010 4_25_01_2011.html Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) Periodicidade de notificação Imediata ( 24 horas) para * * Semanal MS ES SMS 1 a. Acidente de trabalho com exposição a material biológico X b. Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes X 2 Acidente por animal peçonhento X 3 Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva X 4 Botulismo XX X 5 Cólera XX X Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 82

Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) Periodicidade de notificação Imediata 24 horas) * * ( para Semanal MS ES SMS 6 Coqueluche XX 7 a. Dengue - Casos X b. Dengue - Óbitos XX X 8 Difteria X 9 Doença de Chagas Aguda XX 10 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) X 11 a. Doença Invasiva por XX "HaemophilusInfluenza" b. Doença Meningocócica XX 12 Doenças com suspeita de disseminação intencional: a. Antraz pneumônico b. Tularemia c. Varíola XX X Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) 13 Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes: a. Arenavírus b. Ebola c. Marburg d. Lassa e. Febre purpúrica brasileira Periodicidade de notificação Imediata 24 horas) * * ( para Semanal MS ES SMS XX X 14 Esquistossomose X 15 Evento de Saúde Pública (ESP) que X X X se constitua ameaça à saúde pública (ver definição no Art. 2º desta portaria) 16 Eventos adversos graves ou óbitos XX X pós-vacinação 17 Febre Amarela XX X Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 83

Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) Imediata ( Periodicidade de notificação 24 horas) para * * Semanal MS ES SMS 18 Febre de Chikungunya XX X 19 Febre do Nilo Ocidental e X X X outras arbovirosesde importância em saúde pública 20 Febre Maculosa e XX X outras Riquetisioses 21 Febre Tifoide XX 22 Hanseníase X 23 Hantavirose XX 24 Hepatites virais X 25 HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida X Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) Periodicidade de notificação Imediata ( 24 horas) para * * Semanal 26 Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV 27 Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) 28 Influenza humana produzida por novo subtipo viral 29 Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados) 30 Leishmaniose Tegumentar Americana MS ES SMS XX X X X X X Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 84

Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) Periodicidade de notificação Imediata 24 horas) ( para MS ES SMS 31 Leishmaniose Visceral X 32 Leptospirose X 33 a. Malária na região amazônica X b. Malária na região extra Amazônica XX X 34 Óbito: a. Infantil b. Materno 35 Poliomielite por poliovirusselvagem XX X 36 Peste XX X 37 Raiva humana XX X 38 Síndrome da Rubéola Congênita XX X * * Semanal X Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) Periodicidade de notificação Imediata ( 24 horas) para * * Semanal MS SES SMS 41 Síndrome da Paralisia Flácida XX X Aguda 42 Síndrome Respiratória Aguda XX X Grave associada a Coronavírus a. SARS-CoV b. MERS-CoV 43 Tétano: X a. Acidental b. Neonatal 44 Tuberculose X 45 Varicela - Caso grave internado ou óbito XX Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 85

Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) 45 Varicela - Caso grave internado ou óbito 46 a. Violência: doméstica e/ou outras violências b. Violência: sexual e tentativa de suicídio Periodicidade de notificação Imediata ( 24 horas) para * * Semanal MS SES SMS XX X X *Informação adicional: Notificação imediata ou semanal seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela SVS/MS; Legenda: MS (Ministério da Saúde), SES (Secretaria Estadual de Saúde) ou SMS (Secretaria Municipal de Saúde) A notificação imediata no Distrito Federal é equivalente à SMS. Acidente de Trajeto Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 86

LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:... IV - o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho:... d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. Acidente de Trajeto A Lei nº 8213/91 exige a emissão de CAT quando ocorrer acidente de trabalho, e, para ser considerado acidente de trabalho deve o empregado apresentar incapacidade para o trabalho seja parcial ou permanente. Acidente de trajeto que gera a emissão de CAT deve ter ocorrido entre a residência e o trabalho ou entre o trabalho e a residência. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 87

INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS Nº 45/2010 Art. 348. Equiparam-se também ao acidente do trabalho: (...) IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: (...) d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 5º Não se caracteriza como acidente de trabalho o acidente de trajeto sofrido pelo segurado que, por interesse pessoal, tiver interrompido ou alterado o percurso habitual. 6º Quando houver registro policial da ocorrência do acidente, será exigida a apresentação do respectivo boletim. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 88

ANEXO MANUAL DE INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO - CAT Maio/99 Campo 42. Descrição da situação geradora do acidente ou doença - descrever a situação ou a atividade de trabalho desenvolvida pelo acidentado e por outros diretamente relacionados ao acidente. - tratando-se de acidente de trajeto, especificar o deslocamento e informar se o percurso foi ou não alterado ou interrompido por motivos alheios ao trabalho. - no caso de doença, descrever a atividade de trabalho, o ambiente ou as condições em que o trabalho era realizado ANEXO MANUAL DE INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO - CAT Maio/99 1.3 - Equiparam-se também a acidente do trabalho: (...) IV - o acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho: (...) e) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho; Nota: Não será considerado acidente do trabalho o ato de agressão relacionado a motivos pessoais. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 89

ANEXO ANEXO MANUAL DE INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO - CAT Maio/99 1.3.2 - Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou deste para aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal do percurso do segurado. Não havendo limite de prazo estipulado para que o segurado atinja o local de residência, refeição ou do trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o meio de locomoção utilizado. Direitos autorais de Lucinéia Nucci Workshop: Esclarecimentos sobre Segurança e Saúde Ocupacional 90