O ENSINO CATÓLICO SOBRE O BATISMO



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Transcrição:

1 IGREJA BATISTA DE BROTAS ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL TEMA: IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA - PARTE IV - LIÇÃO 17 ÊNFASE: BATISMO E CONFIRMAÇÃO TEXTO: MARCOS 7:8 AUTORIA: PR. ISAÍAS ALEXANDRIA COSTA INTRODUÇÃO Na lição de hoje estudaremos sobre o batismo e a confirmação da ICAR, nos quais veremos uma série de heresias. Os textos católicos foram extraídos do site oficial da ICAR, vatican.va. As refutações aos postulados da ICAR serão apresentadas após cada afirmação da igreja romana, a fim facilitar a compreensão imediata dos estudantes da lição. O ENSINO CATÓLICO SOBRE O BATISMO 1. A ICAR diz que o batismo é um sacramento (rito que confere graça para salvação): Através dos sacramentos da iniciação cristã - Baptismo, Confirmação e Eucaristia são lançados os alicerces de toda a vida cristã. A ICAR diz que pelo batismo a pessoa recebe a natureza divina (se trona uma nova criatura): A participação na natureza divina, dada aos homens pela graça de Cristo, comporta uma certa analogia com a origem, crescimento e sustento da vida natural. Nascidos para uma vida nova pelo Baptismo. Batismo não é sacramento, pois não pode salvar o pecador. A nova vida e o recebimento da natureza divina não começam com o batismo na água, mas na hora do arrependimento dos pecados e fé em Jesus Cristo. Dos muitos textos bíblicos que afirmam isso, destacamos o de Atos 10. Cornélio e todos os que estavam em sua casa receberam o Espírito Santo (que é dado na hora da salvação) no momento em que creram na remissão dos pecados, feita em nome do Senhor Jesus Cristo, e não quando foram batizados: Todos os profetas dão sobre ele testemunho de que, por meio do seu nome, todo o que nele crê receberá o perdão dos pecados. Enquanto Pedro dizia essas coisas, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a palavra - Atos 10:43-44. Já salvos pela fé em Cristo, Cornélio e os demais crentes foram batizados na água, conforme o texto diz de modo insofismável: Será que alguém lhes pode recusar a água para que não sejam batizados, estes que, como nós, também receberam o Espírito Santo? E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então lhe suplicaram que ficasse com eles durante alguns dias - Atos 10:47-48. A própria ICAR se contradiz quando afirma que o batismo é condição para a salvação ao defender o seguinte: Para os catecúmenos que morrem antes do Baptismo, o seu desejo explícito de o receber, unido ao arrependimento dos seus pecados e à caridade, garante-lhes a salvação, que não puderam receber pelo sacramento. Ora, se o catecúmeno (iniciante) é salvo sem o batismo, apenas com a intenção de ser batizado, é justamente essa intenção que significa a fé. Portanto, a salvação é, como diz a Palavra de Deus, pela fé, sem obras!

2 2. A ICAR concorda que a palavra baptizar (baptizeis, em grego) significa «mergulhar», «imergir». A «imersão» na água simboliza a sepultura do catecúmeno na morte de Cristo, de onde sai pela ressurreição com Ele. Apesar de concordar o batismo é imersão, mergulho, a própria ICAR não respeita esse significado, antes realiza aspersão, que é lançar água na cabeça do batizando. Ora, se não há imersão, mergulho, não há batismo. Portanto, nenhum católico pode dizer que foi batizado, mas aspergido, contrariando o sentido dessa ordenança de Cristo. E por que a forma é importante? Porque a imersão representa morte, sepultamento. O sentido do batismo na água é que por ele o convertido demonstra exteriormente o que já aconteceu no íntimo do coração, a conversão ao lado de Cristo. Após o mergulho na água, o batizando se levanta, simbolizando que ressurgiu para uma nova vida. Um dos textos que provam que o batismo era dentro da água, e não com aspersão, está em Atos 8:38-39a - Então ele mandou parar a carruagem, e desceram ambos à água, tanto Filipe quanto o eunuco, e Filipe o batizou. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe. Observemos que tanto Filipe quanto o eunuco saíram da água, o que significa que estavam na água. 3. A ICAR diz que os pecados são sepultados na água do batismo: O Baptismo é o mais belo e magnífico dos dons de Deus [...] baptismo, porque o pecado é sepultado nas águas. O que é mergulhado no batismo não são os pecados, mas aquele que está sendo batizado. O batismo simboliza a morte da pessoa, do ego; representa a negação de si mesmo. 4. A ICAR diz que o batismo salva: Os baptizados revestem-se de Cristo. Pelo Espírito Santo, o Baptismo é um banho que purifica, santifica e justifica. Santo Agostinho dirá do Baptismo: «Accedit verbum ad elementum, et fit sacramentam - Junta-se a palavra ao elemento material e faz-se o sacramento». Mais uma heresia. Batismo não salva, pois a salvação é exclusivamente pela fé, sem qualquer ato necessário que lha faça insuficiente. O malfeitor da cruz foi salvo sem ser batizado, e isso prova que se o batismo fosse condição para a salvação, Jesus teria que dizer ao que lhe suplicou misericórdia: Não posso lhe salvar, pois você não terá oportunidade de ser batizado. Mas o Salvador disse ao pecador arrependido que nele creu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso - Lucas 23:43. Além disso, já estudamos que Cornélio e muitos outros receberam o Espírito Santo, dado como selo da salvação*, antes do batismo na água, que é um símbolo, e não um meio de salvação. *Efésios 1:13 - Nele, também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.

3 5. A ICAR criou gestos em torno da celebração do que chama de batismo. Vejamos quanto absurdo: O sinal da cruz, no princípio da celebração, manifesta a marca de Cristo impressa naquele que vai passar a pertencer-lhe, e significa a graça da redenção que Cristo nos adquiriu pela sua cruz. E porque o Baptismo significa a libertação do pecado e do diabo, seu instigador, pronuncia-se sobre o candidato um ou vários exorcismos. Ele é ungido com o óleo dos catecúmenos ou, então, o celebrante impõe-lhe a mão e ele renuncia expressamente a Satanás. Assim preparado, pode professar a fé da Igreja, à qual será «confiado» pelo Baptismo. A água baptismal é então consagrada por uma oração de epiclese* (ou no próprio momento, ou na Vigília Pascal). A Igreja pede a Deus que, pelo seu Filho, o poder do Espírito Santo desça a esta água, para que os que nela forem baptizados «nasçam da água e do Espírito» (João 3, 5). *(Invocação ao Espírito Santo, na celebração eucarística, esp. nas liturgias da Igreja oriental.) A unção com o santo crisma, óleo perfumado que foi consagrado pelo bispo, significa o dom do Espírito Santo ao novo baptizado. Ele tornou-se cristão, quer dizer, «ungido» pelo Espírito Santo, incorporado em Cristo, que foi ungido sacerdote, profeta e rei. A veste branca simboliza que o baptizado «se revestiu de Cristo»: ressuscitou com Cristo. A vela, acesa no círio pascal, significa que Cristo iluminou o neófito. Em Cristo, os baptizados são «a luz do mundo». A primeira Comunhão eucarística. Tornado filho de Deus, revestido da veste nupcial, o neófito é admitido «ao banquete das núpcias do Cordeiro» e recebe o alimento da vida nova, o corpo e sangue de Cristo. As Igrejas orientais conservam uma consciência viva da unidade da iniciação cristã, dando a sagrada Comunhão a todos os novos baptizados e confirmados, mesmo às criancinhas, lembrando a palavra do Senhor: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis» (Marcos 10, 14). A Igreja latina, que reserva o acesso à sagrada Comunhão para aqueles que atingiram o uso da razão, exprime a abertura do Baptismo em relação à Eucaristia aproximando do altar a criança recém-baptizada para a oração do Pai Nosso. A celebração do Baptismo conclui-se com a bênção solene. Quando do Baptismo de recém-nascidos, a bênção da mãe ocupa um lugar especial. Todos os detalhes batismais da igreja de Roma não passam de doutrinas de homens. Nas Escrituras nenhuma dessas ações são citadas ou recomendadas. Por isso na ICAR se cumpre o que Jesus disse dos fariseus: Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens - Marcos 7:7. 6. A ICAR diz que o batismo infantil serve para tirar as crianças do poder das trevas para a liberdade dos filhos de Deus: Nascidas com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, as crianças também têm necessidade do novo nascimento no Baptismo para serem libertas do poder das trevas e transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus (44), a que todos os homens são

4 chamados. A pura gratuidade da graça da salvação é particularmente manifesta no Baptismo das crianças. Por isso, a Igreja e os pais privariam, a criança da graça inestimável de se tornar filho de Deus, se não lhe conferissem o Baptismo pouco depois do seu nascimento. Basta lermos o que Jesus disse aos discípulos quando estes quiseram impedir que as criancinhas fossem até ele: Deixai vir a mim as crianças e não as impeçais, porque o reino do céu é dos que são como elas - Mateus 19:14. Sabemos que aquelas crianças não eram batizadas, e ainda assim Jesus declarou que, pela inocência de suas consciências, delas era o reino dos céus. Jesus ainda disse mais sobre as crianças, destacando a pureza delas: Em verdade vos digo que qualquer pessoa que não receber o reino de Deus como uma criança, jamais entrará nele - Marcos 10:15. Mais uma vez a ICAR se contradiz ao falar das criancinhas que morrem sem serem batizadas na igreja de Roma: Quanto às crianças que morrem sem Baptismo, a Igreja não pode senão confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito do respectivo funeral. De facto, a grande misericórdia de Deus, «que quer que todos os homens se salvem» (I Timóteo 2, 4), e a ternura de Jesus para com as crianças, que O levou a dizer: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis» (Marcos 10, 14), permitem-nos esperar que haja um caminho de salvação para as crianças que morrem sem Baptismo. Esse permitem-nos esperar que haja um caminho de salvação para as crianças que morrem sem Baptismo é a prova da inconsistência e ignorância da ICAR. Portanto, não é pelo batismo que uma criançinha tem direito ao reino do céu! 7. A ICAR diz que O Baptismo constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos, mesmo com aqueles que ainda não estão em plena comunhão com a Igreja Católica: «Pois aqueles que creem em Cristo e foram devidamente baptizados, estão numa certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja Católica justificados no Baptismo pela fé, são incorporados em Cristo, e, por isso, com direito se honram com o nome de cristãos e justamente são reconhecidos pelos filhos da Igreja Católica como irmãos no Senhor» (78). «O Baptismo, pois, constitui o vínculo sacramental da unidade vigente entre todos os que por ele foram regenerados». Em suma, o que a ICAR está afirmando é que os batizados por ela, ainda que não vivam o evangelho, são reconhecidos como irmãos no Senhor. Segundo o verdadeiro evangelho, não é o batismo que qualifica alguém a ser, de fato, irmão na fé, mas a conversão genuína. Quem não vive o evangelho nunca se converteu a ele. Judas Iscariotes, por exemplo, era batizado, mas jamais transformado. Jesus o chamou de filho da perdição. João escreveu a igreja, dizendo: Todo o que permanece nele não vive pecando; todo o que vive pecando não o viu nem o conheceu. Filhinhos, ninguém vos engane: quem pratica a justiça é justo, assim como ele é justo; quem vive habitualmente no pecado é do Diabo, pois o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente, pois a semente de Deus permanece nele, e ele não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus. Os filhos de Deus e os filhos do Diabo manifestam-

5 se assim: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem quem não ama seu irmão - I João 3:6-10. O ENSINO CATÓLICO SOBRE A CONFIRMAÇÃO 1. A ICAR apresenta o ensino da confirmação como um dos sacramentos para a salvação. Vejamos o que a igreja de Roma diz sobre o sentido do que chamam de confirmação: Bem cedo, para melhor significar o dom do Espírito Santo, se acrescentou à imposição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma). Esta unção ilustra o nome de «cristão», que significa «ungido», e que vai buscar a sua origem ao próprio nome de Cristo, aquele que «Deus ungiu com o Espírito Santo» (Act 10, 38). E este rito da unção mantém-se até aos nossos dias, tanto no Oriente como no Ocidente. É por isso que, no Oriente, este sacramento se chama crismação (= unção do crisma), ou myron, que significa «crisma». No Ocidente, o nome de Confirmação sugere que este sacramento confirma o Baptismo e, ao mesmo tempo, consolida a graça baptismal. O Bem cedo, citado no texto da ICAR, é por conta da igreja, e não da Palavra de Deus. Tentando justificar a tal confirmação, a ICAR usa argumentos aparentemente bíblicos, mas destituídos de qualquer fundamento nas Escrituras. Sabemos que Jesus ordenou a celebração do batismo, mas nunca falou de confirmação. 2. Segundo a ICAR, A Confirmação completa a graça baptismal; ela é o sacramento que dá o Espírito Santo. A ICAR diz que os apóstolos concediam aos fiéis, pela imposição das mãos, o dom do Espírito para completar a graça do Baptismo. Ainda afirma que A imposição das mãos é justificadamente reconhecida, pela Tradição católica, como a origem do sacramento da Confirmação que, de certo modo, perpetua na Igreja a graça do Pentecostes. Mais uma vez voltemos ao texto de Atos 10, quando o Espírito Santo desceu sobre Cornélio e todos os que ouviam a mensagem de Pedro. Na verdade, o texto diz que Pedro ainda pregava quando os que creram receberam o Espírito Santo. Ali não houve imposição de mãos para a recepção do Espírito Santo; além disso, a narrativa diz que somente depois de possuir o Espírito Santo os convertidos foram batizados. Portanto, a chamada confirmação católica é mais uma tradição do catolicismo, e não uma doutrina bíblica. CONCLUSÃO Quando mais estudamos os preceitos da ICAR, mais notamos o seu distanciamento da verdadeira doutrina bíblica. É lamentável que tantas pessoas estejam enganadas no catolicismo e pelo catolicismo romano. Precisamos, sem paixões denominacionais, mas por amor a Cristo e aos que ignoram a Verdade, pregar-lhes o evangelho genuíno, o qual é simples e claro como a água cristalina.