VELOCIDADE DE TRANSMISSÃO DE DADOS UTILIZANDO VPNs



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Transcrição:

VELOCIDADE DE TRANSMISSÃO DE DADOS UTILIZANDO VPNs Rogers Rodrigues Garcia 1, Júlio César Pereira¹ ¹Universidade Paranaense (Unipar) Paranavai PR Brasil rogersgarcia@live.com, juliocesarp@unipar.br Resumo: Este artigo aborda algumas definições sobre a Rede Virtual Privada, com o intuito de representar vantagem, velocidade na transmissão de dados utilizando de algoritmos de Criptografia e eliminar riscos para uma organização com a utilização de uma Rede Virtual Privada, independente do porte da mesma. Para seu desenvolvimento irá ser implementada a Rede Virtual Privada e após isto, serão realizados testes comparativo entre os protocolos de criptografia. Conclui-se que a Rede Virtual Privada é uma tecnologia em crescimento, sendo comercializada, por exemplo, pelas principais empresas de telecomunicações no Brasil e no mundo. São inúmeros os serviços oferecidos por elas e por outras companhias que trabalham com interligação de redes. 1. Introdução Com o decorrer da ultima década, a necessidade das empresas seja de pequeno e grande porte terem suas informações e conecta-las de maneira privada e segura para facilitar as comunicações corporativas entre suas filiais cresceu drasticamente. Segundo Campinhos (2007), por se tratar de uma rede pública que não foi concebida para essa finalidade, a Internet não é um meio seguro de transmissão de dados. Porém, com a utilização da Rede Virtual Privada, é possível trafegar dados de forma segura. A Rede Virtual Privada programa uma espécie de túnel ou canal de comunicação de dados, capaz de transmitir informações privadas, criptografadas e íntegras por meio da Internet. Além disso, é possível estabelecer conexões seguras com usuários móveis através de rede discada ou sem fio. Uma Rede Virtual Privada pode ser considerada uma das formas de unir vários setores de rede de uma empresa, cuja utilização de dados da empresa se dá por um meio público que normalmente denominamos de Internet. A característica principal da Virtual Private Network é de criar um caminho de comunicação (túneis) entre esses setores da empresa, de maneira confiável onde os dados que iram trafegar pelo caminho de comunicação (túnel) são criptografados, aumentando a segurança dos dados tanto na transmissão como na recepção. (CYCLADES, 2000). O objetivo deste trabalho é realizar uma pesquisa comparativa entre velocidade de transmissão de dados em tipos de algoritmos de criptografias diferentes, analisando sua velocidade de transmissão e segurança através de uma rede VPN.

2. Metodologia Para a construção do trabalho foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica, além de diversas consultas em sites especializados no assunto, a fim de dar subsídios suficientes à implementação da tecnologia em estudo. 3. Desenvolvimento 3.1. Conceito Para Rezende (2004, p. 5) A Rede Virtual Privada é um dispositivo de extrema importância para utilizar dentro de uma corporação, destacando principalmente o seu aspecto econômico, consequentemente com a utilização da Rede Virtual Privada é possível realizar conexões públicas, que possuem um baixo custo, seja sobreposta em estruturas de acesso remotos tradicionais e links dedicados. Ao criar uma Rede Virtual Privada estará estabelecendo um túnel entre as extremidades da conexão. Assim podemos garantir a integridade, privacidade dos dados que são trafegados de uma ponta até a outra. (FAGUNDES, 2007, p. 37). 3.2. Definição de Rede Virtual Privada Segundo Fagundes (2007, p. 37) Um dos princípios para utilização de uma Virtual Private Network, foi utilizar como alternativa, ligar conexões de redes que estavam quilômetros de distância há um meio público não seguro. Segundo o Silva [Silva, 2005, p. 17]: Rede Privada Virtual ou VPN é uma rede privada (rede de computadores com acesso restrito) constituída sobre a infra-estrutura de uma rede púbica (recursos públicos, sem controle sobre o acesso aos dados), normalmente a Internet. Em vez de se utilizar links dedicados para conectar redes remotas, utiliza-se a infra-estrutura da Internet ou segmentação de rede, uma vez que para os usuários a forma como as redes estão conectadas é transparente. A Rede Virtual Privada conforme dito no capítulo 1 faz o transporte dos dados através de um canal que recebe o nome de túnel. O tunelamento é como os dados transitam pela conexão da Rede Virtual Privada. Os protocolos que realizam o transporte dos dados até o seu destinatário específico e o encapsulamento dos pacotes se da o nome de tunelamento. 3.3. Protocolos utilizados na Rede Virtual Privada Segundo Tanenbaum (2004), um protocolo de rede é definido como um padrão que possibilita a comunicação entre os nós, uma linguagem usada pelos dispositivos de rede para que consigam comunicar-se entre si. Outra definição seria, para que os dispositivos de redes possam se comunicar é necessário que eles falem a mesma língua, ou seja, utilizem o mesmo protocolo de comunicação.

Uma rede de computadores pode fazer uso de diversos tipos de protocolo, como, por exemplo, o TCP/IP, NetBEUI, IPX/SPX, entre outros (TORRES, 2001). Você pode ver abaixo na figura 4, a arquitetura TCP/IP, verificando as quatro camadas do protocolo Transmission Control Protocol/Internet Protocol. Figura 1 - Arquitetura do TCP/IP Fonte: FAQINFORMATICA.COM 1 O protocolo TCP/IP é dividido em quatro camadas. As camadas são definidas abaixo de acordo com os autores Tecmundo, FaqInformática [2014]: - Communications (Camada de Aplicação) - Camada responsável por gerenciar a comunicação entre os aplicativos e o protocolo de transporte. Nesta camada atua vários protocolos. Dentre os mais conhecidos são os HTTP, SMTP, FTP, SNMP, DNS e o (FAQINFORMATICA, 2014) - Transport (Camada de Transporte) - é responsável por receber os pacotes enviados pela camada anterior. Na camada citada é realizado o tratamento de erros e é responsável por controlar o fluxo de dados e dividi-los em pacotes. - Rede (Camada de Rede) Esta camada é responsável por anexar os dados empacotados ao endereço virtual dos equipamentos e pela transmissão dos dados em redes diferentes. - Interface (Camada de Interface) - A tarefa da Interface é receber e enviar pacotes pela rede. Os protocolos utilizados nessa camada dependem do tipo de rede que está sendo utilizado. Atualmente, o mais comum é o Ethernet, disponível em diferentes velocidades (TECMUNDO,2014). 3.4. Classificações de redes com Virtual Private Network Com relação a área que ocupa, uma rede pode ser classificada em: Rede Local, Rede de Longa Distância, Rede geograficamente distribuída, Rede Metropolitana, Rede Pessoal,

Rede Global, Rede de Armazenamento de Dados, onde será descrito sequencialmente abaixo: Rede Local: (LAN - Local Area Network): Pode ser considerada uma LAN, qualquer rede com um raio máximo de 10 quilômetros ou inferior. Geralmente essas redes são utilizadas para conectar computadores domésticos, prédios ou Campus Universitários. (Pereira, 2013). Para Tanenbaum (2004), as LANs tem um tamanho restrito, o que significa que o pior tempo de transmissão é limitado e conhecido com antecedência. O conhecimento desse limite permite a utilização de determinados tipos de projetos que em outras circunstancias não seriam possíveis, além de simplificar o gerenciamento da rede. Rede de Longa Distância: (MAN - Metropolitan Area Network): Qualquer rede que seja maior do que uma Rede Local descrita acima. Muitas delas são usadas para conectar máquinas entre diferentes cidades, estados ou países. Normalmente formada por várias pequenas LANs. Você pode visualizar os tipos de rede citados na figura 1 abaixo: Figura 1 - Dispersão geográfica sobre Redes de Computadores Fonte 1 - PEREIRA, 2013, aula 04 Uma rede geograficamente distribuída, ou WAN (wide area network): Abrange uma grande área geográfica, com frequência um pais ou continente. Ela contém um conjunto de maquinas cuja finalidade e executar os programas (ou seja, as aplicações) do usuário. Seguiremos a tradição e chamaremos essas maquinas de hosts. Os hosts estão conectados por uma sub-rede de comunicação ou, simplificando, uma sub-rede. Os hosts pertencem aos usuários (por exemplo, são os computadores de uso pessoal), enquanto a sub-rede de comunicação em geral pertence e é operada por uma empresa de telefonia ou por um

provedor de serviços da Internet. A tarefa da sub-rede é transportar mensagens de um host para outro, exatamente como o sistema de telefonia transporta as palavras da pessoa que fala para a pessoa que ouve. Essa estrutura de rede e altamente simplificada, pois separa os aspectos da comunicação pura da rede (a sub-rede) dos aspectos de aplicação (os hosts). (TANENBAUM, 2004, p. 31). Além destas três classificações principais, existem outras: Rede Metropolitana: (MAN - Metropolitana Area Network) Uma rede que conecta máquinas ao longo de uma área metropolitana. Por exemplo, considere uma empresa com sedes em vários pontos ao longo de uma metrópole cujos computadores estejam em rede; Rede Pessoal: (PAN - Personal Area Network) Uma rede doméstica que liga recursos diversos ao longo de uma residência. Através da tecnologia Bluetooth obtém-se uma rede PAN; Rede Global: (GAN - Global Area Network) Coleções de redes de longa distância ao longo do globo; Rede de Armazenamento de Dados (SAN - Storage Area Network) Redes destinadas exclusivamente a armazenar dados. 4. Considerações finais Com base no estudo realizado foi encontrado uma definição e exemplificação de protocolos, camadas de aplicação utilizadas na Virtual Private Network, onde é possível identificar a relação entre os protocolos definidos, em uma das classificações de redes exemplificadas. Para a conclusão dos resultados será realizado um estudo de caso através de implementações, analisando uma VPN em ambiente Linux utilizando o protocolo IPSec, detalhando aspectos de suas configurações, além de analisar a funcionalidade e a segurança da tecnologia citada afim de obter resultados sobre qual atende melhor a necessidade de determinado tipo de aplicação.

5.Referências: CYCLADES. Guia Internet de Conectividade. 6ª Edição. São Paulo: SENAC, 2000. 167 p. CAMPINHOS, E. C; BARCELLOS, R. L. - TOPOLOGIA DE VPN: otimizando eficiência e segurança. 2007. 81 f. Monografia (Pós Graduação) Faculdade Salesiana de Vitória, Vitória, 2007. FAGUNDES, B. A. Uma Implementação de VPN. 2005. 76 f. Trabalho de Conclusão do Curso (Tecnologia da Informação e da Comunicação) Instituto Superior de Tecnologia em Ciências da Computação, Petrópolis, 2005. FAQINFORMATICA. Camadas TCPIP. Disponível em: <http://faqinformatica.com/o-que-e-o-tcpip-e-as-camadas/camadas_tcpip/>. Acesso em: 23 mai. 2014 SILVA, Lino Sarlo da. Virtual Private Network VPN: Aprenda a construir redes privadas virtuais em plataformas Linux e Windows. 2.ed. São Paulo: Novatec Editora, 2005. TANENBAUM, Andrew. S. Redes de computadores. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus: Elsevier, 2004. TECMUNDO. Pilha de protocolos. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/oque-e/780-o-que-e-tcp-ip-.htm>. Acesso em: 23 mai. 2014. TECMUNDO. Camada de Interface. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/o-que-e/780-o-que-e-tcp-ip-.htm>. Acesso em: 23 mai. 2014. TORRES, Gabriel. Redes de computadores: curso completo. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2001.