Texto consolidado do código FSS



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Transcrição:

Texto consolidado do código FSS Este texto é uma consolidação dos seguintes instrumentos: - Resolução MSC.98(73) Adoção do Código FSS, em vigor a partir de 1º de Julho de 2002; - Resolução MSC.217(82), Anexo 1 - adoção de emendas ao Código FSS, em vigor a partir de 1º de Julho de 2008; - Resolução MSC.206(81) - adoção de emendas ao Código FSS, em vigor a partir de 1º de Julho de 2010; e - Resolução MSC.217(82), Anexo 2 - adoção de emendas ao Código FSS, em vigor a partir de 1º de Julho de 2010

CÓDIGO INTERNACIONAL PARA SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO Sumário Preâmbulo Capítulo 1 Generalidades Capítulo 2 Conexões internacionais para terra Capítulo 3 Proteção do pessoal Capítulo 4 Extintores de incêndio Capítulo 5 Sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam gás Capítulo 6 Sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam espuma Capítulo 7 Sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam borrifo de água e neblina de água Capítulo 8 Sistemas automáticos de borrifo, de detecção e de alarme de incêndio Capítulo 9 Sistemas fixos de detecção e alarme de incêndio Capítulo 10 Sistemas de detecção de fumaça por retirada de amostras Capitulo 11 Sistemas de iluminação localizados a baixa altura Capítulo 12 Bombas de incêndio de emergência fixas Capítulo 13 Disposição dos meios de escape Capítulo 14 Sistemas fixos de espuma do convés Capitulo 15 Sistemas de gás inerte - 1 -

CÓDIGO INTERNACIONAL PARA SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO (Código de Sistemas de Segurança Contra Incêndio) PREÂMBULO 1 O propósito deste código é fornecer normas internacionais para especificações de engenharia específicas para sistemas de segurança contra incêndio exigidos pelo Capítulo II-2 da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, de 1974, como emendada. 2 Em 1 de Julho de 2002, ou depois, este código será obrigatório para os sistemas de segurança contra incêndio exigidos pela Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, de 1974, como emendada. Qualquer futura emenda ao código deve ser adotada e posta em vigor de acordo com o procedimento estabelecido no Artigo VIII da Convenção. - 2 -

CAPÍTULO 1 GENERALIDADES 1 Aplicação 1.1 Este código é aplicável aos sistemas de segurança contra incêndio, como mencionados no Capítulo II-2 da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, de 1974, como emendada. 1.2 A menos que seja expressamente disposto em contrário, este Código é aplicável aos sistemas de segurança contra incêndio de navios cujas quilhas sejam batidas, ou que estejam num estágio de construção semelhante, em 1 do Julho de 2002, ou depois. 2 Definições 2.1 Administração significa o Governo do Estado cuja bandeira o navio está autorizado a arvorar. 2.2 Convenção significa a Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, de 1974, como emendada. 2.3 Código de Sistemas de Segurança Contra Incêndio significa o Código Internacional para Sistemas de Segurança Contra Incêndio, como definido no Capítulo II-2 da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, de 1974, como emendada. 2.4 Para os efeitos deste Código, também se aplicam as definições fornecidas no Capítulo II- 2 da Convenção. 3 Utilização de tecnologias equivalentes e modernas Para permitir tecnologias modernas e a evolução dos sistemas de segurança contra incêndio, as Administrações podem aprovar sistemas de segurança contra incêndio que não estejam especificados neste Código se forem atendidas as exigências da Parte F do Capítulo II-2 da Convenção. 4 Utilização de meios de extinção tóxicos Não deverá ser permitida a utilização de um meio de extinção de incêndio que, na opinião da Administração, por si só, ou quando submetido às condições de utilização esperadas, libere gases, líquidos e outras substâncias tóxicas em quantidades tais que ponham em perigo as pessoas. - 3 -

CAPÍTULO 2 CONEXÕES INTERNACIONAIS PARA TERRA 1 Aplicação Este capítulo detalha as especificações para as conexões internacionais para terra, como exigidas pelo Capítulo II-2 da Convenção. 2 Especificações de Engenharia 2.1 Dimensões padrão As dimensões padrão dos flanges da conexão internacional para terra deverão estar de acordo com a tabela abaixo. Tabela 2.1 Dimensões padrão para as conexões internacionais para terra Descrição Dimensões Diâmetro externo 178 mm Diâmetro interno 64 mm Diâmetro do círculo dos parafusos 132 mm Aberturas no flange 4 furos de 19mm de diâmetro espaçados de maneira eqüidistante num círculo de parafusos com o diâmetro acima, abertos até a periferia do flange Espessura do flange 14,5 mm, no mínimo Parafusos e porcas 4, cada um com 16 mm de diâmetro e 50 mm de comprimento 2.2 Materiais e acessórios As conexões internacionais para terra deverão ser de aço ou de outro material equivalente, e deverão ser projetadas para trabalhar com uma pressão de 1,0 N/mm 2. O flange deverá ter uma face plana de um lado e, do outro lado, deverá estar fixado de maneira permanente a uma união que se adapte à tomada e à mangueira de incêndio do navio. A conexão deverá ser mantida sempre a bordo do navio, juntamente com uma junta de qualquer material adequado para trabalhar com uma pressão de 1,0 N/mm 2, com quatro parafusos de 16 mm de diâmetro e de 50 mm de comprimento, quatro porcas de 16 mm e oito arruelas. - 4 -

CAPÍTULO 3 PROTEÇÃO DO PESSOAL 1 Aplicação Este capítulo detalha as especificações para a proteção do pessoal, como exigido pelo Capítulo II-2 da Convenção. 2 Especificações de Engenharia 2.1 Roupa do homem que combate incêndio A roupa de um homem que combate a incêndio deverá consistir num conjunto de equipamentos de uso pessoal e de um aparelho de respiração. 2.1.1 Equipamentos de Uso Pessoal Os equipamentos de uso pessoal deverão consistir no seguinte:.1 roupa de proteção, de um material que proteja a pele contra o calor irradiado pelo fogo e contra queimaduras causadas pelo fogo e pelo vapor. A superfície externa deverá ser resistente à água;.2 botas de borracha, ou de outro material que não seja condutor de eletricidade;.3 capacete rígido que proporcione uma proteção efetiva contra impactos;.4 lâmpada elétrica de segurança (lanterna de mão) de um tipo aprovado, com um período mínimo de funcionamento de 3 horas. As lâmpadas elétricas de segurança utilizadas em petroleiros e aquelas destinadas a serem utilizadas em locais perigosos deverão ser de um tipo à prova de explosão; e.5 um machado com um cabo dotado de um isolamento contra alta tensão. 2.1.2 Aparelho de Respiração O aparelho de respiração deverá ser um aparelho de respiração autônomo que utilize ar comprimido, para o qual o volume de ar contido nas ampolas deve ser de pelo menos 1.200 l, ou outro aparelho de respiração autônomo que deverá ser capaz de funcionar por pelo menos 30 minutos. Todas as ampolas de ar para os aparelhos de respiração deverão ser intercambiáveis. 2.1.3 Cabo de segurança Para cada aparelho de respiração deverá haver um cabo de segurança à prova de fogo, com pelo menos 30 m de comprimento. O cabo de segurança deverá ser aprovado num teste, sendo submetido a uma carga estática de 3,5 kn por 5 minutos sem partir. O cabo de segurança deverá poder ser fixado através de um gato ao suporte do aparelho de respiração, ou a um cinto separado, para impedir que o aparelho de respiração se solte quando o cabo de segurança for puxado. 2.2 Dispositivos de respiração para escape em emergência (EEBD) 2.2.1 Generalidades - 5 -

2.2.1.1 Um EEBD é um dispositivo que recebe ar ou oxigênio, e que só é utilizado para escapar de um compartimento que tenha uma atmosfera perigosa, e deverá ser de um tipo aprovado. 2.2.1.2 Os EEBD não deverão ser utilizados para combater incêndios, para entrar em espaços vazios ou em tanques onde haja deficiência de oxigênio, nem ser usado pelo pessoal que combate incêndios. Nestes casos deverá ser utilizado um aparelho de respiração autônomo que seja especificamente adequado para aqueles empregos. 2.2.2 Definições 2.2.2.1 Máscara de rosto significa uma proteção para o rosto, que seja projetada para fazer uma vedação completa em volta dos olhos, do nariz e da boca, e que seja fixada em posição através de um meio adequado. 2.2.2.2 Capuz significa uma cobertura para a cabeça que cubra completamente a cabeça, o pescoço, e que pode cobrir uma parte dos ombros. 2.2.2.3 Atmosfera perigosa significa qualquer atmosfera que seja instantaneamente perigosa para a vida ou para a saúde. 2.2.3 Características 2.2.3.1 Os EEBD deverão ter uma capacidade de funcionar pelo menos durante 10 minutos. 2.2.3.2 Os EEBD deverão conter um capuz, ou uma peça que cubra todo o rosto, como for adequado, para proteger os olhos, o nariz e a boca durante o escape. Os capuzes e as peças de rosto deverão ser confeccionados com materiais resistentes a chamas e ter um visor que dê uma boa visibilidade. 2.2.3.3 Um EEBD que não estiver em uso deverá poder ser levado sem que seja preciso levá-lo na mão. 2.2.3.4 Um EEBD, quando estiver acondicionado, deverá estar adequadamente protegido contra o meio ambiente. 2.2.3.5 Deverá haver instruções sucintas, ou diagramas, mostrando a sua utilização, claramente estampadas nos EEBD. Os procedimentos para vesti-los devem ser rápidos e fáceis, para levar em consideração situações em que haja pouco tempo para procurar segurança estando numa atmosfera perigosa. 2.2.4 Marcações As exigências relativas à manutenção, a marca registrada e o número de série do fabricante, a vida útil, juntamente com a data de fabricação e o nome da autoridade que o aprovou devem estar estampados em todos os EEBD. Todos os EEBD utilizados para adestramento deverão estar claramente marcados. - 6 -

CAPÍTULO 4 EXTINTORES DE INCÊNDIO 1 Aplicação Este capítulo detalha as especificações para sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam gás, como exigidos pelo Capítulo II-2 da Convenção. 2 Aprovação do tipo Todos os extintores de incêndio deverão ser de tipos e projetos aprovados, com base nas diretrizes elaboradas pela Organização. 1 3 Especificações de engenharia 3.1 Extintor de Incêndio 3.1.1 Quantidade do Meio 3.1.1.1 Cada extintor de pó ou dióxido de carbono deverá ter uma capacidade de pelo menos 5 kg, e cada extintor de espuma deverá ter uma capacidade de pelo menos 9 l. A massa de todos os extintores de incêndio portáteis não deverá ser superior a 23 kg e eles deverão ter uma capacidade de extinção de incêndio pelo menos equivalente à de um extintor de fluido com 9 l. 3.1.1.2 A Administração deverá determinar os equivalentes dos extintores de incêndio. 3.1.2 Recarregamento Para recarregar, só deverão ser utilizadas recargas aprovadas para aquele extintor em questão. 3.2 Aplicadores de espuma portáteis 3.2 Um aplicador portátil de espuma deverá consistir num esguicho/ramificação da rede de espuma, seja de um tipo que gera ele mesmo a espuma, ou juntamente com um gerador separado, que possa ser conectado à rede de incêndio através de uma mangueira de incêndio, juntamente com um tanque portátil contendo pelo menos 20 l de concentrado de espuma e pelo menos um tanque sobressalente de concentrado de espuma com a mesma capacidade. 3.2.2 Desempenho do sistema 3.2.2.1 O esguicho/ramificação da rede e o gerador deverão ser capazes de produzir uma espuma eficaz adequada para extinguir um incêndio em óleo, com uma vazão de descarga de espuma de pelo menos 200 l/min na pressão nominal da rede de incêndio. 3.2.2.2 O concentrado de espuma deverá ser aprovado pela Administração com base nas diretrizes elaboradas pela Organização. 2 1 Consultar as diretrizes para extintores de incêndio marítimos portáteis adotadas pela Organização através da Resolução A.602(15). 2 Consultar as Diretrizes para os critérios de desempenho e de teste e para vistorias dos concentrados de espuma de baixa expansão para sistemas fixos de extinção de incêndio (MSC/Circ.582/Corr.1). - 7 -

3.2.2.3 Os valores da expansão da espuma e do tempo para o escoamento da espuma produzida pelo aplicador portátil de espuma não deverão divergir mais do que 10% dos valores determinados em 3.2.2.2. 3.2.2.4 O aplicador portátil de espuma deverá ser projetado para resistir aos entupimentos, alterações da temperatura ambiente, vibrações, umidade, impactos e corrosão normalmente encontrados nos navios. - 8 -

CAPÍTULO 5 SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO QUE UTILIZAM GÁS 1 Aplicação Este capítulo detalha as especificações para sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam gás, como exigidos pelo Capítulo II-2 da SOLAS. 2 Especificações de Engenharia 2.1 Generalidades 2.1.1 Meio de Extinção de Incêndio 2.1.1.1 Quando for necessária uma quantidade de meio de extinção de incêndios para proteger mais de um compartimento, a quantidade disponível do meio não precisa ser maior do que a maior quantidade necessária para qualquer compartimento que estiver sendo protegido deste modo. O sistema deverá ser dotado de válvulas de controle normalmente fechadas dispostas para direcionar o agente para o compartimento adequado. 2.1.1.2 Ao calcular a quantidade necessária do meio de extinção de incêndio, o volume das ampolas de ar de partida, transformado em volume de ar livre, deverá ser somado ao volume total do compartimento de máquinas. Alternativamente, poderá ser instalada uma canalização de descarga das válvulas de segurança que descarregue diretamente para a atmosfera. 2.1.1.3 Deverá haver meios para que a tripulação verifique com segurança a quantidade de meios de extinção de incêndio existente nos reservatórios. 2.1.1.4 Os reservatórios para o armazenamento dos meios de extinção de incêndio, as canalizações e os componentes de pressão relacionados com eles deverão ser projetados para as pressões constantes dos códigos de práticas, devendo ser aprovados pela Administração levando em consideração a sua localização e as temperaturas ambiente máximas esperadas durante a sua utilização. 3 2.1.2 Exigências relativas à instalação 2.1.2.1 As canalizações para a distribuição do meio de extinção de incêndio deverão estar dispostas de tal modo, e os esguichos de descarga posicionados de tal modo, que seja obtida uma distribuição uniforme do meio. Os cálculos relativos ao fluxo do sistema deverão ser realizados utilizando uma regra de cálculo que seja aceitável para a Administração. 2.1.2.2 Exceto como permitido de maneira diferente pela Administração, os reservatórios de pressão exigidos para o armazenamento do meio de extinção de incêndio, que não o vapor, deverão 3 Publicação ISO - 9809/1: Ampolas de gás, de aço sem costura, recarregáveis (projeto, construção e testes); ISO 3500: Ampolas de CO 2 de aço sem costura. Para instalações fixas de combate a incêndio em navios, especificando as principais dimensões externas, acessórios, razão de enchimento e marcação para ampolas de CO 2 de aço sem costura usadas em instalações fixas de combate a incêndio em navios, para facilitar a sua capacidade de intercâmbio; ISO 5923: Proteção contra incêndio Meio de extinção de incêndio Dióxido de carbono; ISO 13769: Ampolas de gás Marcas estampadas; ISO 6406: Inspeções e testes periódicos em ampolas de ás, de aço sem costura; ISO 9329, parte 1: Tubos de aço sem costura para emprego com pressão Condições técnicas para a entrega Parte 1: Aços sem liga com propriedades especificadas para a temperatura ambiente; ISO - 9329, parte 2: Tubos de aço sem costura para emprego com pressão Condições técnicas para a entrega Parte 2: Aços sem liga e com liga, com propriedades especificadas para temperaturas elevadas; ISO 9330: parte 1 Tubos de aço soldados para emprego com pressão Condições técnicas para a entrega Parte 1: Tubos de aço sem liga com propriedades especificadas para a temperatura ambiente; ISO 9330: parte 1 Tubos de aço soldados para emprego com pressão Condições técnicas para a entrega Parte 2: Tubos de aço sem liga e com liga, soldados por resistência e indução elétrica, com propriedades especificadas para temperaturas elevadas. - 9 -

estar localizados fora dos compartimentos protegidos, de acordo com a Regra II-2/10.4.3 da Convenção. 2.1.2.3 Os sobressalentes para o sistema deverão estar armazenados a bordo, e deverão ser aprovados pela Administração. 2.1.2.4 Nas seções de canalizações em que a disposição das válvulas der origem a seções de canalizações fechadas, essas seções deverão ser dotadas de uma válvula de escape, e a válvula de descarga deverá descarregar para o convés aberto. 2.1.2.5. Todas as canalizações de descarga, acessórios e esguichos existentes nos compartimentos protegidos deverão ser confeccionados com um material que tenha um ponto de fusão superior a 925 C. As canalizações e os equipamentos associados a eles devem estar adequadamente sustentados. 2.1.2.6 Na canalização de descarga deverá ser instalado um acessório que permita o teste de ar exigido pelo parágrafo 2.2.3.1. 2.1.3 Exigências relativas ao sistema de controle 2.1.3.1 As canalizações necessárias para levar o meio de extinção de incêndio para os compartimentos protegidos deverão ser dotadas de válvulas de controle marcadas de tal modo que indiquem claramente os compartimentos para onde vão. Deverão ser tomadas medidas adequadas para impedir a liberação inadvertida do meio no compartimento. Quando um compartimento de carga dotado de um sistema de extinção de incêndio que utilize gás for utilizado como um compartimento para passageiros, a conexão do gás deverá ser isolada durante esta utilização. As canalizações podem passar através de compartimentos habitáveis, desde que tenham uma espessura razoável e que após a sua instalação a sua estanqueidade seja verificada através de um teste de pressão, com uma pressão não inferior a 5 N/mm 2. Além disto, as canalizações que passam através de compartimentos habitáveis deverão ser unidas somente por meio de solda e não deverão ser dotadas de drenagens ou de outras aberturas naqueles compartimentos As canalizações não deverão passar através de compartimentos refrigerados. 2.1.3.2 Deverá haver meios para que seja dado automaticamente um alarme sonoro e visual indicando a liberação do meio de extinção de incêndio em qualquer compartimento ro-ro, ou em outros compartimentos em que normalmente trabalhem pessoas, ou aos quais tenham acesso. Os alarmes sonoros deverão estar localizados de tal modo que possam ser ouvidos em todo o compartimento protegido com todas as máquinas funcionando, e os alarmes deverão ser diferenciados de outros alarmes sonoros através de uma regulagem da pressão sonora e do tipo de som. O alarme anterior à descarga deverá ser acionado automaticamente (por exemplo, pela abertura da porta da caixa do dispositivo de liberação). O alarme deverá funcionar durante o período de tempo necessário para que o compartimento seja evacuado, mas em nenhuma hipótese por menos de 20 segundos antes que o meio seja liberado. Os compartimentos de carga convencionais e os compartimentos pequenos (como compartimentos de compressores, paióis de tinta, etc.), apenas com uma liberação local, não precisam ser dotados deste alarme. 2.1.3.3 Os meios de controle de qualquer sistema fixo de extinção de incêndio que utilize gás deverão ser facilmente acessíveis, simples de operar e deverão estar agrupados no menor número de locais possível, em localizações em que não seja provável que fiquem isoladas por um incêndio num compartimento protegido. Em cada local deverá haver instruções claras relativas ao deverá ser instalada funcionamento do sistema, tendo em vista a segurança das pessoas. 2.1.3.4 Não deverá ser permitida a liberação automática do meio de extinção de incêndio, exceto quando permitido pela Administração. - 10 -

2.2 Sistemas de dióxido de carbono 2.2.1 Quantidade do meio de extinção de incêndio 2.2.1.1 Para os compartimentos de carga, a quantidade do meio de extinção de incêndio disponível, a menos que disposto em contrário, deverá ser suficiente para que o volume mínimo de gás liberado seja igual a 30% do volume total do maior compartimento de carga a ser protegido no navio. 2.2.1.2 Para os compartimentos de máquinas, a quantidade de dióxido de carbono levada a bordo deverá ser suficiente para produzir um volume mínimo de gás liberado igual ao maior dos seguintes volumes:.1 40% do volume total do maior compartimento de máquinas assim protegido, devendo este volume excluir aquela parte do invólucro acima do nível em que a sua área horizontal é 40% ou menos da área horizontal do compartimento considerado, tomada à meia distância entre a parte superior do tanque e a parte mais baixa do invólucro; ou.2 35% do volume total do maior compartimento de máquinas protegido, incluindo o invólucro. 2.2.1.3 As percentagens especificadas no parágrafo 2.2.1.2 acima podem ser reduzidas para 35% e 30%, respectivamente, para navios de carga com uma arqueação bruta inferior a 2.000 toneladas em que dois ou mais compartimentos de máquinas, que não sejam totalmente separados, sejam considerados como constituindo um único compartimento. 2.2.1.4 Para os efeitos deste parágrafo, o volume de dióxido de carbono liberado deve ser calculado como sendo de 0,56 m 3 /kg. 2.2.1.5 Para os compartimentos de máquinas, o sistema fixo de canalizações deverá ser tal que 85% do gás possa ser descarregado no compartimento em até 2 minutos. 2.2.2 Controles Os sistemas de dióxido de carbono deverão atender à seguintes exigências:.1 num compartimento protegido deverá haver dois controles separados para liberar o dióxido de carbono para e para assegurar o acionamento do alarme. Um dos controles deverá ser utilizado para abrir a válvula da canalização que leva o gás até o compartimento protegido, e um segundo controle deverá ser utilizado para descarregar o gás dos seus reservatórios. Deverá haver um meio eficaz de assegurar que eles só possam ser acionados nesta ordem; e.2 os dois controles deverão estar localizados dentro de uma caixa de liberação claramente identificada para aquele compartimento específico. Se a caixa que contém os controles tiver que ficar trancada, a chave da caixa deverá ficar num recipiente com uma tampa de vidro quebrável, localizada num local visível ao lado na caixa. 2.2.3 Teste da instalação Quando o sistema tiver sido instalado, submetido a um teste de pressão e inspecionado, os seguintes testes deverão ser realizados:.1 um teste do fluxo de ar liberado em todas as canalizações e esguichos; e.2 um teste de funcionamento dos equipamentos de alarme. 2.2.4 Sistema de CO 2 de baixa pressão Quando for instalado um sistema de CO 2 de baixa pressão para atender a esta regra, o seguinte se aplica. - 11 -

2.2.4.1 Os dispositivos do sistema de controle a as instalações de refrigeração deverão estar localizados no mesmo compartimento em que estiverem armazenados os reservatórios de pressão. 2.2.4.2 A quantidade nominal de dióxido de carbono líquido deverá ser armazenada em reservatório(s) submetidos a uma pressão de trabalho na faixa de 1,8 N/mm2 a 2,2 N/mm 2. A carga normal de líquido no reservatório deverá ser limitada para proporcionar um espaço de vapor suficiente para levar em consideração a expansão do líquido nas temperaturas máximas de armazenamento que podem ser obtidas, correspondentes à regulagem das válvulas de escape, mas não deverá ser superior a 95% da capacidade volumétrica do reservatório. 2.2.4.3 Deverá haver:.1 manômetro;.2 alarme de alta pressão, com uma regulagem não superior à da válvula de escape;.3 alarme de baixa pressão: não inferior a 1,8 N/mm 2 ;.4 derivações das canalizações com válvulas de interceptação para enchimento do reservatório;.5 canalizações de descarga;.6 indicador de nível de CO 2, instalado no(s) reservatório(s); e.7 duas válvulas de segurança. 2.2.4.4 As duas válvulas de segurança deverão estar dispostas de tal modo que cada uma possa ser fechada enquanto a outra estiver ligada ao reservatório. A regulagem das válvulas de segurança não deverá ser inferior a 1,1 vez a pressão de trabalho. A capacidade de cada válvula deverá ser tal que os vapores produzidos numa situação de incêndio possam ser descarregados sem que a pressão suba a mais de 20% acima da pressão de regulagem. A descarga das válvulas de segurança deverá ser para a atmosfera. 2.2.4.5 O(s) reservatório(s) e as canalizações que dele(s) saem, e que ficam permanentemente cheias de dióxido de carbono, deverão ter um isolamento térmico que impeça o funcionamento da válvula de segurança até 24 h após a instalação ter sido desenergizada, com uma temperatura ambiente de 45 C e com uma pressão inicial igual à pressão de partida da unidade de refrigeração. 2.2.4.6 O(s) reservatório(s) será(ão) servido(s) por duas unidades de refrigeração automáticas, totalmente independentes, destinadas apenas a esta finalidade, cada uma delas constituída de um compressor e do seu acionador principal, de um vaporizador e de um condensador. 2.2.4.7 A capacidade de refrigeração e o controle automático de cada unidade deverão ser tais que seja mantida a temperatura necessária em condições de funcionamento contínuo durante 24 horas, com a temperatura da água do mar até 32 C e a temperatura ambiente do ar até 45 C. 2.2.4.8 Cada unidade de refrigeração elétrica deverá ser alimentada através das barras de interligação do quadro elétrico principal por um cabo de alimentação separado. 2.2.4.9 O suprimento de água de resfriamento para a unidade de refrigeração (quando necessário) será fornecido por pelo menos duas bombas de circulação, uma das quais sendo utilizada como reserva. A bomba reserva pode ser uma bomba utilizada para outros serviços, desde que a sua utilização para a o resfriamento não interfira com qualquer outro serviço essencial do navio. A água de resfriamento deverá ser admitida através de pelo menos duas tomadas para o mar, de preferência uma a bombordo e outra a boreste. 2.2.4.10 Deverá haver dispositivos de segurança para alívio da pressão em cada seção da canalização que puder ser isolada por válvulas de interceptação e nas quais a pressão possa se elevar além da pressão de projeto de qualquer dos componentes. 2.2.4.11 Deverão ser dados alarmes sonoros e visuais por uma estação de controle, ou quando, de acordo com a Regra II-1/51, não houver uma estação de controle, quando: - 12 -

.1 a pressão no(s) reservatório(s) atingir os valores alto e baixo, de acordo com o parágrafo 2.2.4.2;.2 qualquer das unidades de refrigeração deixar de funcionar; ou.3 for atingido o nível mais baixo permitido do líquido nos reservatórios. 2.2.4.12 Se o sistema servir a mais de um compartimento, deverá haver meios para controlar a quantidade de CO 2 descarregada, como, por exemplo, um mecanismo de tempo automático ou indicadores de níveis de precisão localizados no(s) ponto(s)s de controle. 2.2.4.13 Se houver um dispositivo que controle automaticamente a descarga da quantidade nominal de dióxido de carbono nos compartimentos protegidos, também deverá ser possível regular a descarga manualmente. 2.3 Exigências para os sistemas de vapor A caldeira ou as caldeiras existentes para fornecer vapor deverão ter uma vaporização de pelo menos 1 kg de vapor por hora para cada 0,75 m 3 do volume total do maior compartimento a ser protegido desta maneira. Alem de atender às exigências acima, os sistemas deverão ser, em todos aspectos, como determinado pela Administração e aprovados por ela. 2.4 Sistemas que utilizam produtos gasosos da queima de combustível 2.4.1 Generalidades Quando for produzido no navio um outro gás que não o dióxido de carbono ou vapor, como permitido pelo parágrafo 2.3, e esse gás for utilizado como um meio de extinção de incêndio, o sistema deverá atender às exigências do parágrafo 2.4.2. 2.4.2 Exigências relativas aos sistemas 2.4.2.1 Produtos gasosos O gás deverá ser um produto gasoso da queima do combustível no qual o teor de oxigênio, o teor de monóxido de carbono, os elementos corrosivos e quaisquer elementos combustíveis sólidos existentes num produto gasoso deverão ter sido reduzidos a um mínimo permitido. 2.4.2.2 Capacidade dos sistemas de extinção de incêndio 2.4.2.2.1 Quando tal gás for utilizado como um meio de extinção de incêndio num sistema fixo de extinção de incêndio para a proteção de compartimentos de máquinas, ele deverá proporcionar uma proteção equivalente à proporcionada por um sistema fixo que utilize como meio o dióxido de carbono. 2.4.2.2.2 Quando tal gás for utilizado como um meio de extinção de incêndio num sistema fixo de extinção de incêndio para a proteção de compartimentos de carga, deverá haver uma quantidade suficiente desse gás disponível para fornecer por hora um volume de gás liberado igual a pelo menos 25% do volume total do maior compartimento protegido desta maneira, por um período de 72 horas. - 13 -

2.5 Sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam gás equivalentes para compartimentos de máquinas e compartimentos de bombas de carga Os sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam gás, equivalentes aos especificados nos parágrafos 2.2 a 2.4 deverão ser aprovados pela Administração, com base nas diretrizes elaboradas pela Organização. 4 4 Consultar as Diretrizes revisadas para a aprovação de sistemas fixos de extinção de incêndio equivalentes que utilizam gás, como mencionado na SOLAS 74, para compartimentos de máquinas e compartimentos de bombas de carga (MSC/Circ.848) e as Diretrizes para a aprovação de sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam aerossol equivalentes aos sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam gás, como mencionado na SOLAS 74, para compartimentos de máquinas (MSC/Circ.1007). - 14 -

CAPÍTULO 6 SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO QUE UTILIZAM ESPUMA 1 Aplicação Este capítulo detalha as especificações para sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam espuma, como exigidos pelo Capítulo II-2 da Convenção SOLAS. 2 Especificações de engenharia 2.1 Generalidades Os sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam espuma deverão ser capazes de produzir uma espuma adequada para apagar incêndios de óleo. 2.2 Sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam espuma de alta expansão 2.2.1 Quantidade e desempenho dos concentrados de espuma 2.2.1.1 Os concentrados de espuma dos sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam espuma de alta expansão deverão ser aprovados pela Administração, com base nas diretrizes elaboradas pela Organização. 5 2.2.1.2 Qualquer sistema fixo que utilize espuma de alta expansão que seja exigido nos compartimentos de máquinas deverá ser capaz de descarregar rapidamente, através de saídas fixas, uma quantidade de espuma suficiente para encher o maior compartimento a ser protegido, com uma vazão de pelo menos 1 m de profundidade por minuto. A quantidade de líquido gerador de espuma disponível deverá ser suficiente para produzir um volume de espuma igual a cinco vezes o volume do maior compartimento a ser protegido. A razão de expansão da espuma não deverá ser superior a 1.000 para 1. 2.1.2.3 A Administração poderá permitir dispositivos e vazões de descarga alternativos, desde que esteja convencida de que seja obtida uma proteção equivalente. 2.2.2 Requisitos da instalação 2.2.2.1 Os dutos de suprimento para fornecimento da espuma, as admissões de ar para o gerador de espuma e o número de unidades produtoras de espuma deverão ser tais que, na opinião da Administração, proporcionem uma produção e uma distribuição efetivas da espuma. 2.2.2.2 A disposição dos dutos de descarga do gerador de espuma deverá ser tal que um incêndio no compartimento protegido não afete os equipamentos de geração de espuma. Se os geradores de espuma estiverem localizados ao lado do compartimento protegido, os dutos de descarga de espuma deverão ser instalados de modo a permitir que haja uma separação de pelo menos 450 mm entre os geradores e o compartimento protegido. Os dutos de descarga de espuma deverão ser feitos de aço, tendo uma espessura não inferior a 5 mm. Além disto, deverão ser instalados registros de aço inoxidável (com uma ou com várias lâminas), com uma espessura não inferior a 3 mm, nas aberturas existentes nas anteparas divisórias ou nos conveses entre os geradores de espuma e o compartimento protegido. Os registros deverão ser acionados automaticamente (elétrica, hidráulica ou pneumaticamente) por meio do controle remoto do gerador de espuma relacionado com eles. 5 Consultar as Diretrizes para os critérios de desempenho e de testes e para vistorias de concentrados de espuma de ta expansão para sistemas de extinção de incêndio (MSC/Circ.670). - 15 -

2.2.2.3 O gerador de espuma, suas fontes de suprimento de energia, o líquido gerador de espuma e os meios para controlar o sistema deverão estar facilmente acessíveis e ser simples para operar, e deverão estar reunidos no menor número possível de locais, em pontos em que não seja provável que venham a ficar isolados por um incêndio no compartimento protegido. 2.3 Sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam espuma de baixa expansão 2.3.1 Quantidades e desempenho do concentrado de espuma 2.3.1.1 Os concentrados de espuma dos sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam espuma de baixa expansão deverão ser aprovados pela Administração, com base nas diretrizes elaboradas pela Organização. 6 2.3.1.2 O sistema deverá ser capaz de descarregar através de saídas de descarga fixas, no máximo em 5 minutos, uma quantidade de espuma suficiente para produzir um cobertor de espuma eficaz sobre a maior área sobre a qual haja a probabilidade do óleo combustível se espalhar. 2.3.2 Requisitos da instalação 2.3.2.1 Deverá haver meios para uma distribuição efetiva da espuma através de um sistema permanente de canalizações e de válvulas ou torneiras de controle nos locais de descarga adequados, e para que a espuma seja direcionada efetivamente, através de esguichos fixos, sobre outros principais perigos de incêndio existentes no compartimento protegido. Deverá ser provado para a Administração, através de cálculos ou de teste, que os meios para uma distribuição efetiva da espuma são aceitáveis. 2.3.2.2 Os meios de controle de qualquer desses sistemas deverão estar facilmente acessíveis e ser simples para operar, e deverão estar reunidos no menor número possível de locais, em pontos em que não seja provável que venham a ficar isolados por um incêndio no compartimento protegido. 6 Consultar as Diretrizes para os critérios de desempenho e de testes e para vistorias de concentrados de espuma de baixa expansão para sistemas de extinção de incêndio (MSC/Circ.582 e Corr.1). - 16 -

CAPÍTULO 7 SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO QUE UTILIZAM BORRIFO DE ÁGUA E NEBLINA DE ÁGUA SOB PRESSÃO 1 Aplicação Este capítulo detalha as especificações para os sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam borrifo de água e neblina de água sob pressão, como exigidos pelo Capítulo II-2 da Convenção SOLAS. 2.1 Sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam borrifo de água sob pressão Os sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam borrifo de água sob pressão para compartimentos de máquinas e compartimentos de bombas de carga deverão ser aprovados pela Administração com base nas diretrizes elaboradas pela Organização. 7 2.2 Sistemas de extinção de incêndio equivalentes que utilizam neblina de água Os sistemas de extinção de incêndio que utilizam neblina de água, para compartimentos de máquinas e para compartimentos de bombas de carga, deverão ser aprovados pela Administração 2.3 Sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam borrifo de água, para varandas de camarotes Os sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam borrifo de água, para varandas de camarotes, deverão ser aprovados pela Administração com base nas diretrizes elaboradas pela Organização. 8 7 Consultar as Diretrizes Revisadas para a aprovação de sistemas de extinção de incêndio equivalentes à base de água, para compartimentos de máquinas e compartimentos de bombas de carga (MSC/Circ.1165) 8 Consultar as diretrizes a serem elaboradas pela Organização. - 17 -

CAPÍTULO 8 SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE BORRIFO, DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO E DE ALARME DE INCÊNDIO 1 Aplicação Este capítulo detalha as especificações para os sistemas automáticos de borrifo, de detecção de incêndio e de alarme de incêndio, como exigidos pelo Capítulo II-2 da Convenção SOLAS. 2 Especificações de engenharia 2.1 Generalidades 2.1.1 Tipos de sistemas de borrifo Os sistemas automáticos de borrifo deverão ser do tipo de canalização molhada, mas pequenas seções expostas podem ser do tipo de canalização seca quando, na opinião da Administração, esta for uma precaução necessária. As saunas deverão ser dotadas de um sistema de canalização seca, com borrifadores que tenham uma temperatura de funcionamento de até 140 C. 2.1.2 Sistemas de borrifos equivalentes aos especificados nos parágrafos 2.2 a 2.4 Os sistemas automáticos de borrifo equivalentes aos especificados nos parágrafos 2.2 a 2.4 deverão ser aprovados pela Administração com base nas diretrizes elaboradas pela Organização. 9 2.2 Fontes de suprimento de energia 2.2.1 Navios de passageiros Não deverá haver menos de duas fontes de suprimento de energia para a bomba de água salgada e para o sistema automático de detecção e de alarme. Quando as fontes de suprimento de energia para a bomba forem elétricas, elas deverão ser um gerador principal e uma fonte de energia de emergência. Uma das alimentações da bomba deverá ser retirada do quadro elétrico principal e a outra do quadro elétrico de emergência, através de cabos de alimentação separados, reservados somente para aquela finalidade. Os cabos de alimentação deverão estar dispostos de modo a evitar passar por cozinhas, compartimentos de máquinas e outros compartimentos fechados em que haja um alto risco de incêndio, exceto na medida em que isto seja necessário para chegar aos quadros elétricos apropriados, e deverão ser ligados a uma chave de transferência automática localizada perto da bomba do sistema de borrifo. Esta chave deverá permitir o suprimento de energia do quadro elétrico principal enquanto houver um suprimento disponível proveniente daquele quadro, e deverá ser projetada de modo que em caso de falha naquele suprimento, ela faça a transferência automática para o suprimento do quadro elétrico de emergência. As chaves no quadro elétrico principal e no quadro elétrico de emergência deverão estar claramente marcadas e ser mantidas normalmente fechadas. Não deverá ser permitida qualquer outra chave nos cabos de alimentação em questão. Uma das fontes de suprimento de energia para o sistema de alarme e de detecção deverá ser uma fonte de emergência. Quando uma das fontes de suprimento de energia para a bomba for um motor de combustão interna, ele deverá, além de atender ao disposto no parágrafo 2.4.3, estar localizado de tal modo que um incêndio em qualquer compartimento protegido não afete o suprimento de ar para as máquinas. 9 Consultar as Diretrizes revisadas para a aprovação de sistemas de borrifo equivalentes aos mencionados na Regra II-2/12 da SOLAS, como adotadas pela Organização através da Resolução A.800(19). - 18 -

2.2.2 Navios de carga Não deverá haver menos de duas fontes de suprimento de energia para a bomba de água salgada e para o sistema automático de detecção e de alarme. Se a bomba for acionada eletricamente, ela deverá estar ligada à fonte principal de energia elétrica, que deverá ser capaz de ser alimentada pelo menos por dois geradores. Os cabos de alimentação deverão estar dispostos de modo a evitar passar por cozinhas, compartimentos de máquinas e outros compartimentos fechados em que haja um alto risco de incêndio, exceto na medida em que isto seja necessário para chegar aos quadros elétricos apropriados. Uma das fontes de suprimento de energia para o sistema de alarme e de detecção deverá ser uma fonte de emergência. Quando uma das fontes de suprimento de energia para a bomba for um motor de combustão interna, ele deverá, além de atender ao disposto no parágrafo 2.4.3, estar localizado de tal modo que um incêndio em qualquer compartimento protegido não afete o suprimento de ar para as máquinas. 2.2 Requisitos dos componentes 2.2.1 Borrifadores 2.2.1.1 Os borrifadores deverão ser resistentes à corrosão causada pela atmosfera marinha. Nos compartimentos habitáveis e de serviço os borrifadores deverão entrar em funcionamento numa faixa de temperaturas de 69 C a 79C, exceto que em locais como compartimentos para a secagem de roupas, onde podem ser esperadas altas temperaturas ambiente, a temperatura de funcionamento pode ser elevada, mas não para mais de 30 C acima da temperatura máxima no teto do compartimento. 2.2.1.2 Deverá haver a seguinte quantidade de borrifadores sobressalentes para todos os tipos e categorias instalados no navio: Número total de borrifadores < 300 6 300 a 1000 12 Número de sobressalentes exigido > 1000 24 A quantidade de borrifadores sobressalentes de qualquer tipo não precisa ser superior à quantidade de borrifadores daquele tipo instalados. 2.3.2 Tanques de pressão 2.3.2.1 Deverá haver um tanque de pressão que tenha um volume igual a pelo menos duas vezes a carga de água especificada neste parágrafo. O tanque deverá conter uma carga permanente de água doce, equivalente à quantidade de água que seria descarregada em um minuto pela bomba mencionada no parágrafo 2.3.3.2, e deverá haver dispositivos para manter uma pressão de ar no tanque de modo a assegurar que quando a carga permanente de água doce no tanque tiver sido usada a pressão não seja inferior à pressão de funcionamento do sistema de borrifo, mais a pressão exercida por uma coluna d água medida a partir do fundo do tanque até o borrifador mais alto do sistema. Deverá haver meios adequados para recarregar o ar sob pressão e a carga de água doce no tanque. Deverá haver um indicador de nível de vidro para indicar o nível correto da água no tanque. 2.3.2.2 Deverá haver meios para impedir a entrada de água do mar no tanque. - 19 -

2.3.3 Bombas do sistema de borrifo 2.3.3.1 Deverá haver uma bomba de acionamento mecânico independente, com a única finalidade de dar continuidade automaticamente à descarga de água dos borrifadores. A bomba deverá entrar em funcionamento automaticamente quando houver uma queda de pressão no sistema, antes que a carga permanente de água doce no tanque de pressão esteja totalmente esgotada. 2.3.3.2 A bomba e o sistema de canalizações deverão ser capazes de manter a pressão necessária no nível do borrifador mais elevado, para assegurar uma descarga contínua de água suficiente para a proteção simultânea de uma área mínima de 280 m 2 na vazão de aplicação especificada no parágrafo 2.5.2.3. A capacidade hidráulica do sistema deverá ser confirmada através do exame dos cálculos hidráulico, seguido de um teste do sistema, se for considerado necessário pela Administração. 2.3.3.3 No lado da descarga da bomba deverá estar instalada uma válvula de teste com uma pequena canalização aberta para a descarga. A área efetiva através da válvula e da canalização deverá ser adequada para permitir a liberação da descarga exigida da bomba, mantendo ao mesmo tempo no sistema a pressão especificada no parágrafo 2.3.2.1. 2.4 Requisitos da instalação 2.4.1 Generalidades Todas as partes do sistema que durante o serviço possam ser submetidas a temperaturas de congelamento deverão ser adequadamente protegidas contra congelamento. 2.4.2 Disposição dos borrifadores 2.4.2.1 Os borrifadores deverão ser agrupados em seções separadas, e cada uma delas não deverá conter mais que 200 borrifadores. Em navios de passageiros, qualquer seção do sistema de borrifo não deverá servir a mais de dois conveses e não deverá estar localizada em mais de uma zona vertical principal. No entanto, a Administração poderá permitir que aquela seção do sistema de borrifo sirva a mais de dois conveses e esteja localizada em mais de uma zona vertical principal, se estiver convencida de que a proteção contra incêndio do navio não será reduzida com isto. 2.4.2.2 Cada seção do sistema de borrifo deverá poder ser isolada através de uma única válvula de interceptação. A válvula de interceptação de cada seção deverá estar facilmente acessível num local fora da seção com a qual estiver relacionada, ou numa caixa localizada nos recintos das escadas. A localização da válvula deverá estar indicada de maneira clara e permanente. Deverá haver meios para impedir o acionamento das válvulas de interceptação por uma pessoa não autorizada. 2.4.2.3 Deverá haver uma válvula de teste para cada seção do sistema de borrifo, para testar o alarme automático através de uma descarga de água equivalente ao funcionamento de um borrifador. A válvula de teste para cada seção deverá estar localizada perto da válvula de interceptação para aquela seção. 2.4.2.4 O sistema de borrifo deverá ter uma conexão proveniente da rede de incêndio do navio, passando através de uma válvula de retenção de haste roscada que possa ser travada e que impeça o fluxo de volta do sistema de borrifo para a rede de incêndio. 2.4.2.5 Deverá haver um manômetro indicando a pressão no sistema em cada válvula de interceptação da seção e numa estação central. - 20 -

2.4.2.6 A admissão do mar para a bomba deverá estar, sempre que possível, localizada no compartimento que contém a bomba, e deverá estar disposta de tal modo que quando o navio estiver flutuando não seja preciso fechar o suprimento de água salgada para a bomba para nenhuma outra finalidade, a não ser para inspeção ou reparos na bomba. 2.4.3 Localização dos sistemas A bomba e o tanque do sistema de borrifo deverão estar localizados numa posição razoavelmente afastada de qualquer compartimento de máquinas da categoria A, e não deverão estar localizados em qualquer compartimento que precise ser protegido pelo sistema de borrifo. 2.5 Requisitos do controle do sistema 2.5.1 Disponibilidade imediata 2.5.1.1 Qualquer sistema automático de borrifo, de detecção de incêndio e de alarme de incêndio que for exigido deverá ser capaz de funcionar imediatamente o tempo todo, e não deverá ser necessária qualquer ação da tripulação para colocá-lo em funcionamento. 2.5.1.2 O sistema automático de borrifo deverá ser mantido carregado com a pressão necessária e deverá haver um suprimento para um fornecimento contínuo de água, como exigido neste capítulo. 2.5.2 Alarme e indicação 2.5.2.1 Cada seção de borrifadores deverá conter meios para emitir automaticamente um sinal sonoro e visual em uma ou mais unidades indicadoras sempre que qualquer borrifador entrar em funcionamento. Estes sistemas de alarme deverão ser tais que indiquem se ocorrer alguma falha no sistema. Estas unidades deverão indicar em que seção servida pelo sistema ocorreu um incêndio, e deverão estar centralizadas no passadiço ou na estação central de controle continuamente guarnecida e, além disto, deverá haver alarmes visuais e sonoros daquela unidade localizados também num outro local que não os compartimentos acima mencionados, para assegurar que a indicação de incêndio seja percebidaz imediatamente pela tripulação. 2.5.2.2 Em uma das posições indicadoras mencionadas no parágrafo 2.5.2.1 deverá haver chaves que permitam que sejam testados o alarme e os indicadores para cada seção do sistema de borrifo. 2.5.2.3 Os borrifadores deverão estar localizados num ponto elevado e estar espaçados de acordo com um padrão adequado para manter uma vazão média de descarga não inferior a 5 l/m 2 /min sobre a área nominal abrangida pelo sistema de borrifo. A Administração pode, entretanto, permitir a utilização de borrifadores que forneçam uma quantidade alternativa de água, adequadamente distribuída, que tenha sido demonstrado para a aprovação da Administração não ser menos eficaz. 2.5.2.4 Em cada unidade indicadora deverá ser exposta uma lista ou um plano mostrando os compartimentos abrangidos e a localização da zona em relação a cada seção. Deverá haver instruções adequadas para os testes e para a manutenção. 2.5.3 Testes Deverá haver meios para testar o funcionamento automático da bomba no caso de uma redução da pressão no sistema. - 21 -

1 Aplicação CÓDIGO FSS - texto consolidado com emendas de Julho de 2010 CAPÍTULO 9 SISTEMAS FIXOS DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO E DE ALARME DE INCÊNDIO Este capítulo detalha as especificações para sistemas fixos de detecção de incêndio e de alarme de incêndio, como exigidos pelo Capítulo II-2 da Convenção SOLAS. 2 Especificações de engenharia 2.1 Requisitos gerais 2.1.1 Qualquer sistema fixo de detecção de incêndio e de alarme de incêndio que seja exigido, que tiver pontos de acionamento operados manualmente, deverá estar o tempo todo capaz de funcionar imediatamente. 2.1.2 O sistema fixo de detecção de incêndio e de alarme de incêndio não deverá ser utilizado para qualquer outra finalidade, exceto que pode ser permitido que seja feito, no painel de controle, o fechamento das portas de incêndio e outras funções semelhantes. 2.1.3 O sistema e os equipamentos deverão ser adequadamente projetados para resistir às variações e alterações momentâneas da tensão de alimentação, às mudanças da temperatura ambiente, à vibração, à umidade, aos choques, aos impactos e à corrosão normalmente encontrados em navios. 2.1.4 Capacidade de identificação da localização da zona Os sistemas fixos de detecção de incêndio e de alarme de incêndio com capacidade de identificação da localização da zona deverão estar dispostos de tal modo que:.1 haja meios de assegurar que qualquer falha (ex.: falta de energia, curto circuito, terra, etc.) que ocorra no circuito elétrico não torne todo o circuito elétrico inoperante;.2 sejam tomadas todas as medidas para possibilitar que seja restabelecida a configuração inicial do sistema no caso de uma avaria (ex.: componentes elétricos, eletrônicos, de informática, etc.);.3 o primeiro alarme de incêndio que for iniciado não impeça que outros detectores dêem início a outros alarmes de incêndio;.4 nenhum circuito elétrico passe duas vezes através do mesmo compartimento. Quando isto não for possível (ex.: em compartimentos públicos muito grandes), a parte do circuito elétrico que precisar passar pela segunda vez através do compartimento deverá ser instalada na maior distância possível das outras partes do circuito elétrico. 2.2 Fontes de suprimento de energia Não deverá haver menos do que duas fontes de suprimento de energia para os equipamentos elétricos utilizados no funcionamento do sistema fixo de detecção de incêndio e de alarme de incêndio, uma das quais deverá ser uma fonte de emergência. O suprimento deverá ser fornecido através de cabos de alimentação separados, reservados unicamente para esta finalidade. Esses cabos - 22 -