NORMA INTERNA DIPOA/SDA Nº 01, DE 17 DE JUNHO DE 2015



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NORMA INTERNA DIPOA/SDA Nº 01, DE 17 DE JUNHO DE 2015 O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE INPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL da, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no uso das atribuições que lhe confere o inciso II, do art. 43, da Portaria MAPA nº 45, de 22 de março de 2007, tendo em vista o disposto no Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952, na Portaria nº 215, de 27 de abril de 2001, e do que consta no Processo nº 21000.007094/2013-41, resolve: Art. 1º Aprovar os procedimentos para a coleta e análise de Escherichia coli verotoxigênica e Salmonella spp. em carne de bovino in natura utilizada na formulação de produtos cárneos, cominutados, prontos para serem cozidos, fritos ou assados. Art. 2º As análises para pesquisa de E. coli verotoxigênica têm como objetivos a identificação desse patógeno de alto risco para a saúde pública e o estudo longitudinal prospectivo para estimar a prevalência referencial para um programa de controle de E. coli verotoxigênica e Salmonella spp. em carne bovina in natura nos estabelecimentos registrados junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). Art. 3º Para fins dessa norma entende-se como carne de bovino in natura utilizada na formulação de produtos cárneos, cominutados, prontos para serem cozidos, fritos ou assados : I aparas, também denominadas de retalhos da desossa; ou II - produtos provenientes do abate como carne de cabeça, esôfago ou diafragma destinados à alimentação humana. 1º Nos estabelecimentos que realizam abate e desossa obrigatoriamente deverão ser coletadas as aparas. 2º Caso o estabelecimento sorteado não disponibilize aparas por não realizar desossa, o SIF deverá coletar carne de cabeça e na ausência desta, diafragma ou esôfago. Art. 4º As amostras de carne bovina descritas no artigo anterior serão coletadas pelo SIF nos estabelecimentos que realizam abate ou desossa de bovinos, e encaminhadas aos laboratórios pertencentes à Rede de Laboratórios Nacionais Agropecuários - LANAGRO do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária definidos pela CGAL, para a pesquisa de E. coli verotoxigênica e Salmonella spp.

Art. 5º Para a definição do plano amostral, os estabelecimentos de abate ou desossa de bovinos registrados junto ao DIPOA são classificados de acordo com a capacidade de abate, sendo considerados: I pequeno porte: abate diário de até 500 cabeças/dia; II médio porte: abate diário ente 500 e 800 cabeças/dia; III grande porte: abate diário superior a 800 cabeças/dia. Art. 6º O plano amostral para estimar a prevalência de Escherichia coli verotoxigênica e Salmonella spp. em carne de bovino in natura está descrito no Anexo I e o DIPOA divulgará periodicamente o cronograma de coletas de amostras. Art. 7º O SIF selecionará aleatoriamente o dia de amostragem, considerando o cronograma de coletas divulgado pelo DIPOA. 1º Cabe ao SIF atentar para que todos os turnos de produção tenham a mesma chance de serem amostrados. 2º Para cada amostra coletada, o SIF deverá manter registros dos dados necessários para a rastreabilidade tais como turno de produção e lote definido pelo estabelecimento que corresponde ao produto amostrado. Art. 8º O estabelecimento deverá ser notificado sobre a coleta de amostra com antecedência mínima de 24 horas, de forma a permitir o planejamento da produção e a execução do trabalho pelo SIF. Art. 9º A coleta de amostra seguirá o método designado como N60, que consiste na coleta asséptica de 60 pedaços pequenos e finos do produto definido no inciso I ou II do art. 2º desta Norma Interna, que deverão ser acondicionados em um saco plástico estéril,tipo whirlpack. 1º Os pedaços coletados consistem de fatias finas retiradas da superfície dos produtos, com tamanho de aproximadamente 3 cm de largura, 8 cm de comprimento e 0,5 cm de espessura, com peso aproximado entre 5g a 10g. 2º O peso dessa amostra será de no mínimo 325g. Art. 10. Adicionalmente será necessário coletar assepticamente cerca de 700g de pequenos pedaços do produto nas mesmas caixas ou sacos do lote amostrado para o N60 para uso do laboratório quando necessário.

1º Nesta etapa não será necessário cortar os pedaços no tamanho e número descritos no Art. 9º, mas atentar para que os pedaços contenham a maior área de superfície possível 2º O produto coletado deverá ser acondicionado num segundo saco plástico estéril. 3º Orientações sobre a coleta da amostra estão descritas no Anexo II. Art. 11. Após a coleta, as amostras acondicionadas nos sacos plásticos estéreis devidamente fechados deverão ser colocadas em um saco plástico maior o qual será lacrado de forma inviolável. Art. 12. A amostra será enviada ao laboratório acompanhada da solicitação oficial para envio de amostra ao laboratório devidamente preenchida, carimbada e assinada. Art. 13. Considerando os problemas de logística e para assegurar a conservação do produto, a amostra deverá ser congelada antes do envio ao laboratório. Parágrafo único. A amostra coletada na semana do sorteio poderá ser enviada ao laboratório no início da semana seguinte, de forma que chegue ao LANAGRO respeitando o horário de recebimento de amostras de cada laboratório. Art. 14. No caso de impedimentos na coleta e envio de amostras, paralisação temporária ou retorno da produção dos estabelecimentos sorteados a CGPE/DIPOA deverá ser imediatamente comunicada pelo e-mail cgpe.dipoa@agricultura.gov.br. Art. 15. A mesma amostra descrita nos arts. 9 e 10º desta Norma Interna será utilizada no laboratório para detecção dos dois patógenos E. coli verotoxigênica e Salmonella spp. seguindo a metodologia MLG disponibilizada no sítio eletrônico da CGAL. Art. 16. O teste para detecção de E. coli O157:H7 e dos seis sorogrupos relevantes de E. coli produtoras de shiga toxina, STEC O26, O45, O103, O111, O121 e O145, denominados de não-o157 STEC será realizado em três etapas. Art. 17. Na primeira etapa será realizado um teste que envolve uma reação em cadeia da polimerase-pcr screening test para a identificação de amostras potencialmente positivas. 1º A metodologia para E.coli O157:H7 inclui somente um estágio de PCR screening test. 2º Para não-o157 STEC screening test serão realizados dois estágios, o primeiro irá detectar amostras positivas para os genes stx-shiga toxina e eae-intimin. No segundo

estágio, as amostras serão testadas para a presença de um dos seis sorogrupos alvo O26, O45, O103, O111, O121 e O145. 3º No caso de resultado negativo, os procedimentos de análise estarão concluídos. 4º No caso de resultado positivo nesta primeira etapa as amostras serão consideradas potencialmente positivas e são necessários testes complementares para confirmação. Art. 18. A segunda etapa consistirá no isolamento em meio de cultura específico Agar rainbow, cujo resultado será interpretado como amostra presumivelmente positiva se forem observadas colônias típicas e reações com antisoro. 1º Para E.coli O157:H7 as amostras apresentam colônias típicas no Agar rainbow e reagem especificamente com o antisoro O157. 2º Para não-o157 STEC as amostras apresentam colônias típicas no Agar rainbow modificado e reagem especificamente com um ou mais antisoros dos sorogrupos alvo. As colônias que reagem com o antisoro possuem determinação genética de stx, eae e um dos genes do sorogrupo alvo O. 3º No caso de resultado negativo, os procedimentos de análise estarão concluídos. 4º No caso de resultados positivos na segunda etapa as amostras serão consideradas presumivelmente positivas e são necessários testes complementares para confirmação. 5º Considerando que o laboratório confirma a maioria das amostras presumivelmente positivas, este resultado deve ser comunicado à CGPE/DIPOA pelo endereço eletrônico cgpe.dipoa@agricultura.gov.br. Art. 19. A última etapa consiste na determinação sorológica ou genética de um isolado bioquimicamente identificado como E. coli. 1º Para a confirmação de E.coli O157:H7 o isolado bioquimicamente identificado como E. coli deverá ser sorologicamente ou geneticamente determinado como O157 reunindo pelo menos um dos seguintes critérios: produção de Shiga toxina-st, gene Shiga toxinastx ou determinação genética do sorotipo H7. 2º Para a confirmação de não-o157 STEC o isolado bioquimicamente identificado como E. coli possui stx, eae, e um dos sorogrupos O alvo O26, O45, O103, O111, O121 e O145.

3º No caso de amostras positivas para E. coli verotoxigênica, o resultado do teste nesta terceira etapa será emitido como positivo confirmado e informará o sorotipo alvo detectado. Art. 20. Os laboratórios encaminharão os resultados das análises de E. coli verotoxigênica e Salmonella spp. diretamente ao DIPOA, pelo endereço eletrônico cgpe.dipoa@agricultura.gov.br, sendo que os resultados positivos confirmados para E. coli STEC deverão ser enviados com a maior brevidade possível. Art. 21. Considerando que E. coli verotoxigênica é um patógeno de alto risco para a saúde pública, as ações de fiscalização decorrentes de constatação de desvios, quando couber, serão executadas em conformidade com o estabelecido na legislação vigente. Art. 22. Esta Norma entra em vigor na data de sua publicação. Art. 23. Fica revogada a Norma Interna Dipoa/SDA nº 2, de 20 de agosto de 2013. JOSÉ LUIS RAVAGNANI VARGAS ANEXO I - PLANO AMOSTRAL ANEXO II - ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE AMOSTRA PARA ANÁLISE DE E. coli VEROTOXIGÊNICA

Coordenação Geral de Programas Especiais ANEXO I PLANO AMOSTRAL Tamanho Nº de Capacidade Nº de Nº de Total de Estab estabelecimentos diária de abate amostras/estab./mês amostras/mês amostras P 144 Até 500 cab/dia 2 48 96 384 M 63 Entre 500 e 800 cab/dia 4 24 96 384 G 25 Acima de 800 cab/dia 8 10 80 320 Total 232 82 272 1.088 Objetivos: Obter uma estimativa de prevalência dos sete sorogrupos de E. coli STEC e de Salmonella spp. com dados oriundos de estabelecimentos que abatem bovino e/ou processam carne bovina. Metodologia: Os 232 estabelecimentos foram divididos em 3 estratos segundo a capacidade diária de abate: pequenos (P), que abatem até 500 bovinos diariamente; médios (M), que abatem entre 500 e 800 bovinos; e grandes (G), com abate diário superior a 800 bovinos. A distribuição foi definida segundo a frequência desses estabelecimentos e a capacidade produtiva do estabelecimento de abate. O cálculo da amostra para estimar a proporção com precisão específica de 5%, nível de confiança de 95% utilizou a prevalência esperada de 1% considerando E. coli O157:H7. Assim, serão amostrados 82 estabelecimentos e um total de 1.088 amostras. O período previsto para a coleta das amostras é de quatro meses, sendo 272 amostras mensais nos mesmos estabelecimentos amostrados.

Coordenação Geral de Programas Especiais ANEXO II ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE AMOSTRA 1. MATERIAL NECESSÁRIO O material para realizar a coleta dessa amostra consiste de uma faca bem afiada, um gancho, uma chaira, luva anticorte, luvas estéreis, dois sacos plásticos estéreis (tipo whirlpack). Também é recomendável ter um gabarito com as dimensões do pedaço de carne que será cortado para compor a amostra: 3 cm de largura, 8 cm de comprimento e 3 mm de espessura. Para o envio da amostra ao laboratório é preciso um saco plástico maior, caixa isotérmica e barras de gelo em gel. 2. PROCEDIMENTO PARA COLETA Antes de iniciar a coleta da amostra deverão ser seguidos os procedimentos abaixo: 1. Faça a sanitização da superfície da mesa e do material de coleta utilizando o mesmo procedimento rotineiramente empregado pelo estabelecimento. Preferencialmente, a sanitização da superfície da mesa e do material de coleta poderá ser feita com álcool 70ºGL. 2. Lave e sanitize as mãos antes da coleta. 3. Coloque a luva anticorte. 4. Coloque a luva estéril. Para isso, abra a embalagem, pela parte de cima, sem contaminar o exterior da luva (não tocar, evitar respirar sobre ela). Remova a luva, segurando-a pela superfície interna da abertura do lado do punho. Evite qualquer contato na superfície externa da luva, introduza a mão lavada e sanitizada dentro dela, tomando cuidado para não contaminar a superfície externa da luva. Repita o passo acima para a mão que você usará para manipular fisicamente a amostra. 3. PLANO AMOSTRAL N60 3.1 O plano amostral N60 consiste na coleta de 60 pedaços pequenos e finos da superfície de aparas de desossa, da carne de cabeça, esôfago ou diafragma. Procedimento para coleta da amostra da apara de desossa: Com auxílio do gancho, selecione uma apara e coloque-a sobre a mesa. Corte o pedaço mais fino possível e com maior área de superfície exposta à contaminação com tamanho aproximado ao do gabarito. Evite o excesso de gordura na amostra. Cada amostra será composta por 60 pedaços de peças diferentes de aparas selecionadas aleatoriamente dentro do lote amostrado. Essa amostra, composta pelos 60 pedaços, deve ser colocada no mesmo saco plástico estéril e apresentar peso mínimo de 325 gramas. Procedimento para coleta da amostra de carne de cabeça: Esplanada dos Ministérios, Bloco D Anexo A sala 408 70.043-900 Brasília / DF Tel: (61) 3218 2502 Fax: (61)

Coordenação Geral de Programas Especiais Com auxílio do gancho, selecione um masseter e coloque-o sobre a mesa. Selecione a parte externa e corte um pedaço com tamanho aproximado ao do gabarito. Evite o excesso de gordura na amostra, pois ela pode interferir na análise laboratorial. Procedimento para coleta da amostra do esôfago: Com auxílio do gancho, selecione um esôfago e coloque-o sobre a mesa com a camada muscular voltada para baixo, inicie o corte pela serosa. Corte um pedaço com tamanho aproximado ao do gabarito. Procedimento para coleta da amostra do diafragma: Com auxílio do gancho, selecione um diafragma e coloque-o sobre a mesa. Para obter um pedaço mais fino e com a maior área de superfície exposta, faça um corte transversal e em seguida um corte longitudinal com tamanho aproximado ao do gabarito. 3.2. Adicionalmente, colete assepticamente uma amostra com peso mínimo de 700g composta por pequenos pedaços do produto que está sendo amostrado, preferencialmente das mesmas caixas ou sacos utilizados para a coleta das amostras do plano N60. Não é preciso cortar os pedaços no mesmo tamanho e número das amostras referentes ao N60, mas é necessário atentar para que os pedaços tenham a maior área de superfície possível. 4. ACONDICIONAMENTO E ENVIO A amostra que será enviada ao laboratório é composta por duas unidades, sendo uma delas com peso mínimo de 325g e outra com peso mínimo de 700g acondicionadas em sacos plásticos diferentes. Acondicione esses dois sacos plásticos em um saco plástico maior e, após identificação com a parte destacável da solicitação oficial, coloque o lacre numerado de forma a garantir a inviolabilidade da amostra. Este lacre servirá para identificar a amostra e constará na solicitação oficial que será enviada ao laboratório. Congele a amostra para garantir as condições ideais de conservação durante o transporte. Acondicione a amostra em recipiente isotérmico (caixa de isopor, caixa plástica, etc) adicione gelo, preferencialmente em gel para não molhar a amostra, garantindo sua integridade e conservação na temperatura adequada durante o transporte até a chegada ao laboratório. Após preencher, carimbar e assinar a solicitação oficial em duas vias, recorte a parte destacável (cinta), coloque-a em um saco plástico junto da amostra, dentro do saco plástico maior, isto serve para a identificação dentro do laboratório. Lacre o recipiente isotérmico com fita adesiva. Coloque uma via da solicitação oficial preenchida dentro de um envelope e fixe-o sobre a tampa do recipiente isotérmico, juntamente com os endereços do remetente e do destinatário (laboratório). Todas as orientações para a coleta de amostras estão no vídeo de treinamento disponível no link http://www.agricultura.gov.br/animal/dipoa/dipoa-pncp/e.coli. Esplanada dos Ministérios, Bloco D Anexo A sala 408 70.043-900 Brasília / DF Tel: (61) 3218 2502 Fax: (61)