GUIA LEGAL PARA O INVESTIDOR ESTRANGEIRO NO BRASIL APRESENTAÇÃO



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Transcrição:

APRESENTAÇÃO Foi com muita satisfação que o CESA - CENTRO DE ESTUDOS DAS SOCIEDADES DE ADVOGADOS prestou seu apoio e colaboração para o surgimento do primeiro Guia Legal para o Investimento Estrangeiro em São Paulo. O projeto foi lançado no Segundo Semestre de 1991, por iniciativa da Assessoria Especial para Assuntos Internacionais do Governo do Estado de São Paulo, e todas as associadas do CESA foram convocadas para colaborarem nesse trabalho. Escolhidos os assuntos, definidos os capítulos e distribuídos os encargos conseguimos, em setembro de 1992, concluir a primeira edição do Guia, em português e inglês, que foi imediatamente impressa e distribuída pelo Governo do Estado em todas as oportunidades e eventos oficiais de caráter internacional. Nossos associados em todo o Brasil, receberam exemplares do Guia, distribuídos nas várias reuniões realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O sucesso alcançado e a significativa repercussão que esse trabalho teve para o CESA, nos fez pensar em ampliar e melhorar sua estrutura e alcance. E assim surgiu a idéia de uma segunda edição, em caráter nacional e bilíngue (português - inglês), integralmente assumida pelo CESA, para exclusiva distribuição entre seus associados, entidades de classe e instituições de desenvolvimento e de divulgação do Brasil no Exterior. Em agosto de 1994 foi preparada nova edição atendendo a solicitação do Departamento de Promoção Comercial, do Ministério das Relações Exteriores, passando este Guia a ser distribuído em todos os eventos internacionais promovidos pelo Ministério. A partir de 1996 foi incorporado à página do Ministério das Relações Exteriores na INTERNET, podendo ser acessado por todas as entidades em missões diplomáticas interessadas em divulgar as condições dos Investimentos Estrangeiros no Brasil (http://www.mre.gov.br). A quarta edição do Guia, com seus capítulos atualizados e os temas ampliados, resultou da colaboração de várias das Sociedades de Advogados filiadas ao CESA que se encarregaram desse trabalho. 1.500 exemplares foram distribuídos a partir de dezembro de 1997. Com os exemplares esgotados, decidimos rever e reeditar a mesma edição para poder atender à constante demanda dos associados, e de outras entidades e interessados. Finalmente, consignamos que o CESA, foi fundado em janeiro de 1982 e congrega hoje cerca de 350 Sociedades de Advogados em todo o Brasil e tem como objetivo a valorização da advocacia, o aprimoramento profissional dos advogados e a institucionalização das Sociedades de Advogados. São Paulo, 10 de novembro de 1998 CESA - Centro de Estudos das Sociedades de Advogados Clemencia Beatriz Wolthers - Presidente Orlando Giacomo Filho - Presidente do Conselho Moira V. Huggard-Caine - Diretora Secretária

B O A R D / D I R E T O R I A - 1996/1999 PRESIDENTE: CLEMENCIA BEATRIZ WOLTHERS PINHEIRO NETO - ADVOGADOS VICE-PRESIDENTE: SP HORÁCIO BERNARDES NETO XAVIER, BERNARDES E BRAGANÇA SOCIEDADE DE ADVOGADOS RJ MG CONDORCET P. DE REZENDE ULHÔA CANTO, REZENDE E GUERRA - ADVOGADOS EDUARDO GREBLER GREBLER, PINHEIRO, MOURÃO & RASO - ADVOGADOS DIRETOR CULTURAL: SP JOSÉ LUIS DE SALLES FREIRE TOZZINI, FREIRE, TEIXEIRA E SILVA - ADVOGADOS RJ MG J. GERALDO GARCIA DE SOUZA GARCIA & KEENER ADVOGADOS ORDÉLIO AZEVEDO SETTE AZEVEDO SETTE ADVOGADOS S/C DIRETOR SECRETÁRIO: SP CARLOS ROBERTO F. MATEUCCI YARSHELL, MATEUCCI E CAMARGO ADVOGADOS SP RJ MG MOIRA V. HUGGARD-CAINE TOZZINI, FREIRE, TEIXEIRA E SILVA - ADVOGADOS PLÍNIO SIMÕES BARBOSA BARBOSA, MÜSSNICH & ARAGÃO TANCREDO ROCHA JR. BRITO, CASTRO, MERCADANTE & ROCHA ADVOGADOS DIRETOR TESOUREIRO: SP CELSO DE SOUZA AZZI TELLES PEREIRA, AZZI, FERRARI E ALMEIDA SALLES - ADVOGADOS S/C SP RJ MG SÉRGIO P. S. CAIUBY TRENCH, ROSSI E WATANABE - ADVOGADOS EDUARDO SABÓIA MONTE CAMPOS E SABÓIA MONTE - CONSULTORES E ADVOGADOS JACOB MÁXIMO AZEVEDO BRANCO E MÁXIMO ADVOGADOS CONSULTOR ESPECIAL: JORGE I. SALLUH ADVISORY COUNCIL / CONSELHO DIRETIVO PRESIDENTE: VICE-PRESIDENTE: ORLANDO GIACOMO FILHO DEMAREST E ALMEIDA J.M. PINHEIRO NETO PINHEIRO NETO - ADVOGADOS MEMBROS: SP ANTONIO CORRÊA MEYER MACHADO, MEYER, SENDACZ E ÓPICE - ADVOGADOS SP SP SP EDUARDO TEIXEIRA DA SILVEIRA GOULART PENTEADO, IERVOLINO E LEFOSSE - ADVOGADOS LUIZ ROBERTO DE ANDRADE NOVAES NOVAES, BARRETTO E VOGEL ADVOGADOS PERLA BEATRIZ ROSSI MOHERDAUI MATTOS FILHO, VEIGA FILHO, MARREY JR., MOHERDAUI E QUIROGA ADVOGADOS

SP CARLOS NEHRING NETTO NEHRING E ASSOCIADOS - ADVOCACIA SP SP RJ MG DF PR PE RS MODESTO SOUZA BARROS CARVALHOSA CARVALHOSA, EIZIRIK E MOTTA VEIGA - ADVOGADOS HERMANO DE VILLEMOR AMARAL NETO ESCRITÓRIO VILLEMOR AMARAL - ADVOGADOS ANTONIO ALBERTO GOUVÊA VIEIRA ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA GOUVÊA VIEIRA RAUL DE ARAUJO FILHO ADVOCACIA RAUL DE ARAUJO FILHO S/C LUIZ CARLOS BETTIOL ADVOCACIA BETTIOL S/C MANOEL A. DE OLIVEIRA FRANCO OLIVEIRA FRANCO, RIBEIRO, KÜSTER, FERRAZ ADVOGADOS ASSOCIADOS JOÃO HUMBERTO MARTORELLI MARTORELLI ADVOGADOS RICARDO JOBIM DE AZEVEDO FARACO DE AZEVEDO - ADVOGADOS

COOPERATORS / COLABORADORES A Diretoria do CESA agradece as Sociedades de Advogados, a seguir relacionadas, que através de seus sócios colaboraram na redação, atualização e tradução de cada um dos capítulos deste Guia Legal para o Investidor Estrangeiro no Brasil. The CESA Board of Directors would like to thank the following law firms that collaborated in the preparation, updating and translation of each chapter of this Legal Guide for Foreign Investors in Brazil. AMARO, STUBER E ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C Av. Paulista, 1499, 18º andar, 01311-928 São Paulo, SP Tel.: 55-11-284-9911 Fax: 55-11-283-0483 e-mail: lawyers@amarostuber.com Internet: http://www.amarostuber.com ARAÚJO E POLICASTRO - ADVOGADOS S/C Av. Brig. Faria Lima, 2894, 11º andar, 01452-002 São Paulo, SP Tel.: 55-11-820-2566 Fax: 55-11-820-2120/822-6195 e-mail: arapo@amcham.com.br AZEVEDO SETTE ADVOGADOS S/C Rua Paraíba, 1000, 14º andar, 30130-141 Belo Horizonte, MG Tel.: 55-31-261-6656 Fax: 55-31-261-6797 Internet: http://www.azevedosette.com.br BATISTELA, FERRARI, MAGALHÃES E FERRAZ ADVOGADOS Rua General Jardim, 770, 8º andar, cj. C/D 01223-010 São Paulo, SP Tel.: 55-11-256-7366 Fax: 55-11-256-7366 e-mail: bfmf@nutecnet.com.br BENEDITO JOSÉ SOARES DE MELLO PATI E ADVOGADOS ASSOCIADOS Av. Paulista, 453, 5º andar, 01311-000 São Paulo, SP Tel.: 55-11-251-1499 Fax: 55-11-251-1505 e-mail: patiadv@sti.com.br BRITO, CASTRO, MERCADANTE & ROCHA ADVOGADOS Rua. Prof. Antonio Aleixo, 523, 1º andar, Lourdes, 30180-150 Belo Horizonte, MG Tel.: 55-31-275-1891 Fax: 55-31-292-5910 e-mail: bcmr-advs@netland.com.br CAMARGO, DIAS ADVOGADOS ASSOCIADOS Av. Liberdade, 65, conjs. 408, 01503-000 São Paulo, SP Tel.: 55-11-3107-5551 Fax: 55-11-3107-5551 e-mail: camargodias@alphanet.com.br CASILLO - ADVOGADOS Rua Francisco Rocha, 551, 80420-130 Curitiba, PR Tel.: 55-41-342-2500 Fax: 55-41-244-4669 e-mail: casillo.advocacia@lowyer4u.com

CASTRO, BARROS, SOBRAL E G. GOMES ADVOGADOS - SOCIEDADE CIVIL Praia do Botafogo, 228, 15º andar, 22359-900 Rio de Janeiro, RJ Tel.: 55-21-553-1855 Fax: 55-21-552-1796 e-mail: castro.barros@montreal.com.br CEGLIA NETO, ADVOGADOS Rua Paula Oliveira, 31 04530-020 São Paulo, SP Tel.: 55-11-820-5244 Fax: 55-11-820-6959 e-mail: ceglia@amcham.com.br DEMAREST E ALMEIDA ALMEIDA, ROTENBERG E BOSCOLI - ADVOCACIA Al. Campinas, 1070, 01404-001 São Paulo, SP Tel.: 55-11-888-1800 Fax: 55-11-888-1700 e-mail: mainbox@demarest.com.br Internet: http://www.demarest.com.br FELSBERG E ASSOCIADOS - ADVOGADOS E CONSULTORES LEGAIS Av. Paulista, 1776, 20º andar 01310-200 São Paulo, SP Tel.: 55-11-285-2422 Fax: 55-11-287-1129/289-1208 e-mail: felsberg@amcham.com.br MATTOS FILHO, VEIGA FILHO, MARREY JR., MOHERDAUI E QUIROGA ADVOGADOS Av. Paulista, 1499, 20º andar, 01311-928 São Paulo, SP Tel.: 55-11-3170-7600 Fax: 55-11-3170-7770 e-mail: mflaw@mflaw.com.br NEHRING E ASSOCIADOS - ADVOCACIA Av. Paulista, 1159, 17º andar, conjs. 1701/9, 01311-921 São Paulo, SP Tel.: 55-11-288-2577 Fax: 55-11-288-2071 e-mail: nehring@uninet.com.br NORONHA ADVOGADOS Av. Brig. Faria Lima, 1355, 3º andar 01452-919 São Paulo, SP Tel.: 55-11-816-6609 Fax: 55-11-212-2495/7903 e-mail: noadvo@ibm.net noronha@embratel.net.br Internet: http://www.noronhaadvogados.com.br NOVAES, BARRETTO E VOGEL ADVOGADOS Av. Brig. Faria Lima, 2601, 9º andar, conj. 94 01451-001 São Paulo, SP Tel.: 55-11-212-2311 Fax: 55-11-813-2799 e-mail: nbvpadvs@uol.com.br PAULO ROBERTO MURRAY - ADVOGADOS R. Alexandre Dumas, 1901, Bl. B, 7º andar 04717-004 São Paulo, SP Tel.: 55-11-5181-0202 Fax: 55-11-5181-6699 e-mail: murray@mandic.com.br

PINHEIRO NETO - ADVOGADOS Rua Boa Vista, 254, 9º andar 01014-907 São Paulo, SP Tel.: 55-11-237-8400 Fax: 55-11-237-8600 e-mail: pna@pinheironeto.com.br STRAUBE ADVOGADOS Rua Cel. Xavier de Toledo, 316, 5º andar 01048-000 São Paulo, SP Tel.: 55-11-255-8744 Fax: 55-11-214-3553 e-mail: straube@amcham.com.br TESS, PASQUALIM ADVOGADOS Av. Brasil, 471, 01431-000 São Paulo, SP Tel.: 55-11-3059-2900 Fax: 55-11-3059-2901 e-mail: ectess@ectess.com.br pasquali@amcham.com.br TOZZINI, FREIRE, TEIXEIRA E SILVA - ADVOGADOS Rua Libero Badaró, 293, 19º andar 01095-900 São Paulo, SP Tel.: 55-11-232-2100 Fax: 55-11-232-3100 e-mail: mail@tfts.tozzini.com.br TRENCH, ROSSI E WATANABE - ADVOGADOS Av. Dr. Chucri Zaidan, 920, 8º andar, 04583-904 São Paulo, SP Tel.: 55-11-3048-6800 Fax: 55-11-5506-3455 e-mail: trwadv@amcham.com.br ULHÔA CANTO, REZENDE E GUERRA - ADVOGADOS Av. Pres. Antonio Carlos, 51, 11 e 12º andares, 20020-010 Rio de Janeiro, RJ Tel.: 55-21-210-3265 Fax: 55-21-240-7360 e-mail: ucrgrj@.amcham.com.br XAVIER, BERNARDES E BRAGANÇA SOCIEDADE DE ADVOGADOS Av. Brasil, 1980, 01430-001 São Paulo, SP Tel.: 55-11-282-7855 Fax: 55-11-280-5580 e-mail: xbblawsp@xbb.com.br Secretaria: Rua Boa Vista, 254, 15º, s/1512, 01014-907 São Paulo, SP. Fone: (011) 3104-8402 Fax: (011) 3104-3352 Silvia Miranda Naufal

SUMÁRIO PARTE I. - 1. O SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO PARTE II. - 2. INSTITUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 2.1. Ministérios e Secretarias Governamentais - Federais 2.2. Conselho Monetário Nacional - CMN 2.3. Banco Central do Brasil 2.4. Câmaras de Comércio PARTE III. - 3. CAPITAL ESTRANGEIRO 3.1. Aspectos Gerais 3.2. Registro de Capital Estrangeiro 3.3. Investimentos em Moeda 3.4. Investimentos via Conversão de Créditos Externos 3.5. Investimentos via Importação de Bens sem CoberturaCambial 3.6. Investimentos no Mercado de Capitais 3.7. Remessa de Lucros 3.8. Reinvestimento de Lucros 3.9. Repatriamento 3.10. Transferência de Investimentos no Exterior 3.11. Restrições para Remessas ao Exterior 3.12. Restrições a Investimentos Estrangeiros PARTE IV. - 4. FORMAS DE ASSOCIAÇÃO 4.1. Tipos Societários 4.1.1. Sociedade Anônima 4.1.2. Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada 4.1.3. Regras Comuns às Sociedades Anônimas e às Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada 4.1.4. Outros Tipos Societários e Formas Associativas 4.1.5. Sociedade em Nome Coletivo 4.1.6. Sociedade em Conta de Participação 4.1.7. Consórcio 4.2. Procedimento para Registro 4.2.1. O Registro Comercial 4.2.2. O Registro Civil PARTE V. - 5. A REGULAMENTAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NO BRASIL E DO ARRENDAMENTO MERCANTIL 5.1. Instituições Financeiras 5.2. Principais Instituições Financeiras 5.3. Condições Principais para o Funcionamento das Instituições Financeiras no Brasil 5.4. Normas e Medidas Referentes à Solvência das Instituições Financeiras 5.5. Investimento Externo em Instituições Financeiras Brasileiras 5.6. Arrendamento Mercantil PARTE VI. - 6. O REGIME CAMBIAL BRASILEIRO PARTE VII. - 7. SISTEMA FISCAL 7.1. Aspectos Gerais 7.2. Impostos Federais 7.3. Impostos dos Estados e do Distrito Federal 7.4. Impostos Municipais 7.5. Contribuições Sociais PARTE XVIII. - 8. LEGISLAÇÃO ANTI-TRUST PARTE IX. - 9. DIREITOS DO CONSUMIDOR NO BRASIL ENQUADRAMENTO E EXECUÇÃO DA LEI 9.1. Definição Geral 9.2. Desenvolvimento da Lei 9.3. Escopo 9.4. Execução da Lei 9.5. Tendências

PARTE X. - 10. A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA NO BRASIL PARTE XI. - 11. TRABALHO DE ESTRANGEIROS NO BRASIL 11.1. Vistos para viagens de negócio de curto prazo e turistas 11.2. Visto Temporário de Trabalho 11.3. Outros tipos de Visto Temporário 11.4. Visto de Trabalho Permanente 11.5. Registro ao Ingressar no Brasil 11.6. Viagens Preparatórias para Trabalho Permanente ou Temporário 11.7. Trabalho de Cônjuges e Filhos PARTE XII. - 12. CONTRATOS INTERNACIONAIS PROPRIEDADE INTELECTUAL 12.1. Aspectos Gerais 12.2. Patentes 12.3. Marcas 12.4. Contratos de Transferência de Tecnologia 12.5. Franchising PARTE XIII. - 13. INFORMÁTICA 13.1.Introdução 13.2.A Proteção Legal Conferida aos Programas de Computador (Software) 13.3.Tributos a Serem Pagos em Decorrência da Comercialização dos Programas de Computador 13.4.Das Remessas Financeiras em Pagamento de Software 13.5.Fabricação de Bens de Informática no Brasil PARTE XIV. - 14. PRIVATIZAÇÃO PARTE XV. - 15. LICITAÇÃO EM CONCESSÃO E PERMISSÃO DE OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS 15.1. Introdução 15.2. Concessão e Permissão de Serviço Público-Critérios Gerais 15.3. Dispensa de Licitação 15.4. Contrato Administrativo 15.5. Da Fiscalização e Extinção da Concessão ou Permissão PARTE XVI. - 16. TELECOMUNICAÇÕES 16.1 Código Brasileiro de Telecomunicações, EMBRATEL e Sistema TELEBRÁS 16.2. Quebra do Monopólio Estatal 16.3. Lei Geral das Telecomunicações 16.4. Órgão Regulador das Telecomunicações (ANATEL) 16.5. Regime dos Serviços de Telecomunicações 16.6. Incentivos 16.7. Expansão dos Serviços de Telecomunicação PARTE XVII. - 17. ENERGIA ELÉTRICA PARTE XVIII. - 18. AQUISIÇÃO DE BENS IMÓVEIS NO BRASIL 18.1. Introdução 18.2. Posse e Propriedade 18.3. Aquisição e Perda da Propriedade 18.3.1 Disposições Gerais 18.3.2. Aquisição de Propriedade Rural por Estrangeiros 18.3.3. Considerações e Requisitos Gerais para a Aquisição de Bem Imóvel 18.4. Tributação 18.4.1. Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis - ITBI 18.4.2. Imposto de Renda 18.5. Fundos de Investimento Imobiliário PARTE XIX. - 19. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL PARTE XX. - 20. REPRESENTAÇÃO COMERCIAL

PARTE XXI. - 21. CONTRATOS DE DISTRIBUIÇÃO 21.1. Acordos de Distribuição Comercial 21.2. Contratos de Distribuição Ordinária PARTE XXII. - 22. OPORTUNIDADES NEGOCIAIS NOS PROCESSOS DE CONCORDATA E FALÊNCIA PARTE XXIII. - 23. TRATADOS INTERNACIONAIS 23.1. Aspectos Gerais 23.2. Comércio 23.3. Propriedade Intelectual 23.4. Tributos 23.5. América Latina 23.6. MERCOSUL PARTE XXIV. - 24. ARBITRAGEM E RECONHECIMENTO E EXECUÇÃO DE DECISÕES ARBITRAIS E SENTENÇAS JUDICIAIS ESTRANGEIRAS NO BRASIL 24.1. Objeto e Regras Aplicáveis 24.2. Procedimento Arbitral 24.3. Reconhecimento e Execução de Decisões Arbitrais Estrangeiras 24.4. Sentenças Judiciais Estrangeiras PARTE XXV. - 25. CONTENCIOSO CIVIL E COMERCIAL 25.1. A jurisdição no Contencioso Civil e Comercial 25.2. Custos do Processo 25.3. Procedimentos Iniciais 25.4. Provas 25.5. A decisão 25.6. Recursos 25.7. Execução do julgado 25.8. Processo de Cobrança

PARTE I 1. O SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO O Brasil está organizado sob a forma de República Federativa, constituída pela união indissolúvel de Estados, Municípios e do Distrito Federal. O sistema jurídico adotado no Brasil é o codificado, com a edição de leis pela União, pelos Estados e pelos Municípios, respeitadas suas esferas de competência. As decisões judiciais baseiam-se na correta aplicação das leis em vigor. Não havendo disposição legal específica, o juiz decide de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Os precedentes judiciais não tem força de lei no Brasil, embora exerçam um papel importante como subsídio à decisão do juiz. A Constituição Federal estabelece a competência legislativa da União, dos Estados e dos Municípios, de forma a evitar a edição de leis concorrentes ou conflitantes por aquelas três diferentes esferas. A competência legislativa da União, respeitados os princípios estabelecidos na Constituição Federal, sobrepõe-se à competência dos Estados e Municípios. Assim, à União é atribuída competência exclusiva para legislar sobre direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e trabalhista; desapropriação, águas, energia, informática, telecomunicações, radiodifusão, sistema monetário, câmbio, política de crédito, seguros, comércio exterior, jazidas, nacionalidade, cidadania, entre outras matérias. A Constituição Federal admite que a União, os Estados e o Distrito Federal legislem concorrentemente sobre determinadas matérias, como, por exemplo, direito tributário, financeiro, econômico e penitenciário; produção e consumo; responsabilidade por danos ao meio ambiente e ao consumidor; educação e ensino; previdência social, proteção e defesa da saúde. Nesse caso, a competência da União limita-se à edição de normas gerais sobre esses assuntos, cabendo aos Estados e ao Distrito Federal legislar supletivamente sobre a matéria, observadas as normas gerais fixadas na legislação federal. A competência legislativa dos Municípios restringe-se a assuntos de interesse local. O sistema legislativo brasileiro é encabeçado pela Constituição Federal, que assegura os direitos e garantias fundamentais do cidadão; disciplina a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil; define a esfera de atuação dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; disciplina o sistema tributário; dispõe sobre a ordem econômica e financeira e sobre a ordem social. Cabe aos Estados organizarem-se e regerem-se por suas próprias Constituições e leis, observados os princípios constantes da Constituição Federal. Os principais textos de lei no Brasil compõem os chamados Códigos, que contêm a legislação básica sobre as matérias de que tratam. Entre esses Códigos, destacam-se o Código Civil, o Código Tributário, o Código Penal e o Código Comercial. Porém nenhum desses Códigos se sobrepõe à Constituição Federal, que é a lei suprema do Brasil.

PARTE II 2. INSTITUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 2.1. Ministérios e Secretarias Governamentais - Federais O Estatuto da Reforma Administrativa (Decreto-lei nº 200/67 e suas alterações posteriores) classificou a Administração Federal em Direta e Indireta, constituindo-se a primeira dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, e a Indireta dos serviços atribuídos a pessoas jurídicas diversas da União, públicas (Autarquias) ou privadas (Sociedade de Economia Mista, Empresa Pública e Fundações), vinculadas a um Ministério, mas administrativa e financeiramente autônomas. A Administração Pública Federal é dirigida pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de Estado. Os Ministérios são órgãos autônomos da cúpula da Administração Federal, situados logo abaixo da Presidência da República, cujas múltiplas funções foram delineadas pela Reforma Administrativa de 1967 com suas alterações posteriores (a última alteração foi promovida pela Medida Provisória 1.549 de 15/05/97) a saber: Ministério da Justiça - cuida dos seguintes assuntos: ordem jurídica; nacionalidade; cidadania, direitos políticos, garantias constitucionais, segurança pública, Polícia Federal; administração penitenciária; estrangeiros; defesa da ordem econômica e dos direitos do consumidor; índios; etc. Ministério das Relações Exteriores - atua no campo da política internacional; das relações diplomáticas e consulares; dos programas de cooperação internacional; competindo-lhe, ainda, a participação nas negociações bilaterais, comerciais, financeiras, técnicas, etc., com países e entidades estrangeiras. Ministério dos Transportes - competem-lhe os assuntos pertinentes aos transportes ferroviário, rodoviário e aquaviário; à marinha mercante, portos e vias navegáveis; e ao transporte aeroviário, conjuntamente com o Ministério da Aeronáutica. Ministério da Agricultura, do Abastecimento - cabem a este Ministério os seguintes assuntos: política agrícola, abrangendo produção, comercialização, abastecimento, armazenagem e garantia de preços mínimos; produção e fomento agropecuários; mercado, comercialização e abastecimento agropecuários; informação agrícola; defesa sanitária animal e vegetal; fiscalização de insumos utilizados na atividade agropecuária; classificação e inspeção de produtos derivados animais e vegetais; proteção, conservação e manejo do solo e água; pesquisa tecnológica em agricultura e pecuária; meteorologia e climatologia; desenvolvimento rural, cooperativismo e associativismo; agroenergia, assistência técnica e extensão rural. Ministério da Educação e do Desporto - é responsável pelas seguintes matérias: política nacional de educação e de desporto; educação pré-escolar; educação em geral, compreendendo ensino fundamental, médio e superior; educação tecnológica e educação especial; pesquisa educacional; fomento e desenvolvimento do desporto no país; pesquisa educacional; pesquisa e extensão universitária; coordenação de programas de atenção integral a crianças e adolescentes. Ministério da Cultura - cuida do planejamento, coordenação e supervisão das atividades culturais; formulação e execução de política cultural; e da proteção do patrimônio histórico e cultural brasileiro. Ministério do Trabalho - é responsável por: trabalho e sua fiscalização; mercado de trabalho e política de empregos; política salarial; política de imigração; formação e desenvolvimento profissional; e segurança e saúde no trabalho. Ministério da Previdência e Assistência Social - incumbe-lhe cuidar da previdência social e complementar; e assistência social. Ministério da Saúde - tem como atribuições: política nacional de saúde; coordenação e fiscalização do Sistema Único de Saúde; saúde ambiental; informação de saúde; insumos para a saúde; vigilância de drogas; alimentos e medicamentos; pesquisa científica e tecnológica; e formação de recursos humanos na área de saúde. Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo - cuida do desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços; da propriedade industrial, marcas, patentes e transferências de tecnologia; metrologia; normalização e qualidade industrial; comércio exterior; turismo; apoio à micro, pequena e média empresa; e registro de comércio.

Ministério de Minas e Energia - competem-lhe os assuntos relacionados a: geologia, recursos minerais e energéticos; regime hidrológico e fontes de energia hidráulica; mineração e metalurgia; indústria de petróleo e de energia elétrica, inclusive de natureza nuclear, etc. Ministério das Comunicações - sua incumbência é cuidar das telecomunicações, dos serviços postais e do espectro de radiofreqüência. Ministério da Ciência e da Tecnologia - cuida da formulação e implementação da política da pesquisa científica e tecnológica; do planejamento, coordenação, supervisão e controle das atividades de ciência e tecnologia; formulação da política de desenvolvimento da informática e da automação; e política nacional de biossegurança. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal - são atribuições suas o planejamento, coordenação, supervisão e controle das ações relativas ao meio ambiente e aos recursos hídricos; a formulação e execução da política nacional de meio ambiente e dos recursos hídricos; a preservação e uso racional dos recursos materiais renováveis; a implementação de acordos internacionais na área ambiental; e política integrada para a Amazônia Legal. Ministério da Marinha - tem como atribuições básicas: administrar a Marinha de Guerra Brasileira; organizar o aparelhamento e treinamento das forças navais; realizar; e pesquisar projetos de interesse da Marinha, organizar e controlar a marinha mercante e demais atividades correlatas; etc. Ministério do Exército - incumbe-lhe: a administração dos negócios do Exército; a organização, aparelhamento e treinamento das forças terrestres; realizar pesquisas do seu interesse; propor medidas concernentes às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros; etc. Ministério de Aeronáutica - são funções da sua alçada exercer o controle e a coordenação das atividades da aviação civil; organizar o aparelhamento e o adestramento da Força Aérea Brasileira; estudar e propor diretrizes para a política aeroespacial; operar o Correio Aéreo Nacional; realizar pesquisas de interesse da Aeronáutica, etc. Ministério da Fazenda - ao Ministério da Fazenda cabe tratar dos assuntos relativos a moeda, crédito, instituições financeiras, capitalização, poupança popular, seguros privados e previdência privada aberta; política e administração tributária e aduaneira; fiscalização e arrecadação; administração orçamentária e financeira; controle interno, auditoria e contabilidade pública; administração de dívidas públicas interna e externa; administração patrimonial; negociações econômicas e financeiras com governos e entidades estrangeiras e internacionais; preços e tarifas públicas e administrativas; e fiscalização e controle do comércio exterior. Ministério do Planejamento e Orçamento - cuida da formulação do planejamento estratégico nacional; coordenação e gestão do planejamento e orçamento federal; controle das empresas estatais; análise dos planos nacionais e regionais de desenvolvimento; estudos e pesquisas sócio-econômicos; formulação e coordenação das políticas nacionais de desenvolvimento urbano; administração dos sistemas cartográficos e de estatísticas nacionais; avaliação dos gastos públicos federais; defesa civil; formulação de diretrizes, avaliação e coordenação das negociações com organismos multilaterais e agências governamentais estrangeiras, relativas a financiamentos de projetos públicos. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado - é função do referido Ministério analisar as políticas e diretrizes para a reforma do Estado; política de desenvolvimento institucional e capacitação do servidor, no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional; reforma administrativa; supervisão e coordenação dos sistemas de pessoa civil, de organização e modernização administrativa, de administração de recursos da informação e informática e de serviços; modernização da gestão e promoção da qualidade no Setor Público; desenvolvimento de ações de controle da folha de pagamento dos órgãos e entidades do Sistema de Pessoa Civil. 2.2. Conselho Monetário Nacional - CMN Entre os diversos órgãos do Ministério da Fazenda encontra-se o Conselho Monetário Nacional (CMN), presidido pelo Ministro da Fazenda, com a finalidade de formular a política da moeda e do crédito, objetivando o progresso econômico e social do país. São atribuições do Conselho Monetário Nacional: orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou privadas, tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do país, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional; coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e fiscal; regular o valor externo da moeda e o equilíbrio na balança de pagamento; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras, etc.

2.3. Banco Central do Brasil Vincula-se, ainda, ao Ministério da Fazenda, o Banco Central do Brasil (BACEN), cujas principais atribuições são: cumprir as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional; executar os serviços do meio-circulante; ser depositário das reservas oficiais de ouro e de moeda estrangeira; exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; efetuar o controle dos capitais estrangeiros nos termos da lei; regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; entender-se em nome do Governo Brasileiro com instituições financeiras internacionais e estrangeiras; exercer a fiscalização das instituições financeiras; efetuar como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais, etc. 2.4. Câmaras de Comércio Visando a aproximar economicamente o Brasil de outros países, aumentando o fluxo comercial e financeiro entre os mesmos, há em nosso país, uma série de Câmaras do Comércio, entre elas: Câmara Americana de Comércio, Câmara de Comércio e Indústria Japonesa, Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria.

PARTE III 3. CAPITAL ESTRANGEIRO 3.1. Aspectos Gerais O capital estrangeiro é regido, no Brasil, pelas Leis nºs 4.131 (Lei de Capitais Estrangeiros) e 4.390, de 3.9.1962 e 29.8.1964, respectivamente. Ambas as leis encontram-se regulamentadas pelo Decreto nº 55.762 de 17.2.1965, e suas posteriores alterações. De acordo com a Lei de Capitais Estrangeiros, entende-se por capital estrangeiro os bens, máquinas e equipamentos entrados no Brasil sem dispêndio inicial de divisas, destinados à produção de bens ou serviços, assim como os recursos financeiros ou monetários trazidos ao Brasil para aplicação em atividades econômicas, contanto que pertencentes a pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior. Há dois mercados oficiais de câmbio no Brasil, ambos regulamentados pelo Banco Central do Brasil. o câmbio comercial/financeiro encontra-se basicamente reservado a: (i) operações de cunho comercial (importação e exportação); (ii) investimentos em moeda estrangeira no Brasil; (iii) empréstimos em moeda estrangeira a residentes no Brasil; e (iv) algumas outras operações envolvendo remessas ao exterior, sujeitas a aprovação prévia das autoridades monetárias brasileiras; e o câmbio turismo, inicialmente criado apenas para atender à indústria de turismo, mas posteriormente ampliado de maneira a cobrir certas outras operações. Cabe aos regulamentos aplicáveis indicar os tipos de operações que se prestam a este mercado. Ambos os mercados operam com taxas flutuantes, a serem livremente negociadas entre as partes, porém o que os distingue é: (i) o câmbio comercial/financeiro tem o acesso a seu mercado limitado apenas a operações que, em certos casos, necessitam da aprovação preliminar das autoridades monetárias brasileiras; e (ii) o câmbio turismo está disponível a operações que não necessitam de qualquer aprovação das autoridades monetárias brasileiras. As operações de câmbio são efetuadas mediante contratos de câmbio envolvendo a entrada ou a saída de moeda estrangeira. 3.2. Registro de Capital Estrangeiro Todo capital estrangeiro deve ser registrado no Banco Central do Brasil, que então emitirá um certificado de registro refletindo a quantia investida em moeda estrangeira, e o correspondente em moeda nacional. Tal certificado é essencial para a remessa de lucros ao exterior, o repatriamento de capital e o registro de reinvestimento de lucros. 3.3. Investimentos em Moeda Os investimentos em moeda não dependem de qualquer autorização preliminar por parte das autoridades governamentais. Para subscrever o capital ou adquirir uma participação em empresa brasileira já existente, basta remeter os investimentos através de estabelecimento bancário autorizado a operar com câmbio. O registro do investimento é feito mediante pedido formulado ao Banco Central do Brasil, pela empresa brasileira beneficiária, dentro de 30 dias a partir do fechamento do contrato de câmbio, devendo tal pedido ser acompanhado dos documentos relativos à capitalização dos fundos. 3.4. Investimentos via Conversão de Créditos Externos Os investimentos realizados via conversão de créditos externos sujeitam-se à autorização prévia do Banco Central. Concedida essa autorização, firma-se uma operação simbólica de câmbio relativa à compra e venda de divisas. A empresa brasileira tem 30 dias para capitalizar esses fundos e solicitar o registro do investimento ao Banco Central do Brasil. 3.5. Investimentos via Importação de Bens sem Cobertura Cambial Os investimentos efetuados via importação de bens sem cobertura cambial subordinam-se à aprovação prévia do Banco Central do Brasil e do SISCOMEX.

Os bens, máquinas ou equipamentos devem necessariamente ser destinados à produção de bens ou prestação de serviços. Tanto para as importações de bens usados quanto para as importações lastreadas por incentivos fiscais, esses bens não podem possuir similar nacional. Bens usados devem ter sua aplicação dirigida a projetos que estimulem o desenvolvimento econômico do país. Assim que os bens importados forem desembaraçados, a empresa brasileira tem 180 dias para incorporá-los a seu capital, seguidos de mais de 30 dias para solicitar o registro do investimento ao Banco Central do Brasil. 3.6. Investimentos no Mercado de Capitais Os investimentos estrangeiros no mercado interno de títulos e valores mobiliários encontram-se limitados aos investidores que se utilizam dos seguintes principais veículos: sociedades de investimento; fundos de investimento; carteiras administradas de pessoas físicas ou jurídicas residentes ou sediadas no exterior; e carteiras administradas de investidores institucionais estrangeiros. 3.7. Remessa de Lucros Via de regra, não existem restrições à distribuição de lucros e sua conseqüente remessa ao exterior. Os lucros gerados a partir de 1.1.1996 estão isentos de imposto de renda retido na fonte. O Brasil assinou tratados para evitar dupla tributação com os seguintes países: Suécia, Japão, Noruega, Portugal, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Alemanha, Áustria, Luxemburgo, Itália, Argentina, Canadá, Equador, Holanda, Filipinas, França, Coréia do Sul, República Checa, Eslováquia, Finlândia, Hungria, Índia e China. 3.8. Reinvestimento de Lucros De acordo com a Lei de Capitais Estrangeiros, entende-se por reinvestimentos os lucros auferidos por empresas sediadas no Brasil e atribuíveis a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior, lucros estes que foram reinvestidos na empresa que os gerou ou em outro setor interno da economia. Se o investidor estrangeiro optar por reinvestir os lucros ao invés de remetê-los ao exterior, estes poderão ser registrados como capital estrangeiro (da mesma forma que o investimento inicial), aumentando assim a base de cálculo para futura repatriação de capital para fins tributários. 3.9. Repatriamento O capital estrangeiro registrado no Banco Central do Brasil poderá ser a qualquer tempo repatriado a seu país de origem, dispensando-se para tanto qualquer espécie de autorização prévia. Os retornos de capital em montante superior àquele registrado serão considerados ganhos de capital em benefício do investidor estrangeiro, estando assim sujeitos à retenção de imposto na fonte à alíquota de 15%. No caso específico de repatriamentos de capital, deve-se observar que o Banco Central do Brasil costuma examinar o patrimônio líquido da empresa envolvida, tomando por base seu balanço patrimonial. Se o patrimônio líquido for negativo, o Banco Central do Brasil pode considerar ter havido uma diluição do investimento, negando assim autorização para repatriamentos num montante proporcional ao do resultado negativo apurado. 3.10. Transferência de Investimentos no Exterior As participações societárias detidas por um investidor estrangeiro em empresa brasileira podem ser alienadas, cedidas ou de outras maneiras transferidas no exterior, sem qualquer tributação no Brasil, independentemente do preço pago. O adquirente estrangeiro poderá efetuar o registro do capital em montante igual àquele outrora em poder da empresa vendedora, independentemente do preço pago pelo investimento no exterior. Deve-se solicitar ao Banco Central do Brasil que atualize o certificado de registro de modo a fazer constar o nome do novo investidor estrangeiro, para que este possa remeter/reinvestir lucros e repatriar seu capital. 3.11. Restrições para Remessas ao Exterior As remessas de moeda ao exterior podem sofrer restrições sempre que não houver o correspondente registro no Banco Central do Brasil, uma vez que a remessa de lucros, o repatriamento de capital e o registro de reinvestimentos baseiam-se todos no montante registrado a título de investimento estrangeiro.

3.12. Restrições a Investimentos Estrangeiros É vedada a participação de capital estrangeiro nas seguintes atividades: desenvolvimento de atividades envolvendo energia atômica; propriedade e administração de jornais, revistas e demais publicações, assim como de redes de radio e teledifusão; atividades comerciais junto a fronteiras internacionais; indústria pesqueira; serviços de correios e telégrafos; linhas aéreas com concessões de vôos domésticos; e indústria aero-espacial. A participação de capital estrangeiro em instituições financeiras está limitada a participações minoritárias do capital votante, podendo ser alterada, caso a caso, sujeita ao interesse nacional. A Constituição prevê que lei complementar deverá regular a matéria.

PARTE IV 4. FORMAS DE ASSOCIAÇÃO 4.1. Tipos Societários Encontram-se previstos na legislação comercial brasileira os seguintes tipos societários: a sociedade em nome coletivo, a sociedade em comandita simples, a sociedade de capital e indústria, a sociedade em comandita por ações, a sociedade por quotas de responsabilidade limitada e a sociedade anônima. A lei confere personalidade jurídica a estas sociedades que lhes tornam entidades de direito distintas dos sócios que as compõem. Diferenciam-se estas sociedades de outras formas associativas também previstas na legislação comercial brasileira, a sociedade em conta de participação e o consórcio, às quais a lei não confere personalidade jurídica, ou seja, seus sócios ou participantes não se fundem sob uma única entidade de direito, continuando a contrair direitos e obrigações individualmente, ainda que em benefício comum. A legislação brasileira ainda contempla as sociedades civis, as associações civis, as fundações e as cooperativas, formas associativas estas que, por não visarem lucro ou pelas características particulares de sua formação ou de seu objeto social, diferenciam-se das sociedades comerciais, recebendo um tratamento legal próprio. É importante ressaltar desde já que, à exceção da sociedade anônima, todos os tipos societários previstos na legislação comercial brasileira podem ser utilizados como sociedades civis, naquilo em que não contrariem as disposições do Código Civil Brasileiro. Os tipos societários de larga utilização no Brasil são a sociedade anônima e a sociedade por quotas de responsabilidade limitada. Este fenômeno se dá em razão de que em ambas formas a responsabilidade dos sócios é limitada em relação à sociedade e a terceiros. Os demais tipos societários são raramente utilizados, mas por vezes ainda se prestam a interesses específicos. 4.1.1. Sociedade Anônima A sociedade anônima ou companhia, regulada pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, com as alterações dadas pela Lei 9.457, de 5 de junho de 1997, é uma sociedade essencialmente mercantil por definição legal, com seu capital social representado por ações. É, por excelência, uma sociedade de capitais, sendo de sua essência a realização de lucros a serem distribuídos aos acionistas. Dá-se denominação às sociedades anônimas e a responsabilidade de seus acionistas é limitada ao preço de emissão das ações que por eles foram subscritas ou adquiridas. Existem duas espécies de sociedades anônimas: a que capta recursos junto ao público - a companhia aberta; e a que obtém seus recursos entre os próprios acionistas ou subscritores: a companhia fechada. As ações em que se divide o capital de uma sociedade anônima representam parte ou fração desse capital social. Conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares as ações podem ser: ordinárias, preferenciais ou de fruição. As ordinárias conferem ao titular os direitos sociais comuns ou essenciais. As preferenciais conferem ao titular vantagens especiais de ordem material ou política e as de gozo ou fruição resultam da amortização das ações ordinárias ou preferenciais. Através de Acordos de Acionistas, os acionistas podem se compor a respeito da compra e venda de suas ações, preferência para sua aquisição, além do exercício do direito de voto. As obrigações nele assumidas são passíveis de execução específica. A sociedade anônima poderá ser administrada por uma Diretoria e por um Conselho de Administração, ou só por uma Diretoria, conforme previr o Estatuto. O Conselho de Administração é um órgão de deliberação colegiada, facultativo para as companhias fechadas e obrigatório para as companhias abertas e de capital autorizado. Seus integrantes devem ser acionistas pessoas físicas residentes no País. Compor-se-á de, no mínimo, 3 membros.

A Diretoria é o órgão executivo da sociedade anônima. A ela compete a representação da sociedade e a prática de todos os atos necessários ao seu funcionamento regular. Este órgão é composto de, no mínimo, 2 diretores, acionistas ou não, pessoas físicas residentes no país, com um prazo de gestão de, no máximo, 3 anos. O Conselho Fiscal é o órgão fiscalizador da sociedade. O funcionamento do órgão poderá ser permanente ou eventual. A sua instalação prende-se às necessidades da empresa em estabelecer um controle rigoroso e uma fiscalização sobre os atos praticados pela administração. Quando instalado, é composto de, no mínimo 3 e, no máximo, 5 membros, com igual número de suplentes, escolhidos pela Assembléia Geral entre acionistas ou não. 4.1.2. Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada A sociedade por quotas de responsabilidade limitada, regulada pelo Decreto nº 3.708, de 10 de janeiro de 1919, é uma opção entre as sociedades tipicamente de pessoas e as sociedades de capital, podendo reunir feições e condições de umas e outras. A sociedade por quotas de responsabilidade limitada pode ser organizada como uma sociedade civil ou comercial, dependendo da definição de seus objetivos no Contrato Social. A sociedade por quotas constitui-se mediante um contrato e possui apenas uma categoria de sócios, os de responsabilidade limitada. Cada sócio obriga-se pela totalidade do capital social e não somente por suas quotas, até o momento da total integralização do capital social, quando então, nenhuma responsabilidade mais subsistirá aos sócios, quer para com a sociedade, quer para com terceiros. Em razão de possuir uma só categoria de sócio, qualquer um deles está apto a gerir a sociedade, sendo possível a delegação de poderes. O capital social, na sociedade por quotas, é dividido em quotas. A quota representa o contingente em moeda, créditos, direitos ou bens com os quais o sócio contribui para formação da sociedade. As quotas são necessariamente nominativas e não se fazem representar por títulos ou cautelas. Expressos no contrato social o proprietário e o número de quotas, qualquer alienação importará em modificação do contrato social, mediante a assinatura de todos os sócios ou, pelo menos, de sócios que representem a maioria do capital social. Quando houver omissão do Decreto nº 3.708/19 ou do próprio contrato, poderão ser aplicadas supletivamente as regras da Lei das Sociedades Anônimas compatíveis com a natureza da sociedade por quotas. 4.1.3. Regras Comuns às Sociedades Anônimas e às Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada Embora previstas na Lei que regula as Sociedades Anônimas, as operações societárias de transformação, incorporação, fusão ou cisão podem ser formalizadas tanto pela sociedades anônimas, como pelas sociedades por quotas de responsabilidade limitada ou ainda por qualquer sociedade revestida de outra forma admissível na legislação brasileira. Assim, as sociedades podem ser transformadas, incorporadas, fundidas ou cindidas. A transformação é a operação mediante a qual a sociedade passa, independentemente de dissolução, de um tipo societário para outro. A incorporação é a operação através da qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, sendo que esta lhes sucede em todos os direitos e obrigações. A fusão, por sua vez, é a operação pela qual duas ou mais sociedades se unem, visando a formação de uma sociedade nova, que sucede as anteriores em todos os direitos e obrigações. Finalmente, a cisão é a operação mediante a qual a sociedade transfere parcelas ou a totalidade de seu patrimônio para uma ou mais sociedades, formadas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se, por sua vez, a sociedade cindida, caso haja versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, caso haja versão parcial de seu patrimônio.

4.1.4. Outros Tipos Societários e Formas Associativas Como afirmado anteriormente, os demais tipos societários são de rara utilização, mas podem tornar-se interessantes sob determinados pontos de vista. Assim, faremos algumas considerações sobre aqueles que por vezes são adotados. 4.1.5. Sociedade em Nome Coletivo Este tipo societário caracteriza-se pela solidariedade e responsabilidade ilimitada de todos os sócios que o compõem. Sendo assim, só há uma categoria de sócios, os solidários. Tais sócios respondem pelas obrigações sociais, não de forma absoluta, mas sim subsidiária. Dessa forma, os seus bens não podem ser executados, a não ser que esgotados os bens da sociedade. A gerência da sociedade cabe a todos os sócios, desde que não haja no instrumento do contrato, designação específica do sócio que irá exercê-la. Em havendo, este terá naturalmente, o direito de usar privativamente da firma social. A denominação da sociedade em nome coletivo pode ser o nome de todos os sócios por extenso ou, o nome de um deles abreviado, acompanhado da expressão: e companhia. 4.1.6. Sociedade em Conta de Participação A sociedade em conta de participação é composta por duas ou mais pessoas, sendo uma delas necessariamente comerciante, e em nome desta girando os negócios. Embora denominada sociedade, a lei não lhe confere personalidade jurídica distinta da dos sócios que a compõem. Muitas vezes nasce, por um período de tempo determinado, visando atender determinadas operações mercantis, como a exploração de artigos da ocasião, ou a construção de um determinado prédio para revenda. Sua característica mais marcante é a de ocultar a maioria dos sócios, tendo em vista que só o sócio ostensivo aparece e, em nome dele é exercido o comércio. A responsabilidade pelos negócios é do sócio ostensivo, mas os sócios ocultos se obrigam, por sua vez, para com o sócio ostensivo. A constituição de uma sociedade em conta de participação não está sujeita a maiores formalidades, podendo ser provada por todos os meios de provas admitidas nos contratos comerciais. É, portanto, uma sociedade oculta existindo apenas entre os sócios e não para com terceiros, os quais tratam exclusivamente com o sócio ostensivo. A gerência e administração de uma sociedade em conta de participação cabem, exclusivamente, ao sócio ostensivo, pois é dele a responsabilidade dos negócios da sociedade, visto que inexiste a sociedade comercial para com terceiros. A sociedade em conta de participação não tem firma ou razão social, posto que o sócio ostensivo relaciona-se com terceiros utilizando seu próprio nome civil, razão social ou denominação social. 4.1.7. Consórcio No sentido etmológico da palavra, o consórcio significa união, combinação, associação. Mas no sentido que lhe empresta a legislação sobre sociedades anônimas, o consórcio é um tipo de associação de empresas com o objetivo de desenvolver determinado empreendimento. O consórcio se configura em um contrato entre duas ou mais sociedades, não perdendo as consorciadas, sua própria autonomia. Conservam as sociedades então a sua personalidade jurídica, conjugando seus esforços para obtenção de certos objetivos. Embora se baseie esse tipo de associação em um contrato, ela não se reveste de personalidade jurídica, razão pela qual as empresas que formam o consórcio somente se obrigam nas condições previstas no respectivo pacto firmado entre elas, respondendo cada qual por suas obrigações, sem a presunção de solidariedade, a única exceção residindo nos efeitos da relação de emprego.

O contrato de consórcio deverá ser aprovado pelas companhias signatárias em assembléia geral, em se tratando de sociedades anônimas, ou dos respectivos órgãos competentes, se as sociedades signatárias não forem sociedades anônimas. Do contrato a ser firmado pelas empresas deverão constar os seguintes tópicos: a designação do consórcio, no caso de haver designação; o empreendimento que será objeto do consórcio; a duração, endereço e o foro; a definição de obrigações e responsabilidades das sociedades participantes, assim como das prestações; as normas de recebimento de receitas e partilhas dos resultados; as normas de administração do consórcio, contabilização, representação das sociedades consorciadas e a taxa de administração, no caso de haver taxa; a forma de deliberação dos assuntos de interesse comum, bem como o número de votos que caberá a cada um dos consorciados; a contribuição que cada consorciado fará para as despesas comuns, se houver. O contrato e, eventualmente, suas posteriores alterações deverão ser arquivados perante a Junta Comercial do local de sua sede, devendo a certidão do referido arquivamento ser publicada no órgão oficial da União ou do Estado, e igualmente em outro jornal de grande circulação. 4.2. Procedimento para Registro Existem no Brasil dois tipos de registros públicos de sociedades: o Comercial efetuado nas Juntas Comerciais Estaduais e o Civil efetuado nos Cartórios de Títulos e Documentos. Tratando-se do Estado mais desenvolvido do país, com maior número de empresas registradas e em atividades, o Estado de São Paulo conta com uma Junta Comercial e uma rede de Cartórios de Registro de Títulos e Documentos muito bem aparelhadas com pessoal altamente treinado e equipamentos de última geração, o que permite eficiência, rapidez e baixo custo nos serviços de registro. 4.2.1. O Registro Comercial Para identificar se uma sociedade deve ser registrada perante a Junta Comercial ou no Cartório de Registro de Títulos e Documentos, deve-se basicamente atentar para o seu tipo societário e para seu objeto social. A característica essencial da atividade comercial é a intermediação. O comerciante é, na verdade, um intermediário, pois sua atividade restringe-se á compra de matérias primas ou produtos acabados (ou semi-acabados) dos fornecedores, não para uso próprio, mas para transformá-los, vendêlos ou simplesmente revendê-los aos consumidores, assumindo um risco econômico de maior ou menor grau nessas operações. Mas esses atos de intermediação com capital próprio ou colocado à sua disposição, devem ser habituais, frequentes. Outra característica marcante da atividade comercial é o fito de obter lucros com as operações realizadas. Seja qual for a atividade exercida, se ela não tiver objetivo de obter lucros, não poderá ser caracterizada comercial, mas uma atividade civil. Sendo assim, o tipo societário escolhido para a sociedade e a enunciação clara e precisa de seu objeto social nortearão os interessados ao registro da empresa perante a Junta Comercial ou perante o Cartório de Registro de Títulos e Documentos. Por ser definida por lei como uma sociedade comercial, a sociedade anônima deve ter seus atos constitutivos apresentados para arquivamento perante a Junta Comercial. Este arquivamento deve ser solicitado ao Presidente e Vogais da Junta Comercial do Estado onde localizar-se a sede da empresa, através de requerimento datado e assinado por qualquer um dos fundadores, administrador ou por procurador.