Oportunidades do Aproveitamento da Biomassa Florestal



Documentos relacionados
A Sustentabilidade do Uso Energético da Biomassa Florestal. Comemoração do Dia Internacional das Florestas 20 de Março de 2014

Página Web 1 de 1. Ana Oliveira

Energias Renováveis (ER) Sustentabilidade Económica e Ambiental

A SUSTENTABILIDADE DO USO ENERGÉTICO DA BIOMASSA FLORESTAL

A Importância do Aproveitamento Energético da Biomassa em Portugal

Desenvolvimento Sustentável para controlo da população humana.

I - Agência Regional de Energia do Centro e Baixo Alentejo - Enquadramento. III Estratégia Nacional para a Energia 2020 Energia Solar

Aproveitamento da biomassa florestal para fins energéticos

Utilização Racional de Biomassa Florestal Mitos e Realidades

Damos valor à sua energia

Dia Internacional das Florestas CONFERÊNCIA FLORESTA E TERRITÓRIO: RISCO, ECONOMIA E POLÍTICAS

P L A N O D E A C T I V I D A D E S

A inovação e essencial à competitividade

ANÁLISE EXTERNA ANÁLISE INTERNA

A Incineração de Resíduos em Portugal. Susana Xará. 28 de Outubro de Conteúdo. Incineração de resíduos sólidos em Portugal

Seminário Novos desafios, novas oportunidades: o novo Programa de Desenvolvimento Rural ( )

LIPOR VALOR AMBIENTE VALORSUL, S.A. Sistema Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto

Desenvolvimento sustentável

XI Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente Certificação Ambiental e Responsabilização Social nas Organizações

A Indústria de Pasta e Papel Um caso de estudo da Economia Circular Lipor, 17 de Junho de 2014

A BIOMASSA FLORESTAL PRIMARIA

sustentabilidade da construção Isabel Santos e Carla Silva

Certificação energética e auditoria energética em edifícios a serem reabilitados; Situação actual da Certificação Energética;

Estrutura do Plano de Acção de Energia e Sustentabilidade - Pacto dos Autarcas

RELATÓRIO 1.º Energy Lab de Torres Vedras

A Floresta no Fundo Português de Carbono

Central de Biomassa de Portalegre

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DO AMBIENTE DIRECÇÃO NACIONAL DE TECNOLOGIAS AMBIENTAIS PLANO ESTRATÉGICO DAS TECNOLOGIAS AMBIENTAIS

MANIFESTO VERDE. Açores Sustentáveis. Uma Voz Ecologista na Assembleia Legislativa dos Açores. Eleições para a Assembleia Legislativa

Eixo III _ Desenvolvimento Sustentável. III.3. Gestão Ambiental Sustentável, Conservação da Natureza e Biodiversidade. Tipologia de Investimento

Como é que os locais e os territórios podem contribuir para o estímulo à Inovação Social? Pedro Saraiva - TAGUS - Ribatejo Interior

PDR Relação entre as Necessidades e as Prioridades / Áreas foco DR

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

PORTUCEL SOPORCEL. INVESTIGAÇÃO NAS ÁREAS DA FLORESTA E DO PAPEL Uma renovação de raiz EMPRESA

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016

SEMANA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL REGENERAÇÃO URBANA E RESPONSABILIDADE SOCIAL NA INTERNACIONALIZAÇÃO

Centro Cultural de Belém

Estratégia e Política Energética do Governo de Cabo Verde

PLANO REGIONAL ORDENAMENTO FLORESTAL DO TÂMEGA

Anexo I CATEGORIA I: ACESSIBILIDADE CATEGORIA II: CULTURA CATEGORIA III: EDUCAÇÃO DESCRIÇÃO. Acessibilidade. Acesso à cultura

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

04 Financiar o Desenvolvimento Sustentável

ECOGERMA 2013 ENERGIAS RENOVÁVEIS COMPLEMENTAM A MATRIZ ENERGÉTICA... MAS PODEM NÃO SUPRIR A DEMANDA

Projeto de lei n.º 111/XIII/1ª. Inclusão de opção vegetariana em todas as cantinas públicas. Exposição de motivos

A Avaliação Ambiental Estratégica no Sector Energético:

Abrantes, 18 de Fevereiro de 2016

Tecnologia nacional potencia sustentabilidade

PERSPETIVAS DE FUTURO DO SETOR DOS RESÍDUOS EM PORTUGAL. Lisboa, 29 de abril de 2013 Fernando Leite Administrador-Delegado

EDITAL. Iniciativa OTIC Oficinas de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento

Av. da Cooperação. Ed. Inditrans, Lote A1, n.º Outeiro Seco. Tel Fax Site:

SEMINÁRIO OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES PARA AS EMPRESAS INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES

agricultura TAGUS, 22 de Janeiro de 2015

CONFERÊNCIA ENERGIA NUCLEAR O debate necessário. Lisboa, 22 de Fevereiro de Senhor Director Geral Responsável pela Energia Nuclear da UE

Uma estratégiacom o objectivoúnicode contribuirpara fixar população no interior do seu território.

ANEXO 3. A floresta portuguesa FACTOS E NÚMEROS

PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC

Promoção da actividade resineira em Portugal no âmbito da PAC pós 2013

4. PRINCÍPIOS DE PLANEAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS

O MUNDO ONDE VIVEMOS!

diretamente na fatura energética, o que equivale a mais de 23GWh de energia.

ENQUADRAMENTO. emergentes, promova o networking, essencial ao sucesso nos seus negócios e permita o crescimento no cenário internacional.

Caderno de Encargos para desenvolver a componente técnica do Carbon Footprint

PRINCIPAL REGULAMENTAÇÃO EXISTENTE E SUA IMPLEMENTAÇÃO A NÍVEL EUROPEU CAPÍTULO 3

URBAN II Em apoio do comércio e do turismo

RNAE. As Agências de Energia e o Futuro do Sector Energético. Cidades Sustentáveis. Luis Fernandes. Região Sul. Lisboa, 03 de Fevereiro de 2012

Eixo Prioritário III Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial

Comentários COGEN_PDIRT E 2014_2023.pdf

MINISTÉRIO DA ENERGIA E ÁGUAS

Aquecimento Doméstico

Portugal e a Política de Coesão

Produção de Energia Alternativa

Água Quente Solar para PORTUGAL (AQSpP) E. Maldonado DGE

AS ENERGIAS DO PRESENTE E DO FUTURO 21, 22 de Novembro de 2005 ENERGIA HÍDRICAH

CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS ESTADO DO AMAZONAS Gabinete do Vereador ELIAS EMANUEL

PROGRAMA CAIXA CARBONO ZERO

Impostos sobre os veículos automóveis ligeiros de passageiros *

Portugal 2020 Lançados Programas Operacionais

Caracterização do Sector Português da Água

A colaboração entre as ONGD e as Empresas na promoção do desenvolvimento Internacional. Possíveis Termos de Engajamento

Medidas de apoio à inovação

MAR Alentejano. Um Oceano de Oportunidades. Roberto Grilo Vice-Presidente da CCDR Alentejo. Porto, 30 de maio de 2014

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Gabinete do Ministro INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS

VALORIZAÇÃO DE RCD. Contribuição da Indústria Cimenteira

PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC

A Sustentabilidade do Uso da Biomassa Florestal

O Hypercluster da Economia do Mar em Portugal. (Resumo)

EUCALIPTO. plantio. Projeção de Receitas e Resultados. Fomento. Como suprir tamanha demanda preservando as florestas nativas?

Eficiência energética em edifícios públicos Seminário As TIC na Gestão de Energia em Edifícios

Workshop sobre Empreendedorismo

Jornal Oficial da União Europeia

Governo dos Açores. FEADER A Europa investe nas zonas rurais ASDEPR. Critérios de Selecção dos Pedidos de Apoio

ESTUDO STERN: Aspectos Económicos das Alterações Climáticas

Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

é o processo biológico de decomposição e de reciclagem da matéria orgânica contida em

III Conferência Anual da RELOP. Sessão de Abertura. Vítor Santos, Presidente da RELOP. Caro Dr. Haroldo Lima, Director Geral da ANP,

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

CONCLUSÕES. Dos relatos elaborados a partir dos trabalhos do Congresso, emergiram as 36 conclusões seguintes:

OBSERVATÓRIO para a Energia Solar

Transcrição:

A Biomassa Florestal, energia e desenvolvimento rural Universidade Católica do Porto Oportunidades do Aproveitamento da Biomassa Florestal Centro de Biomassa para a Energia 1 O QUE É A BIOMASSA? De acordo com a Directiva 2001/ 77/ EC: A A fracção biodegradável de produtos e resíduos da agricultura (incluindo substâncias vegetais e animais), da floresta e das indústrias relacionadas, bem com a fracção biodegradável dos resíduos industriais e urbanos Centro de Biomassa para a Energia 2 1

BIOMASSA FLORESTAL: A BIOMASSA FLORESTAL,, propriamente dita, constitui todo o material ligno-celul celulósico obtido pela limpeza das florestas, incluindo ramos e bicadas, assim como os matos de sob-cobertos e em áreas de incultos, sem esquecer a madeira que, na situação actual não pode ser reciclada ou escoada para transformação ou incorporação, em produtos com interesse comercial. Centro de Biomassa para a Energia 3 A Crise Energética tica observada nos Anos 70, com reflexos importantes no custo de algumas matérias rias-primas, teve como consequência um crescente interesse pelo aproveitamento da floresta e dos seus produtos, para a produção de energia. Centro de Biomassa para a Energia 4 2

O aproveitamento da BIOMASSA para a obtenção de energia, a partir da floresta convencional, é uma prática comum em alguns países do norte da Europa e da América, onde este recurso tem sido utilizado como fonte de energia, às s mais variadas escalas, desde a doméstica até à industrial, como a geração de energia eléctrica e fornecimento de aquecimento às s populações. Centro de Biomassa para a Energia 5 MULTIPLICIDADE DE PRODUTOS RESULTANTES DOS DIFERENTES PROCESSOS DE CONVERSÃO DE BIOMASSA Centro de Biomassa para a Energia 6 3

Valorização Energética de Biomassa Florestal Produção dedicada de energia eléctrica Produção conjunta de energia térmica t e eléctrica cogeração ou trigeração Produção de energia térmica t aquecimento/arrefecimento por ar /água/ Produção de energia para processo industrial Produção de energia em sistemas híbridos h (nomeadamente com energia solar). Centro de Biomassa para a Energia 7 Situação energética em Portugal Centro de Biomassa para a Energia 8 4

Importa 85% da energia que consome Protocolo de Quioto estabeleceu uma meta de 39% do consumo com energias renováveis veis até 2010 A floresta com uma ocupação territorial da ordem dos 38% assume um papel de destaque Centro de Biomassa para a Energia 9 Por outro lado, o processo de substituição da totalidade dos combustíveis fósseis f por fontes energéticas alternativas para produzir a energia é,, de alguma forma, um processo moroso e a nossa dependência externa sós tenderá a agravar-se ainda mais, se desprezarmos a Biomassa, como combustível endógeno e renovável. vel. Centro de Biomassa para a Energia 10 5

Mas, obviamente que as oportunidades de negócio que este recurso endógeno oferece, sós se poderão concretizar se se estabelecerem as bases económicas que permitem a sua viabilização, colocando-se estas não sós ao nível n do encaminhamento dos recursos, mas também m ao nível n da logística e gestão dos mesmos. O aproveitamento da BIOMASSA FLORESTAL RESIDUAL (B.F.R.), numa perspectiva de optimização das operações e do aumento do rendimento económico, merece um planeamento global integrado, numa posição de são equilíbrio entre a oferta e a procura e articulando a exploração integrada com toda a actividade florestal. Centro de Biomassa para a Energia 11 O mercado da Biomassa em Portugal Centro de Biomassa para a Energia 12 6

Recolha de rolaria sem valor comercial Recolha e Extracção da BFR Centro de Biomassa para a Energia 13 Centrais Termoeléctricas Questões que se colocam Que potencia a instalar? Quantidade de energia injecta na rede? Quantidade de biomassa florestal residual consome por ano? Investimento necessário para a instalação? Centro de Biomassa para a Energia 14 7

Exemplo - Central de Mortágua Centro de Biomassa para a Energia 15 No caso da Central de Mortágua Potencia de 10MW Que injecta para a rede eléctrica nacional um mínimo de 55GWh/ano de energia eléctrica Consumo de 100.000 toneladas de ramos e bicadas de árvores Investimento da ordem dos 25 milhões de Centro de Biomassa para a Energia 16 8

Centrais de biomassa florestal de pequena dimensão Pequenas centrais de biomassa, num quadro de racionalidade económica, podem actualmente ser interessantes Pela produção conjunta Centro de Biomassa para a Energia 17 Sistemas de aquecimento A existência de sistemas de aquecimento a maior escala ( District Heating ), à semelhança a do que acontece em alguns países na Europa, com experiência grande nesta matéria, não é ainda uma realidade comum no nosso país. Existem jáj alguns exemplos de sucesso de implementação de sistemas de aquecimento a biomassa, embora a uma escala muito reduzida. ALGUNS EXEMPLOS: Lar de Nossa Senhora do Amparo, da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde Combustível utilizado: estilha limpa; Piscinas Municipais de Alcácer do Sal Combustível: cascabulho. Centro de Biomassa para a Energia 18 9

Instalações de cogeração (Caldeiras de biomassa) das indústrias do sector florestal e que fazem aproveitamento de biomassa: Biomassa Centrais com Cogeração Empresa Combustível Portucel Industrial, S.A. Licores e Outros Resíduos Amorim Revestimentos, S.A. Resíduos (Pó de cortiça) Portucel Tejo, S.A. Licores Stora Celbi, S.A. Licores e Outros Resíduos Soporcel Licores e Outros Resíduos Comp.ª de Celulose do Caima, S.A. Licores e Outros Resíduos Portucel Industrial, S.A. (Setúbal) Licores e Outros Resíduos Portucel Viana, S.A. Licores e Outros Resíduos SIAF Resíduos de Madeira Centro de Biomassa para a Energia 19 DISPONIBILIDADE DA BIOMASSA PARA FINS ENERGÉTICOS: TABELA I. - Produção de Biomassa Florestal Tipo de resíduo Matos (incultos) Matos (Sob-coberto) Produção de lenhas Ramos e Bicadas Total Quantidade (milhões t / ano) 4,0 1,0 0,5 1,0 6,5 Fonte: Fórum das Energias Renováveis em Portugal, 2002. Centro de Biomassa para a Energia 20 10

TABELA II. Disponibilidade Potencial de Biomassa Florestal Tipo de resíduo Matos Biomassa proveniente de áreas ardidas Ramos e Bicadas Total Quantidade (milhões t / ano) 0,6 0,4 1,0 2,0 Fonte: Fórum das Energias Renováveis em Portugal, 2002. Centro de Biomassa para a Energia 21 TABELA III. Potencial disponível de resíduos da floresta e da ITM, para produção de energia. Tipo de resíduo Floresta Indústria Transformadora da Madeira (ITM) Total Quantidade (milhões t / ano) 2,0 0,2 2,2 Fonte: Fórum das Energias Renováveis em Portugal, 2002. Centro de Biomassa para a Energia 22 11

No decorrer dos últimos trabalhos que o CBE tem realizado podemos referir que o valor é superior. O valor da produção pode chegar aos 6 milhões de t/ano. Centro de Biomassa para a Energia 23 VANTAGENS DA EXISTÊNCIA DE LOGÍSTICA DE ESCOAMENTO DA B.F.R.: Disponibilidade de recursos para produção de energia; Diminuição da carga combustível nas florestas e consequentemente do risco de incêndio; Criação de um mercado de biocombustíveis, trazendo consigo a possibilidade da criação de mais postos de trabalho locais, com naturais reflexos positivos no desenvolvimento regional; Diminuição da dependência nacional da importação de combustíveis, através s da diversificação das fontes utilizadas. Centro de Biomassa para a Energia 24 12

VANTAGENS DA EXISTÊNCIA DE UMA LOGÍSTICA DE ESCOAMENTO DA B.F.R.: Promover o melhor aproveitamento dos recursos endógenos, na fracção que é constituída pela BFR proveniente das operações de exploração florestal, para produção de energia; Contribuir para a prevenção de riscos provocados por agentes bióticos e abióticos. A redução de carga combustível dos povoamentos, melhora as condições de acessibilidade para a vigilância e combate a incêndios florestais e diminui a incidência ia de doenças e pragas nos povoamentos florestais; Centro de Biomassa para a Energia 25 Centro de Biomassa para a Energia 26 13

Aproveitamento de biomassa VANTAGENS Combustível fácil de queimar e limpo As bicadas, ramos e casca encontram-se disponíveis, podendo serem usados se as condições económicas forem aceitáveis São um subproduto das actividades e, se não forem usados podem constituir um inconveniente (pragas, riscos de fogos, etc.) Estão disponíveis tecnologias para todas as operações desde a recolha à conversão, embora necessitem de adaptações para aumento da sua eficiência técnica e económica DESVANTAGENS As características da floresta e a dimensão da propriedade, podem conduzir a custos elevados Na remoção de resíduos florestais deve ter-se em conta efeitos negativos de diminuição de nutrientes, bem como da erosão pelas enxurradas e possível compactação do solo pelo uso de máquinas Usos alternativos mais interessantes (matéria prima), podem limitar o uso como combustível. Centro de Biomassa para a Energia 27 Acções com Vista ao Aproveitamento Energético dos Resíduos Florestais Conhecimento e gestão adequada dos ecossistemas florestais Envolvimento integrado das componentes humana e técnica Participação activa das comunidades Implementação da cadeia produção - consumo de resíduos florestais económica e ambientalmente sustentável Promoção do interesse no processamento e utilização de resíduos florestais Optimização das possibilidades de utilização energética de resíduos florestais Centro de Biomassa para a Energia 28 14

Considerando o volume de 11,5 milhões de m3 de madeira extraída anualmente. Biomassa a extrair tem um valor equivalente a 10% do valor 1,15 milhões de m3 Os 1,15 milhões de m3 de biomassa equivalem a 10,35 Pj 288 milhões de litros de Petróleo Centro de Biomassa para a Energia 29 Oportunidades Consciência crescente da importância das energias renováveis, reforçada presentemente com a crise do aumento do preço do petróleo e os imperativos de ordem ambiental da nova política energética. Potencial do País para a produção florestal, existência de uma fileira industrial do papel, mobiliário, palletes, etc. e a disponibilidade de grandes quantidades de resíduos da exploração florestal; Contribuição para a redução do risco de incêndio através da recolha de resíduos da exploração florestal, da gestão de combustíveis e limpeza dos povoamentos; Melhoria da gestão florestal em áreas florestais hoje sujeitas ao abandono; Criação de emprego e mais-valias ao nível da exploração florestal; Conjuntura da política internacional, concretamente a comunitária, adequada à promoção de energias renováveis; Elegibilidade do apoio público no próximo FEADER, no plano da valorização energética da biomassa; Progresso na organização dos proprietários florestais e um crescente numero de organizações do sector; Centro de Biomassa para a Energia 30 15

A publicação dos instrumentos regionais de ordenamento florestal, poderão contribuir para um maior aproveitamento da biomassa e claramente para a diminuição do risco de incêndio; Existência de alguma experiência na área da comercialização dedicada de lenhas e estilha, com os respectivos parques de tratamento e equipamento específico, financiados pelo PO AGRO, que poderão servir de projectos pilotos; Conhecimento adquirido com a central Termoeléctrica de Mortágua, e outras, nomeadamente na área da cogeração, do abastecimento e seu relacionamento com os agentes do sector; Disponibilidade de tecnologia para implementação de projectos e divulgação de conhecimento pelo centro da Biomassa para a Energia (CBE) através de estudos desenvolvidos; Participação da investigação florestal na monitorização das áreas florestais sujeitas a recolha de resíduos. Com o objectivo de não comprometer a sustentabilidade do ecossistema florestal. Centro de Biomassa para a Energia 31 Constrangimentos Inexistência de uma política conjunta para a biomassa de origem florestal, agrícola e animal; Conhecimento desactualizado da disponibilidade de biomassa florestal para fins energéticos, devidamente tipificada quanto à sua origem e localização geográfica; Divergência de interesses quanto a usos alternativos da biomassa; Dificuldades no abastecimento pela existência de diferentes fontes e agentes intervenientes na fileira florestal, que não se dedicam exclusivamente ao negócio da biomassa; Ausência de mercado para os resíduos florestais, que não criou a tradição de recolha de resíduos em grande escala; Dificuldade na conjugação entre exploração de material lenhoso e a recolha de resíduos florestais; Ausência do conhecimento científico que fundamente o balanço entre a recolha de resíduos e o fundo de fertilidade dos solos; Concorrência ao nível do mercado das diversas fontes de energias alternativas; Ausência de circuitos de informação que fundamentam as políticas, os incentivos, a tecnologia a utilizar na utilização da biomassa. Centro de Biomassa para a Energia 32 16

OBRIGADO PELA ATENÇÃO ÃO!!!!!! Centro de Biomassa para a Energia 33 17