CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DA EDUCAÇÃO BÁSICA



Documentos relacionados
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Câmara de Educação Superior e Profissional

INTERESSADO: Centro de Formação Profissional CEFOP

GOVERNO DO ESTADO DO CEARA CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E PROFISSIONAL

RELATORA: Nohemy Rezende Ibanez SPU Nº PARECER: 0158/2006 APROVADO:

INTERESSADO: Centro de Treinamento e Desenvolvimento CETREDE

INTERESSADA: Universidade Estadual Vale do Acaraú UVA

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Câmara de Educação Superior e Profissional

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Câmara de Educação Superior e Profissional

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Câmara de Educação Superior e Profissional

EMENTA: Responde à consulta sobre oferta e obrigatoriedade da disciplina Língua Espanhola nas escolas de ensino médio do Estado do Ceará.

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA. IFSP Campus São Paulo AS ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS

DIRETRIZES E PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE PROPOSTAS DE CURSOS NOVOS DE MESTRADO PROFISSIONAL

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Câmara de Educação Superior e Profissional

APROVADO AD REFERENDUM EM 04/01/2011 PARECER CEE/PE Nº 01/2011-CEB Homologado pelo Plenário em 07/02/2011

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Câmara de Educação Superior e Profissional

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Câmara de Educação Superior e Profissional

FACULDADE BARÃO DE PIRATININGA

INTERESSADO: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI

PARECER HOMOLOGADO(*) (*) Despacho do Ministro, publicado no Diário Oficial da União de 18/12/1997 CÂMARA OU COMISSÃO: CEB

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

CURSO DE PEDAGOGIA REGULAMENTOS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES

XLIII PLENÁRIA NACIONAL DO FÓRUM DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO - FNCE

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES

DIRETRIZES GERAIS PARA CUMPRIMENTO DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

PARECER CME/THE Nº024/2008

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Câmara da Educação Superior e Profissional

ESCOLA DE ENFERMAGEM REGIMENTO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

DELIBERAÇÃO Nº 969/2012

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA RESOLUÇÃO Nº 1, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2013 (*)


REDE VIRTUAL INESPEC

Proposta de Curso de Especialização em Gestão e Avaliação da Educação Profissional

REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E LINGUAGEM (CEEL)

RESOLUÇÃO Nº 22/2015

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DA EDUCAÇÃO BÁSICA

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

O processo encontra-se instruído pela Resolução CNE / CEB nº 04/99 e pela Resolução CEE/PE nº 02/2000.

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Câmara de Educação Superior e Profissional. O presente processo foi instruído com a seguinte documentação:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

MELHORIA DA INFRAESTRUTURA FÍSICA ESCOLAR

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

APROVADO PELO PLENÁIRO EM 03/08/2004 PARECER CEE/PE Nº 72/2004-CEB

das demais previsões relativas ao estágio previstas no Projeto Pedagógico do Curso, no Regimento Interno e na Legislação.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 321, DE 2014

MANUAL DE ORIENTAÇÕES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA IFSP/CJO

RESOLUÇÃO Nº 29/08-CEPE

ESTADO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Educação Diretoria de Educação Básica e Profissional

PPC. Aprovação do curso e Autorização da oferta PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO FIC METODOLOGIA PARA O ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA. Parte 1 (solicitante)

IMPLANTANDO O ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO

EMENTA: Reconhece o curso técnico em Turismo e Hotelaria do Colégio JK, nesta Capital, até , desde que renove seu credenciamento.

VAGAS PCD VAGAS AP DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS ATIVIDADES INERENTES AOS CARGOS CARGO FUNÇÃO PRÉ -REQUISITOS

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DA EDUCAÇÃO BÁSICA

SÍNTESE DO PROJETO PEDAGÓGICO

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO CHOÇA ESTADO DA BAHIA

PARECER HOMOLOGADO(*) (*) Despacho do Ministro, publicado no Diário Oficial da União de 24/3/1999

Atividades Complementares Curso de Gestão em Recursos Humanos

ANEXO II PROJETO PEDAGÓGICO

FACULDADE ASTORGA FAAST REGULAMENTO ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

PARECER HOMOLOGADO(*) (*) Despacho do Ministro, publicado no Diário Oficial da União de 21/08/2008

PROCESSO N 85/2009 PROTOCOLO N.º PARECER CEE/CEB N.º 75/09 APROVADO EM 31/04/09 INTERESSADO: INSTITUTO EDUCACIONAL DE DRACENA - IED

Educação Profissional Cursos Técnicos. Regulamento de Estágio Supervisionado

PADRÕES DE QUALIDADE OUTUBRO 2000

TÍTULO I DA NATUREZA, DAS FINALIDADES CAPÍTULO I DA NATUREZA. PARÁGRAFO ÚNICO Atividade curricular com ênfase exclusiva didático-pedagógica:

Informações básicas. Programa Ensino Integral

RESOLUÇÃO 001/2014 DA CONCEPÇÃO E DOS OBJETIVOS

RESOLUÇÃO CONSEPE 78/2006 INSTITUI O NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD, DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, E APROVA SEU REGULAMENTO.

COMUNICADO n o 003/2012 ÁREA DE GEOGRAFIA ORIENTAÇÕES PARA NOVOS APCNS 2012

PARECER CEE Nº 117/2011

Governo do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educação CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Faculdade de São Paulo. Regimento do ISE

A instituição pretende oferecer quatro turmas de vinte alunos cada, que funcionarão de segunda à sexta-feira.

AGUARDANDO HOMOLOGAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PROCESSO Nº 129/2004 APROVADO PELO PLENÁRIO EM 15/03/2005 PARECER CEE/PE Nº 10/2005-CEB I RELATÓRIO:

Reunião Plenária do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação FNCE Região Centro Oeste

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de São Paulo

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES DE MONITORIA ACADÊMICA EM CURSOS SUPERIORES E SUBSEQUENTES

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A RESOLUÇÃO N o 1010/05

O presente processo de solicitação de reconhecimento foi instruído com os seguintes documentos:

A Câmara Superior de Ensino da Universidade Federal de Campina Grande, no uso de suas atribuições,

CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE NUTRIÇÃO CURRÍCULO 2 I INTRODUÇÃO

MANUAL DO CANDIDATO. PROCESSO SELETIVO º. semestre

Encaminhamentos, processos e ações. política de contratação e gestão de pessoal. revisão do projeto pedagógico

7- Atividades Complementares (CH60)

PARECER HOMOLOGADO(*) (*) Despacho do Ministro, publicado no Diário Oficial da União de 14/06/2006.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO COLEGIADO: CES

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA I INTRODUÇÃO

Assunto: Orientações para a Organização de Centros de Atendimento Educacional Especializado

REGULAMENTO DE MONITORIA DO CURSO DE DIREITO DA FACULDADE DE SÃO LOURENÇO

REGULAMENTO DE CURSO PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC GOIÁS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ FACULDADE DE MATEMÁTICA CURSO DE MATEMÁTICA REGULAMENTO N 001, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2013

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO INTEGRAL FAEF

CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL

REUNIÃO DO FÓRUM NACIONAL DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO - FNCE - REGIÃO NORDESTE

Padrões de Qualidade para Cursos de Graduação em Economia

O Projeto Pedagógico Institucional e Projeto Pedagógico do Curso

Transcrição:

INTERESSADO: Instituto de Educação do Ceará - IEC EMENTA: Reconhece o Curso de Ensino Médio, na Modalidade Normal Subseqüente, com validade até 31.12.2009, e homologa o Regimento Escolar. RELATOR: Nohemy Rezende Ibanez SPU Nº 06500227-0 PARECER: 0769/2007 APROVADO: 21.11.2007 I RELATÓRIO O Instituto de Educação do Ceará IEC, com sede na Rua Graciliano Ramos, 52, bairro de Fátima, CEP 60.415-050, nesta capital, foi criado pela Lei provincial nº 1.790 de 1.878, iniciando suas atividades em março de 1984 Vinculava-se inicialmente ao Colégio Estadual Justiniano de Serpa, mas depois foi desmembrado, passando a receber essa denominação. Com a vigência da LDB de 1996, passou a ofertar o curso de ensino médio na modalidade normal. Atualmente este curso, caracterizado como ensino médio integrado, de acordo com o decreto nº. 5.154/2004, prepara docentes para atuarem na educação infantil, nos anos iniciais do ensino fundamental, e para a educação de jovens e adultos. Além disso, e com uma ampla experiência, desenvolve um curso de formação continuada em educação especial, voltado para a formação de profissionais que trabalham com crianças portadoras de necessidades especiais. Esta instituição já foi credenciada e seus cursos reconhecidos em 2004, conforme Parecer nº 0698/04, com vigência até 31 de dezembro de 2007. Por meio do processo nº 06500227-0, a diretora geral do Instituto Maria Iraneide Borges Araújo licenciada em pedagogia, com especialização em administração escolar pela UVA, solicita deste Conselho recredenciamento da instituição e o reconhecimento do curso do ensino médio, na modalidade normal, no formato subseqüente. Isto é, o curso se propõe a atender os egressos do ensino médio regular, interessados em adquirir uma profissionalização nesse nível de formação, ainda tão necessário no sistema de ensino. Maria Auristela da Silva Araújo exerce as funções de secretária escolar, sendo legalmente habilitada para o cargo, conforme registro SEDUC nº. 4799/2001. Fazem parte deste processo os documentos a seguir discriminados: - requerimento da direção; - ficha de identificação da instituição; - parecer CEE nº 0698/04, com vigência até 31 de dezembro de 2007; - comprovantes da habilitação e nomeação do diretor e do secretário escolar;

- relação das melhorias realizadas no prédio escolar no período 2003/2006; - relação do material didático; - gestão Integrada da Escola GIDE/2006; - plano de Curso Ensino Médio na Modalidade Normal Subseqüente 2006 ; - justificativa dado pelo Instituto por não apresentar Convênio com as instituições afins para viabilizar os estágios supervisionados; - regimento Escolar, em cinco vias, sendo que as duas últimas atualizadas, após diligência do CEE e com anexos dos Mapas Curriculares do Curso Normal Integrado e do Curso Normal Subseqüente por área de atuação. A primeira via vem acompanhada da ata de aprovação pela comunidade escolar; - relação do corpo docente e técnico-administrativo, indicando habilitação, respectivos comprovantes, nível e área de atuação; - declaração da entrega do censo escolar; - projeto da biblioteca e acervo bibliográfico. Ao longo da análise deste processo, foram elaboradas três informações pela assessoria técnica do CEE (a 1ª em maio de 2007; a 2ª em julho de 2007; e a 3ª em agosto de 2007). Ressalte-se que o processo anterior foi arquivado porque a instituição não cumpriu o prazo da diligência baixada pelos conselheiros que o analisaram. Trata-se, portanto de um novo processo, que buscou corrigir as impropriedades apontadas na referida diligência. O núcleo gestor do IEC é constituído por um diretor geral, coordenador pedagógico, coordenador de gestão, coordenador administrativo-financeiro e secretário escolar, apoiado por dez auxiliares administrativos. Integram o corpo docente que atua no curso em foco 28 profissionais, todos (100%) com formação em nível superior. Entretanto, há 08 professores que necessitam de autorização temporária para ministrarem as disciplinam pelas quais respondem no IEC. Em termos do prédio escolar, destacam-se entre a série de melhorias elencadas pela escola no período 2003-2006: reformas, recuperação e construção de vários espaços físicos, tais como: a praça da normalista, o jardim da escola, o ginásio coberto, e a mini-quadra esportiva descoberta; a implantação do programa de formação de professores da educação infantil PROINFANTIL e do Núcleo de Altas Habilidades; ampliação do Curso de Formação Continuada em Educação Especial e implantação das salas para coordenação de gestão, a administrativofinanceiro e coordenação pedagógica.

Os indicadores pedagógicos analisados no âmbito da GIDE trazem uma informação extremamente preocupante sobre o rendimento escolar. Com base nos dados de 2005, há um quadro inicial que demonstra ser de 84% a aprovação, enquanto que a reprovação e o abandono ficam em torno de 4% e 11% respectivamente. Porém, ao desagregar-se o dado por turno, os resultados são alarmantes no período 2003/2005: a aprovação do ensino médio diurno e noturno mostra uma clara tendência de redução a cada ano (59,8%, 46,5% e 41% - diurno; e 50%, 50,2% e 46,5% - noturno). No sentido exatamente contrário, mostra-se a reprovação (3,8%, 7,7% e 9,4% - no diurno; e 4,4%, 8,0% e 9,1% - no noturno), enquanto que o abandono sofre uma pequena variação de elevação e redução no período (36,2%, 45,6% e 43,1% - no diurno; e 45,5%, 41,7% e 44,5% - no noturno). Outro dado a desafiar a gestão pedagógica do ensino e da sala de aula diz respeito às disciplinas críticas: estágio supervisionado e história atingem 28% e 35% de reprovação respectivamente, e língua portuguesa chega a 25%, todas no turno noturno. No turno diurno, língua portuguesa, matemática, geografia e estágio atingem 25% de reprovação. Na GIDE, estabelecem-se metas plurianuais e anuais a atingir em termos de redução dos indicadores. Pretende-se atingir 75% de aprovação em 2008 e reduzir para 25% o abandono. Reitera-se a importância de a Escola e o sistema de ensino monitorarem essas metas, de fato, de forma que esse diagnóstico faça sentido para os que fazem a escola. O Plano de Curso (Projeto Pedagógico) Ensino Médio na Modalidade Normal, formato subseqüente, tem como objetivo formar profissionais de nível médio, na modalidade normal, para atuação na educação infantil, nos anos iniciais do ensino fundamental e na educação de jovens e adultos, Seu público alvo são os egressos do ensino médio regular que pretendem ingressar no magistério. A duração global do Curso é de dois anos, com uma carga horária de 2.000 horas-aula, sendo cumpridas 1.000 horas a cada ano. Do total de horas, 1.200 referem-se a parte teórica e 800 ao estágio supervisionado. O mapa curricular agrega disciplinas específicas para cada área de atuação e contempla disciplinas comuns às três áreas. Caso o aluno deseje ampliar seus conhecimentos em educação especial, poderá ao término do curso subseqüente fazer o curso de formação continuada nessa área, preparando-se para trabalhar com crianças com necessidades especiais.

De uma forma geral, os programas das disciplinas dos Cursos contemplam em sua estrutura o ementário, objetivos, conteúdo programático, metodologia, recursos, proposta de avaliação e fontes de pesquisa. Em algumas disciplinas, esta estrutura aparece bem desenvolvida, em outras se mostra bem resumida. Porém há mais congruência entre esses programas e os novos mapas curriculares anexados, aspecto que fora avaliado criteriosamente na diligência dos Conselheiros do CEE. Conforme a proposta do Curso, o estágio supervisionado será desenvolvido em 800 horas, distribuídas ao longo dos dois anos de duração. Em cada ano, serão trabalhadas 400 horas de estágio, sendo que 200h para orientações teóricas e metodológicas, e mais 200 para o exercício do magistério em sala de aula, envolvendo observação, participação e regência efetiva. São elencadas 40 escolas parceiras, nas quais se pretende realizar as práticas do estágio supervisionado. Não existe, entretanto, nenhum documento formal que oficialize a parceria entre o IEC e as referidas Escolas. A informação que se tem é a de que tal convênio é de responsabilidade direta da SEDUC. Para a oferta desse curso, as instalações físicas do IEC oferecem um conjunto de 26 salas de aula, com ventiladores em seu interior. O setor técnicoadministrativo conta com espaços específicos para seu funcionamento, e o laboratório de informática dispõe de 21 máquinas. O Centro de Multimeios dispõe de espaço e equipamentos suficientes para o cumprimento de suas finalidades pedagógicas. A lista do acervo bibliográfico contém 52 títulos relacionados às disciplinas principalmente de fundamentos da educação. Acrescentam-se ainda kit de fitas de vídeo (18 fitas por kit), livros paradidáticos, revistas pedagógicas, enciclopédias, dicionários e bancos de textos. No que respeita ao Regimento Escolar, a revisão feita no texto é coerente e compatível com que dispõe a Resolução do CEE nº. 395/2005 sobre a matéria. Com relação ao curso em Educação Especial nas Deficiências Auditiva e Mental, também ofertado pelo IEC, a análise da assessoria técnica do CEE é acertada ao afirmar que, de acordo com o Decreto Federal nº. 5.154/2004, o referido curso deve ser considerado como de formação inicial e continuada, não necessitando de reconhecimento perante este Conselho (Cf. Resolução CEE nº. 390/2004). Tem duração de 1.760 horas, sendo 960 h de caráter teórico e 800h de estágio supervisionado, ao término das quais o aluno será certificado.

II FUNDAMENTAÇÃO LEGAL A solicitação atende ao que prescreve a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, a Resolução do CNE/CEB nº 02/99 e referencia-se no Decreto nº 5.154/2004 que dispõe sobre as formas de oferta do ensino médio no âmbito da educação profissional técnica. Está amparada também nas Resoluções nº s 372/2002, nº 395/2005 e nº 414/2006. III VOTO DA RELATORA Com base no que foi analisado e relatado, o voto é favorável ao reconhecimento do Curso de Ensino Médio, na Modalidade Normal Subseqüente, ofertado pelo Instituto de Educação do Ceará, nesta capital, com validade até 31.12.2009. Na oportunidade, homologa-se também o Regimento Escolar. Por outro lado, determina-se à instituição que, tão logo tenha acesso ao teor deste Parecer, reformule o texto do Regimento especificamente no que diz respeito ao cumprimento da normativa sobre o percentual de freqüência necessária para a provação dos alunos (75%), e aprove a alteração do texto no âmbito da instância colegiada pertinente. IV CONCLUSÃO DA CÂMARA Processo aprovado pela Câmara de Educação Básica do Conselho Estadual de Educação. Sala das Sessões da Câmara de Educação Básica do Conselho Estadual de Educação, em Fortaleza, aos 21 de novembro de 2007. NOHEMY REZENDE IBANEZ Relatora MARTA CORDEIRO FERNANDES VIEIRA Presidente da CEB EDGAR LINHARES LIMA Presidente do CEC