Página 1 de 5 1. OBJETIVO 1.1. Fixar critérios para construção e montagem de rede interna para interligação do ramal interno do cliente até o Conjunto de Regulagem de Pressão e Medição (CRM) de Gás Natural de consumidores industriais, comerciais e residenciais na rede de Distribuição da POTIGÁS. 2. NORMAS/ESPECIFICAÇÕES APLICÁVEIS 2.1. Para a execução das atividades descritas neste procedimento deverão ser observadas as instruções contidas nas normas abaixo: ABNT NBR 15526 - Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais- Projeto e execução 2.2. As instruções descritas neste procedimento complementam as determinações contidas nas normas relacionadas neste item e as demais normas por elas referenciadas. No caso da ocorrência de conflitos entre as informações contidas neste procedimento e nas normas citadas prevalecerão às instruções registradas nas mesmas. 3. EQUIPAMENTOS 3.1. Os seguintes equipamentos deverão ser empregados na execução das atividades descritas neste procedimento: Rosqueadeira Elétrica/ Manual para abertura de roscas em tubos. Chaves em geral; Equipamentos de corte a frio; Furadeira e seus acessórios; Equipamentos para pintura; 4. PESSOAL 4.1. Os profissionais deverão ser os responsáveis e mobilizados para a execução das atividades descritas neste documento, tendo o engenheiro registro no conselho de classe CREA/RN: Engenheiro Mecânico/Civil responsável; Técnico Industrial de montagem de tubulações; Ajudantes;
Página 2 de 5 5. DESCRIÇÃO GERAL 5.1. O Ramal Interno de Interligação tem por finalidade fazer a ligação entre o Conjunto de Regulagem de Pressão e Medição (CRM) de Gás Natural e a rede interna de gás do cliente, com a finalidade de fornecer o gás natural para a rede de distribuição interna do cliente. 5.2. Deverá ser realizado um furo de 1 (utilizar serra do tipo Copo ) na CRM para a passagem do tubo flexível de interligação. 5.3. Poderá ser necessário realizar furo em estruturas para a passagem do ramal de interligação. 5.4. O ramal de interligação deverá ser montado e interligado na rede interna do cliente de forma que no momento da gaseificação do cliente, seja utilizadas apenas válvulas de bloqueio. (ver exemplo) 5.5. Na CRM o gás da rede de alimentação passa por uma válvula de bloqueio manual, instalada na entrada do conjunto, sendo o mesmo filtrado e posteriormente tendo sua pressão reduzida e controlada. O controle e redução de pressão são realizados por válvulas reguladoras de pressão (PCV). Em caso de falha das válvulas reguladoras de pressão a limitação de pressão à jusante é garantida através da interrupção do fluxo de gás pela instalação de válvulas de
Página 3 de 5 bloqueio de emergência (ESDV) instaladas à montante das válvulas reguladoras de pressão. 5.6. Todos os serviços aqui relacionados devem ser executados por profissional Engenheiro Mecânico/Civil que será o responsável técnico junto ao CREA-RN pela construção, montagem e teste do Ramal Interno de Interligação. Antes do início das atividades, a contratada deverá apresentar à POTIGÁS o recolhimento da ART específica para construção, montagem e teste de vazamento do ramal. 5.7. Todos os serviços deverão ser acordados e aprovados previamente pela fiscalização da Potigás. 6. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 6.1. Condições Gerais 6.2. O projeto, construção, montagem e os testes de cada ramal deverão atender às normas e procedimentos construtivos que garantam o perfeito funcionamento de cada conjunto, com a segurança necessária à responsabilidade do serviço a que se destina. 6.3. O Ramal Interno de Interligação deverá possuir no mínimo 01 (um) registro de fechamento rápido tipo esfera, localizado em local de fácil acesso entre o Conjunto de Regulagem de Pressão e Medição (CRM) e a entrada da rede interna da edificação. O ramal de interligação deverá ser entregue conectado a rede interna do cliente e estanque. 6.4. Tubulações, Conexões e Acessórios 6.5. Os trechos retos de tubulações e conexões que compõem o conjunto deverão ser fabricados com tubos de condução de aço carbono galvanizado. 6.6. As conexões de tubulações, que compõem o conjunto deverão ser todas com material em aço carbono galvanizado, sendo as extremidades roscadas tipo NPT. 6.7. Válvulas de Bloqueio e Retenção 6.7.1. Válvula esfera a) Tipo passagem plena; b) Válvula tripartida c) Rosca NPT ou extremidade flangeada conforme norma ANSI/ASME B 16.5; d) Sede PFTE (Resiliente); e) Montagem "TRUNION";
Página 4 de 5 f) Acionamento por alavanca; giro 90 graus; g) Classe de pressão 150# conforme norma ANSI B.16.34; 7. CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO 7.1. Os conjuntos deverão ser projetados para as seguintes condições de operação: Fluido Gás Natural Densidade * 0,645 Viscosidade 0,013 cp Temperatura 20 a 35 ºC Pressão à Montante(mín.,normal,máx.) Kgf/cm² 2,0;4,0;7,0 Pressão à Jusante (mín.,normal,máx.) Kgf/cm² 0,5;1,0;1,5 (*) Nm³/h = vazão a 20ºC e 1 atm 7.2. Análise Cromatográfica: Constituinte Composição Média (% V/V) Nitrogênio 1,265 Dióxido de Carbono 1,811 Metano 84,532 Etano 11,519 Propano 0,706 N-Butano 0,062 I-Butano 0,038 N-Pentano 0,018 I-Pentano 0,017 Hexano e Superiores 0,042 7.3. Propriedades: Propriedade Valor Numero de Metano 77,20 Poder Calorífico Superior (Kcal/m³) 9.550,00 / 9.350,00 Poder Calorífico Inferior (Kcal/m³) 8.650,00 / 8.450,00 Teor de H2S (mg/g3) 1,62 Teor de H2 (mg/g3) Traços Condensado Teor de Òleo
Página 5 de 5 Amônia Partículas de sólidos Densidade 0,64 Temperatura do gás ( o C ) 30,0 8. TIPO E CONDIÇÕES DE SERVIÇO 8.1. Devem-se considerar as seguintes condições de operação para fins de qualquer especificação que se faça necessária: a) Máxima velocidade admitida de escoamento do gás na tubulação: 25,00 m/s. b) Condições Normais: 1,00 atm @ 20,00 ºC. c) Classe de fechamento: classe VI conforme ANSI-B 16.104; d) Precisão de regulagem: 5,00% e) Precisão de fechamento: 10,00% f) Máximo ruído admissível: 85,00 db 9. REVESTIMENTO E PINTURA 9.1. Os serviços de pintura do conjunto serão realizados com base na especificação técnica da Norma ABNT NBR 15.526, na cor amarela (Código 5Y8/12 Munsel). 9.2. Os trechos embutidos deverão ser revestidos para proteção contra interpéres. 10. TESTE DE VAZAMENTO 10.1. O conjunto a ser fornecido deverá ser testado com ar comprimido ou gás, com a apresentação de Laudo de Teste de Vazamento fornecido pelo Engenheiro responsável.