UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE UNIVILLE CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 07/04 Define o ensino de graduação na UNIVILLE e estabelece diretrizes e normas para seu funcionamento. A Presidente do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, no uso de suas atribuições e tendo em vista o deliberado na sessão realizada no dia dezessete de junho de 2004, RESOLVE: Art. 1º Definir o ensino de graduação na UNIVILLE e estabelecer diretrizes e normas para o seu funcionamento. DA NATUREZA Art. 2º O ensino de graduação é etapa inicial da educação superior que constrói a base para o contínuo processo de educação continuada e, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394/96, abrange os cursos de graduação abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo. DAS DIRETRIZES: PRINCÍPIOS E FINALIDADES Art. 3º As diretrizes do ensino de graduação da UNIVILLE são linhas orientadoras de decisões, ações e procedimentos, derivados da missão e dos propósitos institucionais e compreendem princípios e finalidades a serem observados na organização acadêmica, pedagógica e curricular dos cursos de graduação. Art. 4º O ensino de graduação será promovido, na UNIVILLE, com base nos seguintes princípios: a) responsabilidade e compromisso social da universidade no processo de formação de cidadãos/profissionais inseridos num contexto marcado por desigualdades sociais e por profundas transformações; b) formação humanística que privilegie a sólida visão de homem e sociedade; c) compromisso com a resolução de problemas ambientais, visando à melhoria da qualidade da vida; d) indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; e) aprendizagem como processo de construção da autonomia do sujeito; qualidade acadêmica numa perspectiva de gestão universitária transparente, democrática e participativa; f) pluralismo de idéias; g) respeito a outras formas de saber, além da acadêmica; h) qualificação e profissionalização pedagógica;
i) integração com a educação básica e com a pós-graduação; j) integração com os campos de atuação profissional; k) expansão com qualidade, planejada a partir de demanda social e de mercado, integrada com a viabilidade de infra-estrutura e condições pedagógicas; l) avaliação permanente através de programas institucionais e de organismos oficiais externos; m) flexibilização de acesso aos cursos e novas modalidades de ensino. Art. 5 º O ensino de graduação tem por finalidade: a) habilitar profissionais nas diferentes áreas de conhecimento para a participação no desenvolvimento cultural, econômico e político da sociedade, colaborando na sua formação contínua; b) estimular a produção de conhecimento científico com vistas à autonomia intelectual e emancipação política dos sujeitos envolvidos no processo pedagógico; c) disseminar, através do processo pedagógico, a concepção universal da cidadania; d) promover a pesquisa e a investigação científica no processo pedagógico, visando ao desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da criação e difusão da cultura no âmbito regional; e) promover, através da relação ensino-aprendizagem, a apreensão de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade; f) estimular o conhecimento e propor soluções aos problemas contemporâneos, em particular os nacionais e regionais; g) subsidiar a prestação de serviços especializados à comunidade e estabelecer com ela relação de reciprocidade; h) promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na Instituição; i) disseminar a concepção de ser humano contextualizado ambientalmente, desenvolvendo a consciência ética que tem por base a sustentabilidade das ações sociais; j) promover a percepção da complexidade, através da multi, inter e transdisciplinaridade. DAS DIRETRIZES DO PROJETO PEDAGÓGICO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO Art. 6º O projeto pedagógico constitui-se num conjunto sistematizado e articulado de fundamentos teórico-práticos, visando à formação acadêmica e profissional, bem como à ampliação da cidadania do aluno. Art. 7º O projeto pedagógico será construído e proposto pelo colegiado de Curso, observadas as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação vigentes, a legislação específica nacional e estadual, bem como as políticas e normas institucionais pertinentes. Art. 8º Os projetos pedagógicos deverão contemplar os seguintes princípios: a) formação acadêmica e profissional que leve em consideração a inserção regional e nacional da Instituição; b) formação básica sólida para que o egresso possa enfrentar os desafios das transformações da sociedade, especialmente no seu campo de trabalho;
c) desenvolvimento da capacidade intelectual e profissional, autônoma e permanente do aluno; d) inclusão de reflexão ética e humanística orientadas para a cidadania e melhoria da qualidade da vida; e) concepção de graduação como etapa inicial da educação superior; f) formação específica que contemple o perfil profissiográfico estabelecido, inclusive no desenvolvimento de habilidades específicas; g) valorização de conhecimentos, habilidades e experiência profissional desenvolvidos fora do ambiente acadêmico; h) flexibilização na organização do currículo; i) desenvolvimento de atividades pedagógicas que reforcem a articulação entre teoria e prática; j) liberdade de composição de carga horária de disciplinas e especificação de conteúdos programáticos a serem ministrados, observadas as recomendações de avaliadores externos; l) construção curricular na perspectiva multi, inter e transdisciplinar; m) possibilidade de oferta de cursos em diferentes regimes e modalidades de ensino Art. 9º. O projeto pedagógico deverá conter os seguintes elementos: a) denominação do curso, habilitação e titulação; b) histórico do curso; c) ordenamentos legais; d) justificativa: relevância e apresentação de dados relativos à demanda social e ao diferencial do curso; e) proposta filosófica; f) objetivos geral e específicos; g) perfil profissiográfico com campo de atuação; h) matriz curricular; i) ementas das disciplinas, módulos de ensino ou outras formatações pedagógicas multi, inter e transdisciplinares constantes do currículo com bibliografia básica; j) atividades acadêmicas complementares e optativas; l) atividades acadêmicas obrigatórias, tais como monografia, estágio e/ou trabalho de conclusão do curso; m) metodologia de ensino - aprendizagem; n) processo e acompanhamento de avaliação de aprendizagem e de ensino. Art. 10. São elementos complementares do projeto pedagógico: a) histórico do processo de construção do projeto; b) proposta de quadro docente, englobando titulação e regime de trabalho; c) plano de implementação do curso: planejamento de instalação de laboratórios, ocupação de espaço físico para salas de aula, aquisição de equipamentos e recursos didáticos especiais e acervo bibliográfico; d) proposta orçamentária: viabilidade financeira e valores de mensalidade.
DA REESTRUTURAÇÃO E ALTERAÇÃO DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO Art. 11. A reestruturação de curso de graduação é a proposição de modificações, em parte ou no todo, do seu projeto pedagógico no que diz respeito a: a) adequação da organização curricular ou outro elemento constante do projeto pegagógico, às Diretrizes Curriculares Nacionais ou a outras referências legais e/ou pedagógicas; b) novas demandas de conhecimento científico e profissional; c) necessidades sociais emergentes; d) revisão de perfil profissiográfico; e) revisão epistemológica das bases curriculares; f) proposição de novo regime e/ou novas modalidades de ensino. Art. 12. A alteração curricular é a proposição de modificações que não representam mudanças de nenhum dos aspectos mencionados no art. 11, podendo ser: a) remanejamento de disciplinas, módulos ou outras formatações pedagógicas multi, inter e transdisciplinares constantes do currículo; b) remanejamento de carga-horária de disciplinas, módulos ou outras formatações pedagógicas constantes do currículo; c) mudança de ementas das disciplinas módulos ou outras formatações pedagógicas constantes do currículo; d) alteração ou duplicação de turno do curso; e) ampliação ou redução do número de vagas oferecidas; f) alteração de regulamento de estágios; DAS NORMAS GERAIS DE FUNCIONAMENTO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO Art. 13. Os projetos pedagógicos dos cursos deverão contemplar as diretrizes - princípios e finalidades- estabelecidas para o ensino de graduação da UNIVILLE, conforme art. 4º e 5º desta resolução. Art. 14. A carga horária total não deverá exceder em 20% à indicada nas Diretrizes Curriculares dos cursos de graduação.
Art.15. O tempo máximo de integralização dos cursos será o tempo de duração deles na Instituição, acrescidos de 50%. Parágrafo único Quando o acréscimo de 50% resultar em fração, esta não será considerada. Art. 16. A carga horária de cada disciplina deverá ser, no mínimo, de 32 h/a ou múltiplo desse número, dependendo do regime do curso. 1 A carga horária de cada uma das disciplinas ou de cada um dos períodos a que se refere o caput do artigo, deverá obedecer ao calendário acadêmico, ao planejamento didático, aos dias letivos previstos em lei. 2 A freqüência mínima de 75% para aprovação aplicar-se-á à carga horária ministrada em cada disciplina, dentro dos dias letivos previstos em lei. Art. 17. A carga horária semanal será estabelecida no Projeto Pedagógico do Curso. Art. 18. Pré-requisitos e correquisitos poderão ser estabelecidos somente nos casos de disciplinas, módulos ou outras formatações pedagógicas que tenham previsto no seu planejamento atendimento à comunidade. Art. 19. Todo e qualquer trabalho acadêmico desenvolvido nos cursos deverá estar de acordo com as normas de apresentação do trabalho científico. Parágrafo único. Os docentes deverão adotar, para cumprimento do estabelecido no caput do artigo, os guias elaborados e publicados pela UNIVILLE. Art. 20. Caberá ao Setor de Assuntos Docentes estabelecer as siglas que identificarão as disciplinas nos órgãos e/ou setores da Universidade. DOS COMITÊS DE GRADUAÇÃO (atribuições e componentes) Art. 21. Os comitês de graduação, constituídos e designados pelo Pro-Reitor de Ensino, têm como incumbência analisar e propor alterações sobre os processos de criação e de reestruturação de cursos de graduação a serem encaminhados para o CEPE. Art. 22. O comitê será formado por três professores que possuam perfil científico e didático-pedagógico adequado ao curso a ser analisado. DOS TRÂMITES Art. 23. Os processos de reestruturação de curso obedecerão ao seguinte trâmite: I aprovação da proposta pelo Departamento;
II encaminhamento do projeto à PROEN, obedecendo ao disposto nos artigos 8, 9 e 10 desta resolução, para análise do Comitê de Graduação; III encaminhamento da proposição ao CEPE; IV encaminhamento ao Conselho de Administração para aprovação das matérias que lhe compete; Art. 24. Deverão ser respeitados os seguintes períodos e prazos: I - para cursos que iniciam em março, a proposta de reestruturação deverá ser apresentada à PROEN até 30/06 do ano letivo anterior ao seu início; II para os cursos que iniciam em agosto, a proposta deverá ser apresentada à PROEN até 30/11do ano letivo anterior ao seu início; III o Comitê de Graduação, recebendo o processo, terá o prazo de 20 dias para emitir análise e encaminhá-lo ao CEPE ou devolvê-lo ao Departamento. IV - o CEPE deverá deliberar sobre a proposição até 30 de julho e/ou 30 de março, prazos de envio de informações para realização dos vestibulares de verão e inverno respectivamente. Art. 25. Para os cursos com ingresso por processo seletivo especial a proposta deverá ser entregue até 120 dias antes do início do período letivo. Art. 26. Os processos de alteração curricular obedecerão ao seguinte trâmite: I aprovação da proposta pelo Departamento; II encaminhamento à PROEN/Comitê de Graduação para análise; III encaminhamento ao CEPE para deliberação. Parágrafo único. As proposições poderão ser feitas até o penúltimo mês letivo do ano anterior, excetuando-se as alíneas d e e do art. 12, que atenderão ao previsto no art. 25., inciso IV. Art. 27. Os processos de criação de novos cursos de graduação e de novas habilitações obedecerão ao seguinte trâmite: I a PROEN formalizará ao Conselho Universitário, ouvido o CEPE, pedido para iniciar estudos de criação de curso e/ou habilitação; II constituição, pela PROEN, de comissão que elaborará o projeto, o qual seguirá os trâmites e prazos previstos no artigo 24 desta resolução. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 29. Os processos de avaliação, verificação e reconhecimento dos cursos de graduação serão supervisionados pela PROEN em parceria com o Chefe de Departamento envolvido, de acordo com os procedimentos previstos e vigentes à época de sua realização.
Art. 30. Os processos de criação, reestruturação e alteração de cursos de formação de tecnólogo seguirão os princípios e finalidades definidos nesta resolução e obedecerão tramitação definida em resolução própria. Art. 31. Os casos omissos serão resolvidos pelo CEPE. Art. 32. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Resolução 04/03 e quaisquer outras disposições. Joinville, 17 de junho de 2004.