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Transcrição:

ATOS ADMINISTRATIVOS VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE ATOS VINCULADOS Não há faculdade de opção para o administrador. A lei determina todos os elementos necessários à sua prática, sem que haja margem de liberdade para a Administração. ATOS DISCRICIONÁRIOS A Administração possui certa margem de liberdade, havendo liberdade de decisão no caso concreto. Pauta-se na conveniência e oportunidade. OBS: Cabe controle judicial sobre o ato administrativo discricionário. Entretanto, não cabe controle judicial sobre o mérito do ato. O controle exercido pelo Poder Judiciário é de legalidade. Ato Vinculado Ato Discricionário Competência V V Finalidade V V Forma V V Motivo V D Objeto V D 1

EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS - ANULAÇÃO - É a extinção do ato por motivo de ilegalidade. Pode ser feita pela própria Administração Pública pautada pelo princípio da autotutela OU ser anulado pelo Poder Judiciário pautado no princípio da inafastabilidade da jurisdição. (art. 5º, XXXV, CF) XXXV a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Tem efeito retroativo (ex tunc). - REVOGAÇÃO - Extinção do ato por razões de conveniência e oportunidade. Tem efeitos ex nunc (não retroativo) O Poder Judiciário não pode revogar os atos administrativos praticados pela Administração Pública. Quando o Poder Judiciário atua no desempenho de função administrativa atípica, ele pode revogar os seus próprios atos administrativos. Existem limites ao poder de revogar, ou seja, alguns atos não comportam revogação: Atos vinculados Atos que exauriram os seus efeitos Meros atos administrativos Ato que integra um procedimento Atos que geram direitos adquiridos Atos que a lei declarar irrevogáveis SÚMULA 473 STF A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 2

OUTRAS FORMAS DE EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS CASSAÇÃO O beneficiário do ato administrativo deixa de cumprir os requisitos que deveriam ser observados. CADUCIDADE Ocorre quando uma nova lei derruba os efeitos do ato anteriormente editado. CONTRAPOSIÇÃO Edita-se um outro ato com efeitos opostos ao ato anterior. OBS: Alguns doutrinadores, como José dos Santos Carvalho Filho, dividem os atos de forma diferente. Tratam do desfazimento volitivo (onde se enquadram anulação, revogação e cassação) e desfazimento não-volitivo (caducidade, extinção natural, extinção subjetiva e extinção objetiva). EXTINÇÃO NATURAL Ocorre pelo cumprimento dos seus efeitos. EXTINÇÃO SUBJETIVA Desaparecimento do sujeito beneficiário. EXTINÇÃO OBJETIVA Desaparecimento do objeto do ato. Não é forma de extinção! CONVALIDAÇÃO Ato administrativo pelo qual é suprido o vício que o ato ilegal possui, com efeitos ex tunc. Para acontecer a convalidação, o vício tem que ser sanável e não pode haver lesão ao interesse público, nem prejuízo a terceiros. A convalidação é realizada pela Administração. Eventualmente, o administrado pode realizá-la, se a edição daquele ato dependia da sua manifestação e não houve o cumprimento da formalidade. Regra geral, segundo a doutrina, apenas a competência (quando não for exclusiva) e forma (quando não essencial à validade do ato) seriam convalidáveis. Finalidade, motivo e objeto não são elementos convalidáveis (posição adotada pela professora Di Pietro). Alguns doutrinadores admitem a convalidação do objeto, quando plúrimo, mediante conversão ou reforma. Lei nº 9.784/99, art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. 3

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01) (ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA / TRT-24ª REGIÃO / 2017 / FCC) Manoel, servidor público e chefe de determinada repartição, emitiu certidão de dados funcionais a seu subordinado, o servidor Pedro. Passados alguns dias da prática do ato administrativo, Manoel decide revogá-lo por razões de conveniência e oportunidade. Cumpre salientar que o mencionado ato não continha vício de ilegalidade. A propósito dos fatos narrados, a revogação está (A) incorreta, pois somente caberia tal instituto se feito pela autoridade máxima do órgão ou entidade a que pertence Manoel. (B) incorreta, pois somente caberia tal instituto se houvesse a concordância do servidor Pedro. (C) correta. (D) incorreta, porque o instituto adequado ao caso é a anulação. (E) incorreta, porque certidão é ato administrativo que não comporta tal instituto. 02) (ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA / TRT-24ª REGIÃO / 2017 / FCC) Fabio, servidor público federal e chefe de determinada repartição, concedeu licença a seu subordinado Gilmar, pelo período de um mês, para tratar de interesses particulares. No último dia da licença em curso, Fabio decide revogá-la por razões de conveniência e oportunidade. A propósito dos fatos, é correto afirmar que a revogação (A) não é possível, pois o ato já exauriu seus efeitos. (B) não é possível, pois apenas o superior de Fabio poderia assim o fazer. (C) é possível, em razão da discricionariedade administrativa e da possibilidade de ocorrer com efeitos ex tunc. (D) não é possível, pois somente caberia o instituto da revogação se houvesse algum vício no ato administrativo. (E) é possível, desde que haja a concordância expressa de Gilmar. 03) (ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ENGENHARIA / TRT-24ª REGIÃO / 2017 / FCC) O ato administrativo discricionário (A) apresenta discricionariedade em todos os seus requisitos, exceto quanto à competência para a prática do ato. (B) apresenta discricionariedade em um de seus requisitos, qual seja, a finalidade. (C) não comporta anulação. (D) é passível de revogação. (E) não está sujeito a controle judicial. 04) (ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR / TRT-11ª REGIÃO / 2017 / FCC) Considere a seguinte situação hipotética: o Prefeito de determinado Município de Roraima concedeu autorização para atividade de extração de areia de importante lago situado no Município. Cumpre salientar que o ato administrativo preencheu todos os 4

requisitos legais, bem como foi praticado quando estavam presentes condições fáticas que não violavam o interesse público. Ocorre que, posteriormente, a atividade consentida veio a criar malefícios à natureza. No caso narrado, o ato administrativo emanado pelo Prefeito poderá ser (A) mantido incólume no mundo jurídico, haja vista que a nova circunstância fática não gera consequências ao ato já praticado. (B) anulado pela Administração pública ou pelo Judiciário, com efeitos ex tunc. (C) anulado apenas pelo Poder Judiciário e com efeitos ex nunc. (D) convalidado, com efeitos ex tunc. (E) revogado, com efeitos ex nunc. 05) (TÉCNICO ÁREA ADMINISTRATIVA / DPE-RS / 2013 / FCC) Pretendendo um administrador público rever determinado ato administrativo, um aspecto que pode configurar impedimento à conduta é: (A) Caso o ato seja discricionário, tendo em vista que o poder da administração pública de rever os próprios atos está restrito a vícios de ilegalidade. (B) Caso o ato seja vinculado, tendo em vista que revisão por vício de ilegalidade deve ser feita judicialmente. (C) Caso se esteja diante de ato consumado, qual seja, aquele que já exauriu seus efeitos, cuja revisão depende de provocação judicial para seu desfazimento. (D) Caso se esteja diante de ato consumado, pois já tendo exaurido seus efeitos, tornou-se definitivo, não podendo ser desfeito, cabendo, se for o caso, responsabilização dos envolvidos. (E) Caso se esteja diante de vício referente a forma ou a competência, que não podem ser sanados ou convalidados. 06) (ANALISTA ADMINISTRADOR / COPERGAS / 2016 / FCC) Claudio, servidor público estadual, praticou ato administrativo viciado. Determinado administrado, ao notar o ocorrido, comunicou ao servidor o vício, no entanto, houve a convalidação do ato administrativo. A propósito do tema, é correto afirmar que (A) a Administração pública não tem a opção de retirar ou não o ato viciado do mundo jurídico; o que ela pode é extirpar o ato viciado através do instituto da revogação. (B) todo ato administrativo viciado deve ser anulado pela Administração pública, não importando o vício nele contido. (C) nem sempre é possível a convalidação do ato administrativo; depende do tipo de vício que atinge o ato. (D) a Administração pública pode, por razões de conveniência e oportunidade, manter hígido ato administrativo viciado, não importando o vício nele contido. (E) se o vício existente no ato encontra-se no motivo do ato administrativo, agiu corretamente a Administração pública. 07) (TÉCNICO JUDICIÁRIO / TRT-14ª REGIÃO / 2016 / FCC) Sobre atos administrativos, considere: 5

I. Os atos administrativos vinculados comportam anulação e revogação. II. Em regra, os atos administrativos que integram um procedimento podem ser revogados. III. A competência para revogar é intransferível, salvo por força de lei. Está correto o que se afirma em (A) III, apenas. (B) I, II e III. (C) I e III, apenas. (D) I e II, apenas. (E) II, apenas. 08) (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO / TCE-PR / 2016 / CESPE-UnB) A revogação do ato administrativo é a supressão de um ato legítimo e eficaz, seja por oportunidade, seja por conveniência, seja por interesse público; entretanto, o poder de revogar da administração pública não é absoluto, pois há situações insuscetíveis de modificação por parte da administração. Tendo as considerações apresentadas como referência inicial, assinale a opção que apresenta ato suscetível de revogação. A parecer emitido por órgão público consultivo B ato de concessão de licença para exercer determinada profissão, segundo requisitos exigidos na lei C ato de posse de candidato nomeado após aprovação em concurso público D ato administrativo praticado pelo Poder Judiciário E ato de concessão de licença funcional já gozada pelo servidor 09) (ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO / ANAC / 2016 / ESAF) Considerando-se os elementos do ato administrativo, sabemos que alguns deles são sempre vinculados, enquanto outros podem ser ora vinculados, ora discricionários. Assinale a opção em que os dois elementos nela listados admitam tanto a vinculação quanto a discricionariedade. a) Finalidade / motivo. b) Forma /objeto. c) Competência / finalidade. d) Motivo / objeto. e) Finalidade / forma. 10) (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO / TCM-RJ / 2016 / IBFC) Considere a seguinte situação hipotética: Autoridade municipal fixou as linhas e os itinerários de ônibus da cidade, de modo a beneficiar determinada empresa, que disputa a concessão de serviço público de transporte coletivo. Desse modo, o ato da autoridade municipal poderá ser: a) anulado, por desvio de finalidade b) revogado, desde que seja caracterizado o desvio de poder c) revogado, desde que se trate de ato administrativo vinculado 6

d) convalidado, desde que a autoridade municipal tenha poder discricionário para a fixação das linhas e dos itinerários. 11) (ANALISTA ADMINISTRATIVO / TRT-4ª REGIÃO / 2015 / FCC) Considere que determinada autoridade pública tenha concedido licença para funcionamento de um estabelecimento comercial sem, contudo, atentar para o fato de que não estavam presentes os requisitos legais para a concessão. Referido ato é passível de (A) revogação pela mesma autoridade que o praticou, indicando o vício de legalidade incorrido. (B) anulação pela própria Administração, com base no princípio da autotutela ou pelo Poder Judiciário mediante provocação. (C) anulação pela autoridade superior àquela que praticou o ato, com base no poder de polícia administrativa. (D) revogação, pela via judicial, por ofensa aos princípios básicos da Administração pública. (E) anulação, pela própria Administração, com base no princípio da discricionariedade administrativa. 12) (PROCURADOR MUNICIPAL / PORTO ALEGRE-RS / 2016 / FUNDATEC) Diferentes são as hipóteses de extinção de um ato administrativo, para além do mero cumprimento dos seus efeitos, a forma mais natural. Circunstâncias diversas, atos vinculados ou discricionários da autoridade pública podem também produzir essa realidade. Sendo assim, a revogação, a anulação, a caducidade e a cassação surgem com exemplos consolidados de extinção dos atos administrativos. A respeito desses institutos do, NÃO é adequado afirmar que: A) A revogação é um ato discricionário que incide apenas sobre atos discricionários. B) A anulação implica na extinção de ato insanável com efeitos retroativos. C) A caducidade decorre da superveniência de norma jurídica que tornou inadmissível situação jurídicoadministrativa anteriormente permitida, tendo significado totalmente distinto da caducidade aplicada para os contratos de concessão de serviços públicos. D) A cassação é um exemplo de ato vinculado e sancionatório praticado em virtude do destinatário do ato ter desatendido condições que garantiam a sua continuidade. E) A revogação pode ser utilizada para atingir ato administrativo viciado, pois o seu motivo é a inconveniência à luz do juízo da discricionariedade. 13) (TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL / SEFAZ-RS / 2014 / FUNDATEC) Analise as seguintes assertivas sobre a extinção dos atos administrativos: I. A revogação do ato administrativo ocorre por razões de oportunidade e conveniência, quando esse apresentar algum defeito de validade ou de eficácia, respeitando-se os efeitos já produzidos pelo ato administrativo em questão. 7

II. A anulação ou invalidade dos atos administrativos representa o seu desfazimento por razões de ilegalidade, produzindo efeitos retroativos a data de emissão do ato administrativo. A anulação poderá ser realizada pelo Poder Judiciário ou pela própria Administração Pública. III. Os atos administrativos não estão sujeitos à caducidade ou a convalidação, ressalvadas as hipóteses previstas em lei. Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas II e III. 14) (ESTAGIÁRIO DE DIREITO / TJ-MG / 2016 / CONSULPLAN) Sobre a extinção do ato administrativo, assinale a afirmativa INCORRETA. A) Os atos que geram direitos não podem ser anulados. B) A revogação do ato administrativo tem efeitos ex nunc, ou seja, não retroagem. C) O Poder Judiciário e a Administração Pública podem ser sujeitos ativos na anulação de atos administrativos. D) A Administração Pública pode revogar seus próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 15) (ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR / TRT-14ª REGIÃO / 2016 / FCC) Sobre o ato administrativo, considere: I. O ato administrativo nulo não comporta revogação. II. O ato administrativo com vício de competência poderá, em determinadas hipóteses, ser convalidado. III. Em regra, a anulação do ato administrativo ocorre com efeito ex nunc. IV. A anulação do ato administrativo, quando feita pela Administração pública, independe de provocação do interessado. Está correto o que se afirma em (A) I, II e IV, apenas. (B) I, II, III e IV. (C) I e IV, apenas. (D) III, apenas. (E) II, apenas. 16) (ANALISTA JUDICIÁRIO / ÁREA ADMINISTRATIVA / TRT-20ª REGIÃO / 2016 / FCC) Marcos, servidor público federal, praticou ato administrativo com vício de forma, não observando formalidade indispensável à existência do ato. O servidor, ao constatar o vício, revogou o ato administrativo e proferiu novo ato observando a formalidade exigida por lei. No caso narrado, (A) é possível a revogação, desde que se dê com efeitos ex tunc. (B) não é possível a revogação, haja vista a ilegalidade do ato praticado. (C) é possível a revogação, desde que se dê com efeitos ex nunc. (D) Marcos deveria ter se utilizado do instituto da convalidação, sempre possível para ato com vício de forma. 8

(E) Marcos deveria ter se utilizado do instituto da anulação, com efeitos ex nunc. 17) (FISCAL DE TRIBUTOS / PREF. NITERÓI / 2015 / FGV) De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, a convalidação do ato administrativo é o processo de que se vale a Administração Pública para: (A) anular atos administrativos praticados com vício de legalidade, com base na prerrogativa da autotutela, que possibilita ao agente público rever seus próprios atos, para atender ao ordenamento jurídico; (B) revogar atos administrativos praticados com vício em seu mérito, por questões de oportunidade e conveniência, com base na prerrogativa da discricionariedade, que possibilita ao agente público rever seus próprios atos; (C) retificar atos administrativos que, embora praticados sem quaisquer vícios, devem ser modificados para melhor atender aos fins públicos a que se destinam, com base no princípio da eficiência; (D) aperfeiçoar atos administrativos com qualquer tipo de vício, de forma a ratificá-los em sua totalidade, com efeitos ex nunc, isto é, contados a partir do momento da ratificação; (E) aproveitar atos administrativos com vícios superáveis, de forma a confirmá-los no todo ou em parte, com efeitos ex tunc, ou seja, retroage ao momento em que foi praticado o ato originário. 18) (AGENTE PÚBLICO / TCE-BA / 2014 / FGV) Tendo em vista as hipóteses de extinção do ato administrativo, assinale a alternativa que apresenta apenas hipóteses de extinção volitiva dos atos administrativos. (A) Invalidação e extinção subjetiva. (B) Revogação e cassação. (C) Extinção subjetiva e objetiva. (D) Anulação e execução material. (E) Extinção objetiva e execução material. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO / ÁREA EDUCACIONAL / TCE-PA / 2016 / CESPE) Acerca de função administrativa e atos administrativos, julgue os itens a seguir. 19 Situação hipotética: Um diretor de tribunal de contas editou ato administrativo com desvio de finalidade. Após correição, o vício foi detectado e comunicado ao presidente do tribunal. Assertiva: Nessa situação, o presidente poderá avocar para si a competência administrativa pertinente e convalidar o ato administrativo. (JUIZ SUBSTITUTO / TRF-1ª REGIÃO / 2015 / CESPE) Com relação ao ato administrativo, julgue os itens a seguir. 20 Os vícios sanáveis do ato administrativo, que admitem convalidação, são aqueles relacionados à forma, à finalidade e ao motivo. (CONSULTOR LEGISLATIVO / CÂMARA DOS DEPUTADOS / 2014 / CESPE) Julgue os itens seguintes, acerca dos atos administrativos. 9

21 Ao extinguir por meio de revogação, um ato administrativo discricionário válido, a administração pública tem de fazê-lo em razão de oportunidade e conveniência, respeitando os efeitos já produzidos pelo ato até o momento. (TÉCNICO JUDICIÁRIO / ÁREA JUDICIÁRIA / TJ-SE / 2014 / CESPE) No tocante aos atos e aos poderes administrativos, julgue os próximos itens. 22 O Poder Judiciário só tem competência para revogar os atos administrativos por ele mesmo produzidos. (PROCURADOR / PREFEITURA DE SALVADOR / 2015 / CESPE) A respeito da revogação de ato administrativo, julgue os itens a seguir. 23 Revogação é instrumento jurídico utilizado pela administração pública para suspender temporariamente a validade de um ato administrativo por motivos puramente discricionários. 24 A prerrogativa de invalidar ato administrativo é da própria administração pública, ao passo que a de revogálo é do Poder Judiciário, em decisão referente a caso concreto que lhe seja apresentado. 25 Se ficar constatado que determinado ato administrativo contém vício de legalidade, a administração pública deverá promover a sua revogação. 26 Em geral, a revogação do ato administrativo produz efeitos ex tunc, mas, em determinadas situações, pode ela ter efeitos ex nunc. 27) (ADVOGADO / SUSAM / 2014 / FGV) Tendo em vista as formas de extinção do ato administrativo, analise as afirmativas a seguir. I. A extinção de um ato administrativo depende da manifestação de vontade da administração. II. A extinção subjetiva é uma forma de desfazimento volitivo do ato administrativo. III. A extinção por caducidade depende de lei. Assinale: (A) se todas as afirmativas estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. (C) se apenas a afirmativa I estiver correta. (D) se apenas a afirmativa II estiver correta. (E) se apenas a afirmativa III estiver correta. GABARITO 01E 02A 03D 04E 05D 06C 07A 08D 09D 10A 11B 12E 13B 14A 15A 16B 17E 18B 19E 20E 21C 22C 23E 24E 25E 26E 27E 10