INSTRUÇ Õ ES SOBRE APRESENTAÇ Ã O DE PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO DE:



Documentos relacionados
REGULAMENTO DA AGMVM N.º 1/2012 SUPERVISÃO PRUDENCIAL

澳 門 金 融 管 理 局 AUTORIDADE MONETÁRIA DE MACAU

Anexo ao Aviso do Banco de Portugal nº 5/2010

REGULAMENTO DA COMISSÃO DE AUDITORIA BANCO ESPÍRITO SANTO, S. A. Artigo 1.º Composição

Decreto-Lei n.º 38/97/M. de 15 de Setembro

Manual do Revisor Oficial de Contas. Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 860

Avisos do Banco de Portugal. Aviso nº 2/2007

Autorização para o exercício da actividade de seguros

ASSUNTO: Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP)

Regulamento n.º 1 /2007 BANCO DE CABO VERDE. Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários. Auditores dos Organismos de Investimento Colectivo

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Orientações sobre o tratamento de dados dos documentos de identificação dos titulares de cartão de pagamento por parte das firmas comerciais

INSTITUTO GEOGRÁFICO PORTUGUÊS

TRATADO DE BUDAPESTE SOBRE O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DO DEPÓSITO DE MICRORGANISMOS PARA EFEITOS DO PROCEDIMENTO EM MATÉRIA DE PATENTES.

PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR. Relatório de auditoria para efeitos de supervisão prudencial das empresas de seguros

MANUAL DE CORPORATE GOVERNANCE Conselho Fiscal. Pág. 1. OBJECTIVO DO DOCUMENTO 2 2. COMPOSIÇÃO 2 3. COMPETÊNCIAS 3 4. DEVERES 4 5.

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, nomeadamente o terceiro parágrafo do artigo 159º,

SISTEMA DE INDEMNIZAÇÃO AOS INVESTIDORES

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872

NOVO REGIME JURÍDICO DA REABILITAÇÃO URBANA. Decreto-Lei n.º 309/2007, de 23 de Outubro Workshop IHRU 12 Abril 2010

Número de acções detidas detidas indirectamente % Total sobre o capital. directamente

Jornal Oficial da União Europeia

Regulamento Financeiro do Partido Social Democrata (Aprovado na Comissão Política Nacional de )

INSTRUÇÃO Nº 402, DE 27 DE JANEIRO DE 2004

POLÍTICA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO

Código de Conduta de Promotores OREY FINANCIAL INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO, S.A.

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 841

POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

O presente anúncio no sítio web do TED:

Setembro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA SIMPLIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES CAMBIAIS DE INVISÍVEIS CORRENTES

Legislação MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009)

Decreto do Governo n.º 1/85 Convenção n.º 155, relativa à segurança, à saúde dos trabalhadores e ao ambiente de trabalho

REGULAMENTO MUNICIPAL DE APOIO E FINANCIAMENTO DO ASSOCIATIVISMO DESPORTIVO

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 1 ESTRUTURA E CONTEÚDO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

REGULAMENTO DO CURSO DE MESTRADO EM ENFERMAGEM

REGULAÇÃO MÍNIMA DO MERCADO DE CAPITAIS

Decreto-Lei n.º 15/97/M. de 5 de Maio

MINUTA DE CONTRATO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS A PESSOAS COLECTIVAS PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS PROGRAMA MODELAR

Ministério dos Petróleos

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

Anexo: Informação Relativa à Gestão de Reclamações... 5

MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA Página 1 de 11

Regulamento Geral de Estudos Pós-Graduados. do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

REGULAMENTO DA BOLSA DE AUDITORES

Auxílio estatal n SA (2010/N) Portugal Alteração do regime de auxílios para a modernização empresarial (SIRME)

Decreto-Lei n.º 478/99, de 9 de Novembro

CAPÍTULO I Rádio e Televisão de Portugal, S. A. Artigo 1º. Natureza, objecto e Estatutos

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Estatutos. Sociedade Portuguesa de Doenças Metabólicas. CAPÍTULO PRIMEIRO (Denominação, Sede, Objecto e Duração)

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras)

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

REGULAMENTO FINANCEIRO DO CDS/PP

ASSUNTO: Certificação de Organizações de Formação do pessoal do controlo de tráfego aéreo, prevista na Lei n.º 6/2009, de 29 de Janeiro

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA. Nota justificativa

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA

REGULAMENTO DA AGMVM N.º 3/2012 NORMALIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção

Manual do Revisor Oficial de Contas IAS 7 (1) NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE IAS 7 (REVISTA EM 1992) Demonstrações de Fluxos de Caixa

Avisos do Banco de Portugal. Aviso do Banco de Portugal nº 2/2010

RESOLUÇÃO CONFE No 87, de 26 de dezembro de 1977.

REGULAMENTO PARA PLANOS DE COMERCIALIZAÇÃO E VENDA. Capítulo I. Objecto e condições de elegibilidade das candidaturas. Artigo 1º.

CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS ARTIGO 1º

ASSUNTO: Reservas Mínimas do SEBC a partir de 1/01/1999

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

Anúncio de concurso. Serviços

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. Projecto de

Formulário para pessoa singular (a preencher pelas pessoas identificadas em 1.2.)

GUIA PRÁTICO LICENCIAMENTO DA ATIVIDADE DOS ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL

Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas

RMABE-Regulamento Municipal de Atribuição de Bolsas de Estudo Preâmbulo

ESCOLA DE CONDUÇÃO INVICTA (Fases do Processo de Contra-Ordenações)

Contrato de Sociedade COMPTA EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE INFORMÁTICA, SA. Aprovado pela Assembleia Geral de 23 de Agosto de 2004

Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção

Índice. Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação?

Regulamento Municipal de Apoio às Actividades Desportivas

SUMÁRIO. Série. Jornal da República PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE $ 0.25

Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto.

POLÍTICA INTERNA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DOS TITULARES DE FUNÇÕES ESSENCIAIS DA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Bélgica-Bruxelas: Apoio a iniciativas voluntárias de promoção da gestão de diversidade no local de trabalho na UE 2014/S

Regulamento PAPSummer 2016

Definições (parágrafo 9) 9 Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados

Anúncio de concurso. Serviços

Decreto n.º 196/76 de 17 de Março

CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE OURÉM - CLASO -

Junta de Freguesia de Ançã

Transcrição:

INSTRUÇ Õ ES SOBRE APRESENTAÇ Ã O DE PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO DE: Instituições de Crédito (incluindo Bancos); Instituições Financeiras Offshore (Incluindo Bancos Offshore) 1 ; Sociedades Financeiras; Intermediários Financeiros e Outras Instituições Financeiras 2 ; Casas de Câmbio (incluindo Balcões de Câmbio); e Sociedades de Entrega Rápida de Valores em Numerário. OS PEDIDOS DE AUTORIZAÇ Ã O DEVEM SER ENVIADOS A: Departamento de Supervisão Bancária Autoridade Monetária de Macau Calçada do Gaio, n.º. 24-26 Macau Email: dsb@amcm.gov.mo Telefone: +853 83952388 Fax: + 853 28301132 1 Excluindo instituições financeiras que dedicam as actividades de seguro c/ou gestão de fundos de pensão privados. 2 Dito. 1 /38

ÍNDICE Parte A. Ideia geral sobre o regime de concessão de licenças. Parte B. Procedimentos sobre apresentação dos pedidos. Parte C. Requisitos e critérios para concessão de licenças e informações a fornecer com o pedido: 1. Constituição de instituições de crédito; 2. Abertura na RAEM de sucursais de instituições de crédito com sede no exterior; 3. Estabelecimento de subsidiárias ou abertura de sucursais ou de escritórios de representação no exterior de instituições de crédito com sede na RAEM; 4. Constituição ou estabelecimento de instituições financeiras offshore; 5. Constituição de sociedades financeiras; 6. Estabelecimento de intermediários financeiros ou de outras instituições financeiras; 7. Constituição de casas de câmbio ou prática do comércio de câmbios por entidades específicas; 8. Constituição de sociedades de entrega rápida de valores em numerário. Parte D. Requisitos e informações suplementares para emissão de cartões portamoedas electrónicos. Anexo Modelo de pedido 2 /38

Parte A. IDEIA GERAL SOBRE O REGIME DE CONCESSÃ O DE LICENÇ AS 1. Nos termos do Estatuto da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 14/96/M, de 11 de Março, a AMCM tem, entre outras atribuições, aconselhar e apoiar o Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) na formulação e aplicação das políticas monetária e financeira, bem como zelar pela estabilidade do sistema financeiro da RAEM. Tipos de pedidos 2. No exercício das suas competências e no respeito pela legislação abaixo indicada, a AMCM, através do seu Departamento de Supervisão Bancária, é responsável pelos procedimentos e pelo aconselhamento ao Chefe do Executivo relativos ao tratamento dos seguintes tipos de pedidos de autorização: (a) Constituição de instituições de crédito 3 na RAEM (Regime Jurídico do Sistema Financeiro (RJSF), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 32/93/M, de 5 de Junho); (b) Abertura na RAEM de sucursais de instituições de crédito com sede no exterior (RJSF); (c) Estabelecimento de subsidiárias e abertura de sucursais e escritórios de representação no exterior por instituições de crédito com sede na RAEM (RJSF); (d) Constituição ou estabelecimento de instituições financeiras offshore 4 (Decreto-Lei n.º 58/99/M, de 18 de Outubro); (e) Constituição de sociedades financeiras 5 (Decreto-Lei n.º 15/83/M, de 26 de Fevereiro); 3 Instituição de crédito, nos termos da alínea b) do artigo 1.º do RJSF, é uma empresa cuja actividade consiste em receber do público depósitos ou outros fundos reembolsáveis e conceder crédito por sua conta e risco. O artigo 15.º do RJSF considera instituições de crédito: a) os bancos; b) a Caixa Económica Postal; c) as sociedades de locação financeira; d) outras sociedades que, correspondendo ao referido na alínea b) do artigo 1.º do RJSF sejam classificadas como tal. 4 2. Instituição financeira offshore é uma instituição que desenvolve actividades financeiras, incluindo as actividades bancárias, seguradora, resseguradora e de seguros cativos, que se traduzam na prática, habitual e com intuito lucrativo, das operações referidas no artigo 17.º do RJSF, dirigidas aos mercados externos, a serem exercidas exclusivamente com não-residentes, através de operações denominadas noutra moeda que não a pataca, ex vi das alíneas a) e f) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 58/99/M, de 18 de Outubro. 5 Sociedades financeiras são instituições de crédito não monetárias constituídas na RAEM que têm por objecto exclusivo a realização de operações financeiras e a prestação de serviços afins, definidos no Decreto-Lei n.º 15/83/M, de 26 de Fevereiro. Uma sociedade financeira pode conceder crédito de 3 /38

(f) Estabelecimento de intermediários financeiros 6 e de instituições financeiras 7 que não sejam instituições de crédito, excepto as regulamentadas por legislação especial (RJSF); (g) Constituição de casas de câmbio (Decreto-Lei n.º 38/97/M, de 15 de Setembro) e prática do comércio de câmbios por outras entidades (Decreto-Lei n.º 39/97/M, de 15 de Setembro); e (h) Constituição de sociedades de entrega rápida de valores em numerário 8 (Decreto-Lei n.º 15/97/M, de 5 de Maio) Apresentação de pedidos 3. As entidades interessadas em formular os seus pedidos devem adoptar as formalidades constantes da Parte B destas instruções. Os requisitos / critérios para concessão de licenças relativa a qualquer tipo de pedido, bem como a documentação e informações exigidas constam da Parte C. As instituições de crédito que pretendam, simultaneamente, obter autorização para a emissão de cartões porta-moedas electrónicos, devem consultar as informações suplementares constantes da Parte D. Critérios de decisão 4. As autorizações são concedidas, caso a caso, pelo Chefe do Executivo. A decisão tem em conta, entre outros, os seguintes factores relativos às instituições-requerentes 9 ou às instituições-propostas 10, consoante o caso: médio e longo prazo, subscrever a emissão de valores que estão sujeitos a subscrição pública; comprar títulos de dívida emitidos por uma determinada companhia; dar fiança que assegure o cumprimento de obrigações contraídas por outras entidades, etc. 6 Os intermediários financeiros podem ser autorizados a praticar operações de compra e venda, por conta de terceiros, de valores ou instrumentos transaccionados nos mercados monetário, financeiro ou cambial, ou aceitar ordens de investidores relativamente a esses valores ou instrumentos, ex vi do n.º 1 do artigo 117.º do RJSF. 7 As outras instituições financeiras, que não sejam consideradas instituições de crédito, apenas podem efectuar as operações permitidas pelas normas legais ou regulamentares que disciplinem a respectiva actividade, ex vi do n.º 2 do artigo 117.º do RJSF. 8 Sociedades de entrega rápida de valores em numerário (SEV) são sociedades comerciais que têm por objecto social promover a entrega rápida de valores em numerário, na RAEM ou no exterior, por ordem de terceiros, após recebimento do montante equivalente desses terceiros, ex vi do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 15/97/M, de 5 de Maio. 9. Por instituição-requerente entende-se a instituição que apresenta o pedido em seu próprio nome. Na maior parte dos casos será uma instituição com sede no exterior que pretende estabelecer uma sucursal na RAEM. 10 Por instituição-proposta entende-se a instituição objecto do pedido, que se pretende constituir na RAEM. 4 /38

(a) Adequação dos objectivos da instituição às políticas económicas e financeiras prosseguidas pelos organismos oficiais da RAEM; (b) Viabilidade do plano de actividades da instituição; (c) Idoneidade adequada dos accionistas detentores de participações qualificadas 11 e dos membros da gestão 12 e/ou das pessoas que detenham a direcção efectiva das actividades; (d) No caso de pedidos de autorização para instituições de crédito, capacidade da instituição para garantir a segurança dos fundos a ela confiados; (e) Adequação de recursos humanos, técnicos e financeiros, de processos de gestão de risco e de gestão empresarial; (f) Estrutura e características do grupo societário em que a instituição eventualmente se insira; e (g) Valor acrescentado propiciado em termos da promoção da estabilidade e do desenvolvimento do sistema financeiro da RAEM. 5. Se for o caso, será ainda ponderado o nível de supervisão a que as instituições do exterior estão sujeitas no país de origem. Esta ponderação tem em conta a eficácia da supervisão exercida, a prontidão e aptidão das autoridades supervisoras do país de origem em cooperar com a AMCM e a implementação dos Princípios Essenciais do Comité de Basileia para uma Efectiva Supervisão Bancária (Basel Core Principles for Effective Banking Supervision). 6. Ao conceder a autorização, o Chefe do Executivo pode exigir requisitos ou impor condições específicas a observar pelas instituições, nomeadamente quanto à proveniência dos fundos e sua aplicação. Registo e supervisão 7. Todas as instituições autorizadas estão sujeitas a registo especial junto da AMCM antes de iniciarem as suas actividades. Este registo abrange elementos relacionados com a instituição e com a identidade de determinadas pessoas tais como: accionistas, membros dos órgãos de gestão 13, mandatários com poderes de gerência e auditores externos. 11 Por participação qualificada entende-se a participação detida directamente ou indirectamente pelo accionista igual ou superior a 10% do capital social ou do direito de voto. 12 A gestão refere geralmente ao corpo de administração de uma instituição. O nome relevante a ser adoptado pelas instituições diferentes poderia não ser o mesmo. 13 Os membros dos órgãos de gestão referem aos administradores ou membros do corpo de direcção de uma instituição. 5 /38

8. Além das mencionadas exigências de registo, os membros dos conselhos de administração e de fiscalização das instituições com sede na RAEM, bem como os gerentes de sucursais de instituições com sede no exterior deverão registar as respectivas nomeações junto da AMCM, antes de iniciarem as suas funções. 9. No que diz respeito aos accionistas de instituições com sede na RAEM, quaisquer acordos parassociais relativos ao exercício do direito de voto estão sujeitos a registo junto da AMCM, sob pena de tais acordos não produzirem efeitos. A aquisição ou aumento de qualquer participação qualificada está também sujeita a autorização prévia da AMCM, antes de os respectivos direitos de voto adquiridos poderem ser exercidos. 10. As instituições autorizadas estão sujeitas à supervisão da AMCM, que poderá efectuar exames ou inspecções, inclusive, nas instalações das instituições. As instituições deverão familiarizar-se com as políticas e procedimentos da AMCM e submeter os dados contabilísticos, estatísticos e outras informações julgadas pertinentes, na forma e com a frequência tida por adequada pela AMCM. A legislação, regulamentos e directivas aplicáveis, estão disponíveis no website da AMCM 14. 14 http://www.amcm.gov.mo/rules_and_guidelines/rules.htm. 6 /38

Parte B. PROCEDIMENTOS SOBRE APRESENTAÇ Ã O DOS PEDIDOS 1. Aconselham-se os interessados a contactarem o Departamento de Supervisão Bancária da AMCM, numa fase preliminar antes da apresentação formal do pedido de autorização, a fim de discutirem os seus planos de actividades. Esta discussão permite à AMCM introduzir esclarecimentos relativos aos requisitos de autorização, bem como identificar eventuais situações que possam ser relevantes na apreciação do pedido apresentado. 2. Após esta prévia discussão com a AMCM, os interessados devem preparar uma carta-pedido de autorização endereçada à AMCM, declarando as razões para a apresentação do pedido e, expondo sucintamente o modo como os critérios para concessão de licenças são ou serão adoptados. O pedido deve ser assinado pelo chefe executivo ou equivalente 15 da instituição-requerente (ou, no caso de uma nova instituição a constituir, por um accionista fundador ou pelo seu representante legal) e deve ser acompanhado do modelo anexo a estas Informações, juntando todos os demais elementos especificados na Parte C e/ou na Parte D. A apresentação do modelo não será todavia necessária, se o pedido apresentado por uma instituição de crédito com sede na RAEM, consistir no estabelecimento de uma subsidiária ou na abertura de sucursal ou escritório de representação no exterior. Também não será necessário o preenchimento do modelo quando se tratar de pedido apresentado por entidades específicas que pretendam realizar comércio de câmbios no interior de um estabelecimento por elas explorado (p. ex. actividades de jogos). 3. Em todos os casos, anexo ao pedido deverá se apresentado um plano de actividades da instituição-requerente ou da instituição-proposta. O plano deverá estabelecer os objectivos da instituição e demonstrar o modo como a empresa disporá dos seus recursos. Este plano deve ser resultado de um planeamento criterioso, bem como deve realisticamente prever as exigências do mercado, a base de clientes, a concorrência e as condições económicas. As instituições com finalidades especiais (p. ex. de emissão de cartões portamoedas electrónicos) devem mencionar, no plano de actividades, de forma minuciosa, os contornos específicos da sua finalidade. O plano deve, em regra, cobrir três anos de actividade e fornecer explicações pormenorizadas sobre as acções propostas para realizar os objectivos da instituição. A descrição deve fornecer pormenores concretos e suficientes para demonstrar que a instituição tem possibilidades razoáveis de sucesso e de operar de uma forma estável, consolidada e prudente, dispondo do capital adequado para assegurar os limites da sua exposição ao risco. 4. O processamento dos pedidos pela AMCM envolve uma análise aprofundada dos documentos relevantes, bem como uma apreciação da idoneidade e 15 O chefe executivo ou equivalente refere ao administrador executivo ou membro da comissão executiva de uma instituição. 7 /38

competência das pessoas que são ou serão os accionistas 16 e titulares dos órgãos sociais, directores ou gerentes das instituições. Podem ser feitas diligências de investigação e realizadas entrevistas, no âmbito dos procedimentos de análise e do processamento dos pedidos. 5. Na apreciação da idoneidade de uma pessoa singular, a AMCM tomará em consideração o modo habitual como essa pessoa conduz as suas actividades ou exerce a sua profissão, em especial nos aspectos que revelem incapacidade para decidir de uma forma ponderada e criteriosa ou evidenciem incumprimento das suas obrigações ou a adopção de comportamentos incompatíveis com a preservação da reputação da instituição. Na avaliação da idoneidade, entre outras circunstâncias atendíveis, é levado em conta: Se a pessoa foi declarada por sentença falida ou insolvente, ou julgada responsável pela falência ou insolvência de uma empresa por ela dominada ou de que tenha sido administrador-delegado, administrador, director ou gerente; Se a pessoa foi administrador-delegado, administrador, director ou gerente de uma empresa cuja falência ou insolvência tenha sido prevenida, suspensa ou evitada por providências extraordinárias de saneamento financeiro, ou detentora de uma posição de domínio numa empresa nessas condições, desde que, em qualquer dos casos, se reconheça a sua responsabilidade por essa situação; Se a pessoa foi condenada ou está pronunciada por crimes de falsificação, furto, roubo, burla, peculato, suborno, extorsão, abuso de confiança, usura, corrupção, emissão de cheques sem provisão ou recepção não autorizada de depósitos ou de outros fundos reembolsáveis; e Se a pessoa foi responsável por infracções às regras legais ou regulamentares que regem a actividade das instituições de crédito e das demais instituições sujeitas a supervisão da AMCM, quando a gravidade ou a reiteração dessas infracções o justifique. 6. No caso da instituição-requerente ou da instituição-proposta ser ou dever ser sujeita a supervisão de uma autoridade do exterior, a AMCM deve assegurarse de que a supervisão é ou será exercida por essa autoridade de forma adequada, e que pode obter informações, por escrito, sobre o respectivo regime de supervisão, bem como sobre as práticas e orientações seguidas pela autoridade supervisora do exterior relativamente ao pedido em apreço. Nestes casos, é aconselhável que se consulte a autoridade supervisora do país de origem, antes de submeter um pedido de autorização à AMCM. 16 A referencia ao accionista nesta Instruções inclui aqueles que têm participações ou direito de voto de uma companhia quer directamente quer indirectamente. 8 /38

7. Ao apresentar um pedido de autorização, deve assegurar que as informações e documentos exigidos estão completos. Com esse objectivo, é aconselhável o preenchimento de uma lista em conformidade com as partes relevantes da Parte C e/ou da Parte D. Ao receber o pedido, a AMCM inicialmente verifica se as informações e os documentos relevantes estão completos. Qualquer exigência complementar ou a constatação da falta de elementos é comunicada ao requerente ou ao seu representante legal, sendo notificada para fornecer as informações, elementos em falta ou outros complementares até uma determinada data que lhe for desde logo fixada. Se a informação ou os elementos em falta não forem apresentados até à data fixada, a omissão será considerada fundamento bastante para recusa do pedido ou para que o mesmo seja considerado pela AMCM sem efeito. 8. Todos os pedidos serão prontamente processados pela AMCM. O tempo do processamento depende das circunstâncias de cada caso e da integridade das informações submetidas. O requerente ou o seu representante legal é informado da decisão tomada logo que possível. Em caso de inquérito ou dúvida sobre o pedido durante este tempo, o requerente pode consultar o Departamento de Supervisão Bancária da AMCM. 9 /38

Parte C. REQUISITOS E CRITÉ RIOS PARA CONCESSÃ O DE LICENÇ AS E INFORMAÇ Õ ES A FORNECER COM O PEDIDO 1. Constituição de instituições de crédito Requisitos e critérios para concessão da licença 1.1 As instituições de crédito que se constituam na RAEM, devem assumir a forma de sociedade anónima e as respectivas acções serão nominativas ou ao portador registadas. As exigências de capital e de gestão são as seguintes: (a) Os bancos não podem constituir-se nem manter-se com um capital social inferior a 100 milhões de patacas e as restantes instituições de crédito devem observar o que lhes for fixado em legislação especial ou no respectivo instrumento de autorização; (b) O capital social deve estar integralmente subscrito e realizado em dinheiro no acto da constituição e encontrar-se depositado na AMCM ou à sua ordem em, pelo menos, metade do respectivo montante; e (c) O órgão de gestão das instituições de crédito deve ser constituído por um mínimo de três elementos de reconhecida idoneidade, dois dos quais, pelo menos, residentes na RAEM e com capacidade e experiência adequadas ao exercício dos seus cargos, dispondo de poderes para efectivamente determinarem a orientação da actividade da instituição. Apreciação do pedido pela AMCM 1.2 Ao apreciar o pedido, a AMCM terá em consideração: (a) A estrutura do grupo societário e a identidade de cada accionista detentor de participações qualificadas da instituição; (b) Na eventualidade dos fundadores ou accionistas detentores de participações qualificadas serem bancos, com sede no exterior, se estes estão sujeitos a uma supervisão adequada no país ou território de origem e se estão autorizados pela autoridade supervisora desse país ou território a estabelecer subsidiárias ou instituições de crédito associadas na RAEM; (c) Se os accionistas com participações qualificadas da instituição ou os membros dos órgãos sociais reúnem condições adequadas ao exercício dos seus cargos; (d) Se a instituição está dotada de mecanismos adequados de controlo, a fim de assegurar que os seus directores ou gerentes sejam pessoas idóneas para o exercício dos respectivos cargos; 10 /38

(e) Se as actividades da instituição serão realizadas de forma sã e prudente e se esta apresenta garantias de segurança dos fundos que lhe forem confiados e de protecção dos interesses dos eventuais depositantes; (f) Se a instituição apresenta um plano de actividades seguro e viável; (g) Se a instituição dispõe de meios financeiros adequados ao tipo e volume das operações que pretende realizar; (h) Se a instituição dispõe de liquidez adequada a cumprir as suas obrigações, à medida que estas se vencerem; (i) Se a instituição dispõe de condições que lhe permitam cumprir, após autorizada, as regras prudenciais sobre exposição, que lhe são aplicáveis; (j) Se a instituição manterá provisões adequadas para fazer face a situações de depreciação ou diminuição do valor dos seus activos (incluindo provisão para créditos de cobrança duvidosa e incobráveis), por responsabilidades que possam vir a ser liquidadas por ela e por perdas em que possa ocorrer; (k) Se a instituição dispõe de mecanismos adequados de gestão de risco, gestão empresarial, sistemas de contabilidade, sistemas de controlo (incluindo sistemas de adequação aos padrões de prevenção de branqueamento de capitais e de combate ao financiamento do terrorismo), bem como de um adequado plano de continuidade das actividades; e (l) Se o pedido se adequa aos superiores interesses do sistema financeiro da RAEM. Informações a fornecer com o pedido 1.3 Os documentos e as informações necessárias a fornecer com o pedido são: (a) CARTA-PEDIDO, expondo as razões que fundamentam o pedido de autorização, apresentando o historial da instituição-proposta e descrevendo o plano de actividades ou de desenvolvimento de negócios; (b) MODELO DE PEDIDO, devidamente preenchido, fornecendo todos os pormenores da instituição-proposta e uma apresentação geral do seu plano de negócios, bem como informações relativas aos accionistas fundadores, administradores, directores e gerentes em perspectiva e declarações por eles assinadas; (c) Se não constar da carta-pedido, deve ser feita uma exposição fundamentada das RAZÕ ES DE ORDEM ECONÓ MICA E FINANCEIRA que levam a instituição a pretender operar na RAEM, demonstrando a viabilidade e a adequação da instituição aos objectivos da política económica e financeira prosseguida pelos órgãos competentes da RAEM; 11 /38

(d) Projecto dos ESTATUTOS da instituição-proposta, acompanhada de uma CERTIDÃ O emitida pela Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis, que ateste que o nome da instituição-proposta pode ser registado; (e) Cópia da RESOLUÇ Ã O da assembleia-geral da instituição-mãe ou AUTORIZAÇ Ã O dos representantes legais da instituição-mãe, se estes tiverem poderes bastantes, para se estabelecer na RAEM, no caso de a instituição-proposta ser uma subsidiária de outra instituição; (f) ORGANOGRAMA apresentando a linha de controlo dos accionistas que detenham uma participação equivalente ou superior a 5% no capital social da instituição-proposta, com discriminação do primeiro nível até ao último accionista; (g) Para cada accionista pessoa colectiva que detenha uma participação equivalente ou superior a 5% do capital social da instituição-proposta, exigese ainda: BUSCA ou CERTIDÃ O da conservatória do registo comercial do país de origem (no qual a entidade tem a sua sede), com data de emissão não superior a três meses; Cópia dos ESTATUTOS; Cópia do RELATÓ RIO ANUAL E CONTAS, devidamente auditado, dos últimos três anos (acompanhado do relatório interino mais recente, se disponível), contendo a identificação e nota biográfica dos membros do conselho de administração e de gestão superior; e INFORMAÇ Ã O RELATIVA À DISTRIBUIÇ Ã O DO CAPITAL SOCIAL e relação dos detentores de 5% ou mais do mesmo capital; (h) IDENTIFICAÇ Ã O PESSOAL E PROFISSIONAL, INFORMAÇ Ã O FINANCEIRA e CERTIDÃ O DO REGISTO CRIMINAL ou documento equivalente dos accionistas directos e indirectos que sejam pessoas singulares; evidência de informação financeira pode incluir a certidão dos bancos ou contas auditadas dos seus negócios principais; (i) Nomes e historiais das OUTRAS EMPRESAS em cujo capital social os accionistas directos ou indirectos da instituição-proposta detenham uma participação de 10% ou mais; (j) Na eventualidade da instituição-proposta ser uma subsidiária de um banco com sede no exterior, DOCUMENTO COMPROVATIVO EMITIDO PELA AUTORIDADE DE SUPERVISÃ O DO PAÍS ou TERRITÓ RIO DE ORIGEM de que o banco se acha legalmente constituída, bem como autorizada a estabelecer uma subsidiária na RAEM, com indicação das operações que pode realizar; (k) PLANO DE ACTIVIDADES da instituição-proposta para os três primeiros anos, pelo menos, aludindo ao tipo e volume de operações que pretende 12 /38

realizar, às estratégias de negócios e políticas que pretende adoptar, bem como um ESTUDO DE VIABILIDADE detalhado das actividades propostas; (l) PROJECÇ Õ ES FINANCEIRAS para, pelo menos, os primeiros três anos de operações na RAEM da instituição-proposta, incluindo, mas não limitado, às projecções do balanço e da conta de demonstração de resultados, junto com as suposições hipotéticas subjacentes; (m) Descrição da ESTRUTURA DOS Ó RGÃ OS DE GESTÃ O E DOS RECURSOS disponíveis para as operações da instituição-proposta; (n) Descrição detalhada dos MECANISMOS DE GESTÃ O DE RISCO, GESTÃ O EMPRESARIAL, SISTEMA DE CONTROLO INTERNO, MEDIDAS CONTRA O BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E DE COMBATE AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO E PLANO DE RECUPERAÇ Ã O DE EMERGÊNCIA; (o) Na eventualidade da instituição-proposta ser uma subsidiária de outra instituição, descrição dos CANAIS DE COMUNICAÇ Ã O / CONTROLO DA INSTITUIÇ Ã O-MÃ E relativamente à instituição-proposta (após a concessão da autorização é também necessário que a instituição-mãe envie uma carta à AMCM, indicando o seu compromisso de fornecer apoio para reforço do capital ou da liquidez à instituição autorizada, sempre que necessário); (p) DOCUMENTOS DE IDENTIDADE, CURRÍCULUM PROFISSIONAL PORMENORIZADO e CERTIDÃ O DO REGISTO CRIMINAL ou documento equivalente dos membros dos órgãos sociais da instituiçãoproposta; (q) Informação sobre os AUDITORES EXTERNOS da instituição-proposta; e (r) Outros ELEMENTOS E INFORMAÇ Õ ES que a AMCM considere necessários para uma adequada analise do pedido. 13 /38

2. Abertura na RAEM de sucursais de instituições de crédito com sede no exterior Requisitos e critérios para concessão da licença 2.1 Os estabelecimentos propostos devem assumir a forma de sucursais de instituições com sede no exterior. Após de autorização, as sucursais devem ter permanentemente aplicado na RAEM, em certos tipos de activos definidos pela AMCM, um valor igual a pelo menos 50% do capital social mínimo exigido para a constituição de uma instituição do mesmo tipo (p. ex. a exigência de capital de um banco é de 100 milhões de patacas). 2.2 A sucursal deve ser gerida, pelo menos, por duas pessoas residentes na RAEM, de reconhecida idoneidade e com experiência profissional adequada ao exercício dos cargos, devendo dispor de poderes para tratar e resolver definitivamente todos os assuntos que digam respeito ao exercício da actividade da sucursal. Apreciação do pedido pela AMCM 2.3 Ao apreciar o pedido, a AMCM terá em consideração: (a) A estrutura do grupo societário e, se for conhecida, a identidade dos accionistas detentores de participações qualificadas; (b) Se a instituição está sujeita a uma supervisão adequada no país ou território de origem e autorizada pela autoridade supervisora desse país ou território a abrir uma sucursal na RAEM; (c) Se os accionistas com participações qualificadas da instituição ou os membros dos órgãos sociais reúnem condições adequadas ao exercício dos seus cargos; (d) Se a instituição está dotada ou estará dotada, caso seja autorizada a operar na RAEM, de mecanismos adequados de controlo, a fim de assegurar que os seus directores ou gerentes sejam pessoas adequadas ao exercício dos respectivos cargos; (e) Se as actividades da instituição são actualmente, e continuarem a ser, caso seja autorizada a operar na RAEM, realizadas de forma íntegra e prudente, com competência profissional de grau apropriado e de maneira de não prejudicar, ou provavelmente não prejudicar os interesses de depositantes ou eventuais depositantes; (f) Se a instituição apresenta um plano de actividades seguro e viável; (g) Se a instituição dispõe e, após ser autorizada, continuará a dispor de meios financeiros adequados ao tipo e volume de operações que pretende realizar; 14 /38

(h) Se a instituição dispõe e, após ser autorizada, continuará a dispor de liquidez adequada para cumprir as suas obrigações, na medida em que estas se vencerem; (i) Se a instituição, após ser autorizada, dispõe de condições que lhe permitam cumprir as regras prudenciais sobre exposição, que lhe forem aplicáveis; (j) Se a instituição mantém e, após ser autorizada, continuará a manter provisões adequadas a fazer face a situações de depreciação ou diminuição do valor dos seus activos (incluindo provisões para os créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis), por responsabilidades que possam vir a ser liquidadas por ela e por perdas em que possa ocorrer; (k) Se a instituição dispõe e, após ser autorizada, continuará a dispor de mecanismos de gestão de risco, gestão empresarial, sistemas de contabilidade e de controlo adequados (incluindo sistemas de adequação aos padrões de prevenção de branqueamento de capitais e de combate ao financiamento do terrorismo), bem como de um adequado plano de continuidade de actividades; e (l) Se o pedido se adequa aos superiores interesses do sistema financeiro da RAEM. Informações a fornecer com o pedido 2.4 Os documentos e as informações necessárias a fornecer com o pedido são: (a) CARTA-PEDIDO, expondo as razões que fundamentam o pedido de autorização, apresentando o historial da instituição-requerente e descrevendo o plano de actividades ou de desenvolvimento de negócios; (b) MODELO DE PEDIDO, devidamente preenchido, fornecendo todos os pormenores da instituição-requerente e uma apresentação geral do seu plano de negócios, bem como informações relativas aos accionistas, administradores, directores e gerentes e declarações por eles assinadas; (c) Se não constar da carta-pedido, deve ser feita uma exposição fundamentada das RAZÕ ES DE ORDEM ECONÓ MICA E FINANCEIRA que levam a instituição a pretender operar na RAEM, demonstrando a viabilidade e a adequação da instituição aos objectivos da política económica e financeira prosseguida pelos órgãos competentes da RAEM; (d) DOCUMENTO COMPROVATIVO EMITIDO PELA AUTORIDADE DE SUPERVISÃ O DO PAÍS ou TERRITÓ RIO DE ORIGEM de que a instituição se acha legalmente constituída, bem como autorizada a estabelecer uma sucursal na RAEM, com indicação das operações que pode realizar; 15 /38

(e) BUSCA ou CERTIDÃ O da conservatória do registo comercial do país de origem (no qual a entidade tem a sua sede), com data de emissão não superior a três meses; (f) Cópia dos ESTATUTOS da instituição; (g) Cópia da RESOLUÇ Ã O da assembleia-geral dos sócios ou accionistas ou AUTORIZAÇ Ã O dos seus representantes legais, se estes tiverem poderes bastantes, ratificando o pedido; (h) Cópia do RELATÓ RIO ANUAL E CONTAS, devidamente auditado, dos últimos três anos (acompanhado do relatório interino mais recente, se disponível), contendo a identificação e nota biográfica dos membros do conselho de administração e de gestão superior; (i) (j) ORGANOGRAMA apresentando a linha de controlo dos accionistas que detenham uma participação equivalente ou superior a 5% no capital social da instituição-requerente, com discriminação do primeiro até ao último accionista detentor de participações qualificadas; Para cada accionista pessoa colectiva que detenha uma participação equivalente ou superior a 5% do capital social da instituição-requerente, exige-se ainda: BUSCA ou CERTIDÃ O da conservatória do registo comercial do país de origem (no qual a entidade tem a sua sede), com data de emissão não superior a três meses; Cópia dos ESTATUTOS; Cópia do RELATÓ RIO ANUAL E CONTAS, devidamente auditado, dos últimos três anos (acompanhado do relatório interino mais recente, se disponível), contendo a identificação e nota biográfica dos membros do conselho de administração e de gestão superior; e INFORMAÇ Ã O RELATIVA À DISTRIBUIÇ Ã O DO CAPITAL SOCIAL e relação dos detentores de 5% ou mais do mesmo capital; (k) IDENTIFICAÇ Ã O PESSOAL E PROFISSIONAL, INFORMAÇ Ã O FINANCEIRA e CERTIDÃ O DO REGISTO CRIMINAL ou documento equivalente dos accionistas directos e indirectos que sejam pessoas singulares; evidência de informação financeira pode incluir a certidão dos bancos ou contas auditadas dos seus negócios principais; (l) Nomes e historiais das OUTRAS EMPRESAS em cujo capital social a instituição-requerente ou os seus accionistas directos ou indirectos detenham uma participação de 10% ou mais; (m) PLANO DE ACTIVIDADES da sucursal para, pelo menos, os primeiros três anos de operações na RAEM, aludindo ao tipo e volume de operações que pretende realizar, bem como às estratégias de negócios e políticas que 16 /38

pretende adoptar, bem como um ESTUDO DE VIABILIDADE detalhado das actividades propostas; (n) PROJECÇ Õ ES FINANCEIRAS para, pelo menos, os primeiros três anos de operações na RAEM, incluindo, mas não limitado, às projecções do balanço e da conta de demonstração de resultados, junto com as suposições hipotéticas subjacentes; (o) Descrição da ESTRUTURA DOS Ó RGÃ OS DE GESTÃ O E DOS RECURSOS disponíveis para as operações da sucursal; (p) Descrição detalhada dos MECANISMOS DE GESTÃ O DE RISCO, GESTÃ O EMPRESARIAL, SISTEMA DE CONTROLO INTERNO, MEDIDAS CONTRA O BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E DE COMBATE AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO E PLANO DE RECUPERAÇ Ã O DE EMERGÊNCIA; (q) Descrição dos CANAIS DE COMUNICAÇ Ã O DA SUCURSAL E DE CONTROLO DA SEDE; (r) DOCUMENTOS DE IDENTIDADE, CURRICULUM VITAE e CERTIDÃ O DO REGISTO CRIMINAL OU DOCUMENTO EQUIVALENTE dos membros de gestão da sucursal; (s) Minuta da PROCURAÇ Ã O para os membros de gestão da sucursal; (t) Informação sobre os AUDITORES EXTERNOS da sucursal; e (u) Outros ELEMENTOS E INFORMAÇ Õ ES que a AMCM considere necessários para uma adequada analise do pedido. 17 /38

3. Estabelecimento de subsidiárias ou abertura de sucursais ou de escritórios de representação no exterior de instituições de crédito com sede na RAEM Apreciação do pedido pela AMCM 3.1 Ao apreciar o pedido para o estabelecimento de subsidiárias ou abertura de sucursais ou de escritórios de representação, no exterior, por instituições de crédito com sede na RAEM, a AMCM tem em consideração: (a) A capacidade financeira e a competência da instituição para explorar a subsidiária, sucursal ou escritório de representação, no exterior; (b) A capacidade de gestão da instituição para assegurar que as actividades da subsidiária, da sucursal ou do escritório de representação no exterior, são exploradas de forma íntegra, sã e prudente; (c) A adequação dos objectivos da instituição para expandir as suas operações no exterior; e (d) Se o sistema de supervisão do local onde se pretende estabelecer a subsidiária ou abrir a sucursal ou o escritório de representação assegura suficientemente o cumprimento dos padrões e normas internacionais e se existem arranjos de supervisão ou constrangimentos ao nível de sigilo bancário que obstem a uma efectiva supervisão consolidada por parte da AMCM. Informações a fornecer com o pedido 3.2 Os documentos e as informações necessários a fornecer com o pedido são: (a) CARTA-PEDIDO, expondo as razões que fundamentam o pedido de autorização; (b) Se não constar da carta-pedido, indicação do PAÍS ou TERRITÓ RIO em que a instituição pretende operar, MORADA do local de negócios no país ou território anfitrião e TIPO DE ESTABELECIMENTO (p. ex. subsidiária, sucursal ou escritório de representação); (c) Se não constar da carta-pedido, deve ser feita uma exposição fundamentada das RAZÕ ES DE ORDEM ECONÓ MICA E FINANCEIRA para o pedido e do tipo de operações que pretende efectuar; (d) Cópia da RESOLUÇ Ã O da assembleia-geral de accionistas da instituição ou AUTORIZAÇ Ã O dos seus representantes legais, se estes tiverem poderes bastantes, ratificando o pedido; (e) Se o pedido tiver por objecto o estabelecimento de uma SUBSIDIÁ RIA; NOME da subsidiária; cópia ou minuta dos ESTATUTOS da subsidiária; 18 /38

descrição da ESTRUTURA ACCIONISTA da subsidiária; CUSTO da aquisição ou do investimento, incluindo os respectivos meios de financiamento; ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO da subsidiária (incluindo os compromissos assumidos pela instituição-requerente, por exemplo ao nível de injecção de capital ou emissão de garantias, cartas de conforto ou outras); e grau de envolvimento da instituição-requerente na GESTÃ O E CONTROLO das operações da subsidiária, por exemplo aludindo ao número de titulares dos órgãos de gestão designados pela instituiçãorequerente; (f) PLANO DE ACTIVIDADES da instituição-proposta (incluindo balanço e conta de demonstração de resultados projectados); (g) LIMITES, MECANISMOS DE CONTROLO E PROCEDIMENTOS DE RELATÓ RIOS exigidos pela instituição-requerente relativamente às actividades realizadas no exterior pela instituição-proposta; (h) ESTRUTURA DE GESTÃ O (p. ex. se houver comissões especializadas) e SISTEMAS DE CONTROLO INTERNO da instituição-proposta; (i) Prova em como a instituição-requerente teve em conta todos os elementos e avaliou todos os aspectos relevantes do critério PAÍS-RISCO associados ao estabelecimento proposto no exterior; (j) Descrição detalhada do SISTEMA DE SUPERVISÃ O adoptado pela entidade de supervisão no exterior, aludindo, em particular, aos constrangimentos existentes em termos de sigilo bancário que possam afectar a revelação de informações pela instituição-proposta e que restrinjam a possibilidade da AMCM recolher informações ou inspeccionar as actividades da instituição-proposta; (k) DOCUMENTOS DE IDENTIDADE, CURRICULUM VITAE e CERTIDÃ O DO REGISTO CRIMINAL OU DOCUMENTO EQUIVALENTE dos titulares dos órgãos de gestão e dos gerentes da instituição-proposta; e (l) Outros ELEMENTOS E INFORMAÇ Õ ES que a AMCM considere necessários para uma adequada analise do pedido. 19 /38

4. Constituição ou estabelecimento de instituições financeiras offshore Requisitos e critérios para concessão da licença 4.1 Os requisitos específicos para a constituição de instituições financeiras offshore em Macau são: (a) A instituição-proposta deve assumir a forma de sociedade anónima e, pelo menos, 51% das acções devem ser nominativas; (b) O capital social da instituição-proposta deve corresponder a, pelo menos, metade do capital social mínimo legalmente exigido para o mesmo tipo de instituição autorizada a operar com residentes (por exemplo a exigência de capital social de um banco local é de 100 milhões de patacas); (c) A maioria das acções deve ser detida por uma instituição financeira, com um capital social que não seja inferior ao capital mínimo exigido para o mesmo tipo de instituição autorizada a operar com residentes; (d) Excepto se a instituição-proposta for uma subsidiária de uma instituição financeira com sede em Macau, exige-se uma comunicação prévia da autoridade supervisora do país ou território de origem da instituiçãorequerente (empresa-mãe) da qual constem a identificação dos responsáveis da instituição, o tipo de operações que esta se propõe efectuar em Macau e a confirmação de que essas operações estão compreendidas na autorização da instituição-requerente; e (e) O órgão de gestão da instituição-proposta deve ter um mínimo de três elementos, todos de reconhecida idoneidade, e que, pelo menos, um seja residente na RAEM, e tenham suficiente competência técnica e experiência para assegurar o exercício dos seus cargos. 4.2 Os requisitos específicos para o estabelecimento duma sucursal de instituição financeira offshore são: (a) A instituição-requerente deve ter sede no exterior com um capital social não inferior ao legalmente exigido para o tipo de instituição de idêntica natureza autorizada a operar com residentes; (b) Recepção prévia, pela AMCM de uma comunicação da autoridade supervisora do país ou território de origem, da qual constem a identificação dos responsáveis pela sucursal, o tipo de operações que esta se propõe efectuar na RAEM e a confirmação de que essas operações estão compreendidas na autorização da respectiva instituição no país ou território de origem; e (c) O órgão de gestão da sucursal deve ter um mínimo de três elementos, todos de reconhecida idoneidade, e que, pelo menos, um seja residente na RAEM, 20 /38

e tenham suficiente competência técnica e experiência para assegurar o exercício dos seus cargos. Apreciação do pedido pela AMCM 4.3 Ao apreciar o pedido a AMCM tem em consideração os factores referidos no parágrafo 1.2, se o pedido for para constituição de um banco offshore, ou os factores referidos no parágrafo 2.3, se o pedido for para o estabelecimento de uma sucursal de um banco offshore. Relativamente a outros pedidos (entidades não bancárias) a AMCM tem em consideração o seguinte: (a) A personalidade, qualificação e experiência dos accionistas, titulares dos órgãos de gestão e gerentes da instituição; (b) A disponibilidade dos recursos e sua afectação às actividades da instituição, incluindo, quando aplicável, registos e relatórios financeiros relativos aos anos anteriores; (c) A solidez e viabilidade do plano de actividades da instituição; (d) A adequação dos mecanismos de gestão de risco, sistemas de controlo interno (incluindo-se sistemas para adequação aos padrões de prevenção de branqueamento de capitais e de combate ao financiamento do terrorismo) e plano de continuidade de negócios; (e) A estrutura do grupo societário; e (f) Se o pedido se adequa aos superiores interesses do sistema financeiro da RAEM. Informações a fornecer com o pedido 4.4 Os documentos e as informações a fornecer com o pedido são: (a) CARTA-PEDIDO expondo as razões que fundamentam o pedido de autorização para operar na RAEM, apresentando o historial da instituiçãorequerente e, se for o caso, da instituição-proposta, descrevendo o plano de actividades ou de desenvolvimento de negócios; (b) MODELO DE PEDIDO, devidamente preenchido, fornecendo todos os pormenores da instituição-requerente / instituição-proposta e uma apresentação geral do seu plano de actividades, bem como informações relativas aos accionistas / accionistas fundadores, administradores / administradores em perspectiva, gerentes / gerentes em perspectiva e declarações por eles assinadas; e (c) Outros ELEMENTOS E INFORMAÇ Õ ES exigidas para instituição de tipo relevante, como indicado nestas instruções. 21 /38

5. Constituição de sociedades financeiras Requisitos e critérios para concessão da licença 5.1 As sociedades financeiras constituem-se sob a forma de sociedades anónimas e as respectivas acções são nominativas. Os requisitos relativos ao capital social e à gestão são: (a) o capital social não pode ser inferior a 100 milhões de patacas; (b) as sociedades financeiras só poderão constituir-se depois de os subscritores fazerem prova de que, pelo menos, 50% do capital mínimo foi realizada e de que, pelos menos 50% desse montante se encontra depositado em dinheiro na AMCM ou à sua ordem; e (c) o órgão de gestão deve ser constituído por um mínimo de três elementos de reconhecida idoneidade, dois dos quais, pelo menos, residentes na RAEM, com competência e experiência profissional adequada ao exercício dos seus cargos e dotados de poderes para tratar e resolver definitivamente todos os assuntos que digam respeito ao exercício da actividade da sociedade. Apreciação do pedido pela AMCM 5.2 Ao apreciar o pedido, a AMCM tem em consideração: (a) A personalidade, qualificação e experiência dos accionistas, titulares dos órgãos e gerentes da instituição; (b) Os recursos disponíveis e sua afectação às actividades da instituição; (c) A solidez e viabilidade do plano de actividades da instituição; (d) A adequação dos mecanismos de gestão de risco, sistemas de controlo interno (incluindo-se sistemas para adequação aos padrões de prevenção de branqueamento de capitais e de combate ao financiamento do terrorismo) e plano de continuidade de actividades; (e) A estrutura do grupo societário; e (f) Se o pedido se adequa aos superiores interesses do sistema financeiro da RAEM. Informações a fornecer com o pedido 5.3 Os documentos e informações a serem fornecidos com o pedido são: (a) CARTA-PEDIDO, expondo as razões que fundamentam o pedido de autorização, apresentando o historial da instituição-proposta e descrevendo o plano de actividades ou de desenvolvimento de negócios; 22 /38

(b) MODELO DE PEDIDO, devidamente preenchido, fornecendo todos os pormenores relacionados com a instituição-proposta e uma apresentação geral do seu plano de actividades, bem como informações relativas aos seus accionistas fundadores, administradores e gerentes em perspectiva e declarações assinadas por estes; (c) Se não constar da carta-pedido, deve ser feita uma exposição que explicite as LINHAS GERAIS DA SUA ACTUAÇ Ã O e as principais operações a desenvolver na RAEM, e que demonstre a viabilidade da instituição em causa e o contributo da sua actuação para a realização dos objectivos da política económica e financeira prosseguida pela RAEM; (d) Na eventualidade da instituição-proposta ser uma subsidiária de uma instituição com sede no exterior que está sujeita a supervisão, DOCUMENTO COMPROVATIVO EMITIDO PELA AUTORIDADE DE SUPERVISÃ O DO PAÍS ou TERRITÓ RIO DE ORIGEM de não ter objecção ao pedido; (e) PLANO DE ACTIVIDADES abrangente, aludindo aos seguintes aspectos relativos à instituição-proposta: TIPO e VOLUME DE OPERAÇ Õ ES que pretende realizar, bem como um ESTUDO DE VIABILIDADE detalhado das actividades propostas; PLANEAMENTO ESTRATÉGICO, reportando-se à localização dos negócios e ao público-alvo; e DESCRIÇ Ã O DOS RECURSOS FINANCEIROS, TÉCNICOS E HUMANOS que estão à sua disposição. Esta descrição deve incluir informação sobre despesas de investimento orçamentadas e respectivos planos de financiamento, estrutura da gestão, mecanismo de controlo para nomeação de titulares dos órgãos de gestão e gerentes, sistemas operacionais e de contabilidade, procedimentos de gestão de risco, sistema de controlo interno, medidas contra o branqueamento de capitais e de combate ao financiamento do terrorismo e procedimentos para a recuperação de emergência; (f) PROJECÇ Õ ES FINANCEIRAS para, pelo menos, os primeiros três anos de operações na RAEM da instituição-proposta junto com as suposições hipotéticas subjacentes; (g) Minuta dos ESTATUTOS da instituição-proposta, acompanhada de uma CERTIDÃ O emitida pela Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis, que ateste que o nome da instituição-proposta pode ser registado; (h) No caso de a instituição-proposta ser uma subsidiária de outra instituição, cópia da RESOLUÇ Ã O da assembleia-geral da empresa-mãe ou AUTORIZAÇ Ã O dos respectivos representantes legais, se estes tiverem poderes bastantes, para autorizar a abertura da subsidiária na RAEM; 23 /38

(i) ORGANOGRAMA apresentando a linha de controlo dos accionistas que detenham uma participação equivalente ou superior a 5% no capital social da instituição-proposta, com discriminação do primeiro até ao último accionista; (j) Para cada accionista pessoa colectiva que detenha uma participação equivalente ou superior a 5% do capital social da instituição-proposta, exigese ainda: BUSCA OU CERTIDÃ O da conservatória do registo comercial do país de origem (no qual a entidade tem a sua sede), com data de emissão não superior a três meses; Cópia dos ESTATUTOS; Cópia do RELATÓ RIO ANUAL E CONTAS, devidamente auditado dos últimos três anos (acompanhado do relatório interino mais recente, se disponível), contendo a identificação e nota biográfica dos membros do órgão conselho de administração e de gestão superior; INFORMAÇ Ã O RELATIVA À DISTRIBUIÇ Ã DO CAPITAL SOCIAL e relação dos detentores de 5% ou mais do respectivo capital social; e (k) IDENTIFICAÇ Ã O PESSOAL E PROFISSIONAL, INFORMAÇ Ã O FINANCEIRA e CERTIDÃ O DO REGISTO CRIMINAL ou documento equivalente dos accionistas directos e indirectos que sejam pessoas singulares; evidência de informação financeira pode incluir a certidão dos bancos ou contas auditadas dos seus negócios principais; (l) Nomes e historiais das OUTRAS EMPRESAS em cujo capital social os accionistas directos ou indirectos da instituição-proposta detenham uma participação de 10% ou mais; (m) No caso de a instituição-proposta ser uma subsidiária de uma outra instituição, descrição dos CANAIS DE COMUNICAÇ Ã O/CONTROLO DA INSTITUIÇ Ã O-MÃ E relativamente à instituição-proposta (após a concessão da autorização torna-se necessário que a instituição-mãe envie uma carta à AMCM, indicando o seu compromisso de fornecer apoio para reforço do capital ou da liquidez à instituição autorizada, sempre que necessário); (n) DOCUMENTOS DE IDENTIDADE, CURRICULUM VITAE e CERTIDÃ O DO REGISTO CRIMINAL dos membros dos órgãos de gestão da instituição-proposta; (o) Informação sobre os AUDITORES EXTERNOS da instituição-proposta; e (p) Outros ELEMENTOS E INFORMAÇ Õ ES que a AMCM considere necessários para permitir a adequada instrução do processo. 24 /38

6. Estabelecimento de intermediários financeiros ou de outras instituições financeiras Requisitos e critérios para concessão da licença 6.1 Os intermediários financeiros ou as instituições financeiras devem ser constituídas na RAEM com um capital social que não seja inferior ao mínimo fixado em lei especial ou no respectivo instrumento de autorização. O seu conselho de administração deve ser constituído por um mínimo de três elementos de reconhecida idoneidade, dois dos quais, pelo menos, residentes na RAEM com competência e experiência adequadas ao exercício dos seus cargos e com poderes bastantes para resolver definitivamente quaisquer assuntos relacionados com o exercício das actividades da instituição-proposta. 6.2 No caso de uma instituição com sede no exterior, a gestão da instituição-proposta deve estar entregue, pelo menos, a dois residentes na RAEM de reconhecida idoneidade, com competência e experiência adequadas ao exercício dos respectivos cargos e com poderes bastantes para resolver definitivamente quaisquer assuntos relacionados com o exercício das actividades da instituição. Apreciação do pedido pela AMCM 6.3 Ao apreciar o pedido, a AMCM tem em consideração: (a) A personalidade, a qualificação, a experiência dos accionistas e dos titulares dos órgãos e gerentes da instituição; (b) Os recursos disponíveis e a sua afectação às actividades da instituição, incluindo, quando aplicável, os registos e resultados financeiros relativos aos anos anteriores; (c) A solidez e viabilidade do plano de actividades da instituição; (d) A adequação dos mecanismos de gestão de risco, sistemas de controlo interno (incluindo-se sistemas para adequação aos padrões de prevenção de branqueamento de capitais e do combate ao financiamento do terrorismo) e plano de continuidade de negócios; (e) A estrutura do grupo societário; e (f) Se o pedido se adequa aos superiores interesses do sistema financeiro da RAEM. Informações a fornecer com o pedido 6.4 Os documentos e informações necessárias a fornecer com o pedido são: 25 /38