Taxa básica de juros e a poupança



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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, SECRETARIADO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO Análise de Investimentos Prof. Isidro LEITURA COMPLEMENTAR # 2 Taxa básica de juros e a poupança A taxa básica de juros da economia brasileira é definida pela taxa SELIC. Esta taxa, fixada pelo Banco Central, é a taxa de referencia no mercado financeiro, exercendo influências diretas sobre o volume da dívida pública, oferta de crédito, nível de inflação, entre outros indicadores econômicos importantes. A SELIC é usada também para estabelecer o custo do dinheiro nas operações de mercado aberto com títulos públicos (open Market). A taxa média dessas operações em um dia é conhecida no mercado por Taxa Média SELIC (TMS). Assim, a taxa conhecida por SELIC é uma taxa over, válida para dia úteis, e definida para operações realizadas com títulos públicos de emissão do Governo Federal, e registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). A taxa SELIC é admitida como a de mais baixo risco no mercado financeiro nacional, sendo referência para as demais taxas de juros do mercado. O Banco Central do Brasil, através do COPOM Comitê de Política Monetária fixa a taxa SELIC regularmente. Todo dia, ainda, é divulgada a taxa média diária praticada nas operações com títulos públicos. A metodologia de cálculo da taxa média diária adotada pelo Banco Central é a seguinte: Dicionário das variáveis: SELIC é F V 1 x100 V F fator diário da taxa de juro de cada operação; V valor de cada operação; 252 = número de dias úteis anuais definido pelo Banco Central Por orientação do Banco Central, Circular Bacen nº 2.761, de 18.6.1997, a taxa SELIC é expressa em termos anuais (taxa ao ano over a.a.o.), fixando-se o ano em 252 dias úteis.

Dessa forma, a descapitalização da Selic para dia útil, ou sua capitalização para o ano over, é feita da forma seguinte: Dicionário das variáveis = taxa por dia útil.. = taxa ao ano over = número de dias úteis (du = 252) 1.. 1 Na última reunião do Copom o Banco Central divulgou a taxa anual SELIC em 7,25% para o mês de outubro. A taxa equivalente por dia útil é: 1 0,0725 0,0278% a.du (dia útil) 1 100 Por outro lado, sendo de 0,0287% a taxa efetiva por dia útil, a taxa ao ano over é calculada: 1 0,000287 1 100 7,50% a.a.o (ao ano over) Desmembramento da taxa básica de juros A taxa Selic de um determinado período pode ser decomposta em duas partes: taxa real de juros e taxa de inflação. A taxa real, por seu lado, pode também cobrir a taxa livre de risco (taxa pura) e o risco da conjuntura (risco da economia). Assim, a taxa Selic é composta da seguinte maneira: 1 1 1 100 Dicionário das variáveis: = taxa real de juros = taxa de inflação Como:

1 1 1 100 onde: = taxa livre de risco da economia = risco mínimo da economia Pode-se apresentar a taxa SELIC como capitalização de seus diversos componentes: 1 1 1 1 100 Por exemplo, sendo a taxa SELIC fixada em 15,5% a.a.o e a taxa de inflação prevista para o período de 4,8%, pode-se calcular a taxa de risco da economia embutida nos juros básicos do mercado. Supondo-se uma taxa livre de risco de 6% ao ano, tem-se:,,, 3,97% 1 100 Pelo desenvolvimento da ilustração, percebe-se que a taxa SELIC, apesar de ser entendida como uma taxa livre de risco da economia incorpora uma parcela mínima do risco conjuntural. Um investidor, ao aplicar seus recursos à taxa Selic, recebe cobertura desse risco. A taxa Selic e a Caderneta de Poupança A caderneta de poupança é considerada a modalidade de aplicação financeira mais popular do mercado. Seus principais atrativos encontram-se na liquidez imediata (o aplicador pode sacar seu saldo a qualquer momento), na garantia de pagamento dada pelo governo, e isenção de impostos. A remuneração da caderneta de poupança está atualmente fixada pela TR (taxa referencial) mais 0,5% ao mês de juros se a taxa Selic ficar acima de 8,5%. Abaixo ela corresponderá a 70% da mesma. Ela é creditada mensalmente para os depositantes pessoas físicas. As contas de pessoas jurídicas têm os rendimentos creditados a cada trimestre. O cálculo dos rendimentos tem por base sempre o menor saldo mantido pelo aplicador. Taxa referencial TR A taxa referencial é apurada a partir das taxas prefixadas de juros praticadas pelos bancos na colocação de títulos de sua emissão. A TR é utilizada como um indexador em diversos contratos de financiamentos (inclusive nos pagamentos de seguros), e também em aplicações financeiras, como a caderneta de poupança. A TR é calculada e divulgada pelo Banco Central, e obedece o seguinte procedimento metodológico de apuração:

Anatomia do Spread Bancário O que é o Spread bancário? Para entender o que é o spread bancário, primeiro é preciso ter claro que dinheiro é mercadoria. O preço do dinheiro são os juros cobrados nas transações financeiras. O negócio do banco é comprar e vender dinheiro. 1 Quando compra dinheiro, o banco faz captações de recursos no mercado financeiro. O curto de captação do banco são os juros pagos aos seus credores. Em uma analogia, os credores do banco são como os fornecedores de produtos para um supermercado. 2 Na hora de vender dinheiro para seus clientes via empréstimos, o banco cobra juros maiores do que aqueles que paga a seus credores. O preço de um produto para o cliente final é maior do que o pago ao fornecedor, como em um supermercado. 3 A diferença entre os juros pagos pelo banco para comprar e vender dinheiro é o chamado spread bancário. O spread do supermercado seria a diferença entre o preço de custo e o preço final. O valor do spread não representa somente o lucro do banco. Nele também estão inclusos, por exemplo, os custos com a administração da rede de atendimento, impostos, folha de pagamento, provisões, depósitos compulsórios e inadimplência. Cálculo do spread bancário O Banco Central calcula o spread médio de parte das operações de crédito. Mas somente os bancos têm dados para saber exatamente o spread embutido em cada tipo de operação de crédito e, inclusive, para cada tipo de cliente. O spread é a intimidade do negócio bancário, pois o preço cobrado do cliente é público, mas o custo não. Isso porque o banco capta dinheiro de diversas fontes no mercado, a preços distintos. Os bancos hoje tem um spread diferente para cada produto e para cada cliente. Ao pegar um empréstimo, cada cliente paga uma taxa diferente de outra pessoa para um mesmo produto, dependendo d seu comportamento de crédito. Por isso, em geral o spread de pessoa física é maior do que o da jurídica porque o risco é maior. O spread é medido por uma taxa de porcentagem ao ano. Por exemplo, se o banco cobra do cliente uma taxa de 45% ao ano e tem o custo de captação desse dinheiro de 10% ao ano, o spread dessa operação seria de 35% ao ano.

Banco Central X Febraban Existem diferenças metodológicas entre os cálculos de spread bancário feitos pelo banco central e pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O Banco central considera em seu cálculo somente as taxas de crédito livre, que são operações que os bancos podem decidir livremente a taxa de juros cobrada. Já a Febraban inclui em seu cálculo operações de crédito direcionado, como o crédito habitacional e leasing. Dessa maneira, pela amostragem da Febraban ser maior e incluir operações que em geral têm taxas menores, o spread da federação costuma ser menor que o apurado pelo Banco Central. Qual a influência da Selic? A Selic é a taxa básica de juros da economia, que tem meta definida nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Ela representa uma média da taxa de financiamento do mercado interbancário com base nos títulos públicos. Em média, ela corresponde à taxa de captação dos bancos, ou seja, o quanto as instituições financeiras pagam para comprar dinheiro. Assim, quando a taxa Selic cai ou aumenta, o custo de captação dos bancos é influenciado e, consequentemente, também o spread e o custo para o cliente. Composição do Spread Bancário Margem líquida 32,73% Inclui a margem de lucro dos bancos e também possíveis erros e omissões das estimativas e dados mensurados. Custo administrativo 12,56% Representa as despesas do banco em geral. Inclui, por exemplo, o pagamento de salários e benefícios, manutenção de agências, caixas eletrônicos e escritórios, investimentos em tecnologia, propaganda e publicidade, entre outros. Inadimplência 28,74% Estimativa de perdas em função do não pagamento dos empréstimos pelos clientes. A partir do cálculo do risco de crédito, o banco reserva uma parte de seu patrimônio para se proteger caso não receba parte do pagamento dos clientes. Essa reserva é chamada de provisões. Compulsório 4,08% Item formado pelo compulsório, subsídios concedidos ao crédito rural e habitacional, encargos fiscais e Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Representa os custos envolvidos no direcionamento obrigatório de recursos pelos bancos. O Banco central, por exemplo, exige que os bancos façam depósitos compulsórios de 43% de suas captações de depósitos à vista. Esse dinheiro fica guardado com o Banco Central. Impostos diretos 21,89% Soma das despesas dos bancos com o Imposto de Renda (IR) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Com a redução dos juros, o Banco Central diminui a atratividade das aplicações em títulos da dívida pública. Assim, começa a "sobrar" um pouco mais de dinheiro no mercado financeiro para viabilizar investimentos que tenham retorno maior que o pago pelo governo. É por isso que os empresários pedem corte nas taxas, para viabilizar investimentos. Nos mercados, reduções da taxa de juros viabilizam normalmente migração de recursos da renda fixa para a Bolsa de Valores. É também por esse motivo que as Bolsas sobem em Wall Street ao menor sinal do Federal Reserve (BC dos EUA) de que os juros possam cair. Quando o juro sobe, acontece o inverso. O investimento em dívida suga como um ralo o dinheiro que serviria para financiar o setor produtivo. Selic Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, criado em 1979 pelo Banco Central e pela Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com o objetivo de tornar mais transparente e segura a negociação de títulos públicos. O Selic é um sistema eletrônico que permite a atualização diária das posições das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas bancárias. Hoje, Selic identifica também a taxa de juros que reflete a média de remuneração dos títulos federais negociados com os bancos. A Selic é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influencia sobre os juros de toda a economia. REFERÊNCIAS Fontes diversas: sites, jornais especializados, artigos, livro-texto, noticiário econômico.