Conferência Liberdade de Escolha da Escola - Os instrumentos da liberdade 30 de janeiro de 2015



Documentos relacionados
JORNAL OFICIAL. Suplemento. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Segunda-feira, 4 de maio de Série. Número 78

Com o apoio de. Programação e Gestão Cultural Formação Avançada

Novembro de 2008 ISBN: Desenho gráfico: WM Imagem Impressão: Editorial do Ministério da Educação Tiragem: exemplares

JORNAL OFICIAL Segunda-feira, 24 de junho de 2013

PLANO DE AÇÃO CULTURAL - PAC 2013/2014 FORMULÁRIO DE CANDIDATURA. (a preencher pelo responsável do Projeto) Projeto (Título)

M ODELO EUROPEU DE CURRICULUM VITAE

Ministério das Obras Públicas

Revisor Oficial de Contas, desde 1990.

P R O V E D O R D E J U S T I Ç A

Curso de. Pós-Graduação em Gestão de Bancos. e Seguradoras. Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade Técnica de Lisboa

Decreto n.º 19/92 de 14 de Março Acordo de Cooperação no Domínio Energético entre a República Portuguesa e a República Popular de Angola

REGULAMENTO PARA A GESTÃO DE CARREIRAS DO PESSOAL NÃO DOCENTE CONTRATADO NO ÂMBITO DO CÓDIGO DO TRABALHO DA UNIVERSIDADE DO. Capítulo I.

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO Resolução do Conselho do Governo n.º 73/2013 de 1 de Julho de 2013

Mapa de Pessoal - ano 2015

Novo Modelo Contabilístico

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

Ministério da Administração do Território

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL FUTEBOL, SAD

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Segunda-feira, 21 de julho de Série. Número 132

M O D E L O E U R O P E U D E

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 18 de maio de Série. Número 89

QUADROS SUPERIORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DIRIGENTES E QUADROS SUPERIORES DE EMPRESA

Agrupamento de Escolas n.º 2 de Beja. Regulamento Interno. Biblioteca Escolar

Universidade Católica Portuguesa. Escola Superior de Biotecnologia

Lei n.º 21/2008 de 12 de Maio

Ministério dos Transportes

Protocolo de Colaboração

Cargo, Carreira, Categoria. Actividade /Atribuições / Projectos / Competências ou Perfil

PROJETO DE LEI Nº 47 DE 19 DE NOVEMBRO DE A CÂMARA MUNICIPAL DE GUAÍRA APROVA:

PLANO DE ATIVIDADES DA ESTBARREIRO/IPS. Índice

Técnico Superior de Higiene e Segurança no Trabalho

CAPÍTULO I. Denominação, Natureza, Âmbito, Duração, Sede e Objecto

M ODELO EUROPEU DE CURRICULUM VITAE

EMISSOR: Presidência do Conselho de Ministros e Ministério da Economia e do Emprego

MAPA DE PESSOAL / ANO DE 2012

APRESENTAÇÃO DA SOCIEDADE. L. Graça, R. Carvalho & M. Borges, SROC, Lda.

Ciclo de Seminários de Especialização. Avaliação do risco no projecto

PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE QUADROS

Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e das Obras Públicas Transportes e Comunicações, o seguinte: Artigo 1.º.

MUNICÍPIO DE IDANHA-A-NOVA Câmara Municipal

Instituto Politécnico de Beja


PRIVADO ENSINO SUPERIOR. Ocupação dos Cursos de Formação Inicial

NOTAS CURRICULARES. João Manuel Alves da Silveira Ribeiro Nascido a 19 de novembro de 1951, na freguesia de Cedofeita, concelho do Porto.

Ministério da Ciência e Tecnologia

Diário da República, 1.ª série N.º de Julho de (CNC), anexo ao presente decreto -lei e que dele faz parte integrante. Artigo 2.

1º Ciclo de Workshops em Empreendedorismo

INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS EMPRESARIAIS. 1.ª Edição

ANTÓNIO MANUEL COSTA DE CASTRO

PREFEITURA DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSUNTOS JURÍDICOS

Artigo 3.º (Atividades) Com vista à prossecução da sua missão, o LabSI2 poderá desenvolver as seguintes atividades:

CANDIDATOS À CÂMARA MUNICIPAL

Regulamento de Estágio Supervisionado Licenciatura em Música

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

1. Introdução Objetivos Destinatários Programa Estrutura funcional Custo Duração, Calendário

PROJETO DE LEI N.º 660/XII/4.ª

CURRICULUM VITAE DADOS PESSOAIS:

Ensino Superior. Federação Nacional dos Professores

PÓS-GRADUAÇÃO ECONOMIA DA ENERGIA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

PROJECTO DE LEI N.º 515/VIII ALTERA A COMPOSIÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE ÉTICA PARA AS CIÊNCIAS DA VIDA, CRIADO PELA LEI N.º 14/90, DE 9 DE JUNHO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS GABINETE DO PREFEITO LEI Nº , DE 29 DE NOVEMBRO DE 2010.

RESOLUÇÃO Nº 221/2005-CEPE/UNICENTRO

O presente processo de solicitação de reconhecimento foi instruído com os seguintes documentos:

Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira

Educação Formação Avançada

ESTATUTO 10 de setembro de 2014

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

Licenciatura em Administração Pública (LAP)

Estatuto Orgânico do Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social

Revisão da Qualidade da Função de Auditoria Interna

Estes cursos têm a duração de quatro semestres letivos (dois anos) a que correspondem 120 unidades de crédito (ECTS).

Regimento do Conselho Municipal de Educação

Cargo Órgãos Sociais Nomeação Mandato. Conselho de Administração. Carlos José Cadavez Fernando Miguel P. Oliveira Pereira. José Joaquim Costa

Art. 2º Compete ao Conselho Estadual do Idoso:

Mestrado em Gerontologia Social

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS GABINETE CIVIL

Ministério da Educação GABINETE DO MINISTRO PORTARIA Nº 30, DE 26 DE JANEIRO DE 2016

Regulamento Interno. Dos Órgãos. de Gestão. Capítulo II. Colégio de Nossa Senhora do Rosário

AGENDA DE TRABALHO 2

PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕES CNPJ: / CEP: GABINETE DO PREFEITO

Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo Associação Empresarial das ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge

Escola Secundária da Amadora ESCOLA BÁSICA 2º E 3º CICLOS ROQUE GAMEIRO

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Secretaria-Executiva. Diretoria de Projetos Internacionais - DPI CONTRATAÇÃO DE CONSULTOR

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO DO ENSINO BÁSICO DE PONTE DE SOR

PÓS-GRADUAÇÃO CONSULTORIA E AUDITORIA ALIMENTAR AUDITOR LÍDER ISO

M O D E L O E U R O P E U D E

LEI Nº DE 11 DE OUTUBRO DE 2011.

PROGRAMA GEODATA FOMENTO HABITACIONAL E PROMOTORES URBANISTICOS

RELATÓRIO DO GRUPO DE TRABALHO SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE AMARES PLANO ESTRATÉGICO

Secretaria de Estado para o Desenvolvimento Rural

PARA UMA ESCOLA PROMOTORA DA CIDADANIA E DA SAÚDE

Survey Salarial. Edição rigor. criatividade. confiança. ética. excelência

MENSAGEM Nº 048 /2015. Senhor Presidente, Senhores Vereadores,

R E S O L U Ç Ã O. Artigo 2º - O currículo, ora alterado, será implantado no início do ano letivo de 2001, para os matriculados na 5ª série.

ÍNDICE ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE SANTARÉM 1. ÍNDICE 2. PROMULGAÇÃO 3. DESCRIÇÃO DA ESCOLA. 3.1 História. 3.2 Objetivo e Domínio da Certificação

Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. Objetivos da aula: Revisão da aula de 2 de abril. Ciências Sociais. Profa. Cristiane Gandolfi

Transcrição:

2º PAINEL - LIBERDADE DE ESCOLHA DA ESCOLA: INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO DA ESCOLA E DA ESCOLHA DAS FAMÍLIAS Luís Farrajota Subdiretor-Geral do Planeamento e Gestão Financeira Resumo O MEC além das despesas em Educação correspondentes à sua função principal, realizada outras despesas relativa a funções subsidiárias, quer sejam sociais ou não. Além do MEC, existe um conjunto de atores que contribuem para o financiamento da Educação, como sejam: as famílias, as autarquias, outros ministérios e fundos europeus. Destes, a maior fatia das despesas com a função Educação, incumbe ao MEC. Ano P eso % PIB Valor lor PIB Como se financia a Escola Pública? Nomeadamente via orçamento de Estado (impostos). Por um lado, o custo com pessoal é definido em função do nº de alunos, oferta educativa e nível de ensino. Atualmente tem um peso de cerca de 71%.

Por outro, os custos com funcionamento são definidos tendo em conta os critérios acima referidos, como também por outros indicadores tais como: Situação geográfica; Tipologia de edifícios; Equipamentos existentes. Ao nível do Papel do Estado na Educação, destacamos 3 grandes dimensões: 1. O Financiamento; 2. A Regulação; 3. E a Provisão. 1.1 Fonte de Financiamento (Pública ou Privada) 1.2 Objeto do Financiamento (dirigido às organizações ou aos indivíduos) 1.3 Universo do Financiamento (Universal ou grupo específico) 1.4 Forma de Financiamento 1.5 Condições para a atribuição do financiamento Tendo em conta o novo paradigma criado pelo atual Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo (DL 152/2013 de 4 de novembro), em cujo preâmbulo é garantida a liberdade de escolha da escola pelas famílias, urge responder à questão de como compatibilizar a liberdade de escolha com a estrutura de custos fixos exigente de acordo com o desenho do Estado atual. Descentralização de competências para as autarquias nova fórmula de financiamento. Nota curricular Luís Miguel Bernardo Farrajota é mestre em Gestão e Políticas Públicas, pós-graduado em Fiscalidade e licenciado em Economia. Exerce funções de Subdiretor-Geral na Direção Geral de Planeamento e Gestão Financeira desde 1 de março de 2012. No período de 25 de julho de 2011 a 28 de fevereiro de 2012 exerceu as funções de Assessor financeiro de Sua Exa. O Ministro da Educação e Ciência no XIX Governo Constitucional. Colaborador da Movijovem CIPRL, onde desempenhou funções de: Diretor da Rede Nacional de Turismo Juvenil (Pousadas de Juventude) entre 2009 e 2011; Diretor do Gabinete de Projetos Especiais e Investimento entre 2008 e 2011 e de Assessor financeiro da Direção Executiva no período de 2004 a 2006. Diretor-Geral ramo Transportes e Logística entre 2008 e 2009. No período entre 2006 e 2011 foi consultor financeiro no sector privado. Diretor Administrativo e Financeiro na empresa Portugal Vela 2007, S.A entre 2006 e 2007. Entre 2003 e 2011 foi gerente da empresa de Transportes São Bernardo, Lda. Financial controller na empresa Sul Alimentária, Lda. no período de 2003 a 2005. Entre 2003 e 2004 foi account manager na empresa Vodafone S.A. Colaborador no Banco Atlântico - Grupo Comercial Português em 2002.

Francisco Vieira de Sousa Diretor do FLE Resumo Estruturação da intervenção 1. O Financiamento como instrumento da Política Pública 2. O Serviço Público de Educação 3. Princípios para o financiamento do Serviço Público de Educação 4. Modelos de Financiamento do Serviço Público de Educação 5. Pistas para o debate Nota Curricular Licenciado em Química Aplicada, com pós-graduações em Teoria e Ciência Política (UCP) e em Direito da Educação (UL), foi adjundo do Secretário de Estado da Juventude e Desporto no XIII e XIV Governo (1998 a 2002), director de projectos da Fundação Oliveira Martins (2006 a 2008), e diretor executivo da Fundação Cascais (2008 a 2012), onde foi responsável pela conceção, desenvolvimento e implementação de projetos na área da educação, energia e turismo. Gestor e empresário foi ainda colunista do Correio da Manhã, entre 2012 e 2014, e atualmente exerce funções de Administrador do Externato Marista de Lisboa. É membro da Direção do Fórum para a Liberdade de Educação, de que foi sócio-fundador, em 2002, e secretário-geral. Desde essa data que participa regularmente em debates e conferências sobre política educativa, em particular liberdade de educação, tendo vários artigos publicados sobre o tema. É casado e pai de duas filhas.

DEBATE Filinto Lima Presidente da Direção da ANDEAP Licenciado em Direito, pós graduação em administração e gestão escolar, membro do órgão conselho executivo/direção executiva há 20 anos, 13 dos quais como presidente/diretor, em comissão de serviço. Leciona uma turma. Encontra-se a fazer Doutoramento na área das Ciências da Educação. É membro do Conselho das Escolas (órgão consultivo do Mec) e vice presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas. Colaborador assíduo do Público com artigos sobre Educação. Autor e co autor de dois livros: Memórias de Um Presidente de Conselho Executivo e Movimento Associativo Um Património de Oliveira do Douro. Manuel Pereira Presidente da Direção da ANDE Fez o Curso do Magistério Primário em Lamego, tendo concluído em 1978. Licenciado em Gestão e Administração pela Escola Superior de Educação de Viseu. Desempenhou funções como professor e Coordenador do EBM (Ensino Básico Mediatizado) entre 1980 e1994. Desempenhou funções de Orientador Pedagógico do mesmo EBM entre 1995 e 2002, sendo responsável Pedagógico pela região do Douro, Tâmega e Vouga. Desempenhou as funções de Presidente do Conselho Executivo e posteriormente diretor, do Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto de Cinfães desde 2003, até à presente data. É presidente da direção da ANDE, Associação Nacional de Dirigentes Escolares, desde 2010 António José Sarmento Presidente da Direção da ANDE Licenciado em Ciências Farmacêuticas Ramo de Indústria e Farmácia Hospitalar e Oficinal. Formações variadas na área da Educação. Fundador e Presidente do ISU Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária Diretor do Colégio Planalto, em Lisboa (desde 1999) Professor em áreas científicas desde 1990 Investigador em Biotecnologia (INETI) 1989-1991 Presidente da Direção da AEEP (Associação patronal do Ensino Particular), Vice-Presidente da CNEF (Confederação Nacional de Educação e Formação) membro dos Corpos Sociais do Ponto de Apoio à Vida e outras associações)

Carlos Vieira Vice-Presidente da Direção da ANESPO Carlos Fernando Vieira é licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa, e pós graduado em Gestão e Organização Industrial pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, tendo frequentado o mestrado em Gestão no Instituto Superior de Gestão. Foi auditor da Price Waterhouse, chefe de serviços no departamento de Planeamento e Controlo Financeiro na Vodafone e Diretor de Contabilidade no Grupo Media Capital. Em 2007 assumiu o cargo de Administrador-delegado no Grupo Ensinus, que detém participações maioritárias em escolas profissionais, designadamente na Escola de Comércio de Lisboa, na Escola de Comércio do Porto, na EPET Escola Profissional de Eletrónica e Telecomunicações e no INETE Instituto de Educação Técnica, para além de instituições de ensino básico, secundário e superior, do sector particular e cooperativo. É membro da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e da Ordem dos Economistas. É Vice- Presidente da ANESPO Associação Nacional de Escolas Profissionais e membro da Direção da CNEF Confederação Nacional da Educação e Formação.