Histórico. Toxicologia. Histórico. Toxicologia - Definição 19/09/2011. Toxicologia Forense



Documentos relacionados
São Paulo, 27 de maio de Ref. Resolução do CONTRAN 460/2013 que entrará em vigor no dia 1 de Julho de 2014

PROJETO DE LEI Nº / 2012 (Do Senhor Deputado Hugo Leal)

LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997

Drogas Lícitas e Ilícitas

O Ministério de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições legais, resolve:

MINISTÉRIO DAS CIDADES CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO RESOLUÇÃO Nº 206 DE 20 DE OUTUBRO DE 2006

ANEXO I REGRAS PARA COLETA, ACONDICIONAMENTO, PRESERVAÇÃO E ENCAMINHAMENTO DE MATERIAIS BIOLÓGICOS PARA ANÁLISE BIOLÓGICA.

INFORME TÉCNICO 001/2014 3ª Atualização

INVESTIGAÇÕES EM TECNOVIGILÂNCIA

TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

TEXTOS COMPLEMENTARES PARA LAUDOS CRF-RS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

PROJETO DE LEI Nº 5512, DE 2013

MÉTODOS ANALÍTICOS UTILIZADOS PARA DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS CONTAMINANTES DO MEIO AMBIENTE

REGULAMENTO PARA USO DE FUROSEMIDA

11/02/2015 CONTROLE DE QUALIDADE GARANTIA DA QUALIDADE. O que é Qualidade? QUALIDADE EVOLUÇÃO DA QUALIDADE. Para o consumidor.

A Lei e sua regulamentação pelo Ministério do Trabalho

RESPONSABILIDADE CIVIL DO LABORATÓRIO CLÍNICO

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Etapa complementar para o diagnóstico da infecção pelo HIV princípios metodológicos

TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO HUMANO

RESOLUÇÃO Nº- 5, DE 28 DE JUNHO DE 2012

Programa de Compliance

TRAGA SUA CLÍNICA PARA REDE LABET E FAÇA UM EXCELENTE NEGÓCIO.

Check-list Procedimentos de Segurança

(HOJE É FEITO POR PETICIONAMENTO ELETRÔNICO NO SITE DA ANVISA)

Detecção de ácidos nucléicos (NAT), para HIV e para HCV, nas amostras de sangue de doadores - Portaria 79 de 31/1/2003 -

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO

Uso do Dímero D na Exclusão Diagnóstica de Trombose Venosa Profunda e de Tromboembolismo Pulmonar

Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto.

GLOSSÁRIO DE QUÍMICA ADUBO: É qualquer substância orgânica ou inorgânica que melhora a qualidade da terra.

SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO - SGI (MEIO AMBIENTE, SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO) Procedimento PREPARAÇÃO E RESPOSTA A EMERGENCIA

ROTEIRO PARA SALÕES DE BELEZAS, INSTITUTO DE BELEZA, ESTETICA, BARBEARIAS E SIMILARES.

Micotiazol CAZI QUIMICA FARMACÊUTICA IND. E COM. LTDA. Solução Tópica

Considerando a necessidade de implementação de medidas para a efetiva redução das emissões de poluentes por veículos automotores;

Produto: PREVENT N.º do FISPQ: CC 04 Data/Atualizada em: 30/01/08

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

PRÁTICAS, FUNÇÕES E TÉCNICAS DE RECURSOS HUMANOS

Nota Técnica Atuarial de Carteira

*A476A87532* COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA. PROJETO DE LEI N o 7.065, DE 2002 I - RELATÓRIO

O Banco Central do Brasil em 29/06/2006 editou a Resolução 3380, com vista a implementação da Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional.

LEI SECA. Por Sérgio Sodré 1. 1 Advogado há 17 anos; especializado em Direito do Seguro e pós-graduado em Gestão de Seguros.

Orientações sobre parâmetros específicos da empresa

Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos. SEÇÃO I - Identificação do Produto Químico e da Empresa

FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos em acordo com a NBR Mixtinter Laranja HOR 16L Página 1 / 6

Organização de serviços. Coordenação: prof. Dr. Ronaldo Laranjeira Apresentação: Dr. Elton P. Rezende UNIAD INPAD Unifesp

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

Departamento Estadual de Trânsito de Roraima D E T R A N/ RR

Mudanças no sistema de tratamento da tuberculose do Brasil Perguntas e respostas freqüentes TRATAMENTO

DIRETRIZ GLOBAL ANTICORRUPÇÃO

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2.647, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2014

As Ciências Farmacêuticas e a Pesquisa Clínica

CREMATÓRIO EMISSÕES ATMOSFÉRICAS - ROTEIRO DO ESTUDO

Introdução. Escritório de projetos

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

MANUAL DE NORMAS GERAIS E DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO

CÂMARA DOS DEPUTADOS

INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE SAÚDE

Considerando que o descarte de embalagens plásticas de óleo lubrificante pós-consumo para o solo ou cursos de água gera graves danos ambientais;

O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso de suas atribuições legais,

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS

Faz os seguintes questionamentos:

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS FISPQ

FICHA DE INFORMAÇÃO E SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS MATERIAL SAFETY DATA SHEET (MSDS) NIPPOGYN AC-3000

Programa de Controle da Dengue/SC

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 42, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2008

FICHA DE INFORMAÇÃO E SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS MATERIAL SAFETY DATA SHEET (MSDS) NIPPO-FER

GESTÃO DA QUALIDADE EM LABORATÓRIOS

Atualização Sobre Legislação a Respeito de Testagem de Álcool e Outras Drogas

PROCESSO SELETIVO FUNDEPAG Nº 21/2012

Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa. Emergência em saúde pública: Ebola

Diagnóstico Microbiológico

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 14, DE 5 DE ABRIL DE 2011.

Eficiência e segurança dos produtos saneantes

Marcelo c. m. pessoa

ATO CONVOCATÓRIO OBJETO: Credenciamento de Examinadores

PROJETO DE LEI CAPÍTULO I DO REGIME DE TRIBUTAÇÃO UNIFICADA

CAPÍTULO I O Sistema Estadual de Vigilância Sanitária SEVISA e o Sistema de Informações em Vigilância Sanitária - SIVISA

ABNT NBR 12808: CLASSIFICAÇÃO. BIOL. MARIA MÁRCIA ORSI MOREL ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LIMPEZA PÚBLICA - ABLP- 11, abril, 2016

III Jornada Regional sobre drogas ABEAD/MPPE ENTENDENDO O TABAGISMO: A DEPENDÊNCIA E O TRATAMENTO

O uso de substâncias psicoativas (SPA) lícitas. nenhum controle sobre publicidade, preço e

Norma de Orientação Farmacêutica Higienização das mãos Hygiènization des mains Hygienization of the hands

abertas para assegurar completa irrigação dos olhos, poucos segundos após a exposição é essencial para atingir máxima eficiência.

Transcrição:

Histórico Toxicologia Forense Fabrício S. Pelição Perito Bioquímico Toxicologista Renascença (séc. XIV ao XVII) era de ouro dos envenenadores ; Grande popularidade dos venenos facilidade e poucas perguntas; Revolução científica (séc. XVIII) criação da ciência dos venenos, ou toxicologia; Em 1823, a primeira condenação com base em análise toxicológica. Histórico Toxicologia Paracelsus (1493 1541) contribuição para toxicologia moderna. Relação dose-resposta; Orfila classificou a toxicologia como uma ciência separada (1815). Material de autópsia e testes químicos como prova legal; Décadas de 60 e 70 grande avanço da toxicologia analítica. A dose faz o veneno! Todas as substâncias são venenos, não há uma que não o seja. Somente a dose determina que uma dada substância não seja um veneno (PARACELSUS- 1493-1541). Veneno é um conceito QUANTITATIVO Princípios de ORFILA 1. Conhecimento de Toxicologia; 2. Histórico do caso; 3. Materiais adequadamente identificados e acondicionados; 4. Uso de reagentes puros, brancos de amostra e amostras controle (adicionados). Toxicologia - Definição Ramo da ciência que lida com venenos. É a ciência que estuda o efeito adverso de substâncias químicas (ou agentes físicos) sobre os organismos vivos, com a finalidade principal de estabelecer o uso seguro dessas substâncias. É a ciência que estuda as substâncias nocivas à saúde, suas ações, seus sintomas, seus efeitos e seus contravenenos. É a ciência que estuda a detecção, ocorrência, propriedades, efeitos e a regulação das substância tóxicas. 1

Toxicologia Na prática não é tão simples... O que é veneno? Como medir ou classificar os efeitos tóxicos? A toxicidade não é um evento molecular isolado (absorção, distribuição, metabolismo, interações celulares, efeito tóxico. Excreção e reparo). Toxicologia O que, enfim, é veneno? Há quem tenha definições prontas, mas embora as pessoas mais capacitadas tenham tentado definir veneno, até aqui ninguém obteve sucesso. (Sir Robert Christison). Morfina Cobre Flúor Doces Definição de veneno perante a lei? Toxicologia Analítica EXPERIMENTAL EXPERIMENTAL TOXICOLOGIA ANALÍTICA CLÍNICA CLÍNICA Detectar o agente químico ou algum parâmetro relacionado à exposição ao AT, em substratos tais como fluidos orgânicos, alimentos, água, ar, solo, etc, com o objetivo principal de prevenir ou diagnosticar as intoxicações. Busca métodos exatos, precisos, de sensibilidade adequada para a identificação inequívoca do AT. FORENSE URGÊNCIA URGÊNCIA Toxicologia Analítica Toxicologia Forense Através da clínica e principalmente da análise química, identifica os envenenamentos de quaisquer causas, visando esclarecer à justiça. Aprecia todos os envenenamentos voluntários (suicidas) e involuntários (homicidas ou acidentais) com implicações jurídicas. Fotos Laboratório PF 2

Toxicologia Forense Investigação médico-legal - análises post mortem - investigação criminal Controle antidopagem (human performance forensic toxicology) Testagem de drogas na urina - drogas de abuso no ambiente de trabalho - transportes, etc Diagnóstico Histórico completo: sintomas, local do evento, roupas, copos com resíduos, etc. Exame físico completo: cor da pele, sinais, odor desprendido, etc. O fornecimento de quaisquer informações relacionadas ao histórico do caso é de suma importância para o perito e reduzem de forma substancial o tempo demandado para execução da análise laboratorial. Para quê? Finalidade O quê? Agente Tóxico Onde? Amostra Como? Método Há uma provável substância implicada em caso de intoxicação? SIM NÃO Porque se pede a análise???? É conhecido, de forma verossímil, o agente tóxico? SIM Investigar com método específico para a substância NÃO Existe alguma informação credível e orientadora? SIM NÃO Pesquisar os tóxicos que melhor se enquadram na informação disponível Proceder a exames de rotina Com histórico escolha da melhor matriz, e do melhor método (cocaína, inalantes, metais); Sem histórico proceder todas as marchas analíticas disponíveis no laboratório. Objetivo: Análise Toxicológica Sistemática Identificar a(s) substância(s) relacionada(s) ao evento ou excluir o maior número de substâncias no menor intervalo de tempo possível. 3

CAS (Chemical Abstract Service): 21.046.764 substâncias químicas registradas / 599.931931 - comercialmente disponíveis. NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health) RTECS (Registry of Toxic Effects of Chemical Substances): 130.000 substâncias. O único sinal seguro de intoxicação é a identificação da substância no corpo Plenck - Elementa Medicine et Chirurgiae, 1781 Análise sistemática - SLML Caso - Amostras Metais Orgânicos fixos CarboxiHb Medicamentos Drogas de abuso Agrotóxicos Voláteis O que pesquisar? Fenômenos toxicocinéticos absorção, distribuição e eliminação (biotransformação e excreção); Substância: lipossolubilidade, grau de ionização, afinidade química; Organismo: irrigação, conteúdo água / óleo nos tecidos e órgãos, biotransformação. PAPEL DO PERITO TOXICOLOGISTA Onde pesquisar? Amostras de vivos sangue, urina, saliva, suor, pêlos, vômito. Amostras de cadáveres sangue, urina, estômago com conteúdo, fígado, rim, cérebro, humor vítreo, bile. - Em vivos : Verificação de uso; Eventos toxicocinéticos; Exemplos: tentativa de suicídio, homicídio, abuso sexual, etc. PAPEL DO PERITO TOXICOLOGISTA 4

Amostras - principais evidências para a elucidação de um caso em toxicologia forense Qualidade dos resultados dependem quase que exclusivamente dos fatores: Escolha da amostra Coleta (amostragem) Conservação (armazenamento) Integridade (segurança) Coleta de Sangue O sangue deve ser sempre coletado por pessoal qualificado; Assepsia da pele - com produto que não contenha álcool; Anticoagulante; Fluoreto de sódio anticoagulante e conservante. Sangue Vantagens Reflete o que está circulando no corpo; Permite interpretação Correlação com efeitos Desvantagem Coleta invasiva Necessidade de pessoal qualificado Volume limitado Análises complexas e de alto custo Urina Vantagens Fácil de coletar (não invasiva); Custo baixo; Quantidade relativamente grande; Produtos de biotransformação em altas concentrações; Fácil de analisar; Janela de detecção alta. Desvantagens Não está relacionada aos efeitos. Cuidados na coleta de urina Remover quaisquer pós, pastas, líquidos e substâncias que possam ser adicionadas à amostra; Verificar pias e saboneteiras, esvaziar o lixo e colocá-lo longe do local de coleta; Jogar desinfetante azul na água do vaso sanitário; Fechar todas as fontes de água. Suor; Unhas; Cabelos; Outras amostras 5

Exames toxicológicos post mortem Coleta da amostra Encontro de cadáver (morte suspeita); Intoxicações; Trânsito (colisões, atropelamentos); Homicídios e suicídios; Afogamentos; Incêndios; Quedas; Soterramento; Outros. Coleta da amostra Drummer e Gerostamoulos Cuidados na coleta A amostra deve ser acondicionada em um recipiente apropriado e lacrado (para impedir vazamentos e aberturas não-autorizadas); A análise deve ser iniciada imediatamente depois da coleta. Quando impossível, o frasco deve ser conservado em refrigerador abaixo de 0º C. Cada recipiente deve ser identificado de forma clara, única e permanente, e ficar sempre sob a custódia do coletor, em local reservado e de acesso restrito; CADEIA DE CUSTÓDIA! Como pesquisar? Métodos de triagem; Métodos confirmatórios; Objetivos Produção de laudos inequívocos e irrefutáveis; Confirmação através de 2ª técnica de princípio químico diferente; Detecção do analito em diferentes matrizes biológicas. Negativo Triagem Negativo Positivo Confirmação Positivo 6

Imunoensaio Técnica utilizada na triagem para identificação de drogas ou de grupamento de drogas; Princípio: competição entre uma droga (analito) e um anticorpo específico; Baixa especificidade; Os resultados positivos precisam ser confirmados; Vantagem: grande n de amostras analisadas em curto intervalo de tempo e sensibilidade. Imunoensaio CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA Métodos confirmatórios CG-MS LC-MS Permitem a identificação e a quantificação do agente tóxico. Padrão ouro de análises. 7

CG / MS Análise de cocaína PI Cocaína Leis de trânsito e drogas ALTERAÇÃO NA LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997, QUE INSTITUI O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB). Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Medida Administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e recolhimento do documento de habilitação. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Leis de trânsito e drogas Art. 277 - Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool será submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu estado. (Redação dada pela Lei nº 11.275, de 2006) Resolução do CONTRAN nº 206 de 20/10/2006 Art 3º - É obrigatória a realização do exame de alcoolemia para as vítimas fatais de acidentes de trânsito. 1º Medida correspondente aplica-se no caso de suspeita de uso de substância entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.275, de 2006) Direção sob a influência de drogas Efeitos desejados; Efeitos colaterais Sonolência Reflexo Coordenação Visão Arriscar 8

Direção sob a influência de drogas Aumento do tempo para tomar decisões; Dificuldade para longas distâncias; Quanto mais difícil é a tarefa, maior é a probabilidade que o THC diminua o desempenho; O THC aumenta o desvio padrão da posição lateral e a variabilidade do avanço; Serviço de Laboratório Médico Legal 1. Proceder análises toxicológicas para examinar: Álcool etílico e outros voláteis; Drogas de abuso (cocaína, maconha, anfetaminas); Medicamentos (benzodiazepínicos, barbitúricos, morfina e derivados e outros); Praguicidas (aldicarb, fosforados, clorados, piretróides, etc.). 2. Realizar as seguintes análises imunobiológicas: Gonadotrofina coriônica (gravidez); Sangue humano em anteparos; Espermatozóide e PSA em secreções e vestes. 3. Interpretação dos resultados analíticos e consulta de casos; 4. Realizar pesquisas toxicológicas; 5. Fornecer à Polícia Civil do Espírito Santo suporte ao serviço investigativo no menor tempo possível e com o mais alto padrão de qualidade toxicológico e imunobioquímico. Dosagem de etanol Alcoolemia Dosagem de etanol no sangue Alcoolemia nos acidentes de trânsito no Espírito Santo em 2008 Toxicologia Forense Avaliação do desempenho psicomotor Amostra estudada: Foram coletadas amostras de sangue de vítimas fatais de acidentes de trânsito (n=396), maiores de dezesseis anos e de ambos os sexos, durante o período de 19 de março de 2008 a 18 de dezembro de 2008. Os casos estudados foram agrupados em três trimestres, sendo um trimestre anterior ao início da vigência da lei (19/03/08 a 18/06/08) e dois posteriores (19/06/08 a 18/09/08 e 19/09/08 a 18/12/08). 40% 30% 20% 10% 0% Até 20 anos NEGATIVO 56% Gráfico 1 Positividade (%) POSITIVO 44% 21-30 31-40 41-50 51-60 > 60 anos Drogas facilitadoras de crimes 9

Toxicologia Forense Avaliação do uso de drogas de abuso Drogas de abuso e medicamentos Amostra biológica: urina Mortes violentas Período da pesquisa: 2006 2007 Coleta da amostra; Redistribuição postmortem 35% para álcool; 44% para cocaína; 20% para maconha. BARRETO, J.M.; FARIA, M.G.C.; NAKAMURA-PALACIOS, 2007 Carboxihemoglobina Monitoramento do monóxido de carbono CO: automóveis, fogo, cigarro. A Carboxi-Hb B Hb reduzida C - Paciente intoxicado Atualmente, se o toxicologista souber o que procura ele o encontrará, desde que exista; Profissionais habilitados com formação ou conhecimento em Toxicologia; Trabalho em conjunto com os demais profissionais; Metodologias e Técnicas padronizadas; Equipamentos; Histórico, conhecimento técnico e intuição. Dificuldades Aplicação da toxicologia com a finalidade de elucidar procedimentos clínicos, legais ou judiciais. Matrizes complexas; Pesquisa de metabólitos; Toxicologia Você também pode ser um toxicologista em duas fáceis lições, cada uma de dez anos. (Arnold Lehman, 1955). Estabilidade de fármacos em amostras biológicas; Falta de informações / informações errôneas. 10