Tratamento Medicamentoso O que o ginecologista



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Transcrição:

Dor Vulvar Tratamento Medicamentoso O que o ginecologista Clique para editar estilo do subtítulo mestre precisa saber Profª Drª Carmita Abdo Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex)

Terminologia e Classificação Terminologia e Classificação da Dor Vulvar International Society for the Study of the Vulvovaginal Disease (ISSVD, 2003) A) Dor vulvar associada a causas específicas 1. Infecciosas (candidíase, herpes) 2. Inflamatórias (líquen plano, doenças imunológicas) 3. Neoplásicas (doença de Paget, carcinoma de células escamosas) 4. Neurológicas (neuralgia pós-herpética, compressão do nervo espinal) B) Vulvodínia 1. Generalizada a) provocada (por estímulos dolorosos sexuais, não sexuais ou ambos) b) ausência de estímulos dolorosos c) mista 1. Localizada (vestibulodínia, clitorodínia, hemivulvodínia) a) provocada (por estímulos dolorosos sexuais, não sexuais ou ambos) b) ausência de estímulos dolorosos c) mista Moyal-Barracco M, Lynch PJ. J Reprod Med. 2004;49(10):772-7

Prevalência 8% a 15% das mulheres norte-americanas apresentam dor vulvar crônica, a partir de um determinado momento de suas vidas 70% delas buscam ajuda médica Muitos médicos não reconhecem esse quadro Em função disso, até recentemente pouco se pesquisava sobre o assunto Harlow BL, Stewart EG. J Am Med Womens Assoc 2003;58:82-88; Bachmann GA et al. J Reprod Med 2006;51(6):447-56

Teorias Etiopatogênicas Candidíase vulvovaginal: antecedente frequente (possível sensibilização por alérgenos de contato da Candida)1 Cristais de oxalato de cálcio na urina provocariam queimação vulvar (estudo caso-controle refutou esta hipótese)2 Fatores psicológicos (estresse, ansiedade excessiva, depressão)3 Neuralgia pós-herpética, comprometimento neural da vulva, complicações de episiotomia, alongamento do nervo pudendo após o parto4 Sensibilização do sistema nervoso (central e periférico) levaria à hiperestesia por aumento intraepitelial da densidade das fibras nervosas2 Diminuição da expressão dos receptores estrogênicos da mucosa vestibular5 Cistite intersticial6 Disfunção do sistema límbico: contração da musculatura pélvica seria interpretada como estímulo doloroso7 1Ramirez de Knott HM et al. Contact Dermatitis 2005;53:214-8; 2Tympanidis P et al. Br J Dermatol 2003;148:1021-7; 3Mascherpa F et al. J Reprod Med 2007;52:107-10; 4Lynch PJ et al. J Reprod Med 2007;52:3-9; 5Eva LJ et al. Am J Obstet Gynecol 2003;189:458-61; 6Bogart LM et al. J Urol 2007;177:450-6; 7Fenton BW. Med Hypotheses 2007;69:282-6

Causas (Resumo) Geralmente a causa não é única n anomalias embriológicas n aumento de oxalatos (urina) n fatores genéticos ou imunes n fatores hormonais n inflamações ou infecções n alterações neuropáticas Petersen CD et al. Acta Obstet Gynecol Scand. 2008;87(9):893-901; Groysman V. Dermatol Clin. 2010;28(4):681-96

Diagnóstico Investigar n duração da dor, tratamentos prévios, alergias, antecedentes médico e cirúrgico, história sexual Teste do cotonete n para localizar a área dolorosa (tocar nas posições 2:00, 4:00, 6:00, 8:00, 10:00 horas ) e classificar a intensidade da dor (leve, moderada ou severa) Exame físico da vagina ph vaginal, cultura para fungos, exame a fresco e coloração de Gram Goldstein AT et al. Clin Obstet Gynecol. 2005;48(4):769-85; Smart OC, MacLean AB. Curr Opin Obstet Gynecol. 2003;15(6):497-500

Diagnóstico e Tratamento da Vulvodínia Não Exame físico Lesão na superfície cutânea ou mucosa Sim Teste do cotonete Não sensível; paciente não refere ardência no ponto tocado na vulva Diagnóstico alternativo (suposição incorreta de vulvodínia) Positiva Terapia antifúngica Alívio adequado Sensível; paciente refere ardência no ponto tocado na vulva Solicitar cultura para fungos Negativ a Alívio inadequado Alívio adequado Nenhum tratamento adicional Suspender o tratamento, quando indicado 1. Cuidados vulvares 2. Medicamentos tópicos 3. Medicamentos orais 4. Injeções Tratar a lesão (infecção, dermatose, lesão pré-maligna ou maligna etc.) 5. Biofeedback / fisioterapia (fortalecimento do assoalho pélvico) 6. Dieta pobre em oxalatos e suplementação com citrato de cálcio 7. Terapia cognitivo-comportamental / terapia sexual 8. Acupuntura / nitroglicerina / toxina botulínica Alívio inadequado e dor localizada / paciente deseja tratamento adicional Cirurgia (vestibulectomia) Haefner HK et al. J Low Genit Tract Dis 2005;9(1):40-51

Cuidados Vulvares Calcinha de algodão durante o dia Sem calcinha à noite Evitar perfumes, xampus, detergentes, tinturas e duchas Usar sabonete suave (não diretamente na vulva) Lavar a vulva com água, secando sem esfregar Limpar com emoliente sem conservantes (óleo vegetal ou petrolato) Lubrificação no intercurso Após a micção, enxaguar e secar a vulva delicadamente Evitar uso local de secador de cabelo Cox KJ, Neville CE. J Midwifery Womens Health. 2012;57(3):231-40; Goldstein AT et al. Clin Obstet Gynecol. 2005;48(4):769-85

Tratamentos Tópicos Mais Recomendados Gel de lidocaína (5%): aplicar, de acordo com os sintomas, e 30 minutos antes da atividade sexual n aplicar à noite na área afetada, em quantidade generosa, por meio de chumaço de algodão, fixado de forma a assegurar o contato por 8 horas ou mais n há risco de toxicidade, se quantidade excessiva n após 7 semanas, 76% das pacientes referem melhora EMLA (lidocaína 2,5% e prilocaína 2,5%) n aplicar uma camada espessa na pele, sempre que necessário (1-2 g/10 cm2 de superfície da pele) Zolnoun DA et al. Obstet Gynecol. 2003;102:84 87; Yamashita S et al. J Pain Symptom Manage 2002;24:543-5

Tratamentos Tópicos Mais Recomendados Estrógeno tópico: resultados variáveis Creme de amitriptilina (2%) e baclofeno (2%) n nenhuma/pouca melhora (29%) n grande melhora (53%) Creme de capsaicina (0,05% ou 0,025%) n nenhuma/pouca melhora (40%) n melhora (59%) Benzocaína: rápida absorção e rápido início de ação; efeito por 15 a 20 minutos; pode causar dermatite alérgica de contato Cremes de corticosteróides, testosterona e antifúngicos n não demonstraram efeito significativo Nyirjesy P et al. J Low Genit Tract Dis 2009;2(4)166-173; Groysman V. Dermatol Clin. 2010;28(4):681-96; Steinberg AC et al. Am J Obstet Gynecol, 2005;192:1549-53

Efeitos Adversos dos Agentes Tópicos Lidocaína Eritema ou edema Se utilizada no intercurso, pode causar entorpecimento do pênis EMLA Palidez, eritema ou inchaço Pode causar irritação local ou sensibilização inicial Parceiro deve evitar contato oral Estrógenos Sangramento vaginal, manchas, erupções cutâneas, alterações nas mamas, náuseas, vômitos, cefaléia, retenção de líquido, alteração de humor, variação de peso Amitriptilina + baclofeno Amitriptilina: irritação, dermatite de contato, boca seca, sonolência, tontura, visão turva, constipação, ganho de peso, retenção urinária, taquicardia, confusão mental Baclofeno: sonolência, tontura, náusea, confusão mental, hipotensão, cefaléia, insônia, constipação, fraqueza muscular, erupção cutânea, sudorese, fadiga Capsaicina Queimação, ardência e eritema de intensidade significativa, que compromete a adesão ao tratamento Se inalada, há irritação respiratória Nyirjesy P et al. J Low Genit Tract Dis 2009;2(4)166-173; Haefner HK et al. J Low Genit Tract Dis 2005;9(1):40-51

Tratamentos Orais Antidepressivos tricíclicos n iniciar com 5-10mg/dia e aumentar gradativamente, não excedendo 150mg/dia (dose menor que para depressão) Outros antidepressivos n ISRS iniciar com baixa dose (paroxetina 10mg/dia, por exemplo), aumentando gradativamente para 20-60mg/dia n ISRN iniciar com 37,5mg/dia (venlafaxina) e aumentar gradativamente, não excedendo 150mg/dia Anticonvulsivantes n n n gabapentina (300-1200mg/dia) carbamazepina (200-400mg/2x/dia) topiramato (25-100mg/dia) Analgésico opióide n tramadol (50-100mg/dia, a cada 6 hs): iniciar com 25mg/dia; máximo de 200mg/dia em idosos Reed BD. Am Fam Physician. 2006;73(7):1231-1238; Edwars L. Am J Obstet Gynecol. 2003;189:(Suppl3):S24-S30; Andrews JC. Obstet Gynecol Surv. 2011;66(5):299-315

Antidepressivos tricíclicos Antidepressivos (ISRS / ISRN) Anticonvulsivantes Efeitos Adversos dos Agentes Orais Boca seca, sonolência, tontura, constipação, ganho de peso, retenção urinária, taquicardia, visão turva, confusão mental Ansiedade, agitação motora, insônia, cefaléia, náusea, dor abdominal, sudorese, redução de peso, diminuição da libido Gabapentina: tontura, sonolência, ataxia, nistagmo, tremor, diplopia, rinite, náusea, vômito, nervosismo, disartria, ganho de peso Carbamazepina: diplopia, visão turva, tontura, desequilíbrio, cefaléia, sonolência, dor epigástrica, toxicidade hepática, rash cutâneo Topiramato: astenia, fadiga, parestesia, tremor, ataxia, confusão mental, dificuldade de concentração e de memória, tontura, dor abdominal, dismenorréia, diplopia, alterações da visão, nistagmo, nervosismo, sonolência, náusea, distúrbios da fala, alterações do humor Analgésico opióide Tramadol: náusea, vômito, boca seca, cefaléia, tontura, sonolência, palpitação, sudorese, taquicardia, fadiga, constipação, rash cutâneo, retenção urinária, espasticidade, anorexia, labilidade emocional Haefner HK et al. J Low Genit Tract Dis 2005;9(1):40-51

Conclusão Condição complexa Tratamentos tópicos ou sistêmicos ainda discutidos: literatura escassa, nível de evidência insatisfatório Remissão rápida da sintomatologia é incomum, mesmo com tratamento adequado Melhora da dor exige semanas ou meses de tratamento Grau de melhora varia, caso a caso Tratamento único geralmente tem resposta insuficiente Suporte emocional e psicológico é importante Cox KJ, Neville CE. J Midwifery Womens Health. 2012;57(3):231-40; Andrews JC. Obstet Gynecol Surv. 2011;66(5):299-315; Goldstein AT, Burrows L. J Sex Med. 2008;5(1):5-14

CURSO DE SESPECIALIZAÇÃO e xua lida de Huma na Coordenação: Informações prosexmail@uol.com.br Profª Drª Carmita Abdo Faculdade de Medicina da