DESENVOLVIMENTO DA LARANJEIRA PÊRA EM FUNÇÃO DE PORTAENXERTOS NAS CONDIÇÕES DE CAPIXABA, ACRE.



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Transcrição:

DESENVOLVIMENTO DA LARANJEIRA PÊRA EM FUNÇÃO DE PORTAENXERTOS NAS CONDIÇÕES DE CAPIXABA, ACRE. ROMEU DE CARVALHO ANDRADE NETO 1 ; ANA MARIA ALVES DE SOUZA RIBEIRO 2 ; CAROLINY IZABEL ARAÚJO DE FREITAS 3 ; LAURO SARAIVA LESSA 4 ; MARCIO RODRIGO ALECIO 5 ; JULHO ROQUE DE FREITAS 2 INTRODUÇÃO A citricultura representa a segunda mais importante atividade frutícola do Acre e detém uma área plantada de 737 ha, sendo 385 ha com laranjeiras, 168 ha com tangerineiras e 184 ha com limoeiros (IBGE, 2012). A utilização de um único portaenxerto e a comercialização de mudas de baixa qualidade constituem fatores limitantes para o desenvolvimento local da citricultura. Na região, o limoeiro Cravo ainda é o mais usado como portaenxerto para a produção de mudas devido proporcionar vigor, produtividade, ser compatível com a maioria das copas comerciais, além de ser resistente à seca. Todavia, esse portaenxerto tem demonstrado ser altamente suscetível à podridão de gomose (Phytophthora spp.), sendo comum a doença nas áreas de produção. Tal fato tem preocupado os agentes do setor agrícola que buscam novas alternativas à produção das mudas. Sabendo-se que os portaenxertos induz à copa alterações no crescimento, tamanho, qualidade de frutos, tolerância à seca, ao frio, à salinidade e a pragas e doenças e que, essa influência depende do ecossistema, o objetivo do trabalho foi avaliar, em duas épocas (mês de dezembro de 2011 e mês de julho de 2012), o desenvolvimento vegetativo da variedade de laranjeira Pêra enxertada em dez portaenxertos nas condições do município de Capixaba, Acre. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi instalado em novembro de 2010 no Projeto de Assentamento Alcobrás, Capixaba-AC. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados completos, com três repetições, em esquema de parcelas subdivididas no tempo. As parcelas foram formadas por duas 1 Engenheiro Agrônomo, D. Sc., Pesquisador da Embrapa Acre, romeu.andrade@embrapa.br 2 Graduanda (a) em Engenharia Agronômica na Universidade Federal do Acre UFAC. 3 Engenheira Agrônoma pela UFAC. 4 Engenheiro Agrônomo, Analista da Embrapa Acre. 5 Engenheiro Agrônomo, D. Sc. em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. 3240

épocas de avaliação (dezembro de 2011 e julho de 2012) e as subparcelas por dez portaenxertos (TSKFL x CTTR 017, TSK x TRENG 256, TSK x TRENG 264, TSKFL x CTTR 013, LVK x LCR 038, LCRSTC, LVK x LVA 009, TSK x TRSW 314, TSKC x CTSW 041, TSKTR) oriundos do programa de melhoramento genético da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz da Almas-BA. Como variedade copa estudou-se a laranjeira Pêra. O espaçamento utilizado é de 7m x 7m e os tratos culturais empregados são os recomendados para a cultura e citados por Ledo et al., 1996. Foram avaliadas as seguintes características vegetativas: altura das plantas usando régua graduada em centímetros; índice de compatibilidade (razão entre o diâmetro de caule a 10 cm acima da região de enxertia e diâmetro do portaenxerto abaixo da linha de enxertia) utilizando paquímetro digital; volume de copa utilizando as medidas de comprimento da copa na linha e na entrelinha de plantio e uso da fórmula V= 2/3.π. R 2.h). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott & Knott a 5% de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO A altura das plantas variou significativamente entre os tratamentos secundários (portaenxertos) na primeira e na segunda época de avaliação (Tabela 1). Tabela 1 - Altura de plantas (m) da laranjeira Pêra em função do portaenxerto e de duas épocas de avaliação Dez./2011 0,78bB 1,07aB 1,27aB 1,10aB 1,17aB 1,16aB 1,05Ab 1,04aB 0,75bB 0,96aB Jul./2012 1,32bA 1,90aA 1,85aA 1,73aA 1,64bA 2,00aA 1,61bA 1,92aA 1,53bA 1,63bA 4,89 14,28 Segundo o critério estabelecido por Scott Knott, foram formados dois grupos de portaenxertos para o caractere altura de plantas na primeira época de avaliação. Um grupo foi formado pelos materiais genéticos que induziram às menores alturas de plantas (portaenxerto 1 - TSKFL x CTTR 017 e portaenxerto 9 - TSKC x CTSW 041) e um outro formado pelos demais genótipos que induziram às maiores alturas da laranjeira (Tabela 1). 3241

Na segunda época de avaliação formou-se um grupo de cinco genótipos (portaenxertos 2 - TSK x TRENG 256, 3 - TSK x TRENG 264, 4 - TSKFL x CTTR 013, 6 Limão Cravo Santa Cruz e 8 - TSK x TRSW 314) que refletiu em maiores alturas de plantas. Portanto, de uma época para outra (em torno de sete meses) aumentaram-se o grupo de portaenxertos que induziram maiores alturas de laranjeira Pêra o que pode ser atribuído, provavelmente, ao genótipo. Segundo Pompeu Júnior (2001), plantas de menor altura permitirão maior eficiência nas inspeções fitossanitárias e na aplicação de defensivos o que resultará na redução de custos e menor agressão ao meio ambiente. Além disso, o trabalho humano será favorecido pela maior facilidade e segurança nas colheitas. Nessa linha, destacaram-se os portaenxertos 1 - TSKFL x CTTR 017, 5 - LVK x LCR 038, 7 - LVK x LVA 009, 9 - TSKC x CTSW 041 e 10 TSKTR (tabela 1). A tabela 2 elucida que o volume de copa diferiu entre os tratamentos apenas na segunda época de avaliação (mês de julho de 2012) momento em que foram identificados três grupos distintos de tratamentos, ou seja, um grupo de portaenxertos que refletiram num maior volume de copa (portaenxerto 6 - Limão Cravo Santa Cruz); um grupo com os menores volumes de copas (portaenxertos 1, 4, 5, 9 e 10, ou seja, TSKFL x CTTR 017, TSKFL x CTTR 013, LVK x LCR 038, TSKC x CTSW e TSKTR, respectivamente) e; um grupo com valores intermediários (portaenxertos 2, 3 e 8, isto é, TSK x TRENG 264 e TSK x TRSW 314, respectivamente). Tabela 2 Volume de copa (m 3 ) de plantas da laranjeira Pêra em função do portaenxerto e de duas épocas de avaliação. Capixaba-AC. Dez./2011 0,07aA 0,25aB 0,50aB 0,22aB 0,28aB 0,37aB 0,14Ab 0,17aB 0,05aA 0,14aA Jul./2012 0,78cA 1,55bA 1,92bA 1,12cA 1,16cA 2,66aA 0,96cA 1,70bA 0,5 ca 0,96cA 8,92 66,31 Na segunda época de avaliação, os tratamentos que refletiram em menores alturas de plantas e menores volumes de copas foram os portaenxertos 1, 5, 9 e 10 (TSKFL x CTTR 017, LVK x LCR 038, TSKC x CTSW 041 e TSKTR, respectivamente). Donadio et al. (1995) informa que, do ponto de vista fitotécnico, é interessante usar portaenxertos que reflitam em menores copas e com alta eficiência de produção em relação ao volume da copa, característica essa que permite uma boa produtividade devido ao aumento do número de 3242

plantas por hectare. Auler et al. (2008), coloca que um maior volume de copa apresenta como desvantagem uma menor densidade de plantio. A compatibilidade é fundamental para o sucesso de um pomar comercial ao longo do tempo. Com relação a essa característica percebe-se que a compatibilidade entre os portaenxertos e a laranjeira Pêra não foi significativa entre os portaenxertos e entre as épocas de avaliação (Tabela 3) o que significa dizer que todos os portaenxertos poderão ser usados na produção das mudas de laranjeira Pêra. Embora não tenha ocorrido diferenças estatísticas entre os tratamentos, observa-se que os portaenxertos 5 - LVK x LCR 038, 9 - TSKC x CTSW 041 e 10 - TSKTR apresentaram índice próximo a 100%. Tabela 3 Índice de compatibilidade de plantas da laranjeira Pêra em função do portaenxerto e de duas épocas de avaliação. Capixaba, Acre. Dez./2011 0,80aA 0,83aA 0,87aA 0,86aA 0,81aA 0,87aA 0,76aA 0,74aA 0,84aA 0,97aA Jul./2012 0,83aA 0,75aA 0,84aA 0,81aA 0,90aA 0,85aA 0,86aA 0,82aA 0,98aA 0,98aA 6,86 12,55 CONCLUSÕES Com base nos resultados obtidos até o presente momento podemos concluir que: a) Os portaenxertos influenciam as características vegetativas (altura de planta e volume de copa) da variedade de laranjeira Pêra ; b) Os tratamentos que induziram em menores alturas de plantas e menores volumes de copas foram os portaenxertos 1 - TSKFL x CTTR 017, 5 - LVK x LCR 038, 9 - TSKC x CTSW 041 e 10 TSKTR; REFERÊNCIAS AULER, P. A. M.; FIORI-TUTIDA, A. C. G.; TAZIMA, Z. H. Comportamento da laranjeira Valência sobre seis porta-enxertos no noroeste do Paraná. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 30, n. 1, p. 229-234, 2008. 3243

DONADIO, L.C.; ROBERTO, S.R.; SEMPRIONATO, O.R. Adensamento tem custo de implantação maior, mas é mais econômico. Informativo Coopercitrus, Bebedouro, n.102, p.24, 1995. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Produção agrícola municipal. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 13 jun. 2012. LEDO, A. S.; ALMEIDA, N. F.; AZEVEDO, F. F. Recomendações para o cultivo de citros no Acre, Rio Branco, Embrapa Acre, n. 18, 29p. 1996 (Circular técnica). POMPEU JUNIOR, J. Porta-enxertos para citros potencialmente ananicantes. Revista Laranja, Cordeirópolis, v.22, n.1, p.147-155, 2001. 3244