O SO 2 em Vinificação



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Transcrição:

O SO 2 em Vinificação José Carvalheira - EVB

Resumo da apresentação: 1. Origem da utilização do SO 2 2. Propriedades do SO 2 3. Efeitos fisiológicos 4. Estados em que o SO 2 se pode encontrar 5. Moléculas que combinam o SO 2 nos mostos/vinhos 6. Propriedades benéficas do SO 2 na vinificação 7. Doses de utilização em vinificação 8. Formas de utilização do SO 2 em vinificação 9. Limites legais da presença deste composto nos vinhos 10. Produtos que complementam a acção do SO 2 em vinificação

1. Origem da utilização do SO 2 : Iniciou-se o uso generalizado do anidrido sulfuroso, na conservação dos vinhos, em finais do séc. XVIII, devido ao reconhecimento das suas propriedades Na vinificação, esse início remonta apenas ao começo do séc. XX, com o objectivo fundamental de evitar a casse oxidásica. Tendo posteriormente, sido reconhecidas as suas propriedades antissépticas.

2. Propriedades do SO 2 : Antioxidante combina o oxigénio dissolvido no meio SO 2 + ½ O 2 SO 3 Reacção lenta, com efeitos práticos nos vinhos (oxidação química), mas sem efeitos para a oxidação dos mostos, que é rápida, de natureza oxidásica. Antioxidásico inibe as enzimas oxidásicas presentes nos mostos (tirosinase e, lacase de Botrytis cinerea), protegendo-os da oxidação a que estão fortemente sujeitos antes do início da F.A.

2. Propriedades do SO 2 (Continuação): Melhorador gustativo dos vinhos combinando o etanal e compostos similares, faz desaparecer os aromas de oxidação (arejado), melhorando a qualidade e limpeza do aroma Antisséptico inibe o desenvolvimento de microorganismos, possuindo uma mais forte actividade anti- bacteriana que anti-levuriana levuriana. Na vinificação, esta propriedade é de extrema importância, porque permite que a população de leveduras tenha forte preponderância sobre a de bactérias, evitando por exemplo que a F.A. e a F.M.L. não ocorram simultaneamente, enquanto restarem açúcares no meio.

3. Efeitos fisiológicos a utilização deste composto pode levantar questões de ordem higiénica Toxicidade associada à destruição da vitamina B1 (Tiamina) DMST (Rato) 72 mg/kg DDA (OMS) 0,7 mg/kg 0,5 L vinho com 100 mg/l SO 2 (70 Kg) Reacções alérgicas, em doses baixas, nos asmáticos, levaram a FDA a obrigar que fosse mencionada na rotulagem dos vinhos a sua presença: Contém sulfitos (Teor > 10 mg/l), que mais recentemente é também de uso obrigatório na UE Peritos do OIV estudam possibilidade dos teores limite serem reduzidos em 10 mg/l, para os vinhos comuns Para os aplicadores é altamente perigosa uma concentração de 1000-1300 mg/m 3 instantaneamente ou 270 mg/m 3 durante 60 minutos

4. Estados em que o SO 2 se pode encontrar SO 2 LIVRE : SO 2 Molecular, HSO - 2-3, SO 3 SO 2 + H 2 O HSO - 3 + H + HSO - 3 SO 2-3 + H + SO 2 COMBINADO: COMBINA-SE C/ MOLÉCULAS COM CARBONILOS OH - - R-CHO + HSO 3 R-CH-SO 3 R R-C-R + HSO 3 - R-C-SO 3 - OH

4. Estados em que o SO 2 se pode encontrar (Cont.) SO 2 LIVRE e SO 2 COMBINADO

4. Estados em que o SO 2 se pode encontrar (Cont.) SO 2 LIVRE + SO 2 COMBINADO = SO 2 TOTAL OS LIMITES LEGAIS EXISTENTES, RESPEITANTES À PRESENÇA DESTE COMPOSTO NOS MOSTOS/VINHOS DIZ RESPEITO EXCLUSIVAMENTE AO SO 2 TOTAL

Propriedades das diferentes formas do SO 2

Percentagem do SO 2 Livre no estado molecular em função do ph

5. Moléculas que combinam o SO 2 nos mostos/vinhos Etanal (Acetaldeído) Ácidos cetónicos: ácido pirúvico e ácido α-cetoglutárico (pode diminuir-se a formação destes compostos pela adição de tiamina 0,5 mg/l) Açúcares e seus derivados: Arabinose, glucose, xilose 5-cetofrutose e, ácidos 2-ceto-glucónico e 2,5-diceto-glucónico Moléculas dicarboniladas: Glioxal, metilglioxal e hidroxipropanedial. Concentrações mais elevadas em uvas atacadas de podridão cinzenta Ácido glucónico, galacturónico, glioxílico, oxalacético Antocianas (Descoloração dos mostos após s sulfitação) EPC MPC BPC MPC EPC BPC/MPC EPC EPC Elevado poder de combinação MPC Médio poder de combinação BPC Baixo poder de combinação

5. Reacção de combinação das antocianas pelo SO 2 A sulfitação provoca uma descoloração do mosto. Após o desaparecimento do HSO 3 - por oxidação, restabelece-se a coloração.

6. Propriedades benéficas do SO 2 na vinificação Antioxidante/Consumidor de oxigénio Esta propriedade é pouco importante na vinificação. A oxidação do mosto é sobretudo devida à actividade enzimática. Antioxidásico Porventura a razão do início da sua utilização na vinificação. Inibe as enzimas tirosinase e lacase segregada pela Botrytis cinerea (mais activa e estável), permitindo assim elaborar vinhos tintos com maior IC e IPT Inibição de leveduras inicial e transitória, pode ser favorável, pois origina um arrefecimento e logo uma cinética de fermentação menos tumultuosa. Na vinificação em branco, possibilita a sedimentação das partículas em suspensão

6. Propriedades benéficas do SO 2 na vinificação (Cont.) Activação de leveduras Em doses moderadas, embora atrase o arranque da fermentação, permite acabamentos mais completos, talvez devido à destruição de substâncias antifungicas ou ao aumento da actividade proteásica (maior disponibilidade de aminoácidos) Selecção de leveduras A sulfitação permite a eliminação das leveduras menos resistentes a este composto e, que originariam vinhos menos finos e de menor TAVA (Kloeckera, Hanseniaspora), prevalecendo as mais resistentes e de melhor qualidade (Saccharomyces) Selecção entre leveduras e bactérias O SO 2 atrasa mas não impede a fermentação alcoólica (leveduras), mas as bactérias existentes na uva são senão inactivadas, pelo menos fortemente paralisadas. Benéfico no caso de bactérias indesejáveis, mas discutível no caso das bactérias lácticas. A dose de SO 2 a aplicar nos mostos tintos não deve, pois, ser demasiado elevada, que impeça a FML

6. Propriedades benéficas do SO 2 na vinificação (Cont.) Favorecimento da dissolução de compostos da película A destruição das células de película pelo SO2, favorece a libertação dos compostos fenólicos, em particular das antocianas, particularmente no caso de macerações curtas, ou no caso de macerações sulfíticas Melhorador do aroma dos vinhos novos protegendo o aroma dos vinhos novos, minimizando a revelação de aromas defeituosos no caso de vinhos elaborados de uvas atacadas de podridão Inconvenientes: Odor e sabor desagradáveis no caso de doses demasiado elevadas ou formação de H 2 S ou mercaptanos, por permanência sobre borras muito longa Bloquear ou atrasar a FML em vinhos tintos

7. Doses de utilização em vinificação (valores indicativos) Vinificação em tinto Uvas sãs, acidez elevada Uvas sãs, acidez baixa Uvas com podridão Vinificação em branco Uvas sãs, acidez elevada Uvas sãs, acidez baixa Uvas com podridão mg SO 2 /L mosto 50-60 60-80 80-100 50-60 60-90 90-120

8. Formas de utilização do SO 2 em vinificação Soluções sulfurosas a 6% de SO 2 (contem 6 g de SO 2 / 100 ml solução) preparadas borbulhando o gás SO 2 na água. A sua concentração é verificada por densimetria ou quimicamente. Perdem concentração em contacto com o ar. (Sol. 6% - d15ºc = 1032,8) Soluções de Bissulfito de potássio a 15% de SO 2 utilizadas mais recentemente devido ao facto de possuírem um odor pouco sufocante, comparativamente às anteriores Metabissulfito de potássio (Pirossulfito de potássio K 2 S 2 O 5 ) em termos práticos origina 50 % do seu peso em SO 2. Pode usar-se quer em pó (diluído previamente em água), quer preparando soluções a 10 % de K 2 S 2 O 5, ou seja, doseando 5 % de SO 2

9. Limites legais da presença deste composto nos vinhos Vinhos Brancos e rosados com teor de açúa çúcares < 5 g/l 210 mg SO 2 /L Vinhos Brancos e rosados com teor de açúa çúcares > 5 g/l 260 mg SO 2 /L Vinhos Tintos com teor de açúa çúcares < 5 g/l 160 mg SO 2 /L Vinhos Tintos com teor de açúa çúcares > 5 g/l 210 mg SO 2 /L Estes limites aplicam-se aos vinhos comuns, existem excepções em determinadas regiões vitícolas mundiais, por exemplo nas produtoras de vinhos doces naturais

10. Produtos que complementam a acção do SO 2 em vinificação Ácido ascórbico/vitamina C a sua utilização em vinificação em branco, nalguns países, conjuntamente com o metabissulfito de potássio (SO 2 ), tem por objectivo limitar as oxidações catalisadas pelas enzimas lacase e tirosinase Gelo Seco e Neve carbónica Utilizados quer para o arrefecimento de mostos/massas vínicas, quer para protegê-los de oxidações Ácidos gordos de cadeia curta (decan( decanóico e octanóico ico) estes compostos possuem uma acção anti-levuriana importante, comprovada pela sua intervenção nas dificuldades de final de fermentação. Assim, podem ter um papel importante no amuo de vinhos doces.

11. Evolução no tempo do SO 2 adicionado ao mosto Perdas durante a fermentação por: evaporação e oxidação (sulfatos) No final da fermentação alcoólica, lica, restam 50 a 70 % do SO 2 adicionado, dependendo da temperatura e da velocidade da fermentação No final da FML, não restam mais de 40 a 50 % do SO 2 adicionado ao mosto Após s a FA ou a FML, os vinhos devem receber nova adição de SO 2, com o objectivo de os proteger de oxidações químicas ou enzimáticas, para se evitarem desenvolvimentos microbianos e para se mascarar o etanal.

12. Exemplo de sulfitações em esquema de vinificação clássico

Obrigado pela atenção de V. Ex.as José Carvalheira