Especificações técnicas, formação de preço e demais, condições de contração do serviço de assistência técnica e extenção rural.



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Transcrição:

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMEMTO AGRÁRIO INTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO INCRA EM PERNAMBUCO ChamadaPública Nº001/201301/2013 Projeto Basico Básico MDA INCRA ATER 2013 Especificações técnicas, formação de preço e demais, condições de contração do serviço de assistência técnica e extenção rural. 1

Apresentação A equipe técnica da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Pernambuco elaborou este Projeto Básico visando delinear um modelo metodológico que deve ser cumprido pelas entidades executoras do serviço de assistência técnica e extensão rural. Desta forma, espera-se promover o acesso das famílias assentadas nos projetos de assentamentos da reforma agrária em Pernambuco à Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária PNATER e ao Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária PRONATER. 2

01. INTRODUÇÃO O serviço de assistência técnica e extensão rural é um programa desenvolvido sob a coordenação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, por meio da Diretoria de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento. A sua execução ocorrerá através de contratos por dispensa de licitação, na forma prevista no Art. 27 da Lei 12.188/2010, bem como, na Lei 8.666/1993, objetivando assegurar de forma continuada e integral os serviços de assessoria técnica e extensão rural, desde a implantação dos Projetos de Assentamento, com o objetivo de torná-los unidades de produção estruturadas, inseridas de forma competitiva no processo de produção, voltadas para o mercado e integradas à dinâmica do desenvolvimento municipal e regional. 02. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL O objetivo deste Projeto Básico é servir de base para a seleção de entidade(s) prestadora(s) de Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural ATER, por meio de atividades individuais, coletivas e complementares, compreendendo o planejamento, a execução e avaliação, no contexto da implementação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária PRONATER, além da elaboração de Planos de Desenvolvimento do Assentamento - PDA, Planos de Recuperação do Assentamento - PRA e Projetos de Exploração Anual - PEA nos Projetos de Assentamento Rural no âmbito da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Pernambuco. 2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 2.1.1 Apontar estratégias iniciais para a construção da viabilidade econômica, da soberania alimentar e nutricional das famílias assentadas em projetos de assentamento; 2.1.2. Apontar estratégias para a inserção na dinâmica do desenvolvimento territorial, viabilizando a integração dos projetos de assentamento com planos de desenvolvimento regionais existentes; 2.1.3. Viabilizar a promoção da igualdade de gênero, o resgate dos saberes locais e do respeito à diversidade étnica e cultural dos assentados; 2.1.4. Promover o acesso dos assentados (as) às diferentes modalidades do crédito instalação, bem como aos demais programas de créditos produtivos; 2.1.5. Desenhar ações de estímulo à compreensão dos direitos especiais de mulheres, crianças, jovens e idosos, com foco na atenção à saúde, educação, segurança e lazer, buscando o fortalecimento da unidade familiar; 2.1.6. Sensibilizar e estimular as famílias quanto ao uso racional sustentável dos recursos naturais através de práticas de preservação e recuperação do meio ambiente; 2.1.7. Identificar e articular políticas públicas e equipamentos sociais existentes nos municípios e territórios em que estão inseridos os Projetos de Assentamentos de modo a viabilizar o acesso das famílias assentadas aos direitos sociais; 2.1.8. Promover a viabilidade econômica e sustentável dos assentamentos por meio da maximização da produção e produtividade, agregação de valor através de beneficiamento ou agroindustrialização da produção e potencialização da comercialização. 3

3. OBJETO Constitui objeto desta chamada pública a prestação, pela contratada, dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER, para Projetos de Assentamento da Reforma Agrária sob jurisdição da Superintendência Regional do INCRA em Pernambuco, de acordo as especificações técnicas constantes neste Projeto Básico. 4. JUSTIFICATIVA O semiárido pernambucano ocupa cerca de dois terços do estado localizados entre o Agreste e o Sertão, onde as adversidades ambientais provocam sérias limitações no processo produtivo das populações, particularmente daqueles que compõem o conjunto dos pequenos agricultores, que desenvolvem agricultura familiar. Sob a jurisdição da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Pernambuco existem 115 assentamentos na área do semiárido, envolvendo 4.923 famílias de trabalhadores rurais. Tal situação interfere duramente na condição de bem estar daquela parcela da população. Essa problemática tem merecido atenção de autoridades governamentais e vários programas voltados para a convivência com o semiárido foram e vêm sendo desenvolvidos na busca de alternativas que melhorem a condição de vida do homem do campo e, assim, viabilizem sua fixação, bem como venham a subsidiar a definição de políticas públicas para essa região. Nesse sentido as atividades agrícolas e pecuárias desenvolvidas pelos beneficiários dos projetos de assentamentos têm um papel importante para a manutenção da família no semiárido. Assim, o acesso à terra associada com uma assistência técnica que promova as técnicas de convivência do semiárido irá possibilitar a geração de emprego, renda, moradia, alimentação, escola e melhoria na qualidade de vida das famílias beneficiadas. Diante dessa realidade e da importância dos processos de assessoria técnica para o desenvolvimento dos assentamentos e, consequentemente, melhoria das condições de vida das famílias assentadas, justifica-se a necessidade de realização do processo de Chamada Pública para prestação dos serviços de assistência técnica e extensão rural, nos moldes da Lei 12.188/2010 e Lei 8.666/1993 e suas alterações. 5. ÁREA GEOGRÁFICA E PÚBLICO BENEFICIÁRIO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS O público beneficiário desse projeto básico são 4.923 famílias regularmente homologadas na relação de beneficiários da reforma agrária e residentes em 115 Projetos de Assentamentos, localizados nos municípios de abrangência da Superintendência Regional do INCRA em Pernambuco SR.03/PE, no semiárido pernambucano, agrupados por região, em lotes, de maneira a facilitar a execução dos serviços, considerando a otimização de deslocamento, proximidade entre assentamentos, número de famílias, entre outros. A localização da base dos núcleos operacionais foi estabelecida com vistas a facilitar a logística de instalação e mobilidade da equipe técnica. Sendo admitido para cada lote uma concorrência, conforme estabelecidos no quadro abaixo: COMPOSIÇÃO DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS Lotes Municípios Projetos Famílias Lote I - Núcleo Operacional de Caruaru Altinho, Belém de Maria, Belo Jardim, Bezerros, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Caruaru, Gravatá, Ibirajuba, Jataúba, Lajedo, Panelas, Sairé, Santa Cruz do Capibaribe, São Bento do Una, São Caetano, São Joaquim do Monte, Tacaimbó e Taquaritinga. 52 2.018 Lote II - Núcleo Operacional de Pesqueira Alagoinha, Arcoverde, Buíque, Brejão, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Lajedo, Pedra, Pesqueira e Poção. 25 1.155 4

Lote III - Núcleo Operacional de Águas Belas Águas Belas, Bom Conselho, Iati, Itaíba e Tupanatinga. 27 1.192 Lote IV - Núcleo Operacional de Afogados da Ingazeira Custódia, Flores, Iguaraci, São José do Egito e Sertânia. 11 558 6. ESTIMATIVA DOS S DA CHAMADA PÚBLICA TOTAL 115 4.923 A metodologia utilizada para formar os preços, que servirá para estimar o custo do objeto a ser contratado, foi à analítica descritiva, que utiliza como técnica de pesquisa o explicativo e é estruturada numa sequência de causa e efeito em que se abordam os itens necessários para formação de preço. Assim, foi realizado um procedimento minucioso de cotação prévia de preços para composição da estimativa, de modo a se mostrarem, nos autos da Chamada Pública, valores inequivocamente adequados aos praticados no mercado. O orçamento do custo da mão de obra foi elaborado com base na lei salarial vigente. 6.1. MÃO DE OBRA A Administração deve tomar em consideração, nos processos de chamada pública, alíquotas diferenciadas entre cooperativas e demais partícipes. Tal procedimento se justifica por que às sociedades cooperativas possui um regime de tributação diferenciado, o que tem como consequências a ausência de incidência de diversos tributos e outras parcelas (PARECER Nº 030/2012/CGJ/PFE/INCRA). Assim, é prudente e conveniente diferenciar e esclarecer quais tributos e obrigações trabalhistas incidem nas parcelas a serem pagas as sociedades cooperativas e demais participes que poderão vir ser contratadas para prestarem o Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural no âmbito da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. 6.1.1. PROFISSIONAIS CONTRATADOS COM VINCULO EMPREGATÍCIO A Carta Magna de 1988, em seu art. 7º, inciso XIII, fixa a jornada de trabalho em 44 (quarenta e quatro) horas semanais, sendo 08 (oito) horas diárias conforme o art. 58 da Consolidação das Leis Trabalhistas. O limite máximo de horas normais admitidas é 220 (duzentas e vinte) horas mensais. A Consolidação das Leis Trabalhistas ainda prever no seu art. 66 um intervalo mínimo de 11 (onze) horas entre uma jornada e outra, no art. 67 assegura um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas e no art. 71 assegura que o empregado que tenha trabalhado acima de 06 (seis) horas diárias terá direito a um intervalo de 01 (uma) hora de repouso não remunerado, salvo acordo ou convenção coletiva de trabalho, o mesmo intervalo não deverá exceder 02 horas. 6.1.2. ENCARGOS SOCIAIS A definição dos percentuais dos encargos sociais foi fundamentada na legislação aplicável à espécie, consoante demonstrado neste artigo, tendo sido utilizada a metodologia e o modelo aplicado pelo Supremo Tribunal Federal - STF, devidamente regulamentados por esse órgão mediante a Instrução Normativa nº 24, publicada no Boletim de Serviço n 08, pág. 16 de 05/08/2005, adotando-se a estrutura de composição dos itens constantes no Anexo III da Instrução Normativa nº 2, de 30 de abril de 2008, publicada no Diário Oficial da União do dia 2 de maio de 2008, Seção 1, página 93, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG, utilizando-se os dados estatísticos publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, para todo o território brasileiro, bem como minudente estudo, fulcrado na média dos coeficientes de encargos sociais praticados em âmbito nacional, adotando-se a boa técnica contábil, com aplicação do mês comercial na elaboração dos cálculos. Dessa forma, a estrutura de composição dos grupos contempla: GRUPO (A): contém os gastos da contratada sobre a folha de pagamento; GRUPO (B): contemplam as provisões para pagamento de férias, 13º salário, faltas e, ainda, a indenização do aviso prévio para todos os empregados antes do término do contrato; 5

do aviso prévio para todos os empregados antes do término do contrato; GRUPO (C): compreende avisos prévios concedidos ao longo do contrato e pagamento da multa de FGTS por rescisão sem justa causa; e GRUPO (D): engloba os custos previdenciários sobre férias e 13º salário, conforme demonstrado a seguir: 6.1.2.1. GRUPO (A) OBRIGAÇÕES SOCIAIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO: A1. PREVIDÊNCIA SOCIAL (INSS) - Conforme o art. 22, inciso I, da Lei nº 8.212/91, a empresa custeia 20 (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços; A2. SESI/SESC - Conforme o art. 30 da Lei nº 8.036/90, a contratada fica obrigada a contribuir com 1,5 (um e meio por cento) para manutenção do Serviço Social do Comércio e ao Serviço Social da Indústria; A3. SENAI/SENAC - O contribuinte arca com 1, em obediência ao Decreto-Lei nº 2.318/86; A4. INCRA - A empresa contratada participa com 0,2, para atendimento dos arts. 1º e 2º do Decreto-Lei nº 1.146/70; A5. SALÁRIO-EDUCAÇÃO - A contribuição social do salário-educação, prevista no art. 212, 5o, da Constituição e devida pelas empresas, será calculada com base na alíquota de 2,5 (dois inteiros e cinco décimos por cento), incidente sobre o total de remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, ressalvadas as exceções legais, conforme determinação do art. 15 da Lei nº 9.424/96 e do art. 2º do Decreto nº 3.142/99. A6. FGTS - O tributo está previsto no art. 7º, inciso III, da Constituição Federal, tendo sido regulamentado pela Lei nº 8.039/90, que em seu art. 15 prever que, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito por cento) da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador. A7. SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO - Segundo a classificação do nível de risco dos serviços, o prêmio pode ser de 1, 2 ou 3, conforme preceitua o art. 22, inciso II, da Lei nº 8.212/91; A8. SEBRAE - O empregador, para atender às Leis números 8.029/90 e 8.154/90, contribui com 0,6 sobre a folha de pagamento. 6.1.2.2. GRUPO (B) PROVISIONAMENTOS: B1. FÉRIAS - Afastamento de 30 dias, sem prejuízo da remuneração, após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho. O pagamento ocorre conforme preceitua o art. 129 e o inciso I do art. 130 do Decreto-Lei nº 5.452/43 - CLT. Cálculo: 1/12 x 100 = 8,33; B2. ADICIONAL DE FÉRIAS - A Constituição Federal, em seu art. 7º, inciso XVII, prevê que as férias sejam pagas com adicional de, pelo menos, 1/3 (um terço) da remuneração do mês. Assim, a provisão para atender as despesas relativas ao abono de férias corresponde a: (1/3)/12 x 100 = 2,78; B3. FÉRIAS SOBRE A LICENÇA MATERNIDADE [(0,11x 0,02x0,33)x100] = 0,07 B4. LICENÇA PATERNIDADE - Foi criada pelo art. 7º, inciso XIX, da CF, combinado como o art. 10, 1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT. É concedida ao empregado o direito de ausentar-se do serviço por cinco dias quando do nascimento de filho. Os dados estatísticos publicados no IBGE demonstram que apenas 1,5 dos trabalhadores utilizam anualmente a licença paternidade, em razão do nascimento de filho. Dessa forma, a provisão para este item corresponde a: (5/30)/12) x 0,015 x 100 = 0,02; 6

B5. AUXÍLIO DOENÇA - Na aplicação do art. 59 e 60 da Lei n.º 8.213/91, a empresa é obrigada a suprir a ausência de 15 (quinze) dias do empregado por motivo de acidente ou doença atestada pelo INSS. Com base nos dados estatísticos divulgados pelo IBGE, a média anual de faltas justificadas motivadas por algum tipo de doença por trabalhador é de 05 (cinco) faltas, sendo provisionado para atender esse item: ((5/30)/12) x 100 = 1,39; B6. FALTAS LEGAIS - Ausências ao trabalho asseguradas ao empregado pelo art. 473 da CLT (morte de cônjuge, ascendente, descendente; casamento; nascimento de filho; doação de sangue; alistamento eleitoral; serviço militar; comparecer a juízo). De acordo com dados estatísticos do IBGE, cada empregado falta um dia por ano a esse título. Nesse caso, a provisão será de ((1/30)/12) x 100 = 0,28; B7. AVISO PRÉVIO - Refere-se à indenização de sete dias corridos devida ao empregado no caso de o empregador rescindir o contrato sem justo motivo e conceder aviso prévio, conforme disposto no art. 488 da CLT. Desta forma, a provisão para este item corresponde a: ((7/30)/12) x 100 = 1,94; B8. ACIDENTE DE TRABALHO - O art. 27 do Decreto nº 89.312, de 23.01.1984, obriga o empregador a assumir o ônus financeiro pelo prazo de 15 (quinze) dias, no caso de acidente de trabalho previsto no art. 131 da CLT. De acordo com dados estatísticos do IBGE, 8 (oito por cento) dos empregados se acidentam no ano. Assim, a provisão corresponde a: ((15/30)/12) x 0,08 x 100 = 0,33. B9. 13º SALÁRIO - Gratificação de Natal, instituída pela Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962. A provisão mensal representa 1/12 da folha para que ao final do período complete um salário. Cálculo: 1/12 x 100 = 8,33. 6.1.2.3. GRUPO (C) VERBAS IDENIZATORIAS: C1. AVISO PRÉVIO INDENIZADO - Trata-se de valor devido ao empregado no caso de o empregador rescindir o contrato sem justo motivo e sem lhe conceder aviso prévio, conforme disposto no 1º do art. 487 da CLT, com a incidência do FGTS, conforme Enunciado nº 305 do TST e IN SIT nº 25/01, art. 12, inciso XIX. Cerca de 5 do pessoal é demitido pelo empregador, antes do término do contrato de trabalho. Assim, a provisão necessária será somente para esses empregados, pois os demais receberão o aviso prévio quando findar o contrato (Aviso Prévio Final de Contrato). (Logo a provisão representa: [((1/12) x 0,05)) x 1,095] = 0,46; C2. INDENIZAÇÃO ADICIONAL - Prevista no art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984, assegurando ao empregado dispensado sem justa causa, nos trintas dias que antecederem a convenção salarial, o direito à percepção de indenização adicional equivalente a um mês de remuneração. Embora prevista na legislação, a sua ocorrência tem sido remota, razão pela qual foi estimada em 1 dos empregados durante o ano: [((1/12) x 0,02) x 100] = 0,16; C3. MULTA FGTS - Rescisão sem Justa Causa - A Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001, determina multa de 50 e eleva o depósito para 8,5. Considerando que 10 dos empregados pedem contas, essa penalidade recai sobre os 90 remanescentes. Dessa forma, a provisão corresponde a: (0,085 x 0,5X 100) = 4,20. 6.1.2.4. GRUPO (D) S PREVIDENCIÁRIOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO: A incidência do Grupo A de 35,80 sobre o Grupo B 23,47 resulta em 8,40. O somatório dos índices que compõem o coeficiente dos Encargos Sociais para contratação de serviços contínuos perfaz o percentual de 72,50, o que está em perfeita consonância com a legislação aplicável e com a prática existente. COM A REMUNERAÇÃO DO PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR SALÁRIO BASE R$ 5.763,00 ENCARGOS SOCIAIS INCIDENTES SOBRE A REMUNERAÇÃO GRUPO A 7

A1. PREVIDÊNCIA SOCIAL INSS A2. SESI/SESC A3. SENAI/SENAC A4. INCRA A5. SALÁRIO EDUCAÇÃO A6. FGTS A7. SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO A8. SEBRAE TOTAL DO GRUPO A 20,00 1,50 1,00 0,20 2,50 8,00 2,00 0,60 35,80 R$ 1.152,60 R$ 86,45 R$ 57,63 R$ 11,53 R$ 144,08 R$ 461,04 R$ 115,26 R$ 34,58 R$ 2.063,15 GRUPO B B1. FÉRIAS B2. ADICIONAL DE FÉRIAS 8,33 2,78 R$ 480,06 R$ 160,21 B3. FÉRIAS SOBRE LICENÇA MATERNIDADE 0,07 R$ 4,03 B4. LICENÇA PATERNIDADE B5. AUXÍLIO DOENÇA B6. FALTAS LEGAIS B7. AVISO PRÉVIO TRABALHADO B8. ACIDENTE DO TRABALHO B9. 13º SALÁRIO TOTAL DO GRUPO B 0,02 1,39 0,28 1,94 0,33 8,33 23,47 R$ 1,15 R$ 80,11 R$ 16,14 R$ 111,80 R$ 19,02 R$ 480,06 R$ 1.352,58 GRUPO C C1. AVISO PRÉVIO IDENIZADO C2. IDENIZAÇÃO ADICIONAL C3. MULTA FGTS TOTAL DO GRUPO C 0,46 0,16 4,20 4,82 R$ 26,51 R$ 9,22 R$ 242,05 R$ 277,78 GRUPO D D1. GRUPO "A" D2. GRUPO "B" D3. GRUPO A SOBRE GRUPO B 35,80 23,47 8,40 R$ 2.063,15 R$ 1.352,58 R$ 484,22 PERCENTUAL TOTAL DOS ENCARGOS 72,49 R$ 4.177,73 TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS 172,49 R$ 9.940,73 TRIBUTOS PIS 0,65 R$ 64,61 COFINS ISS TOTAL DOS TRIBUTOS 3,00 5,00 8,65 R$ 298,22 R$ 497,04 R$ 859,87 TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS + TRIBUTOS 181,14 R$ 10.800,60 8

COM A REMUNERAÇÃO DO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO SALÁRIO BASE R$ 2.881,50 ENCARGOS SOCIAIS INCIDENTES SOBRE A REMUNERAÇÃO A1. PREVIDÊNCIA SOCIAL INSS A2. SESI/SESC A3. SENAI/SENAC A4. INCRA A5. SALÁRIO EDUCAÇÃO A6. FGTS A7. SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO A8. SEBRAE TOTAL DO GRUPO A 20,00 1,50 1,00 0,20 2,50 8,00 2,00 0,60 35,80 R$ 576,30 R$ 43,22 R$ 28,82 R$ 5,76 R$ 72,04 R$ 230,52 R$ 57,63 R$ 17,29 R$ 1.031,58 GRUPO B B1. FÉRIAS B2. ADICIONAL DE FÉRIAS B3. FÉRIAS SOBRE LICENÇA MATERNIDADE B4. LICENÇA PATERNIDADE B5. AUXÍLIO DOENÇA B6. FALTAS LEGAIS 8,33 2,78 0,07 0,02 1,39 0,28 R$ 240,03 R$ 80,11 R$ 2,02 R$ 0,58 R$ 40,05 R$ 8,07 B7. AVISO PRÉVIO TRABALHADO 1,94 R$ 55,90 B8. ACIDENTE DO TRABALHO 0,33 R$ 9,51 B9. 13º SALÁRIO 8,33 R$ 240,03 TOTAL DO GRUPO B 23,47 R$ 676,29 GRUPO C C1. AVISO PRÉVIO IDENIZADO C2. IDENIZAÇÃO ADICIONAL C3. MULTA FGTS TOTAL DO GRUPO C 0,46 0,16 4,20 4,82 R$ 13,25 R$ 4,61 R$ 121,02 R$ 138,89 GRUPO D D1. GRUPO "A" D2. GRUPO "B" D3. GRUPO A SOBRE GRUPO B 35,80 23,47 8,40 R$ 1.031,58 R$ 676,29 R$ 242,11 PERCENTUAL TOTAL DOS ENCARGOS 72,49 R$ 2.088,86 TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS 172,49 R$ 4.970,36 TRIBUTOS PIS COFINS ISS 0,65 3,00 5,00 R$ 18,73 R$ 86,45 R$ 144,08 9

TOTAL DOS TRIBUTOS 8,65 R$ 249,25 TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS + TRIBUTOS 181,14 R$ 5.219,61 6.2.1. PROFISSIONAIS CONTRATADOS SEM VINCULO EMPREGATÍCIO As sociedades cooperativas são reguladas pela Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que definiu a Política Nacional de Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das cooperativas. São sociedades de pessoas de natureza civil, com forma jurídica própria, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados e que se distinguem das demais sociedades pelas seguintes características: a) adesão voluntária, com número ilimitado de associados; b) variabilidade do capital social, com cotas-partes; c) limitação do número de cotas partes para cada associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade; d) inacessibilidade das quotas partes do capital à terceiros, estranhos à sociedade; e) retorno das sobras liquidas do exercício; d) indivisibilidade dos fundos de reserva e de assistência técnica; e) neutralidade política; f) prestação de assistência aos associados ou empregados; g) os associados se obrigam a participar da vida em comum, sem objetivo de lucro. 6.2.2. DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO E DA CONDIÇÃO DE COOPERADO Nos termos do art. 90 da Lei nº 5.764/71 e do art. 442, parágrafo único da Consolidação das Leis Trabalhistas, inexiste vínculo empregatício entre associados e a sociedade cooperativa de qualquer natureza, entretanto, as cooperativas igualam-se às demais empresas em relação aos seus empregados para os fins da legislação trabalhista e previdenciária. No que diz respeito à contratação do serviço de assistência técnica e extensão rural, para ser executado por uma sociedade cooperativa, é preciso ficar claro que dentro da relação da tomadora de serviços para com os cooperados, não poderá existir qualquer pressuposto que enseje o vínculo empregatício, sendo que do contrário, poderão os cooperados pleitear vínculo direto com a tomadora dos serviços. A caracterização dessa situação pode gerar graves prejuízos financeiros ao erário, uma vez que a administração pública tem responsabilidade sucessiva por eventuais débitos trabalhistas do fornecedor de mão de obra, nos termos da Súmula nº 331, do Tribunal Superior do Trabalho. Desta forma, quando a administração pública faz a contratação de uma cooperativa para executar o serviço de assistência técnica e extensão rural, o serviço contratado deverá ser executado obrigatoriamente pelos cooperados, vedando-se qualquer intermediação ou subcontratação. Assim, administração pública deve exigir, antes de celebrar o contrato, que a cooperativa: a) apresente a relação dos cooperados que atendem aos requisitos técnicos exigidos para a contratação e que executarão o contrato, com as respectivas atas de inscrição; b) demonstre a declaração de regularidade de situação do contribuinte individual de cada um dos cooperados que irão executar os serviços contratados (Art. 4o, 2o, da Lei nº 10.666, de 08 de maio de 2003); c) comprove o capital social proporcional ao número de cooperados necessários à prestação do serviço; d) comprove a integração das respectivas quotas-partes por parte dos cooperados que executarão o contrato; e) apresente pelo menos três registros de presença dos cooperados que executarão o contrato em assembleias gerais ou nas reuniões seccionais da Cooperativa. Estas exigências devem constar no edital da chamada pública, e no caso da Cooperativa não atender as 10

Estas exigências devem constar no edital da chamada pública, e no caso da Cooperativa não atender as exigências citadas acima, a mesma deve ser eliminada do processo de seleção para prestação dos serviços de assistência técnica e extensão rural na fase de habilitação. 6.2.3. DO DE CONTRATAÇÃO DE UM PROFISSIONAL COOPERADO Sobre a relação de emprego, da qual decorrem os encargos sociais, é cristalino e assentado o entendimento do Judiciário, em inúmeros acórdãos da Justiça do Trabalho, de que a prestação de serviços, por trabalhador autônomo, na qualidade de sócio cooperativado, admitido na forma da Lei nº 5.764/71, não gera vínculo de emprego com a cooperativa, como estabelece o art. 90 daquele dispositivo legal e veda o parágrafo único do artigo 442 da CLT, acrescido pela Lei nº 8.949/94. (ATA Nº 9/2004 DO TCU, PLENÁRIO, REL. MIN. MARCOS VINICIOS VILAÇA). Portanto, não restam dúvidas de que a relação havida entre cooperativa e trabalhador associado não gera vínculo de emprego entre as partes. O mesmo ocorre quando o associado de cooperativa de trabalho se serve dela para a realização de sua atividade profissional para empresas diversas, pois o parágrafo único no art. 442 da Consolidação das Leis Trabalhistas também veda a formação de vínculo empregatício entre os cooperativados e os tomadores de serviços (ATA Nº 9/2004 DO TCU, PLENÁRIO, REL. MIN. MARCOS VINICIOS VILAÇA). Ante a inexistência de vínculo empregatício não há por que se exigir de uma sociedade cooperativa obrigações de ordem trabalhistas, pois o regime diferenciado conferido constitucional e legalmente às sociedades civis cooperativadas não lhes permite o atendimento da mesma forma ou no mesmo padrão das sociedades comerciais (ATA Nº 9/2004 DO TCU, PLENÁRIO, REL. MIN. MARCOS VINICIOS VILAÇA). O cooperado, nos termos da legislação previdenciária da Lei nº 8.212/91 e posteriores reedições é um profissional equiparado ao autônomo, e como tal recebe quando trabalha, não cabendo a obrigatoriedade de pagamento ao cooperado de 13º salário, férias, fundo de garantia por tempo de serviço, aviso prévio, bem como qualquer outra obrigação trabalhista. Desta forma, dentro da relação da tomadora de serviços para com os cooperados, não poderá existir qualquer pressuposto que enseje o vínculo empregatício, sendo que do contrário, poderão os cooperados pleitear vínculo direto com a tomadora dos serviços. A caracterização dessa situação pode gerar graves prejuízos financeiros ao erário, uma vez que a administração pública tem responsabilidade sucessiva por eventuais débitos trabalhistas do fornecedor de mão-de-obra, nos termos da Súmula nº 331, do Tribunal Superior do Trabalho. Assim, quando a administração pública faz a contratação de uma cooperativa para executar o serviço de assistência técnica e extensão rural, o serviço contratado deverá ser executado obrigatoriamente pelos cooperados, vedando-se qualquer intermediação ou subcontratação. 6.2.4. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA À SEGURIDADE SOCIAL - INSS Quanto ao regime previdenciário das sociedades cooperativas, o 15º do art. 9º do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.408/99, aduz ser segurado obrigatório da Previdência Social na qualidade de contribuinte individual, o trabalhador associado à cooperativa de trabalho que, nessa qualidade, presta serviços a terceiros. Por força do inciso III, do art. 201, do Regulamento da Previdência Social aprovado pelo Decreto nº 3.408/99, na redação do Decreto nº 3.265/99, a empresa (estendido aos entes e órgãos públicos) que tomar serviço de uma cooperativa de trabalho estará sujeita a pagar contribuição destinada à Seguridade Social, de "quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho". O inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212/91, acrescido pela Lei nº 9.876/99, instituiu também que o tomador de serviços está obrigado a recolher 15 (quinze por cento), como contribuição previdenciária, sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura, relativamente aos serviços prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho. O art. 4o, 2o, da Lei nº 10.666, de 08 de maio de 2003, estabelece que a cooperativa de trabalho e a pessoa jurídica são obrigadas a efetuar a inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS dos seus 11

pessoa jurídica são obrigadas a efetuar a inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS dos seus cooperados e contratados, respectivamente, como contribuintes individuais, se ainda não inscritos. De acordo com o Art. 217, da IN RFB n 971/2009, na prestação de serviços de cooperados por intermédio de cooperativa de trabalho, havendo previsão contratual de fornecimento de material ou a utilização de equipamento próprio ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, esses valores serão deduzidos da base de cálculo da contribuição, desde que discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços e comprovado o custo de aquisição dos materiais e de locação de equipamentos de terceiros, se for o caso. Cooperativa de Trabalho manterá em seu poder, para apresentar à Receita Federal do Brasil, os documentos fiscais de aquisição do material ou o contrato de locação de equipamentos, conforme o caso, relativos ao material ou equipamentos cujos valores foram discriminados na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços. 6.2.5. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL - PIS Quanto ao Programa de Integração Social - PIS estão às cooperativas sujeitas ao pagamento deste tributo de duas formas: 1º Sobre a Folha de Pagamento, mediante a aplicação de alíquota de 1 (um por cento) sobre a folha de pagamento mensal de seus empregados. 2º Sobre a Receita Bruta, calculada à alíquota de 0,65 (sessenta e cinco centésimos por cento), a partir de 01.02.2003, de acordo com a Medida Provisória n.º 107 de 10.02.2003, com exclusões da base de cálculo previstas pela Medida Provisória 2113-27/2001, art. 15. De acordo com o artigo 15º, da Medida Provisória Nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, as sociedades cooperativas poderão, observados o disposto nos artigos 2º e 3º da Lei nº 9.718, de 1988 excluir da base de cálculo da COFINS e do PIS/PASEP: I - os valores repassados aos associados, decorrentes da comercialização de produto por eles entregue à cooperativa; II - as receitas de venda de bens e mercadorias a associados; III - as receitas decorrentes da prestação, aos associados, de serviços especializados, aplicáveis na atividade rural, relativos à assistência técnica, extensão rural, formação profissional e assemelhadas; IV - as receitas decorrentes do beneficiamento, armazenamento e industrialização de produção do associado; V - as receitas financeiras decorrentes de repasse de empréstimos rurais contraídos junto a instituições financeiras, até o limite dos encargos a estas devidos. 1o Para os fins do disposto no inciso II, a exclusão alcançará somente as receitas decorrentes da venda de bens e mercadorias vinculados diretamente à atividade econômica desenvolvida pelo associado e que seja objeto da cooperativa. 6.2.6. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) foi criada pelo art. 10 da Lei Complementar n.º 70/91. O art. 6.º da citada legislação, por sua vez, isentou as sociedades cooperativas, sociedades civis de profissão regulamentada e as sociedades beneficentes de assistência social do recolhimento da referida contribuição. Ocorre que, com a edição da Lei Ordinária n.º 9.430/96, em seu artigo 56, e, mais tarde, com a edição da Lei Ordinária n.º 9.718/98, houve clara tentativa de revogar o benefício da isenção fiscal, fazendo com que a Receita Federal passasse a exigir o pagamento do tributo mesmo das pessoas jurídicas isentas acima citadas. No entanto, tal revogação se operou de forma inconstitucional. O Superior Tribunal de Justiça decidiu que 12

No entanto, tal revogação se operou de forma inconstitucional. O Superior Tribunal de Justiça decidiu que leis de hierarquia inferior, como as leis ordinárias n.º 9.430/96 e n.º 9.718/98, não podem revogar dispositivos de Lei Complementar n.º 70/91, que criou a isenção. As decisões foram tantas que resultaram COM A REMUNERAÇÃO DO PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR SALÁRIO BASE 100,00 R$ 5.763,00 A1. PREVIDÊNCIA SOCIAL INSS 15,00 R$ 864,45 TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS 115,00 R$ 6.627,45 TRIBUTOS PIS 0,65 R$ 43,08 COFINS 3,00 R$ 198,82 ISS 5,00 R$ 331,37 TOTAL DOS TRIBUTOS 8,65 R$ 573,27 TOTAL + ENCARGOS + TRIBUTOS 123,65 R$ 7.125,95 COM A REMUNERAÇÃO DO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO SALÁRIO BASE 100,00 R$ 2.881,50 A1. PREVIDÊNCIA SOCIAL INSS 15,00 R$ 432,23 TOTAL DO SALÁRIO + ENCARGOS 115,00 R$ 3.313,73 TRIBUTOS PIS 0,65 R$ 21,54 COFINS 3,00 R$ 99,41 ISS 5,00 R$ 165,69 TOTAL DOS TRIBUTOS 8,65 R$ 286,64 TOTAL + ENCARGOS + TRIBUTOS 7. QUANTIDADE MÉDIA DE HORAS TRABALHADAS E VALOR DA HORA TÉCNICA 123,65 R$ 4.097,42 De acordo com a Constituição Federal o número máximo de horas de trabalho por semana para qualquer profissional é de 44 horas, entretanto, valores inferiores podem ser fixados através de acordos coletivos, sempre por categorias profissionais ou por sindicato de trabalhadores. Considerando-se, os profissionais que atuam no serviço de assistência técnica e extensão rural, o horário normal de trabalho é das 8:00 às 17:00 horas, com intervalo de 01 hora para almoço, concluímos que a jornada de trabalho diária é de 08 horas, assim, podemos considerar um total de 40,0 horas para semana de cinco dias úteis. A - Total de dias por ano calendário 360,0 Calculo dos dias não trabalhados por ano Domingos 53,0 Sábados 53,0 Feriados 9,0 B - C - Total de dias não trabalhados por ano Total de dias úteis por ano (360-115) 115,0 245,0 13

Total de dias úteis no mês: (C 12) 20,42 7.1.1. VALOR DA HORA TÉCNICA DO PROFISSIONAL DE NS COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO O custo da remuneração do profissional de nível superior, dividido pelo número de dias úteis no mês, dividido pela quantidade de horas trabalhadas no dia por um profissional de nível superior, vai ser igual ao custo da hora técnica de um profissional de nível superior. Fórmula: V = R D H, onde: V = custo da hora técnica do profissional de nível superior R = custo da remuneração do profissional de nível superior D = número de dias úteis no mês H = quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível superior Assim, temos: R = R$ 9.940,73 custo da remuneração do profissional de nível superior D = 20,42 número de dias úteis no mês H = 8,00 quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível superior V = R$ 60,86 custo da hora técnica do profissional de nível superior com vínculo 7.1.2. VALOR DA HORA TÉCNICA DO PROFISSIONAL DE NM COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO O custo da remuneração do profissional de nível médio, dividido pelo número de dias úteis no mês, dividido pela quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médio, vai ser igual ao custo da hora técnica do profissional de nível médio. Fórmula: V = R D H, onde: V = custo da hora técnica do profissional de nível médio R = custo da remuneração do profissional de nível médio D = número de dias úteis no mês H = quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médio Assim, temos: R = R$ 4.970,36 custo da remuneração do profissional de nível médio D = 20,42 H = 8,00 V = R$ 30,43 7.2.1. VALOR DA HORA TÉCNICA DO PROFISSIONAL DE NS SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO O custo da remuneração do profissional de nível superior, dividido pelo número de dias úteis no mês, dividido pela quantidade de horas trabalhadas no dia por um profissional de nível superior, vai ser igual ao custo da hora técnica de um profissional de nível superior. Fórmula: V = R D H, onde: número de dias úteis no mês quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médio custo da hora técnica do profissional de nível médio com vínculo V = custo da hora técnica do profissional de nível superior R = custo da remuneração do profissional de nível superior D = número de dias úteis no mês H = quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível superior Assim, temos: R = R$ 6.627,45 custo da remuneração do profissional de nível superior D = 20,42 número de dias úteis no mês 14

H = 8,00 V = R$ 40,58 7.2.2. VALOR DA HORA TÉCNICA DO PROFISSIONAL DE NM SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO O custo da remuneração do profissional de nível médio, dividido pelo número de dias úteis no mês, dividido pela quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médio, vai ser igual ao custo da hora técnica do profissional de nível médio. Fórmula: V = R D H, onde: quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível superior custo da hora técnica do profissional de nível superior sem vínculo V = custo da hora técnica do profissional de nível médio R = custo da remuneração do profissional de nível médio D = número de dias úteis no mês H = quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médio Assim, temos: R = R$ 3.313,73 D = 20,42 H = 8,00 V = R$ 20,29 custo da remuneração do profissional de nível médio número de dias úteis no mês quantidade de horas trabalhada no dia pelo profissional de nível médio custo da hora técnica do profissional de nível médio sem vínculo 8. CÁLCULO DA NECESSIDADE DE TÉCNICOS Conforme determina o item 5.3 do Manual Operacional de ATER, aprovado pela Norma de Execução INCRA/DD/Nº78 de 31 de outubro de 2008, a composição das equipes técnicas obedecerão às seguintes proporções mínimas: Numero de famílias atendidas por técnico (a): Proporção de técnicos (as) de nível superior: Proporçãode técnicos (as) das ciências agrárias: Proporção de técnicos (as) das ciências sociais ou ambientais Lotes Famílias 558 Produtiva Nível Superior 2 Nível Médio 3 Social Nível Superior 1 Social / Econômica Nível Médio 0 Ambiental Nível Superior 0 Nível Médio 1 Total Nível Superior 3 Nível Médio 4 1:85 Famílias 1/125 Famílias 1/250 Famílias A Equipe técnica deverá ser constituída por no mínimo 1/3 de seus profissionais apresentando experiência comprovada de mais de 02 (dois) anos em trabalhos técnicos com agricultura familiar e extensão rural. Quantidade de Profissionais e Qualificações 1 2 3 4 Total 1.192 2.018 1.155 4.923 3 5 3 13 6 12 6 27 1 2 1 5 2 2 2 6 1 1 1 3 2 2 1 6 5 8 5 21 10 16 9 39 Nas propostas apresentadas serão exigidas as seguintes informações: relação nominal do corpo técnico com a respectiva formação, contendo o número do diploma registrado no MEC, número de registro no Conselho Profissional ou de Classe, currículo comprovado, assim como, declaração dos profissionais da equipe técnica, de que aceita participar e está ciente de todas as condições e exigências desta chamada pública. Além disso, recomenda-se que a equipe técnica tenha composição mista (homens e mulheres). ⅓ 15

Lote 01 - Caruaru 02 - Afogados 02 - Águas Belas 04 - Pesqueira TOTAL VALOR DA CHAMADA PÚBLICA PERNAMBUCO SR.03/PE Composição de Valor do Lote incluindo os impostos Nº de Profissionais Assent Total de NS NM Total Com vínculo Sem vínculo amento famílias s 8 16 24 3.205.787,47 2.378.312,04 52 2.018 3 4 7 1.082.435,98 797.540,01 11 558 5 10 15 1.930.391,98 1.487.292,50 27 1.192 5 9 14 1.916.559,84 1.381.483,29 25 1.155 21 39 60 8.135.175,27 6.044.627,84 115 4.923 O valor da presente chamada pública é de R$ 8.135.175,27 (Oito milhões, cento e trinta e cinco mil, cento e setenta e cinco reais e vinte e sete centavos) quando for na modalidade com vínculo empregatício mais os impostos e R$ 6.044.627,84 (Seis milhões, quarenta e quatro mil, seiscentos e vinte e sete reais e oitenta e quatro centavos) quando for na modalidade sem vínculo empregatício mais os impostos. Os pagamentos ocorrerão a cada trinta dias, respeitando a periodicidade de prestação de serviços apresentadas no cronograma de execução, com valor equivalente aos serviços executados, no referido período, mediante apresentação do ateste do beneficiário e outras formas de comprovação requeridas. MESES CRONOGRAMA DE ATIVIDADES METAS 1 2 3 4 SERVIÇOS I II III IV V VI VII VIII 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 16