Insegurança em alto-mar Falha em plataforma da Petrobras na Bacia de Campos expõe problemas de manutenção nos equipamentos da empresa A Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Marinha interditaram ontem uma plataforma de perfuração de petróleo usada pela Petrobras na Bacia de Campos, na costa do Rio de Janeiro. A sonda sofreu uma inclinação durante a madrugada, obrigando a maioria dos trabalhadores a deixar a unidade por motivos de segurança. Em nota, a estatal informou que o acidente ocorreu por causa de falha em uma válvula no sistema de lastro, o que provocou o alagamento de um dos tanques da embarcação. O episódio expôs parte dos problemas operacionais vividos pela estatal, que já foi acusada por sindicalistas de descuidar da manutenção de equipamentos, sujeitando os trabalhadores a condições de risco mais elevadas. A companhia vem sendo prejudicada pelo controle de preços dos combustíveis exercido pelo governo, o que prejudica a geração de caixa e dificulta a realização de investimentos. Pertencente à multinacional Noble, a plataforma Paul Wolf
estava no campo de Marlim, uma das principais áreas produtoras da Petrobras, para reparo de um poço. Segundo a estatal, 77 trabalhadores foram retirados da unidade por embarcações de apoio, mas 36 técnicos permaneceram a bordo para executar reparos e restaurar as condições de operação. As equipes de emergência atuaram imediatamente, tendo sido tomadas todas as medidas necessárias para o controle da ocorrência. A unidade foi estabilizada e desconectada do poço, que se encontra em condições de segurança, afirmou a Petrobras, esclarecendo ainda que não houve vítimas. No fim de dezembro, também no Campo de Marlim, a plataforma P-20 da estatal ficou paralisada por causa de um incêndio. Fiscalização O problema ocorrido ontem reforçou os rumores de que a Petrobras poderá enfrentar novas paralisações em suas plataformas na Bacia de Campos, se não resolver questões de segurança. A Paul Wolf tinha capacidade para abrigar 125 trabalhadores, segundo informações da Noble, e havia 113 pessoas a bordo no momento do incidente, conforme relato de representantes sindicais. No início da semana, a Petrobras informou que órgãos de fiscalização tinham auditado diversas plataformas da empresa, apontando problemas e necessidades de melhoria nas condições operacionais. Segundo a estatal, todas as questões têm recebido tratamento adequado. De acordo com o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e conselheiro da Petrobras, a Paul Wolff chegou a atingir inclinação de 3,5 graus, o limite para a realização de reparos ainda com tripulantes a bordo. A Noble informou que não houve vazamentos ou registro de poluição. A plataforma, com bandeira da Libéria, foi construída em 1980 e atualizada em 2006. FONTE: Correio Braziliense
Plataforma de petróleo não corre mais risco de afundar em Campos, no RJ Equipe técnica permanece a bordo tentando manter o controle. Funcionários foram resgatados e não houve vítimas. Não corre mais risco de afundar a plataforma petrolífera que adernou na madrugada desta sextafeira (28) no litoral de Campos dos Goytacazes, na região Norte Fluminense do Rio, segundo informou a Petrobras. Como mostrou o Bom Dia Brasil, a maioria dos tripulantes conseguiu abandonar a embarcação com a ajuda de navios rebocadores. Ninguém ficou ferido.segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores da Produção de Petróleo (Sindipetro NF), mais de 100 tripulantes estavam trabalhando no local. Apenas uma equipe técnica permanece a bordo tentando
manter o controle da plataforma. Neste momento, o trabalho realizado pelos técnicos da Petrobras e da Noble é de bombeamento da água que invadiu a sala de bombas de lastro. A Petrobras não divulgou o grau de inclinação atingido pela unidade, qualificado apenas como considerável Segundo o Sindipetro NF, continuam trabalhando na plataforma 34 trabalhadores, diretamente ligados à operação de lastro (estabilização da plataforma). Outros 79 foram retirados da unidade e estão em um rebocador Maersk Vegar próximo à SS-53. Ainda nesta sexta-feira eles deverão ser transbordados para uma UMS (Unidade Flutuante de Manutenção e Serviços, mais conhecida como Flotel) ou para terra. A plataforma de modelo SS-53, que está localizada no Campo de Marlim, é uma plataforma de perfuração de propriedade da empresa Noble, que presta serviço à Petrobras. Ainda de acordo com o sindicato dos trabalhadores, o adernamento, que é o termo usado para uma inclinação acentuada, ocorreu por volta de 1 hora da manhã. Perto das 7h45, a Petrobras informou que todos os procedimentos de segurança já estavam sendo realizados. Rebocadores seguram a plataforma com cabos para que ela se mantenha estável. A empresa Noble informou que a tripulação executou prontamente as ações corretivas, inclusive protegendo a integridade do poço assim que detectou a inclinação da plataforma. Como precaução, funcionários não essenciais foram evacuados da sonda sem ferimentos, e não há registro de poluição na área da Bacia de Campos. Veja na íntegra a nota emitida pelo sindicato dos trabalhadores: O Sindipetro-NF confirmou há pouco com a Petrobras que foi estabilizada a plataforma SS-53, que adernou nesta madrugada por volta 1h20. Neste momento, o trabalho é de bombeamento da
água que invadiu a sala de bombas de lastro. A empresa não divulgou o grau de inclinação atingido pela unidade durante a madrugada, que foi apenas qualificado como considerável. Continuam em atuação na plataforma 34 trabalhadores, que são os mais diretamente ligados à operação de lastro (estabilização da plataforma). Outros 79 foram retirados da unidade e estão em um rebocador Maersk Vegar próximo à SS-53. Mais tarde serão transbordados para uma UMS ou para terra. A plataforma SS-53, operada pela empresa Noble, estava em atividade de perfuração no Campo de Marlim e foi desconectada do poço após o adernamento. O retorno da operação ainda dependerá da conclusão da operação da bombeamento da água da sala de lastro e da avaliação de eventuais danos causados a equipamentos. A diretoria do Sindicato está acompanhando o caso desde o início da ocorrência e se mantém de plantão. Veja a íntegra da nota enviada pela empresa Noble sobre o incidente: A Empresa Noble (NYSE: NE) confirmou hoje que a Noble Paul Wolff, uma sonda submersível de posicionamento dinâmico operando no litoral do Brasil, sofreu um incidente de controle de lastro na sexta-feira, 28 de fevereiro aproximadamente à 1 hora da manhã, horário local. A tripulação executou prontamente as ações corretivas, inclusive protegendo a integridade do poço. As medidas cabíveis estão sendo tomadas para solucionar a questão. Como precaução, 77 funcionários não essenciais foram evacuados da sonda sem ferimentos, e não há registro de poluição. A Noble continua trabalhando com seu cliente e autoridades competentes ligados ao caso. FONTE: G1
Marinha do Brasil executa plano de ação após suspeita de material explosivo em plataforma na Bacia de Campos A Marinha do Brasil (MB), por meio do Comando do 1º Distrito Naval, por volta das 19 horas de ontem (30), tomou conhecimento, que foi encontrada a bordo da plataforma Frade, localizada na Bacia de Campos, a cerca de 230 km de Macaé (RJ), uma caixa, segundo informações de bordo, contendo material suspeito de ser explosivo. Considerando a tarefa de defender as plataformas petrolíferas, garantir a salvaguarda da vida humana no mar e a segurança da navegação, a MB adotou as providências cabíveis, dentre as quais, destacam-se:
Um Gabinete de Crise foi instalado, de modo a coordenar o emprego da MB, da Policia Federal (PF), da Coordenadoria de Recursos Especiais da Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro (CORE/PCRJ) e de outras instituições, se necessário; O Navio Patrulha Oceânico (NPaOc) Amazonas dirigiu-se para as proximidades da plataforma e, desde a primeira hora de hoje, assumiu o Comando da Cena de Ação. Grupos Especiais de Retomada e Resgate de Mergulhadores de Combate (GERR-MEC) da MB, juntamente com a PF e CORE/PCRJ, estão a bordo da plataforma; e A Corveta Barroso, o Navio Patrulha Gurupá e um helicóptero UH-14, transportando equipes especializadas de Fuzileiros Navais, foram deslocados, a fim de, caso necessário, apoiarem às operações. Ressalta-se, ainda, que as operações da plataforma foram interrompidas, e medidas de prevenção à poluição hídrica foram adotadas. As equipes do GERR-MEC da MB, da PF e do CORE/PCRJ, afastaram,
na manhã de hoje, a suspeita do material ser explosivo. Exames de raio-x indicaram que a caixa contém material inerte e não possuí dispositivo de detonação. O material será periciado pela PF. Um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação foi aberto, com previsão de conclusão em até 90 dias. Até o momento, não existem registros de acidentes pessoais, a segurança da navegação e a salvaguarda da vida humana estão asseguradas; assim, como não ocorreu poluição hídrica. A tripulação está em condições de, quando autorizado, retomar a operação da plataforma Frade. FONTE: 1º Distrito Naval FOTOS: As fotos são ilustrativas Esquadra presente na Bacia Petrolífera de Campos
No período de 23 a 30 de maio, foi conduzida a Operação PESQUISEX-I/2012, na área marítima compreendida entre o Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES). Estiveram envolvidos meios navais e aeronavais da Esquadra, como a Fragata Niterói (F 40), Fragata Greenhalgh (F 46), Corveta Barroso (V 34) e Helicópteros UH-12/13 Esquilo. O Grupo-Tarefa (GT) 705.1 foi comandado pelo Contra-Almirante Wilson Pereira de Lima Filho, Comandante da 2ª Divisão da Esquadra, e teve a missão de conduzir exercícios no mar, fiscalizar a área marítima da Bacia Petrolífera de Campos, por meio de atividades de Patrulha Naval e ação de presença nas proximidades do Porto de Macaé, a fim de contribuir para a manutenção do nível de adestramento dos meios da Esquadra e para segurança marítima da Bacia Petrolífera de Campos. Na primeira fase da Operação, o Comandante do GT e seu Estado- Maior embarcaram na Corveta Barroso. Nos dias 23, 24 e 25 de maio, foram realizados exercícios e desenvolvidas diversas atividades, dentre as quais destacam-
se: tiro real de superfície, operações aéreas, ações de Guerra Eletrônica, testes voltados à avaliação operacional da Corveta Barroso e Patrulha Naval na Bacia Petrolífera de Campos.