ESTRATÉGIAS DE INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO, RISCOS E OPORTUNIDADES Engº Manuel Ferreira De Oliveira Presidente Executivo da Galp Energia 13 de Maio de 2013
Operador integrado de energia focado na exploração e produção Exploração & Produção Refinação & Distribuição Gas & Power Mais de 50 projetos de E&P em 10 países: Aparelho refinador com capacidade de 330 kbbl/d 1,3 milhões de clientes de GN Ativos Chave Atividade 2012 Angola Timor-Leste Brasil Venezuela Moçambique Guiné - Portugal Equatorial Namíbia Marrocos Uruguai Produção 1 de 24,4 kboepd Reservas 3P 2 de 783 Mboe Recursos contingentes 3C 1 de 3.245 Mboe 1.486 estações de serviço e 588 lojas de conveniência Crescente presença na África 11,9 Mton de matérias primas processadas Vendas de 16,4 M ton de produtos refinados Atividade de trading de LNG 11.655 km de rede de distribuição de gás natural Participação nas redes de gasodutos da Ibéria 6,3 bcm de vendas de GN 1.298 GWh de geração de electricidade Recursos prospectivos mean estimate unrisked 1 de 3.203 Mboe 1 Working interest 2 Net entitlement Fonte: DeGolyer and MacNaughton @ 31.12.2012 2
Procura mundial de energia cresce a 1,2% ao ano até 2035, mais 35% do em 2010 Procura mundial de energia por fonte primária (1990-2035) (1.000 Mtoe, New Policies Scenario) 18 16 14 CAGR 1,2% Peso % 2010/35 10-11 1-4 2-3 6-7 CAGR 2010/35 1,5% 7,4% 2,0% 1,8% Petróleo continuará em 1º lugar entre fontes fósseis, com incremento oriundo do sector dos transportes 12 22-24 10 8 27-24 6 4 2 32-27 0 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 Petróleo Carvão Gas Nuclear Hidrica Outras Renováveis Biomassa* 1,6% 0,7% 0,5% GN aumentará 50% até 2035, único combustível fóssil com peso aumentado em 2035, similar ao do carvão Renováveis serão as fontes que registam maior crescimento, contudo peso total abaixo dos 20% * Inclui usos tradicional e moderno de Biomassa Fonte: IEA- World Energy Outlook 2012 3
Crescente diversificação e descarbonização do mix energético global Valor calorífico dos combustíveis e CO2 emitido na sua combustão Fontes: Exxon Mobil: The outlook for Energy: A view to 2040 e Guia da Energia (2003) 4
Tendências: a nova geografia da I&D no petróleo e gás As economias emergentes da China e Brasil disputam a liderança tecnológica do sector. Os prestadores de serviços são atores estratégicos no desenvolvimento tecnológico. Top 10 mundiais de valores em I&D em Operadores de O&G e Prestadores de serviços (Dados de 2011 em milhões de euros) Operadores de O&G País M 1 PetroChina China 1.622 2 Petrobras Brasil 1.150 3 Royal Dutch Shell Reino Unido 870 4 Exxon Mobil EUA 807 5 TOTAL França 776 6 Gazprom Rússia 643 7 Sinopec China 596 8 BP Reino Unido 492 9 Chevron EUA 485 10 Statoil Noruega 283 Total Investimento I&D Operadores de O&G: 7,7 mil milhões Prestadores de serviços: 2,3 mil milhões Fonte: Economics of Industrial Research & Innovation, European Commission 5
Brasil e Moçambique entre as maiores descobertas da última década Cerca de 50% (1) das novas descobertas de petróleo e gás realizadas no mundo desde 2005 estão localizadas nos países de língua portuguesa: Brasil, Moçambique e Angola 10 Países com maiores descobertas de Hidrocarbonetos(Mboe) Brasil Moçambique Irão Noruega Iraque Israel Tanzânia Azerbeijão 0 10.000 20.000 Austrália Angola Descobertas de petróleo desde o início de 2010 Descobertas de GN desde o início de 2010 (1) de um total estimado de 72.700 mil milhões de barris de petróleo equivalente (boe) identificados Fontes: US Geological Survey, IHS, Press reports, Company reports e Galp Energia 6
Portugal: na rota do desenvolvimento científico competitivo O que mudou entre 2000-2010: Novos doutorados entre os 25 e os 34 anos cresceu anualmente 1,3% (média europeia 1,69%). Investimento empresarial em I&D aumentou 11,8% por ano. Desempenho de excelência científica cresceu 4,2% anualmente. Publicações no Top 10% das revistas científicas mais importantes do mundo aumentaram 6,1% ao ano. Lisboa afirmou-se como a única região «Innovation Leader» da Península Ibérica. Aplicações de patentes aumentaram 13,3% nos últimos 10 anos. Fonte: Regional Innovation Scoreboard 2012, Comissão Europeia Retorno financeiro do licenciamento de propriedade industrial cresceu 8,2%. 7
Gestão da I&D+I da Galp Energia Competências internas em articulação em rede com o Sistema Científico e Tecnológico 1 Exploração & Produção 2 Refinação Univ. de Lisboa Univ. Nova de Lisboa Univ. Heriot-Watt LNEG Univ. Nova Lisboa Universidade Aveiro 3 4 Biocombustíveis Instituto Superior de Agronomia Universidade de Aveiro Instituto Politécnico de Portalegre UTAD Universidade Eduardo Mondlane 6 UNICAMP USP Eficiência Energética Universidade de Aveiro IST Univ. Porto -FEUP Universidade da Beira Interior FCT-UNL MIT Portugal Universidade de Lisboa Universidade Nova de Lisboa 7 Universidade de Coimbra Universidade de Aveiro Universidade do Porto 5 Mobilidade IST FCT-UNL Univ. Coimbra Univ. Aveiro Univ. Minho Universidade Católica de Lisboa Universidade do Porto Universidade de Aveiro Instituto Superior Técnico RECET INEGI IST-UTL FEUP INPI LNEG Grenoble Institute of Technology UFRJ ANP UNICAMP 8
Abordagem da Galp Energia em Formação e Investigação Avançada: Academia Galp - FormAG - EngIQ - GeoER - CompeC Formação Complementar e Transversal: Centro de formação - CBC - CONHECER + - COMEX Investigação - Participação em 5 JIP (1) na Heriot Watt - 21 teses de doutoramento em curso: 4 E&P 11 Refinação (10 EngIQ) 4 Eficiência Energética 2 Biocombustíveis - 20 bolsas no programa Galp Energia 20-20-20 Instituto do Petróleo e Gás, Associação para a Investigação e Formação Avançada Consciente que sozinha a Galp Energia não maximizaria os benefícios do investimento em formação e investigação, o modelo adoptado privilegia o estabelecimento de parcerias com o sistema científico dos países em que opera, beneficiando assim das melhores práticas e posicionando-se na fronteira do conhecimento. (1) Joint Investigation Projects 9
GeoER: formar capital humano estratégico A Galp Energia, em conjunto com a Petrobras e Instituições de Ensino Superior Portuguesas e Brasileiras, lançou o Diploma de Estudos Avançados (DEA) em Geo-Engenharia de Reservatórios Carbonatados Principais objetivos Dotar os seus quadros de competências técnicas diferenciadoras na indústria do Oil & Gas. Formar quadros que possam responder aos desafios que são enfrentados ao nível da exploração de petróleos em águas ultra profundas. Promover uma forte integração multidisciplinar de geofísicos, geólogos e engenheiros, de forma a dotar estes profissionais de competências transversais a estas disciplinas. Desenvolver competências, aptidões e métodos de investigação no domínio da Geo-Engenharia de Reservatórios Carbonatados. Parceiros Programa visa alicerçar a política de I&D a desenvolver pela Galp Energia no Brasil 10
Cooperação científica com a Heriot Watt University, Escócia Um dos centros de excelência mundial na formação de capital humano qualificado e de investigação de ponta na engenharia de petróleo Galp Energia participa em 5 Joint Industrial Projects (JIP): FAST4: Cost effective flow assurance and scale control scale control: Real science solving real field problems PVT and Phase Behaviour of Reservoir Fluids Impact of Common Impurities on Carbon Dioxide Capture, Transport and Storage Carbonated water injection (cwi) an injection strategy for improved oil recovery and safe co2 storage Oil recovery by water alternating gas (wag) injection reliable performance prediction & optimisation 11
Programa EngIQ As unidades curriculares Organização da componente lectiva (1º Ano) 4 Unidades Curriculares Obrigatórias 2 Unidades Curriculares Optativas Catálise Industrial e Reactores Químicos; Sistemas Avançados de Separação; Engenharia de Processos e Sistemas; Gestão de Energia e Ambiente. Controlo e Supervisão de Processos; Refinação de Petróleo e Combustíveis Renováveis; Competências Industriais complementares; Ciência e Tecnologia de Polímeros; Opção em Processos Químicos. Iniciação ao Projecto de Investigação (alunos de Doutoramento). 12
Centro de I&D Prof. Ramôa Ribeiro: Hydrocracker da Refinaria de Sines Características: simular a 1ª e 2ª etapas do processo de hydrocracking. poder operar com pressões de até 200 bar Unidade de testes catalíticos da Galp Energia, em funcionamento desde Novembro de 2011 com cargas reais numa gama de densidades bastante alargada (NAFTA-HVGO) Objetivos Estudar o processo de hydrocraking Determinar os melhores catalisadores para diferentes cargas e condições operatórias Permitir ciclos de funcionamento mais longos 13
Principais resultados alcançados 131 bolseiros colocados em 131 empresas e entidades públicas 30% dos projetos implementados nas empresas participantes Redução média de 9-12% do consumo de energia primária e de 12-15% das emissões de CO2 nos 30% de projetos Implementados (entre 2010 e 2012) Tempo de retorno do investimento (média): 4 anos 15 ferramentas de gestão de energia desenvolvidas (softwares) 75 modelos de gestão de energia desenvolvidos 14
Criação do Instituto de Petróleo e Gás Parceria entre Galp Energia e as seis maiores Universidades Portuguesas, aberta a outras instituições do espaço lusófono. Principais Objetivos: Desenvolver projetos de investigação e de formação avançada e competências diferenciadoras no sector do Petróleo e Gás Contribuir para a consolidação e desenvolvimento do conhecimento e tecnologia «em português» aplicáveis ao sector do Petróleo e Gás, com capacidade de competir à escala da economia global 15
Desafios tecnológicos da Galp Energia Exploração & Produção Tecnologia de infra-estruturas submarinas de produção/distribuição de óleo e gás Melhoria da Produtividade de Poços em reservatórios portadores de Hidrocarbonetos Pesados Tecnologia e Métodos de Perfuração e Completação Caracterização e Modelação de Reservatórios Aplicabilidade conjunta de métodos geoquímicos em áreas com sensibilidade ambiental Aplicabilidade conjunta de métodos potenciais em áreas com sensibilidade ambiental ou remotas Refinação e Combustíveis Tratamento de efluentes e controlo de emissões Refinaria energeticamente eficiente Combustíveis Eco-eficientes Biocombustíveis Tecnologias de produção agrícola, matérias primas Moçambique (Jatropha) e Brasil (Palma) Valorização de resíduos agrícolas, florestais e outros; Produção de biocombustíveis de origem endógena do território português Tecnologias de produção de biocombustíveis avançados de 2ª e 3ª geração Inovação e Sustentabilidade Eficiência energética Mobilidade Sustentável; Eficiência Energética na Indústria e Residencial Soluções de Energia Integrada e Sustentáveis 16
Galp Energia reconhecida pelas suas práticas de sustentabilidade Segurança de Operações Preservação do Ambiente Eficiência Energética Desenvolvimento dos RH Envolvimento com a comunidade CARBON DISCLOSURE PROJECT Uma das empresas de Oil&Gas mais sustentáveis do mundo 17
ESTRATÉGIAS DE INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO, RISCOS E OPORTUNIDADES Engº Manuel Ferreira De Oliveira Presidente Executivo da Galp Energia 13 de Maio de 2013