Monitor 'Parnaíba' efetua qualificação de Pilotos e Equipe de Manobra e Crash



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Transcrição:

Monitor 'Parnaíba' efetua qualificação de Pilotos e Equipe de Manobra e Crash O Monitor Parnaíba (U 17), Navio subordinado ao Comando da Flotilha de Mato Grosso (ComFlotMT), realizou, em 23 de abril, Qualificação e Requalificação de Pouso a Bordo (QRPB) para pilotos do 4º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-4), equipes de manobra e crash dos Navios subordinados ao ComFlotMT. Nesse treinamento foram realizados diversos pousos e decolagens, assim como VERTREP, que consiste em colocar uma carga na barriga da aeronave através de gancho.

A ação de presença dos Meios Navais no rio Paraguai e seu adestramento contínuo contribuem para o poder de dissuasão da Marinha do Brasil e a manutenção da soberania do País e, secundariamente, demonstra para a população ribeirinha que a Força trabalha constantemente para segurança e proteção da nossa riqueza pantaneira. LEIA MAIS SOBRE QRPB COM O MONITOR PARNAÍBA, NESTA MATÉRIA DO DAN: Esquadrão HU-4: QRPB, VERTREP e SAR com o Monitor Parnaíba Passagem de Esquadrão HU-4 Comando do

NOTA do EDITOR: Ao CC Fernandes, na qual tivemos a oportunidade de voarmos juntos na Passex do USS America, desejamos muita sorte e bons voos como Gavião Líder. Ao nosso amigo Dos Anjos, agradecemos mais uma vez pela fidalguia

com que nos recebeu no HU-4 e desejamos muita sorte nesta nova etapa da sua carreira. BRAVO ZULU CC Dos Anjos! Esquadrão HU-4: EVAM e Tiro real de Metralhadora Evacuação Aeromédica (EVAM) Por Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha No Pantanal, as distâncias são muito grandes e a infra-estrutura rodoviária muito precária. No caso de um acidente ou enfermidade grave, a população ribeirinha depende da agilidade dos Gaviões da Marinha.

Os acionamento até novembro, quando estivemos no Esquadrão, totalizava a expressiva marca de 14 Evacuações Aeromédicas, ou seja, 14 vidas foram salvas pela Asas da Marinha no Pantanal. Uma grande responsabilidade para o 6º DN, que além das aeronaves, também dispõe para este tipo de missão o médico, o enfermeiro e a ambulância do Hospital Naval de Ladário, caso seja necessário. A transferência do resgatado também é feito em parceria com o SAMU Serviço de Atendimento Movél de Urgência, que também disponibiliza a ambulância e equipe médica para a transferência desde o heliponto do Esquadrão até o hospital.

Para que estas missões possam ser cumpridas com sucesso e segurança, algumas medidas são tomadas previamente pela Marinha. Algumas ocorrências podem acontecer no limite da autonomia do UH-12. Para estes casos, são colocados em pontos previamente escolhidos, tanques de estocagem flexíveis de combustível, com capacidade para 200 litros, fabricados pela empresa S.A.T Serviço Aéreo Técnico Ltda, sediada em Taubaté-SP. Estes reservatórios podem ser transportados por veículos ou serem arremessados do helicóptero de até 6m de altura. É constituído por um tecido de poliamida, armado em tela aderente, revestido por duas camadas de elastômero sintético, resistentes aos hidrocarbonetos.

Estes também são utilizados com um conjunto motobomba portátil com motor elétrico, que atende as condições de operação no Pantanal, operando na faixa entre -20 C até 50 C de temperatura, e pesando em torno de 27 Kg. Tiro de Metralhadora MAG 7,62mm

A nossa última missão com o HU-4 compreendia um exercício de tiro real com a metralhadora MAG 7,62mm, montada na porta lateral esquerda do Gavião 53. O exercício seria realizado na Área de Adestramento do Rabicho

(AAR) e para isso, a Marinha tomou antecipadamente todas as precauções necessárias. Foi emitido o Aviso aos Navegantes e enviadas três embarcações do 6º DN para interditaram os três acessos do rio Paraguai, para que nenhuma embarcação civil se aproximasse da área de realização do exercício. Já ao HU-4, coube emitir o NOTAM (Notice significa Aviso aos Aeronavegantes, antecipadamente, a informação aeronáutica exercício, visando à segurança da navegação to Airmen), que para divulgar, da realização do aérea na região.

Prontos, os Gaviões 53 e 57 nos esperavam sair do briefing para decolarem em direção ao nosso já conhecido Rabicho, para finalmente mostrarem as suas garras. Apesar do tempo nublado e com pouca chuva, não muito típico para o período, estávamos prontos para largar o aço com os aguerridos Esquilos. Ao nos aproximarmos da AAR, conhecemos mais uma característica do Pantanal, a chuva. Quando ela vem, vem com muita força e acompanhada de muitas descargas elétricas. Diante do cenário nada favorável, optamos por adiar temporariamente, afinal, tínhamos a parte da manhã inteira para poder realizar o esperado exercício.

Retornamos ao Esquadrão para esperar uma melhora nas condições meteorológicas no Rabicho mas, infelizmente para nós, a notícia não foi boa. A previsão era de chuva forte para todo o período da metade da manhã até o dia seguinte, nos atingindo também com chuva forte ainda no final da manhã, finalizando nossos voos.

Como não tivemos a oportunidade de fotografar e filmar o tiro real de metralhadora, o Esquadrão gentilmente nos cedeu algumas fotos do UH-12 armado com metralhadora axial e o vídeo, que mostra um dos exercícios realizados recentemente no Rabicho com a metralhadora lateral. Ao retornarmos ao heliponto do Esquadrão, seguimos as tradições das unidades aéreas e realizamos com o CC Dos Anjos a troca das bolachas, presenteando-o com a bolacha do DAN. Em retribuição, recebemos a bolacha da Operações no Pantanal e uma muito especial, a comemorativa dos 19 anos do HU-4, e que orgulhosamente foi colocada no meu macacão pelo Gavião

Líder. Da esq. para dir.: Guilherme Wiltgen, CT Feitosa, CT Gregório, CC Dos Anjos, Luiz Padilha, SG Roque e SG Aurélio.

Em nosso último dia a bordo, tivemos a companhia do CC Paraquett, Imediato do HU-4, que retornava de um curso na BAenSPA, quando aproveitamos para baixarmos a bandeira de faina, encerrando nossa passagem pelo Esquadrão. NOTA do EDITOR: Com este capítulo, encerramos as matérias realizadas com o Esquadrão HU-4. Nosso objetivo foi mostrar um pouco do trabalho silencioso realizado pela nossa Aviação Naval, e pela Marinha do Brasil no âmbito do 6º Distrito Naval, em uma região inóspita, onde muitas vezes, a vida de um brasileiro, invisível a maioria dos olhos da sociedade, depende do incansável trabalho destes militares. Aproveitamos para agradecer ao nosso amigo Comte. Dos Anjos, pela forma fraternal com que recebeu o Defesa Aérea & Naval, nos proporcionando conhecer as principais atividades do HU-4, que demonstrou proficiência e profissionalismo no emprego dos nossos meios aeronavais. Agradecemos também ao CC Paraquett e aos CT Feitosa e Gregório, aos 1T Gurgel e Cavalcante e aos SG Alberto, Aurélio e Roque, que nos acompanharam em todos os voos.

Em especial, gostaríamos de agradecer a todos os tripulantes do HU-4, que direta ou indiretamente, contribuíram para que a nossa permanência fosse cercada pela boa camaradagem marinheira, que com os seus trabalhos, mantem as nossas aeronaves sempre na marca para cumprirem com as suas missões. Temos certeza que fizemos muitos amigos no Ninho do Gavião. BRAVO ZULU Gavião Pantaneiro! Esquadrão HU-4: Operação com "Bambi Bucket" Por Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha

O Esquadrão HU-4 não realiza somente missões militares na região. Por ser de Emprego Geral, possui uma gama de tarefas a serem executadas, entre elas, destacamos a de combate a incêndios florestais. O HU-4 pode ser requisitado pelos órgãos de proteção ao meio ambiente, e para isso utiliza o Bambi Bucket (equipamento desenvolvido para combate a incêndios florestais) instalado no gancho de carga (Cargo Hook). Este equipamento possibilita o lançamento de água sobre os focos de incêndios, visando a sua total extinção ou a redução da área do incêndio, para o trabalho das equipes de terra.

O treinamento visou o aprimoramento técnico do efetivo do Esquadrão diretamente envolvido com este tipo de operação, ou seja, os pilotos, o Fiel (que realiza o lançamento) e a equipe de apoio de solo, contribuindo para o aperfeiçoamento das atividades ligadas às táticas de combate a incêndio. A operação consistiu na realização da captação de água em um lago na Área de Adestramento do Rabicho (AAR), que é uma grande área militar de uso do Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário e muito utilizada pelo HU-4 em seus treinamentos. Durante estes treinamento, é possível avaliar a efetividade de cada lançamento, onde são considerados vários fatores como o

vento, a altura e a velocidade da aeronave. Outros fatores também influenciam diretamente na execução da missão, com a temperatura e umidade, impondo limitações técnicas as aeronaves. Neste caso específico, operamos com 70% da capacidade, ou seja, 286,3 Litros, que correspondem a 318,3 Kg. A capacidade máxima do Bambi Bucket utilizado pelo Esquadrão é de 409 litros ou 441 kg.

A área de lançamento escolhida também se localiza dentro da AAR, e se encontrava devidamente isolada por homens da guarnição, para evitar qualquer tipo de acidente com as pessoas em terra.

A operação aérea com este tipo de equipamento requer vários procedimentos de segurança de voo, pois qualquer erro pode causar uma acidente aeronáutico com resultados catastróficos, como exemplo a colisão do equipamento contra áreas sensíveis da aeronave, como os rotores. Para isso, alguns procedimentos são adotados durante a decolagem, restrição a velocidade durante o voo (quando vazio e cheio) e durante o pouso.

No retorno do adestramento, foi possível observar o procedimento de pouso, quando o Gavião 53 baixou o Bambi Bucket no solo e se posicionou em voo pairado, mantendo o mesmo a frente e foi baixando lentamente até o toque. Este procedimento também é recomendação de segurança do fabricante.

Esquadrão HU-4: QRPB, VERTREP e SAR com o Monitor 'Parnaíba'

Por Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha O segundo dia começou cedo no Ninho do Gavião, com o briefing da primeira missão do dia, a realização da Qualificação e Requalificação de Pouso a Bordo (QRPB) e VERTREP. Para a realização destes exercícios, os helicópteros iriam operar com o Caverna Mestra da Esquadra, o Monitor Parnaíba (U 17), que havia suspendido bem mais cedo, afim de se posicionar para a execução do exercício. Esta missão foi cercada de muita expectativa, afinal, não é

todo dia que temos a oportunidade de pousar a bordo e de operar com uma lenda viva da Marinha do Brasil, um navio com o valor histórico como a do Jaú do Pantanal. Por volta das 8:00hs, os Gaviões 53 e 57 decolaram do heliponto do HU-4 em direção ao histórico navio, que se encontrava navegando pelo rio Paraguai. Após uma passagem sobre o Parnaíba, iniciamos o primeiro circuito para o pouso a bordo.

O QRPB consiste em realizar vários pousos e decolagens, circuitos e aproximações por ambos os bordos do navio, visando qualificar ou requalificar o 1P e o 2P.

Durante a realização do QRPB, a Equipe de Manobra e Crache (EQMAN) do navio também vai se adestrando e seguindo as ordens do orientador, peiando a aeronave no convoo.

Para trabalhar no convoo ou área de transferência dos navios da MB, o militar (Oficial e Praça) precisa estar habilitado através do curso Expedito de Equipe de Manobra de Helicóptero e Crache a Bordo (EqMan-A), ministrado pelo CIAAN. Após a conclusão, o mesmo fica apto para ao exercício das funções relacionadas com manobra de helicópteros e segurança de aviação. A forma a identificar a função de cada militar no convoo, durante a execução desta faina, se dá pela cor do seu colete, sendo amarelo para OLP (Oficial de Lançamento e Pouso) e para o Orientador, vermelho para Líder de Crache e azul para os Peiadores.

Após o segundo pouso do Gavião 53, enquanto realizava o circuito para nova aproximação, os tripulantes iniciavam também os procedimentos para a realização do VERTREP. Para esse exercício, foi utilizado uma carga de 50kg, que seria transportada pela aeronave utilizando o cargo hook (guincho de carga), localizado na parte inferior do helicóptero.

Esta faina requer total coordenação entre a aeronave e a EQMAN pois, para que a carga possa ser presa ao helicóptero, o mesmo permanece hoverando a poucos metros sobre o convoo e com a equipe do navio trabalhando em baixo dele. Neste momento, o papel do Fiel da aeronave e do Orientador, são fundamentais para que tudo ocorra na mais perfeita sincronia e com total cumprimento às normas de segurança.

Fim de faina, Gavião 53 se afasta do Monitor Parnaíba com a cobertura do Gavião 57.

Na sequência, embarcamos na lancha do navio, a Jaú 01, para acompanhar a finalização das operações aéreas embarcadas de um ângulo diferente, possibilitando umas tomadas diferentes do navio e da sua aeronave orgânica.

O atual Comandante do U 17, Capitão-de-Corveta Erikson, possui muita experiência neste tipo de missão, pois como Aviador Naval e piloto de Esquilo, passou muitos anos embarcado no Esquadrão HU-1 e posteriormente assumiu como Imediato do HU-4.

CC Erikson, piloto de UH-12, agora no comando do Monitor Parnaíba O CC Erikson já teve o privilégio de realizar um pouso a bordo pilotando o UH-12, já como Comandante do navio, contribuindo para mais um marco na história do Jaú do Pantanal. SAR

Aproveitando que estávamos embarcados na Jaú 01, foi realizado um exercício simulado de SAR (Search And Rescue). Logo após a nossa lancha emitir um alerta, imediatamente o Gavião 57 foi lançado para ajudar nos esforços para localizar a embarcação a deriva, se encontrava abicada em uma pequena praia do rio Paraguai, e salvar os seus tripulantes. Nestes casos, o tempo de reação conta muito a favor das vítimas, pois naufragar nas águas do Pantanal não é uma experiência muito boa, devido a presença de piranhas e jacarés, num lugar selvagem e inóspito.

Após alguns minutos, a aeronave nos localizou e repassou a posição ao Monitor Parnaíba, que enviou uma lancha para nos rebocar em segurança de volta a bordo, enquanto o helicóptero orbitava sobre a nossa posição.

Editor Guilherme Wiltgen à bordo da lancha do Monitor Parnaíba Com esta simulação, observamos a importância da presença da Marinha do Brasil com seus meios navais e aeronavais em prover a segurança aos navegantes da região. Fato este comprovado pelas inúmeras vezes em que os navios da Flotilha são acionados por ano para realizar este tipo de missão. Fim de faina!

Encerrando a sua participação nos exercícios, os Gaviões 53 e 57 realizaram uma passagem baixa em formação a boreste do Monitor Parnaíba, retornando para o Esquadrão HU-4, enquanto que os editores do DAN tiveram o privilégio de retornar navegando pelo rio Paraguai a bordo do Jaú do Pantanal.

Da esquerda para a direita: Luiz Padilha, CC Erikson e Guilherme Wiltgen a bordo do Monitor Parnaíba NOTA do EDITOR: Agradecemos ao CMG Luiz Cláudio de Almeida Baracho (Comte. da Flotilha de Mato Grosso), ao CC Erikson Mendonça da Silva (Comte. do Monitor Parnaíba) e a todos os tripulantes, pela fidalguia com que nos receberam a bordo do Caverna Mestra da Esquadra, durante o retorno à Base Fluvial de Ladário. Esquadrão HU-4: VERTREP com o NPa 'Penedo' (P-14)

Por Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha Assim que embarcamos no Esquadrão, fomos recepcionados pelo seu Comandante, o Capitão-deCorveta Alexsander Moreira Dos Anjos, ou o Gavião Líder. Logo após, já passamos para a sala de briefing, pois a primeira missão com o HU-4 já estava em andamento e os UH-12 Esquilo N-7053 e N-7057 (Gaviões 53 e 57) nos esperando spotados e prontos para serem guarnecidos e acionados.

Para uma melhor cobertura da dinâmica dos exercícios, os editores embarcaram em aeronaves diferentes, mostrando de todos os ângulos a execução dos exercícios aéreos, vistos da aeronave que a executa e da aeronave que observa, ou aeronave paquera.

Assim que decolamos do heliponto do Esquadrão, já foi possível ver toda imensidão do Pantanal, enquanto nos deslocávamos rapidamente sobre o Rio Paraguai, afim de interceptar o NavioPatrulha (NPa) Penedo (P 14), para a execução do VERTREP (Vertical Replenishment). O Navio-Patrulha Penedo (P-14)

O NPa Penedo (P 14) é o quinto navio da Classe Piratini, construída pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ). Teve a sua quilha batida em 30 de dezembro de 1968, foi lançado ao mar em 17 de dezembro de 1970 e foi incorporado à Esquadra em 30 de setembro de 1971. O Penedo é o segundo navio da Marinha do Brasil a ostentar este nome, em homenagem a cidade que fica as margens do Rio São Francisco, no estado de Alagoas. Desloca carregado 146 Ton., mede 28,95m de comprimento, possui boca de 6,10 m e calado de 1,90 m. A Propulsão é gerada por 4 motores diesel Cummins VT-12M, que desenvolve a velocidade máxima de 19 nós. A autonomia é de 1.000 Km a 15 nós, 1.700 Km

a 12 nós ou 18 dias em operação contínua. A sua tripulação é composta por 16 homens. VERTREP (Vertical Replenishment) Ao contrário do que estamos acostumados a acompanhar, quando em operação no mar, as características do ambiente de operação do HU-4 são totalmente diferentes e, literalmente, margeado de obstáculos e com leitos navegáveis muitas vezes bem estreitos, impondo uma característica única à operação fluvial da Aviação Naval, o que exige do Esquadrão um trabalho constante na segurança das operações aéreas.

Localizado o Penedo, o Gavião 53 iniciou a aproximação para execução da faina, que seguiu em perfeita coordenação com a tripulação do navio, demonstrando o alto grau de adestramento entre os meios, naval e aeronaval do 6 DN.

Como a maioria das embarcações utilizados na região são de pequeno porte, face ao ambiente em que operam, estes navios da Flotilha de Mato Grosso não possuem convoo, apenas uma pequena área de transferência a ré, onde é possível realizar a faina.

Esta manobra serve para içar ou baixar cargas leves ou pessoal, da aeronave para o navio e vice-e-versa, sendo possível também, se for necessário, realizar uma evacuação aeromédica (EVAM) de algum tripulante, utilizando para isso o Hoist (Guincho).

Da esq. para dir.: Wiltgen, 1T Gurgel, CT Feitosa, CC Dos Anjos, 1T Cavalcante, SG Aurélio, SG Alberto e Padilha NOTA do EDITOR: Agradecemos ao CT Leandro Antônio Moura Nunez Ferreira (Comte. do NPa Penedo) e aos seus tripulantes, pelo alto grau de profissionalismo na condução do exercício. Bravo Zulu Marciano dos Mares!