FISIOTERAPIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES POR MEIO DE ATIVIDADES DE PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE



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Transcrição:

FISIOTERAPIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES POR MEIO DE ATIVIDADES DE PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE GERMANO¹, Cristina de Fátima Martins; LEMOS², Moema Teixeira Maia; LIMA 3, Vânia Cristina Lucena; SILVA 4, Eva Maria de Oliveira; SILVA 5, Thays Gonçalves; RESUMO Centro de Ciências da Saúde / Departamento de Fisioterapia / PROBEX O Projeto de Extensão Assistência Fisioterapêutica a Crianças e Adolescentes com Alterações Físicas visa integrar o ensino, a pesquisa e a extensão. Tendo como objetivo principal a recuperação e a manutenção da saúde de crianças e adolescentes de baixa condição socioeconômica. Sendo atendidas no Serviço de Fisioterapia Infantil da UFPB as que possuem alterações físicas de ordem musculoesquelética e/ou neurológica com atendimentos em grupo, utilizando técnicas da cinesioterapia e da hidroterapia. Na Associação Paraibana de Equoterapia o acompanhamento dessas crianças e adolescentes ocorre com a utilização do cavalo como método terapêutico e educacional, numa abordagem interdisciplinar, buscando o desenvolvimento biopsicossocial do praticante. Surgiu também, a partir deste projeto, mais especificamente relacionado ao grupo de atenção a criança e adolescente com desvios posturais, uma pesquisa de campo com escolares do ensino público do município de João Pessoa para investigação de riscos à saúde física e postural e da incidência de patologias de natureza músculo-esquelética. E, foram realizadas, ainda, atividades de promoção à saúde, com palestras educativas sobre postura e orientações sobre exercícios para manutenção da saúde dos escolares. A coleta de dados da pesquisa, acima referida, está ainda ocorrendo e seus resultados só poderão ser divulgados posteriormente, em médio prazo. Portanto, o atendimento ou recuperação da saúde de crianças e adolescentes inseridas no serviço infantil está sendo em breve concluído, e as próximas metas serão iniciar o atendimento fisioterapêutico na Associação de Pais e Amigos do Autista, concluir a pesquisa de campo nas escolas municipais e publicar os achados obtidos. PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia, Alterações físicas, Projeto de extensão. 1. INTRODUÇÃO O Projeto de Extensão Assistência Fisioterapêutica a Crianças e Adolescentes com Alterações Físicas visa integrar o ensino, com a pesquisa e a extensão, uma vez que é direcionado ao atendimento da comunidade, auxiliando na formação acadêmico-profissional do futuro fisioterapeuta. O projeto tem como objeto de estudo a saúde de crianças e adolescentes de baixa condição socioeconômica. Desenvolvendo ações que envolvam os aspectos motor, cognitivo e social. E atuando não apenas na recuperação, mas também na prevenção e na promoção à saúde, por 1 Universidade Federal da Paraiba, professora colaboradora, cfmgip@gmail.com 2 Universidade Federal da Paraiba, professora orientadora, mtmaia_fiso@yahoo.com.br 3 Universidade Federal da Paraíba, técnico colaborador,vanialucky@gmail.com 4 Associação Paraibana de Equoterapia, técnico colaborador, eva.mosilva@yahoo.com.br; 5 Universidade Federal da Paraíba, discente bolsista, thaysgoncalves_92@hotmail.com

meio da assistência fisioterapêutica propriamente dita, da equoterapia e da realização de palestras e dinâmicas em grupo. Além disso, paralelo ao projeto de extensão ocorre a realização de uma pesquisa de campo que visa ampliar o conhecimento a respeito da população estudantil do município de João Pessoa, identificando seus hábitos posturais e as possíveis correlações com incidência de dor e de agravos a saúde física, além de ser útil na identificação de indivíduos com alterações físicas que necessitam de atendimento fisioterapêutico, mas que não tem acesso ao serviço privado. É notável a importância da implantação deste projeto, pois de acordo com o IBGE (2010), a Paraíba é um dos estados com os maiores níveis de pessoas com deficiência ou alterações físicas, e estas interferem significativamente no desenvolvimento biopsicomotor e na qualidade de vida destas pessoas, sendo muitas vezes responsável por índices de falta no trabalho ou na escola. Dessa forma, detectar estas alterações precocemente e tratá-las é tão importante quanto preveni-las. O projeto então, não poderia se limitar apenas a recuperação da saúde destes indivíduos, mas abranger também a promoção e a prevenção dos seus agravamentos. O objetivo principal do projeto é prestar atendimento fisioterapêutico às crianças e adolescentes de baixa renda com alterações ou deficiência física oriundas da capital e do interior do estado. 2. DESENVOLVIMENTO O projeto de extensão universitária é uma ação processual e contínua de caráter educativo, social, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a ação transformadora entre a universidade e a sociedade. A Extensão representa parte do processo educacional, tendo como força indutora e motivadora as questões imediatas e mais relevantes demandadas pela sociedade. Dessa forma, este projeto de extensão por meio de um conjunto de ações, presta assistência a população infanto-juvenil com a finalidade de promover o bem-estar físico, mental e social, além da promoção dos direitos a inclusão social. A seguir estão dispostas as ações que utilizamos para alcançar os objetivos. I Atendimento no Serviço de Fisioterapia Infantil da UFPB Com objetivo de reestabelecer a saúde de crianças e adolescentes com alterações posturais ou físicas de ordem musculoesquelética e /ou neurológica, são realizados atendimentos duas vezes semanais no solo e em piscina terapêutica na UFPB. Nos quais, atuamos por meio da hidroterapia e de técnicas cinesioterapêuticas que de acordo com KISNER & COLBY (2005) promovem redução da dor, melhora da força, flexibilidade e conscientização postural, independência funcional, entre outros benefícios. Os atendimentos são realizados em grupo, mas considerando as diferenças

patológicas e as necessidades de cada paciente. Esta atividade, que apenas é uma parte do projeto, foi intensificada em 2009, com a criação do Grupo Crescer e Aparecer que atua no aspecto neurofuncional e na reeducação postural dos pacientes. II Atendimento na Associação Paraibana de Equoterapia (ASPEq) A Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com necessidades especiais. (ANDE Brasil, 1999) Na Associação Paraibana de Equoterapia são atendidos crianças e adolescentes com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor; Paralisia Cerebral, síndromes neurológicas ou genéticas; Autismo; deficiência visual ou auditiva; déficit de atenção e hiperatividade; dificuldades de aprendizagem ou linguagem; déficit de equilíbrio; entre outras patologias. Nos dias em que atuamos na associação, são atendidos em média onze praticantes por turno, onde cada sessão de atendimento tem a duração de cerca de 20 a 40 minutos. O tratamento com a equoterapia tem o objetivo de proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento global do praticante, visando a sua independência nas atividades de vida diária, sua funcionalidade e qualidade de vida. III Atendimento na Associação de Pais e Amigos do Autista (AMA) Foi realizada uma visita a AMA com o objetivo de conhecermos um pouco mais sobre as crianças e adolescentes autistas e sobre esta afecção ainda pouco estudada no curso de Fisioterapia, além de observar as formas de atuação educativa e terapêutica que são utilizadas. Percebeu-se claramente a importância da atuação multidisciplinar que envolve psicopedagogos, psicólogos, psiquiatra, fisioterapeuta, entre outros profissionais. E o grande envolvimento dos pais com o processo de aprendizagem e evolução dos seus filhos. Ao compreendermos a importância de um tratamento especializado para este tipo de paciente, vimos novas possibilidades surgirem, para no próximo ano, iniciarmos atividades fisioterapêuticas baseadas na psicomotricidade e no Conceito Bobath para acompanhar e atuar junto ao desenvolvimento da criança e adolescente autista. Dessa forma, demos início a um planejamento e grupos de estudo no projeto de extensão, sobre autismo e a atuação do extensionista de fisioterapia neste campo e assim, efetivamente propor um plano de ações junto à AMA. IV Pesquisa nas Escolas Municipais de João Pessoa - PB Foi realizada uma pesquisa de campo com alunos de 10 a 14 anos do ensino público do município de João Pessoa. Na qual aplicamos um questionário para conhecer os hábitos posturais destes adolescentes em casa e na escola, avaliar os índices de dor, identificar riscos de agravos à

saúde física destes alunos e a incidência de patologias. Posteriormente serão realizadas avaliações posturais com os alunos, para verificar a correlação da incidência de alterações físicas com outros fatores. Constatamos que esta população está mais propensa a desenvolver estas alterações devido entre outros fatores aos seus maus hábitos posturais e ao uso da mochila de forma inadequada, por isso a importância da sua detecção precoce se deve ao fato de que se tratadas durante o período de crescimento, estas podem ser atenuadas e pode-se evitar problemas maiores e mais graves na vida adulta que muitas vezes podem gerar incapacidade funcional e afastamento do trabalho. V Atividades de promoção à saúde nas Escolas Municipais de João Pessoa - PB Em virtude da realização da pesquisa de campo nas escolas, nos colocamos à disposição dos diretores para a realização de atividades educativas visando a promoção à saúde dos alunos. As quais consistiram em palestra sobre a coluna vertebral e hábitos posturais, rodas de conversa, dinâmica de grupo e exercícios para manutenção da saúde. 3. METODOLOGIA O projeto tem como público alvo crianças e adolescentes da população de baixa renda. São utilizados como métodos para sua realização os atendimentos com práticas de cinesioterapia, hidroterapia e equoterapia. A análise dos resultados se dará por meio de instrumentos de avaliação física e da saúde de crianças e adolescentes atendidos no Serviço de Fisioterapia Infantil da UFPB e na ASPEq, além disso, são coletadas opiniões e sugestões, por meio de entrevistas, com os pais ou cuidadores sobre a assistência prestada. Para a pesquisa de campo nas escolas públicas são utilizados como métodos, a aplicação de questionários e a realização de avaliação postural. Os dados obtidos na pesquisa serão tabulados no programa Excel e analisados posteriormente para verificação de correlações significativas entre as variáveis. Esta avaliação também será utilizada para triagem de novos pacientes para tratamento fisioterapêutico realizado na Universidade Federal da Paraíba. 4. RESULTADOS Em razão do projeto de extensão está em andamento, ainda não foi realizada uma reavaliação fisioterapêutica final das crianças e adolescentes atendidas na UFPB. No entanto, como se trata de um acompanhamento semanal vem ocorrendo mudanças no tratamento à medida que verificamos a melhoria no aspecto postural, da flexibilidade e força muscular, além do depoimento dos pacientes acompanhados. Quanto aos atendimentos na ASPEq, em virtude dos pacientes serem crianças, obtivemos a opinião dos pais e de outros terapeutas a respeito da evolução dos mesmos, e assim de acordo com

os relatos registrados, houve considerável melhora nos aspectos da sociabilização, da postura e do desenvolvimento neurofuncional das mesmas. Corroborando o que diversos estudos na área afirmam que a equoterapia contribui para o desenvolvimento da autoconfiança, afetividade, disciplina, percepção corporal, coordenação global, equilíbrio e orientação espacial, entre outros benefícios. Com relação aos resultados da pesquisa com escolares, estes ainda não foram fechados, pois a pesquisa está na fase final da coleta de dados nas escolas e inicio da tabulação dos dados já obtidos. Possivelmente teremos uma visão amostral da saúde postural de cerca de 180 crianças na faixa etária de 10 a 14 anos da zona sul do município de João Pessoa. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Consideramos que para o profissional de fisioterapia é de grande relevância a participação, enquanto graduando, em ações que vão além do ensino, como é o caso dos projetos de pesquisa e extensão. Visto que o acadêmico de fisioterapia através de um projeto como este pode pôr em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, refinando suas habilidades técnicas e atuando em benefício da comunidade. Além de ter a oportunidade de realizar pesquisa, na qual o discente poderá investigar e produzir conhecimento, passando a ter uma visão mais crítica e participativa na sociedade e aprimorando sua formação acadêmica e atuação profissional. Diante do que havia sido proposto inicialmente, realizamos todas as atividades planejadas e concluímos que o nosso objetivo principal está sendo alcançado, à medida que estamos promovendo, prevenindo e recuperando a saúde das crianças e dos adolescentes de baixa renda. Ainda não é possível divulgar os resultados quantitativos, mas estes serão analisados em médio prazo. Assim, considerando o que já foi realizado até o momento, nossos objetivos para esta próxima etapa serão continuarmos os atendimentos de fisioterapia e equoterapia na UFPB e na ASPEq, respectivamente, iniciarmos os atendimentos na AMA, além de concluirmos a pesquisa de campo nas escolas municipais e publicarmos os achados obtidos. 6. REFERÊNCIAS ANDE BRASIL. Equoterapia. Associação Nacional de Equoterapia, 1999. Disponível em: <http://www.equoterapia.org.br/>. Acesso em: 25 de outubro de 2013. IBGE. Censo Demográfico 2010: Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro: 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 25 de outubro de 2013. KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos: Fundamentos e técnicas. Manole, ed. 4. São Paulo: 2005.