DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL EM CÃES: 16 CASOS. Agrárias e Veterinárias/UNESP Câmpus Jaboticabal, São Paulo, Brasil. andreiacfacin@hotmail.



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Transcrição:

DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL EM CÃES: 16 CASOS Andréia Coutinho Facin 1, Thiago André Salvitti de Sá Rocha 2, Bruno Watanabe Minto 3, Luis Gustavo Gosuen Gonçalves Dias 3, Paola Castro Moraes 3 1 Aluna de graduação no curso de Medicina Veterinária pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP Câmpus Jaboticabal, São Paulo, Brasil. andreiacfacin@hotmail.com 3 Programa de Pós Graduação da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP- Câmpus Jaboticabal, São Paulo, Brasil. 3 Professor Assistente Doutor do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/ UNESP- Câmpus Jaboticabal, São Paulo, Brasil. Recebido em: 31/03/2015 Aprovado em: 15/05/2015 Publicado em: 01/06/2015 RESUMO A doença do disco intervertebral envolve a degeneração do disco e consequente extrusão ou protrusão do material discal em direção ao interior do canal vertebral, promovendo compressão da medula espinhal de variada intensidade, levando a síndrome neurológica de maior ocorrência em cães. Nesse contexto, foram analisados os dados médicos de 16 cães com a doença do disco intervertebral tratados cirurgicamente no Hospital Veterinário Governador Laudo Natel na Universidade do Estado de São Paulo UNESP Campus de Jaboticabal, no período de julho de 2014 a fevereiro de 2015. Os dados obtidos de cada animal incluíram idade, raça, sexo, peso, local da compressão e tipo de cirurgia realizada. No presente estudo foi observada maior ocorrência da discopatia lombar seguida da compressão cervical. Os cães Dachshund e Basset Hound foram os mais acometidos por discopatias e a maior incidência da DDIV foi em animais com peso entre cinco e dez quilogramas em pacientes entre cinco e oito anos de idade. PALAVRAS-CHAVE: cão, discopatia, doença do disco intervertebral, toracolombar. INTERVERTEBRAL DISC DISEASE IN DOGS: 16 CASES ABSTRACT The intervertebral disc disease involves disc degeneration and subsequent extrusion or protrusion of the material disc into the vertebral canal, promoting spinal cord compression of varying intensity, leading to neurological syndrome that most occur in dogs. In this context, the medical data of 16 dogs with intervertebral disc disease surgically treated at the Veterinary Hospital "Governor Laudo Natel" at the University of São Paulo - UNESP Jaboticabal, were analyzed from July 2014 to February 2015. The data obtained from each animal included age, race, sex, weight, compressibility of the location and type of surgery performed. In the present study we observed higher incidence of lumbar disc disease followed by cervical compression. The Dachshund and Basset Hound dogs were the most affected by discopathies and the highest incidence was in animals weighing between five and ten kilograms in patients between five and eight years old. KEYWORDS: discopathy, dog, intervertebral disc disease, thoracolumbar. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 807 2015

INTRODUÇÃO A doença do disco intervertebral (DDIV) envolve a degeneração do disco e consequente extrusão (Hansen tipo I) ou protrusão (Hansen tipo II) do material discal em direção ao interior do canal vertebral, promovendo compressão da medula espinhal de variada intensidade, levando a síndrome neurológica de maior ocorrência em cães (MACIAS et al., 2002). Os protocolos terapêuticos variam desde tratamentos conservativos até cirurgias descompressivas (BERGKNUT et al., 2013). Os discos intervertebrais possuem como funções a conexão entre as vértebras e absorção de impactos, e contém em seu interior material gelatinoso denominado núcleo pulposo, envolto pela região mais externa fibrosa, chamada de ânulo fibroso. Dois ligamentos recobrem as superfícies dos corpos vertebrais, o ligamento longitudinal ventral e o dorsal. O ligamento longitudinal dorsal apresenta sua estrutura mais larga e espessa na região cervical, sendo mais resistente à herniação dorsal do material discal. Nas regiões, torácica caudal e lombar, da coluna vertebral, este ligamento apresenta-se mais delgado, facilitando assim a herniação dorsal do material nuclear e consequente compressão medular (SHARP & WHEELER, 2005). Há dois tipos básicos de degenerações que afetam os discos intervertebrais, as metaplasias condroide e fibroide (DEWEY, 2008). A metaplasia condroide é mais comum em cães de raças condrodistróficas e com tendências condrodistróficas, embora possa ocorrer em qualquer raça (LECOUTEUR & GRANDY, 2004) e está frequentemente associada à extrusão do disco intervertebral. Já a metaplasia fibroide é um processo degenerativo relacionado à idade independentemente de raça, tipicamente associada à protrusão do disco intervertebral (SHARP & WHEELER, 2005). Segundo TOOMBS & WATERS (2007), as funções neurológicas distintas são perdidas em ordem previsível de acordo com o grau de mielinização, diâmetro das fibras mediadoras de determinado tipo de função e de sua localização na medula espinhal. As fibras calibrosas e intensamente mielinizadas, mediadoras da propriocepção consciente, são as primeiras a serem acometidas; as fibras de diâmetro intermediário, mediadoras da função motora voluntária, e as fibras ligeiramente menos calibrosas, mediadoras da dor superficial, sofrem acometimento em seguida; as fibras pequenas, mediadoras da dor profunda, são as últimas a serem afetadas. Na fase de recuperação, o contrário é verdadeiro e as funções retornam na ordem inversa, com a volta da dor profunda em primeiro lugar. Com base na severidade da disfunção neurológica, a doença do disco intervertebral pode apresentar graus variados, que variam de zero a seis. Animais normais, ou seja, sem alterações clínicas, se enquadram dentro do grau zero; animais com hiperestesia espinhal são classificados como grau um; cães com paresia ambulatória como grau dois; com paresia não ambulatória como grau três; paraplegia como grau quatro; cães com paraplegia e incontinência urinária ou fecal como grau cinco; e como grau seis, animais com paraplegia e perda total da nocicepção profunda (SRUGO et al., 2011). Fatores como a severidade e duração dos sinais clínicos, local de extrusão ou protrusão do material discal, severidade da compressão e inflamação medular e uso de corticosteroides são abordados em estudos com o intuito de auxiliar no prognóstico da doença do disco intervertebral (DAVIS & BROWN, 2002; RUDDLE et al., 2006). Entretanto, a diminuição ou perda total da nocicepção profunda continua sendo o fator mais confiável no estabelecimento do prognóstico em questão (DUVAL ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 808 2015

et al., 1996; COATES, 2000; DAVIS & BROWN, 2002; RUDDLE et al., 2006). Como os índices de recuperação de cães com perda total da nocicepção profunda ainda variam entre zero a 76% (COATES, 2000) é de extrema importância à obtenção de ferramentas precisas para o prognóstico destes animais e posterior estabelecimento terapêutico, com conhecimento prévio daqueles que possuem maior chance de recuperação (SRUGO et al., 2011). O tratamento cirúrgico é indicado para pacientes com recidiva ou progressão dos sinais, paraparesia não ambulatória, paraplegia com preservação da dor profunda ou sua ausência com menos de 48 horas (SHARP & WHEELER, 2005). Várias técnicas são descritas para descompressão medular como pediculectomia (LEAL et al., 2011); hemilaminectomia (AIKAWA et al., 2013; INGRAM et al., 2013; LODY & LEPERLIER, 2013), laminectomia (HANKIN et al., 2012), fenda ventral (FARRELL et al., 2013; ROSSMEISL et al., 2013) e corpectomia lateral (SALGER et al., 2014) porém, SANTOS et al. (2011) ressaltam a importância de futuros estudos que avaliem a eficiência dos tratamentos cirúrgicos para DDIV principalmente em relação aos pacientes com perda da nocicepção profunda a mais de 48 horas do trauma. MATERIAL E MÉTODOS Foram analisados os registros médicos de 16 casos de cães com diagnóstico de doença do disco intervertebral, atendidos pelo Serviço de Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário Governador Laudo Natel na Universidade do Estado de São Paulo UNESP Câmpus de Jaboticabal, os quais foram submetidos à descompressão cirúrgica no período de julho de 2014 a fevereiro de 2015. Os dados obtidos de cada animal incluíram idade, raça, sexo, peso, local da compressão e tipo de cirurgia realizada. Os dados estão apresentados no quadro 1. QUADRO 1. Dados obtidos de idade, raça, sexo, peso, local da compressão e tipo de cirurgia realizada de 16 casos de cães com Doença do Disco Intervertebralatendidos pelo Serviço de Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário Governador Laudo Natel na Universidade do estado de São Paulo UNESP Campus de Jaboticabal no período de julho de 2014 a fevereiro de 2015. RAÇA SEXO PESO LOCAL DA PROCEDIMENTO (KG) COMPRESSÃO CIRÚRGICO 7 BassetHound** M 10,7 C2-C3 Fenda ventral 12 BassetHound** F 6,5 L4-L5 Laminectomia 7 BorderCollie F 21,9 L7-S1 Laminectomia 13 Boxer F 20,4 L7-S1 Laminectomia 9 Boxer M 30 L7-S1 Laminectomia 12 Cockeramericano F 13,8 C2-C3 Hemilaminectomia IDADE (ANOS) 7 Dachshund* F 10 T12-T13; C6-C7 Pediculectomia e Laminectomia 7 Dachshund* M 7,1 C4-C5 Laminectomia 13 Labrador F 33,4 L1-L2 Hemilaminectomia 5 LhasaApso F 3,5 T13-L1 Laminectomia 4 Maltês F 3,7 T12-T13 Laminectomia 5 Rottweiler M 35,25 T12-L2 Hemilaminectomia 8 SRD F 7 L4-L5 Laminectomia 8 SRD F 8,6 L4-L5 Laminectomia 2 SRD M 7 L1-L2 Pediculectomia 11 SRD M 13,6 C2-C3 Fenda ventral *Raça condrodistrófica; ** Raça de características condrodistróficas; M macho; F fêmea; SRD sem raça definida. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 809 2015

RESULTADOS E DISCUSSÃO Trabalhos relatam a maior ocorrência da doença do disco intervertebral em região toracolombar (MACIAS et al., 2002; MAYHEW et al., 2004; FESTUGATTO et al., 2008), sendo a maior ocorrência entre as vértebras T10-T11, seguido por T11- T12 e T12-T13 (MAYHEW et al., 2004; FESTUGATTO et al., 2008). No presente estudo foi observada maior ocorrência da discopatia lombar, em 37,5% dos casos. Nestes casos, três pacientes apresentavam compressão lombar entre L1-L2 e três entre L4-L5. ZARDO et al. (2010) referem maior incidência de discopatia toracolombar (46,5%) seguida da discopatia cervical, representada por 38,7% dos casos. A compressão cervical apresentou segunda maior prevalência (31,25%), com cinco pacientes apresentando compressão entre C2-C3 (n=3), C4-C5 (n=1) e C6-C7 (n=1). Três pacientes apresentaram compressão torácica, entre os espaços intervertebrais T12-T13. As compressões toracolombares foram observadas em dois pacientes, sendo elas entre as vértebras T13-L1. Dois pacientes apresentaram compressão medular lombossacra, entre L7-S1. BORGES-DOS-SANTOS et al. (2014) relatam que os segmentos medulares mais acometidos por discopatia foram entre C4-C5, T12-T13 e L2-L3 em estudo com 17 cães. MACIAS et al. (2002) relatam que, em 99 casos de discopatia, a raça Pastor Alemão se mostrou a mais afetada. No presente estudo, a raça Daschsund e Basset Hound tiveram maior prevalência representado por dois pacientes cada, além de quatro pacientes sem raça definida. O predomínio das raças condrodistróficas ou com suas características também foi relatado em outros trabalhos (MACIAS et al., 2002; OLBY et al., 2003). Notou-se maior incidência da discopatia nas raças de pequeno porte (56,25%), seguido das de grande (31,25%) e médio (12,5%) porte. Em relação ao peso, dois pacientes apresentavam-se com até 5 kg, seis de 5 a 10 kg, três de 10 a 15 kg, dois de 20 a 25 kg e três de 30 a 35 kg. Desta forma, a maior incidência da DDIV ocorreu nos animais de 5 a 10 kg (37,5%) e de 10 a 15 kg, de forma semelhante aos de 30 a 35 kg (18,75%). A DDIV toracolombar é causa frequente de disfunção neurológica em raças de cães de grande porte (MACIAS et al., 2002). Os dados aqui obtidos revelaram além da discopatia toracolombar, a compressão lombossacral entre L7 e S1, nas raças de grande porte. Este fato pode ser associado à ocorrência de demais achados da síndrome compressiva da cauda equina nestes animais, já que há maior predisposição dos cães de grande porte a esta síndrome (FOSSUM, 2014). Referente à idade, foi observada variação entre dois e 13 anos de idade, com a maioria (50%) entre cinco e oito anos de idade. Vinte e cinco por cento dos animais acometidos apresentavam idade entre dois e cinco anos de idade, 43,75% de sete a nove anos e 31,25% de 11 a 13 anos. Pode-se notar que as raças de médio a grande porte com a DDIV apresentam idade superior a cinco anos enquanto os animais de pequeno porte se enquadram na faixa etária a partir de dois anos de idade. MACIAS et al. (2012) relataram a maior ocorrência da extrusão nuclear em animais jovens quando em relação à protrusão. Neste estudo, a maior predileção da discopatia ocorreu nas fêmeas, correspondendo a 62,5% dos casos enquanto os machos corresponderam a 37,5%, embora a proporção contrária tenha sido relatada por outros autores (BRISSON et al., 2004; LEVINE et al., 2006). BORGES-DOS- SANTOS, et al. (2014) ressaltam em seu trabalho que não houve significância estatística nas relações estabelecidas entre a discopatia, sexo, peso e idade. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 810 2015

A doença do disco intervertebral pode ser tratada por diferentes técnicas cirúrgicas (LEAL et al., 2011). A depender da localização da lesão, várias técnicas são descritas para descompressão medular como pediculectomia (LEAL et al., 2011); hemilaminectomia (AIKAWA et al., 2013; INGRAM et al., 2013; LODY & LEPERLIER, 2013), laminectomia (HANKIN et al., 2012), fenda ventral (FARRELL et al., 2013; ROSSMEISL et al., 2013) e corpectomia lateral (SALGER et al., 2014). Neste estudo, as descompressões foram alcançadas por meio de laminectomia (58,82%), hemilaminectomia (17,64%), pediculectomia (11,76%) e fenda ventral (11,76%). MACIAS, et al. (2012) ressaltam que resultados satisfatórios podem ser esperados com a descompressão cirúrgica, de modo que sem este protocolo, os resultados a longo prazo não são bem sucedidos. Ressalta-se ainda que o procedimento cirúrgico seja adequado ao local da compressão e deve ser considerado até mesmo nos cães que apresentam sinais neurológicos moderados. Dos casos relatados todos que apresentavam sensibilidade dolorosa superficial e profunda preservadas voltaram a deambular normalmente no período médio de 11 dias de pós-operatório. Três animais no momento do procedimento cirúrgico não possuíam dor profunda e destes, dois não recuperaram a função neurológica nem ambulatória consequentemente. CONCLUSÃO Conclui-se nesse estudo que cães Dachshund e Basset Hound foram os mais acometidos por discopatias; os segmentos medulares mais acometidos por compressão foram na região lombar e cervical, a maior incidência da DDIV foi em animais com peso entre cinco e dez quilogramas; e em pacientes entre cinco e oito anos de idade. REFERÊNCIAS AIKAWA, T., SHIBATA, M., &SADAHIRO, S. Hemilaminectomyand vertebral stabilization for thoracolumbar intervertebral discassociateddynamiccompression in 11 dogs. Veterinary and Comparative Orthopaedics and Traumatology, v. 26, n. 6, p. 498-504, 2013. BERGKNUT, N.; MEIJ, B.P.; HAGMAN, R.; de NIES, K.S.; RUTGES, J.P.; SMOLDERS, L.A.; CREEMERS, L.B.; LAGERSTEDT, A.S.; HAZEWINKEL, H.A.W.; GRINWIS, G.C.M. Intervertebral disc disease in dogs Pat 1: A new histological grading scheme for classification of intervertebral disc degeneration in dogs, The Veterinary Journal, v. 195, p. 156-163, 2013. BORGES-DOS-SANTOS, R. R., REQUIÃO, K. G., NETO, F. A. D., MOREIRA, E. L. T., & BARROUIN-MELO, S. M. Diagnóstico de alterações neurológicas compressivas da medula espinal de cães com o uso da Tomografia Computadorizada (TC) Helicoidal. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 34,n. 6, p. 569-575, 2014. BRISSON, A.B.; MOFFATT, S. L.; SWAYNE, S. L.; PARENT, J. M. Recurrence of thoracolumbar intervertebral disk extrusion in chondrodystrophic dogs after surgical decompression with or without prophylactic fenestration: 265 cases (1995 1999). Journal of the American Veterinary Medical Association, v.224, n.11, p.1808- ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 811 2015

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