Plano de Gerenciamento Integrado. de Resíduos Vítreos PGIRV. Guilherme Guimarães Dias Thiago Machado de Sá Cruz

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Transcrição:

Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Vítreos PGIRV Guilherme Guimarães Dias Thiago Machado de Sá Cruz Belo Horizonte, novembro de 2009

Publicado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente Feam e pela Fundação Israel Pinheiro FIP (Termo de Parceria 22/2008) Governador do Estado de Minas Gerais Aécio Neves da Cunha Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável José Carlos Carvalho Presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente - Feam José Cláudio Junqueira Ribeiro Vice-presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente - Feam Gastão Vilela França Filho Diretoria de Qualidade e Gestão Ambiental da Feam Zuleika S. Chiachio Torquetti Gerente de Saneamento Ambiental da Feam Francisco Pinto da Fonseca Diretora Executiva do Centro Mineiro de Referência em Resíduos CMRR e Supervisora do Termo de Parceria 22/2008 Denise Marília Bruschi Coordenação Geral do Minas sem lixões / Fundação Israel Pinheiro FIP Magda Pires de Oliveira e Silva Coordenação Técnica do Minas sem lixões / Fundação Israel Pinheiro FIP Eualdo Lima Pinheiro, Luiza Helena Pinto, Renato Rocha Dias Santos Fotos: Divulgação FIP Revisão: Leila Maria Rodrigues Fundação Estadual do Meio Ambiente Feam Rua Espírito Santo, 495 Centro 30.160-000 Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 3219.5730 feam@feam.br / www.feam.br Programa Minas sem lixões Fundação Israel Pinheiro FIP Av. Belém, 40 Esplanada 30.285-010 Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 3281.5845 minassemlixões@israelpinheiro.org.br www.israelpinheiro.org.br Dias, Guilherme Guimarães Plano de gerenciamento integrado de resíduos vítreos - PGIRV / Guilherme Guimarães Dias, Thiago Machado de Sá Cruz. -- Belo Horizonte : Fundação Estadual do Meio Ambiente : Fundação Israel Pinheiro, 2009. 24 p. ; il. Inclui referências. 1. Resíduo sólido urbano. 2. Vidro. 3. Indústria do vidro. I. Título. II. Cruz, Thiago Machado de Sá. III. Programa Minas Sem Lixões. IV. Fundação Estadual do Meio Ambiente. CDU - 628.4:661.683

Sumário 1. Apresentação... 4 2. Introdução... 6 3. Especificações Técnicas do Vidro... 7 4. Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos... 9 5. Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Vítreos PGIRV... 12 5.1. Diagnóstico... 12 5.2. Proposições... 13 5.3. Consolidação... 14 5.4. Monitoramento... 14 6. Formas de Reciclagem e Reaproveitamento... 15 6.1. Reutilização... 16 6.2. Reciclagem... 16 6.2.1 Recomendações Necessárias... 18 7. Estudo de Caso Coleta de Vidro em Belo Horizonte... 20 8. Referências... 23

1. Apresentação Com o objetivo de orientar os municípios mineiros na gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos, a Fundação Estadual do Meio Ambiente Feam lança, em parceria com a Fundação Israel Pinheiro FIP, a coletânea Minas sem lixões, composta pelas publicações Plano de Gerenciamento Integrado de Coleta Seletiva PGICS Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Plásticos PGIRP Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Pilhas, Baterias e Lâmpadas PGIRPBL Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos PGIREEE Plano de Gerenciamento Integrado do Resíduo Óleo de Cozinha PGIROC Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Pneumáticos PGIRPN Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Vítreos PGIRV Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos de Construção Civil PGIRCC Orientações Básicas para Encerramento e Reabilitação de Áreas Degradadas por Resíduos Sólidos Urbanos Criado em 2003 pela Feam, o programa Minas sem Lixões, integrado em 2007 ao Projeto Estruturador Resíduo Sólido, tem como meta, até 2011,

viabilizar o atendimento de, no mínimo, 60% da população urbana com sistemas de tratamento e destinação final adequados de resíduos sólidos urbanos, além de atuar para o fim dos lixões em 80% dos 853 municípios mineiros. Para alcançar esses resultados, o Projeto promove diversas ações, de maneira a incentivar e orientar os municípios mineiros na elaboração e implementação do Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos, conforme determinado pela Lei 18.031, de 12 de janeiro de 2009. Na busca de soluções, uma das estratégias é o apoio na criação de consórcios intermunicipais, com os objetivos de reduzir custos e formar parcerias estratégias para a melhoria da qualidade ambiental da região. Outra importante iniciativa é a inserção de pessoas em situação de vulnerabilidade social nos programas de coleta seletiva, voltados para geração de trabalho e renda, além do resgate da cidadania. Em seis anos, Minas Gerais registrou um crescimento de quase 200% no número de habitantes atendidos por sistemas adequados de disposição final de resíduos. Mais do que números, esse indicador sinaliza a mudança de paradigma do poder público e de comportamento da população. Nesse contexto, a Feam vem fomentando pesquisas para novas rotas tecnológicas voltadas para a reutilização, reciclagem e geração de energia renovável a partir da utilização dos resíduos. Mas, antes de tudo, devemos refletir sobre o consumo consciente. Estamos diante de grandes inovações, mas para alcançarmos nossos objetivos é preciso que os municípios e cidadãos participem conosco na construção do futuro sustentável. Bom trabalho a todos! José Cláudio Junqueira Presidente da Feam

2. Introdução De acordo com pesquisa do Compromisso Empresarial para Reciclagem Cempre, são produzidas no Brasil, em média, 980 mil toneladas de embalagens de vidro por ano. O índice de reciclagem desse material no País está em torno de 47%. Desse total, 40% são oriundos da indústria de embalagens, 40% do mercado difuso, 10% do canal frio (bares, restaurantes, hotéis etc.) e 10 % do refugo da indústria. O principal mercado desses recipientes é formado pelas vidrarias, que compram o material de sucateiros na forma de cacos ou recebem diretamente das campanhas de reciclagem dos municípios. Devido ao peso, o custo do transporte é uma das principais dificuldades para a reciclagem. Nesta cartilha, são apresentadas as diretrizes básicas para elaboração e implantação do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Vítreos PGIRV, incluindo os arranjos institucionais necessários à coleta seletiva. O vidro, quando descartado de forma inadequada, acarreta prejuízos ambientais e econômicos. Na busca de soluções, o presente trabalho dá ênfase aos processos de reciclagem desse material, além de propiciar alternativas de geração de renda e inclusão social.

3. Especificações Técnicas do Vidro vidro é uma mistura de areia, barrilha, calcário, alumina e aditivos que O formam uma massa semi-líquida. É obtido pela fusão, em torno de 1.500ºC, de dióxido de silício (SiO 2 ), carbonato de sódio (Na 2 CO 3 ) e carbonato de cálcio (CaCO 3 ). Figura 1 COMPOSIÇÃO DO VIDRO Fonte: Abividro Sílica (SiO 2 ) 72% matéria-prima básica (areia) com função vitrificante Barrilha (Na 2 CO 3 ) 14% fonte de óxido de sódio e agente fundente Calcário (CaO) 11% proporciona estabilidade ao vidro contra ataques de agentes atmosféricos Alumina (Al 2 O 3 ) 2% aumenta a resistência mecânica Corantes 1% promove a cor do vidro Os corantes, como o selênio (Se), óxido de ferro (Fe 2 O 3 ) e cobalto (Co 3 O 4 ), são acrescentados na produção do vidro para atingir diferentes cores.

Em sua forma pura, o vidro é um óxido metálico, superresfriado, transparente, de elevada dureza, essencialmente inerte e biologicamente inativo. Essas propriedades, entretanto, podem ser modificadas com a adição de outros compostos ou tratamento de calor, conduzindo a um grande número de usos do vidro. No Quadro 1, estão especificados os tipos de vidros e suas respectivas aplicações. Quadro 1 TIPOS DE VIDRO Tipos vidro para embalagens vidro plano vidros domésticos fibras de vidro vidros técnicos Aplicações garrafas, potes, frascos e outros vasilhames fabricados nas cores branca, âmbar e verde vidros de janelas, de automóveis, fogões, geladeiras, micro- -ondas, espelhos etc. tigelas, travessas, copos, pratos, panelas e produtos domésticos mantas, tecidos, fios e outros produtos para aplicações de reforço ou de isolamento lâmpadas incandescentes ou fluorescentes, tubos de TV, vidros para laboratório, ampolas, garrafas térmicas, vidros oftálmicos e isoladores elétricos Fonte: Cempre

4. Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos destinação final adequada dos resíduos sólidos urbanos constitui um A dos maiores problemas da sociedade moderna, já que a sua composição tem-se modificado muito ao longo dos últimos anos e a geração de lixo tem crescido surpreendentemente, sobretudo nos países em desenvolvimento. Esses dois fatores associados têm criado uma necessidade de se buscar novos conceitos e soluções, dentro de uma visão de sustentabilidade abrangente e comprometida com a proteção ambiental. A nova abordagem ambiental e técnica preconiza a elaboração de Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos PGIRSU, propiciando a caracterização e a quantificação dos resíduos gerados, visando a obter serviços com mais qualidade, com custos reduzidos e aplicação de ações que incentivem a redução, a reciclagem e o reaproveitamento. A geração de resíduos ocorre em quantidades e composições que variam de acordo com o nível de desenvolvimento econômico da população e de diferentes aspectos culturais e sociais, dentre outras características locais. As principais categorias de resíduos urbanos estão descritas no quadro a seguir. Quadro 2 CATEGORIA DE RESÍDUOS URBANOS E EXEMPLIFICAÇÃO CATEGORIA Matéria Orgânica Plástico Papel e papelão Vidro Metal ferroso EXEMPLOS Restos alimentares, podas de árvores etc. Sacos, sacolas, embalagens de refrigerantes, água e leite, recipientes de produtos de limpeza e higiene, esponjas, isopor, utensílios de cozinha, látex, copos descartáveis, brinquedos etc. Caixas, revistas, jornais, cartões, papel, cadernos, livros, pastas, cartolinas, papéis de embalagens etc. Copos, garrafas de bebidas, pratos, espelho, embalagens de produtos de limpeza, de beleza e alimentícios etc. Palha de aço, alfinetes, agulhas, embalagens de produtos alimentícios etc.

CATEGORIA Metal não-ferroso Madeira Panos, trapos, couro e borracha Contaminante químico Contaminante biológico Pedra, terra e cerâmica Diversos EXEMPLOS Latas de bebida, restos de cobre e de chumbo, fiação elétrica etc. Caixas, tábuas, palitos de fósforo, palitos de picolé, tampas, móveis etc. Roupas, panos de limpeza, pedaços de tecido, bolsas, mochilas, sapatos, tapetes, luvas, cintos, balões etc. Pilhas, medicamentos, lâmpadas, inseticidas, raticida, colas em geral, cosméticos, vidro de esmaltes, embalagens de produtos químicos, latas de óleo de motor, latas com tintas, embalagens pressurizadas, canetas com carga, papel carbono, filme fotográfico, equipamentos eletroeletrônicos etc. Papel higiênico, cotonetes, algodão, curativos, gazes e panos com sangue, fraldas descartáveis, absorventes higiênicos, seringas, lâminas de barbear, cabelos, cera de depilação, embalagens de anestésicos, luvas etc. Vasos de flores, pratos, restos de construção, terra, tijolos, cascalho, pedras decorativas etc. Velas de cera, restos de sabão e sabonete, carvão, giz, pontas de cigarro, rolhas, cartões de crédito, embalagens longa vida, embalagens metalizadas, sacos de aspirador de pó, óleo de cozinha e materiais de difícil identificação. Fonte: PESSIN, 2002 A Política Estadual de Resíduos Sólidos (Lei 18.031/09) define Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos PGIRSU como sendo um documento no qual são estabelecidas as ações e diretrizes relativas aos aspectos ambientais, educacionais, econômicos, financeiros, administrativos, técnicos, sociais e legais para todas as fases de gestão dos resíduos sólidos, desde a sua geração até a destinação final (Minas Gerais, 2009). O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Vítreos PGIRV deve estar inserido no Plano de Gerenciamento Integrado de Coleta Seletiva PGICS que, por sua vez, integra o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos PGIRSU, conforme fluxograma a seguir: 10

PGIRSU PGICS PGIRV 11

5. Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Vítreos Pgirv PGIRV descreve especificamente as ações relacionadas à conscientização, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, trans- O porte e destinação final dos resíduos vítreos. Para sua elaboração, são necessárias as seguintes etapas: diagnóstico; proposições; consolidação; monitoramento. 12 5.1. Diagnóstico Deve ser realizada a caracterização do município, com dados como população, clima, localização, infraestrutura de transporte, atividades econômicas, índice de emprego e renda, entre outros. Nessa etapa, o vidro deve ser quantificado e qualificado. Essas informações são de grande importância para subsidiar a implantação do sistema de logística de coleta e reciclagem desse resíduo. Caso exista ação de reciclagem do vidro já implantada no município, deve-se verificar a possibilidade de incrementar a logística de operação do sistema, visando sempre à melhoria contínua do processo. Nos municípios que não possuem sistemas adequados, deve-se priorizar a constituição de consórcios intermunicipais. É importante ressaltar que os aspectos sociais também devem ser verificados, tendo em vista a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade social no processo de coleta e reciclagem do vidro. O primeiro passo é a realização de um cadastro dos catadores de materiais recicláveis no município e dos empreendedores que reciclam ou reaproveitam esse resíduo, para viabilizar a criação de um banco de dados e mapeamento, que será de importante utilidade na fase de proposições. O estudo de viabilidade e sustentabilidade econômica torna-se imprescindível para a concretização do Plano, pois relata os recursos financeiros disponíveis para a sua elaboração, seja por meio de fontes de financiamentos, parcerias público-privadas ou do próprio município. A possibilidade

de geração de renda por meio da comercialização dos produtos gerados a partir da reciclagem é de grande importância para autossustentabilidade dos processos de coleta e de reciclagem. 5.2. Proposições É a fase em que se incorpora o tratamento técnico-operacional, social e gerencial à realidade diagnosticada. Deve ser descrito como será a forma de execução dos serviços; a estrutura operacional; os aspectos organizacionais e legais; a remuneração e custeio do sistema; o plano de reciclagem do resíduo; o programa de educação e mobilização social; o desenvolvimento de programas de implantação de segregação e de coleta seletiva no setor público e na sociedade civil, entre outros aspectos relevantes. Essa fase culminará em um Plano de Ação. Inicialmente, o município deve definir qual será a destinação final do vidro usado, englobando as questões de viabilidade econômica, técnica e estrutural, de maneira a buscar sempre a melhoria da qualidade ambiental e a inserção de pessoas em situação de vulnerabilidade social no processo. Reuniões entre representantes municipais e cidadãos devem ser feitas para o recebimento de sugestões de melhoria, de acordo com a realidade de cada município. Na seqüência, é necessário definir a estrutura de coleta e de armazenamento, contemplando: Postos de Entrega Voluntária PEVs, dispostos em locais estratégicos como escolas, postos de saúde, empresas, igrejas, supermercados e sede da prefeitura; coleta residencial; coleta em estabelecimentos comerciais; veículos transportadores; unidades de triagem, que farão a separação dos tipos de vidro por cor, tamanho dos recipientes e cacos. A maneira mais utilizada para se fazer a coleta do vidro no município é a instalação dos PEVs. A seguir, apresenta-se um exemplo de PEV, com a separação por cores. 13

PEV para coleta do vidro por cor Deve-se ficar atento para que o produto seja armazenado de maneira adequada, para evitar o acumulo de água dentro dos recipientes e a consequente proliferação de doenças, como a dengue. 5.3. Consolidação As informações geradas a partir do diagnóstico, do estudo de viabilidade, das proposições para operação e gerenciamento do sistema integrado, juntamente com as discussões nos fóruns municipais, permitem ao município definir a melhor alternativa para a destinação final adequada do vidro. 5.4. Monitoramento O município, após a implantação do PGIRV, deve desenvolver um programa de monitoramento para avaliação dos resultados. Tal avaliação é de grande importância, pois, por meio dela, torna-se possível identificar as etapas que necessitam de correções em busca da melhoria contínua do processo. 14

6. Formas de Reciclagem e Reaproveitamento No Brasil, somente 3% dos resíduos urbanos correspondem a vidro. Apesar da pequena percentagem, o vidro tem como agravante não ser biodegradável, dificultando a operação das usinas de triagem e compostagem, que precisa separá-lo por processos manuais e mecânicos. Figura 2 CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Fonte: Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Ibam Por não ser combustível, o processo de incineração não é recomendado para dar fim a esses materiais, e, se fundido a 1.500 C, transformase em cinzas, cujo efeito abrasivo pode ocasionar problemas nos fornos e equipamentos de transporte. Nesse contexto, a metodologia correta a ser adotada é a dos 3Rs, como definido abaixo: 15

Reutilizar: reaproveitar o material em outra função. Ex: usar os potes de vidro com tampa para guardar miudezas (botões, pregos etc.). Retornar: embalagens retornáveis voltam para o processo de envase. Ex: garrafas de cerveja. Reciclar: transformar materiais já usados, por meio de processo artesanal ou industrial, em novos produtos. Ex: caco de vidro é matéria-prima para a fabricação de novas garrafas. É importante ressaltar que a base dessa metodologia é REDUZIR a geração dos resíduos, ou seja, consumir o necessário e evitar o desperdício. 6.1. Reutilização O vidro é um material não poroso que resiste a temperaturas de até 150 C (vidro comum) sem perder nenhuma de suas propriedades físicas e químicas. Esse fato faz com que os produtos fabricados de vidro possam ser reutilizados várias vezes para a mesma finalidade. A possibilidade de lavar e esterilizar as embalagens de vidro, com alto grau de segurança, tornou a utilização de embalagens retornáveis bastante difundida, principalmente para envasar cerveja, refrigerante e água. É importante enfatizar que somente as embalagens de vidro retornáveis, projetadas especificamente para serem reutilizadas, devem ter essa finalidade. 6.2. Reciclagem O vidro é 100% reciclável, não ocorrendo perda de material durante o processo de fusão. Para cada tonelada de caco de vidro limpo, uma tonelada de vidro novo é produzida. A inclusão de caco de vidro no processo normal de fabricação de vidro reduz sensivelmente os custos da produção. Em termos de óleo combustível e eletricidade, apenas na fabricação, para cada 10% de vidro reciclado na mistura economiza-se 2,5% da energia necessária para a fusão nos fornos industriais. Em média, 1/3 dos vidros usados são empregados como matéria-prima para fabricação de novas embalagens de vidro. 16

O símbolo oficial da reciclagem de vidro no Brasil, criado em janeiro de 1992, é constituído pelo emblema proposto pela Comunidade Econômica Europeia para a reciclagem geral: três setas formando um triângulo, dentro do qual surge o conhecido pictograma de uma silhueta humana depositando um recipiente de vidro em um coletor. Quando o símbolo aparece nos rótulos dos produtos, significa que suas embalagens são totalmente recicláveis. Sinaliza que as características de pureza de recipiente utilizado como matéria-prima serão mantidas quando transformados em um novo recipiente. O verde é a cor específica padrão utilizado para a diferenciação entre os coletores destinados à disposição dos materiais vítreos recicláveis. Figura 3 FLUXOGRAMA DA RECICLAGEM 17

O processo de reciclagem do vidro consiste na coleta seletiva porta a porta e/ou na entrega em Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes URPVs e Postos de Entrega Voluntária PEVs, preferencialmente segregado por tipo e cores. Os vidros selecionados são triturados, transformando-os em cacos de tamanho homogêneo para, assim, serem encaminhados às indústrias vidreiras juntamente com as demais matérias-primas virgem (calcário, barrilha, feldspato, entre outros). Na fabricação de embalagens, o caco pode diminuir em até 95% a quantidade de insumos para a fabricação do vidro e funciona como matéria-prima já balanceada, podendo substituir o feldspato ou a barrilha, agindo como fundente no processo. Os benefícios ambientais e socioeconômicos da reciclagem do vidro são inúmeros. Uma delas é a economia de matérias-primas naturais, como areia, barrilha e calcário, sendo que 1 kg de vidro quebrado (cacos) gera 1 kg de vidro novo, economizando 1,2 kg de matériasprimas (minérios). Outro aspecto é que a produção, a partir do próprio vidro, consome menor quantidade de energia e emite menos CO 2, o que também reduz os custos de coleta urbana, aumentando a vida útil dos aterros sanitários. A implantação da coleta e da reciclagem do vidro gera empregos que demandam pouca especialização, permitindo a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade social. É importante também ressaltar que as centrais de triagem, os aterros sanitários, as indústrias de reciclagem e compostagem também atuam como instrumentos para a formação e a educação ambiental de crianças, jovens e adultos, pois são locais onde é possível vivenciar e discutir os conceitos sobre a redução, a reutilização e a reciclagem. 6.2.1 Recomendações Necessárias Os cacos encaminhados para reciclagem não podem conter pedaços de cristais, espelhos, lâmpadas e vidro plano usado nos automóveis e na construção civil. Por terem composição química diferente, esses tipos de vidro causam trincas e defeitos nas embalagens. No entanto, algumas indústrias voltadas para esse material já incorporam percentuais de vidro plano na produção. 18

Deve-se ficar atento à classificação de sucatas de vidro, para que não sejam encaminhados materiais não recicláveis, comprometendo a qualidade e a propriedade do produto final desejado. No Quadro 3 está a classificação de sucatas de vidro. Quadro 3 CLASSIFICAÇÃO DE SUCATAS DE VIDRO Recicláveis garrafas de bebida alcoólica e não alcoólica frascos em geral (molhos, condimentos, remédios, perfumes e produtos de limpeza) potes de produtos alimentícios cacos de embalagens Não recicláveis espelhos, vidros de janela e box de banheiro, lâmpadas, cristal formas, travessas e utensílios domésticos, mesa de vidro temperado vidros de automóveis tubos de televisão e válvulas Fonte: Abividro Os cacos também não devem estar misturados com terra, pedras, cerâmicas e louças: contaminantes que, quando fundidos com o vidro, geram micropartículas que deixam a embalagem com menor resistência. Plástico em excesso pode gerar bolhas e alterar a cor da embalagem. Igual problema se verifica quando há contaminação por metais, como as tampas de cerveja e refrigerante, além de bolhas e manchas, que danificam o forno. Abaixo estão especificados os cuidados que devem ser tomados na hora de reciclar: limpar bem o vasilhame para não atrair ratos, baratas ou formigas; lavar as embalagens de cosméticos e perfumes; separar o vidro por cor para valorizar o material, caso for vender; separar diferentes materiais que vêm associados nas embalagens: diferentes plásticos do corpo e da tampa, etiquetas etc. 19

7. Estudo de Caso Coletade Vidro em Belo Horizonte Abaixo, apresentamos passo a passo as ações desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, para a coleta e reciclagem do vidro: 1º) A população encaminha o vidro para os PEVs localizados em pontos estratégicos, como postos de gasolina, igrejas, prefeitura, entre outros. PEV para coleta do vidro em Belo Horizonte 2º) A Prefeitura coleta o vidro e encaminha para a garrafaria. Caminhão da prefeitura coletando o vidro 20

3º) A garrafaria recebe as doações da Prefeitura, além de comprar vidro de pessoas que chegam ao local com vasilhames, garrafas e frascos em geral. Garrafaria onde o vidro a ser reciclado é comercializado 4º) Na garrafaria, os recipientes são separados por tipo de produto, cor, cacos brancos, cacos coloridos. É importante informar que, neste estudo de caso, a empresa que compra o vidro se responsabiliza pela limpeza do produto. Portanto, o vidro é vendido com rótulo e tampas. Garrafas separadas por cor e tipo 21

Cacos de vidro transparente 5º) É na indústria onde ocorre a limpeza das garrafas e cacos, com a retirada de impurezas, como rótulos, tampas e rolhas, que possam prejudicar a fabricação de novas embalagens. Lavador de garrafas O preço de compra do vidro é variável: garrafas de cerveja com capacidade de 600ml: de R$ 0,25 a R$ 0,30 recipientes transparentes: por volta de R$ 0,03 garrafas coloridas: de R$ 0,05 e R$ 0,15 caco de vidro: de R$ 0,03 a R$ 0,05. 22

8. Referências AMBIENTE BRASIL. Reciclagem de Vidro. Disponível em: <http:// www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index. php3&conteudo=./residuos/reciclagem/vidro.html>. Acesso em: 15 out. 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISTRIBUIDORES E PROCESSADORES DE VIDROS PLANOS (ABRAVIDRO). Vidroplano 50 anos. Disponível em: <http:// www.andiv.com.br/videos_det.asp?v=1>. Acesso em: 15 out. 2009. BONAR, Verônica. Vidro, reciclar!. São Paulo: Scipione, 1996. 31 p. (Reciclar) COMO TUDO FUNCIONA. Como funciona a reciclagem de vidros. Disponível em: <http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-vidro.htm>. Acesso em: 15 out. 2009. COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA A RECICLAGEM (CEMPRE). O mercado para a reciclagem. Disponível em: <http://www.cempre.org.br/fichas_ tecnicas.php?lnk=ft_vidro.php>. Acesso em: 15 out. 2009. DESPERDÍCIO zero. Curitiba: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, 2008. 278 p. FAZ FÁCIL. Reciclagem do vidro. Disponível em: <http://www.fazfacil.com. br/materiais/vidro_reciclagem.html>. Acesso em: 20 out. 2009. GUIA DO VIVRO. Reciclar conceitos: um compromisso com o futuro. Disponível em: <http://www.guiadovidro.com.br/pagina.aspx?id=19>. Acesso em: 15 out. 2009. NATUREBA. O que é coleta seletiva, reciclagem e minimização de resíduos. Disponível em: <http://www.natureba.com.br/coleta-seletiva.htm>. Acesso em: 20 ago. 2009 PORTAL SÃO FRANCISCO. Reciclar vidro. Disponível em: <http://www. colegiosaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/reciclar-vidro- 2.php>. Acesso em: 15 out. 2009. 23

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