O tenentismo foi o movimento político militar que, pela luta armada, pretendia conquistar o poder e fazer reformas na República Velha.



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Transcrição:

O tenentismo foi o movimento político militar que, pela luta armada, pretendia conquistar o poder e fazer reformas na República Velha. Era liderado por jovens oficiais das Força Armadas, principalmente tenentes.

Quais eram as principais propostas do tenentismo? Os tenentes queriam a moralização da administração pública e o fim da corrupção eleitoral. Pregavam a instituição do voto secreto e a criação de uma justiça eleitoral honesta. Defendiam o nacionalismo econômico: a defesa do Brasil contra a exploração das empresas e do capital estrangeiros. Desejavam uma reforma na educação pública para que o ensino fosse gratuito e obrigatório para os brasileiros. Desiludidos com os políticos civis, os tenentes exigiam maior participação dos oficiais militares na vida pública. Ou seja, queriam os militares mandando no país. A maioria das propostas do tenentismo contava com a simpatia de grande das partes médias urbanas, dos produtores rurais que não pertenciam à oligarquia dominante e de alguns empresários da indústria.

Revolta do Forte de Copacabana A primeira revolta tenentista explodiu em 5 de Julho de 1922. Foi a revolta do Forte Militar de Copacabana, que tinha aproximadamente 300 homens. Liderados pelos tenentes, os homens do forte revoltaram-se contra o governo e decidiram impedir a posse do presidente Artur Bernardes. Tropas fiéis ao governo imediatamente cercaram o Forte de Copacabana, isolando os rebeldes. Não havia condições para resistir. Entretanto, numa atitude heróica,17 tentes e um civil saíram para as ruas num combate corpo-a-corpo com as tropas do governo. Dessa luta suicida, só dois rebeldes escaparam com vida: os tenentes Eduardo Gomes e Silqueira Campos. O episódio ficou conhecido como os 18 dos Forte.

Imagens atuais do Forte de Copacabana

Revolta de 1924 Dois anos depois da primeira revolta tenentista, explodiram novas rebeliões tenentistas em região como o Rio Grande do Sul e São Paulo. Comandada pelo general Isidoro Dias Lopes, a revolta teve a participação de numerosos tenentes, entre os quais Joaquim Távora (que faleceu na revolta), Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do Brasil e João Cabanas. Foi o maior conflito bélico já ocorrido na Cidade de São Paulo. Depois de ocupar temporariamente a capital de São Paulo, a tropa tenentista teve que abandonar suas posições diante da ofensiva reação armada do governo. Com uma numerosa e bem armada tropa de mais ou menos mil homens, os rebeldes formaram a coluna paulista, que surgiu em direção ao sul do país, ao encontro de outra coluna militar tenentista, liderada pelo capitão Luís Carlos Prestes.

"Uma vila operaria no Braz". "Aspectos de incêndios em São Paulo durante a revolução". "Nos terrenos do Ipiranga. Exumação de cadáveres enterrados pelos revoltosos e que as formas legais levaram para os cemitérios da cidade". "Um curioso aspecto do êxodo da população". 18 do Forte de Copacabana e Revolução paulistana de 1924 "Aspectos do saque que, infelizmente, campeou em São Paulo".

Coluna de Manaus A Comuna de Manaus foi um movimento tenentista ocorrido no Amazonas no ano de 1924. Deflagrada em 23 de julho de 1924, a rebelião dos militares de Manaus situa-se dentro de um quadro geral dos movimentos liderados por militares tenentes que naquele momento formularam críticas ao poder estabelecido, atingindo-o na esfera jurídico-política. No caso de Manaus, a oligarquia cujo domínio se contestava, reunia-se em torno de César Rego Monteiro. A Rebelião iniciada na capital do amazonas, logo se estendeu à região de Óbidos, no Pará, local em que se concentraram as operações militares, dada a posição estratégica da cidade e do seu forte. O alvo dessa expansão militar era Belém do Pará, onde as guarnições buscavam unir-se, mas, devido aos imprevistos, os rebeldes ficaram restritos à região de Óbidos, controlando a passagem pelo Rio Amazonas e o governo da capital Manaus até o dia 28 de agosto de 1924, quando ocorre a repressão do movimento, através das forças federais.

Antecedentes Manaus, assim como as outras regiões, tinha,nas oligarquias, os manipuladores do poder visando seus interesses, através de alianças com o poder federal. Essa região tinha sua renda baseada na exportação de borracha Na década de 20 houve uma crise no mercado internacional, o que faz com que a exportação de borracha seja prejudicada. Isso gerou sérios problema sócio - políticos. Com essa crise as oligarquias do Amazonas começaram a empobrecer. Isso gerou divergências entre os grupos e facções que mandavam na região. Após várias tentativas de conter a crise, César Rego Monteiro assume o poder e logo entra em desavenças com Assembléia Legislativa.

O levante de 23 de julho Durante uma viagem de Rego Monteiro, seu substituto Turiano Meira é atacado e O lº Tenente Alfredo Augusto Ribeiro Junior, faz a ocupação efetiva do prédio que era a sede governamental. Os militares isolam Manaus do resto do Brasil por mais de um mês, tomando estações de telégrafos e telefônicas, e do vapor Bahia. No dia 24 de julho, Ribeiro Junior assume o governo oficialmente. Logo tomou medidas que o deixaria popular. As medidas são: Tributo da Redenção para reaver o dinheiro retirado do Tesouro, o governo realiza confiscos bancários, leilões de bens móveis, faz cobranças de impostos atrasados a empresas inglesas; Criam impostos mais altos para os ricos;

O final Os tenentes se transformam em heróis para a população manauense, que os apóiam desde o início da revolta. Contando com esse apoio, Ribeiro Junior permaneceu no poder até o dia 26 de agosto, quando tropas comandadas pelo general João de Deus M. Barreto prendem Ribeiro Junior e seus companheiros militares. Ribeiro Junior foi condenado a 1 ano e quatro meses de prisão. Não houve resistência, pois não queria que houvesse mortes ou chacinas.

As duas forças tenentistas uniram-se e decidiram percorrer o interior do país, procurando o apoio do povo para novas revoltas contra o governo. Nascia, assim, a chamada Coluna Prestes, pois as tropas eram lideradas pelo capitão Luís Carlos Prestes. Coluna Prestes Durante mais de dois anos (1924 a 1926), a Coluna Prestes percorreu 24 mil quilômetros através de 12 estados brasileiros. Sem descanso, o governo perseguia as tropas da Coluna Prestes que, por meio de brilhantes manobras militares, conseguia escapar das perseguições. Em 1926, os homens que ainda permaneciam na Coluna Prestes decidiram ingressara no Bolívia e desfazer, finalmente, a tropa. A Coluna Prestes não conseguiu provocar revoltas capazes de ameaçar seriamente o governo. Mas manteve acesa a esperança revolucionária de libertar o país do domínio da velha oligarquia.

Durante cerca de dois anos, a coluna Prestes, comandada por Miguel Costa e Luiz Carlos Prestes, composta da junção das tropas que se sublevaram em São Paulo e no Rio Grande do Sul, em julho de 1924, percorreu cerca de 25 mil quilômetros no interior do Brasil, pregando o fim da República Velha, a modernização do país e a realização de reformas sociais. Apesar do grande número de soldados enviados contra ela e das alianças feitas entre as autoridades e os chefes locais para tentar esmagar a coluna, o movimento não foi sufocado - e o nome de Prestes ganhou projeção nacional. No início de 1827, depois de cruzar onze estados, os integrantes da marcha exilaram-se na Bolívia. O manifesto que se segue, divulgado em Porto Nacional, hoje estado de Tocantins, em 19 de outubro de 1925, expõe os objetivos da coluna.

Luis Carlos Prestes Luis Carlos Prestes é um dos maiores símbolos dos ideais da revolução socialista no pais. Mesmo depois de morto, Prestes continua a incomodar os donos do poder. Em 1921, quando se engajou no tenentismo, sua motivação foi a de um patriota. Ele estava preocupado com a situação do Brasil com a situação do povo, com as injustiças, ainda que de forma confusa, ele queria lutar por um mundo melhor. Foi, pois, como patriota que ele ingressou no movimento tenentista. Nesse processo, e já nas atividades da Coluna entre 1924 e 1926, é que ele se transformou num revolucionário. Mas ainda não era um comunista. É este caminho revolucionário, na Coluna - quando percorre o interior do país e se depara com a terrível miséria do trabalhador brasileiro, o que o choca profundamente, que ele chega à conclusão de que os objetivos do tenentismo não vão resolver a situação do povo brasileiro. Por isso, propõe o encerramento da marcha, segue para o exílio e vai estudar, para conhecer melhor a realidade brasileira e encontrar o caminho. Aí se torna comunista

Coluna prestes Os coronéis representavam uma oligarquia que dominou por várias décadas o interior do país. Eles eram a Lei e a autoridade, jamais podiam ser desafiados sob pena de receber severas punições. As precárias condições de vida do sertanejo faziam com que estes devotassem respeito e admiração a um coronel, seguindo à risca o que ele ditava.

O Tenentismo, em sua grande maioria, apoiou este movimento e, depois da vitória e posse de Getúlio Vargas, vários tenentes se tornaram interventores. Este foi o caso de Juracy Magalhães(Bahia), Landri Sales (Piauí), Magalhães Almeida (Maranhão) e Magalhães Barata (Pará), entre outros. O Tenentismo continuava presente na vida pública nacional, porém dividido. Luís Carlos Prestes e uma minoria que o acompanhava, fizeram parte de uma divisão. Em 1937 a outra divisão do tenentismo, formada por Juracy Magalhães, Juarez Távora, Eduardo Gomes e outros, rompeu com o Presidente Getúlio Vargas e passou para a oposição.

Em 1945, o tenentismo Anti-Getulista conseguiu depor o Ditador Getúlio Vargas e lançou a candidatura do Brigadeiro Eduardo Gomes, um nome que lembra o tenentismo. Apesar de Eduardo se candidatar, quem ganha é Eurico Gaspar Dutra, ex-ministro de Vargas, que, inclusive, já havia demonstrado interesse pela aproximação do Brasil com as potências do Eixo. Em 1950, Eduardo Gomes tente denovo e acaba sendo derrotado por Getúlio Vargas. Em 1955 o tenentismo entra na diputa pelo poder novamente, só que dessa vez com o General Juarez Távora, um dos expoentes do tenentismo. E o tenentismo foi, dessa maneira, até 1970, quando o último de seus membros morre.