ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL DA LINHA PINHAL INTERIOR FALAGUEIRA (LCPIFR), A 150 kv, E SUBESTAÇÃO DE CORGAS

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Transcrição:

GENERVENTOS do Pinhal Interior Energias Renováveis Soc. Unipessoal, Lda. ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL DA LINHA PINHAL INTERIOR FALAGUEIRA (LCPIFR), A 150 kv, E SUBESTAÇÃO DE CORGAS RESUMO NÃO TÉCNICO

1 - INTRODUÇÃO Neste documento apresenta-se o Resumo Não Técnico do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da Linha a 150 kv, Pinhal Interior Falagueira (LCPIFR) e Subestação de Corgas, a construir, nos termos do previsto no Decreto Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, que estabelece o regime jurídico da Avaliação de Impacte Ambiental (AIA). Este Projecto, em fase de estudo prévio, visa estabelecer, a ligação por intermédio de uma linha eléctrica, a 150 kv, entre a Subestação da Falagueira e a Subestação de Corgas (a construir), que receberá a energia produzida pelo Aproveitamento Eólico do Pinhal Interior. O EIA foi elaborado pela PROCESL Engenharia Hidráulica e Ambiental, Ldª., de acordo com a solicitação da empresa GENERVENTOS do Pinhal Interior Energias Renováveis Soc. Unipessoal, Lda. empresa pertencente ao grupo GENERG: Rua Laura Alves, n.º 4, 3º D to 1050 LISBOA Telefone: 21 780 20 20; Fax: 21 780 20 21 Os trabalhos relativos ao EIA foram iniciados em Fevereiro de 2003 e prolongaram-se até Julho do mesmo ano. No decorrer da realização do EIA foram contactadas diversas entidades, tendo sido elaborado um volume que reproduz as trocas de correspondência verificadas e que constitui um Anexo ao EIA. Para além do Resumo Não Técnico, o EIA é constituído por um Relatório e por Anexos Técnicos, para além do Anexo de Correspondência, referido no parágrafo anterior. Este estudo de Impacte Ambiental foi elaborado em fase de estudo prévio. 2 - OBJECTIVO DO ESTUDO Um dos objectivos do presente Estudo é a identificação do corredor mais favorável para a implantação da Linha, identificando e avaliando, para tal, os potenciais impactes ambientais decorrentes da utilização do corredor seleccionado. O outro objectivo, é o de seleccionar a melhor localização, do ponto de vista ambiental, para a Subestação de Corgas. 18503rnt 1/12

3 - ENQUADRAMENTO E LOCALIZAÇÃO A localização e enquadramento da área de estudo é apresentada na Figura 1, abrangendo os concelhos de Nisa, Vila Velha de Ródão e Proença-a-Nova. A área de estudo, abrange, a sul, o concelho de Nisa, onde se localiza a Subestação da Falagueira (da REN S.A.) passando, mais a norte, sobre o rio Tejo (Albufeira do Fratel), atravessando o concelho de Vila Velha de Ródão até à zona Subestação de Corgas, a localizar no Concelho de Proença-a-Nova. 4 - DESCRIÇÃO DO PROJECTO 4.1 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PROJECTO A nova Linha, em estudo, será executada em cabos aéreos, apoiados em postes de perfil tradicional. A titulo de exemplo, são apresentados, na Figura 2, alternativas de postes que serão utilizados neste Projecto. A Subestação de Corgas tem uma concepção clássica, sendo constituída por um parque exterior e por um edifício de comando em área adjacente. A área total abrangida é da ordem dos 0,4 ha. Na Figura 3, é apresentada uma planta, aproximada, da configuração final da Subestação. 4.2 - ALTERNATIVAS DE IMPLEMENTAÇÃO O EIA iniciou-se pela fase de selecção de corredores e de alternativas para a localização da Subestação. Para o efeito, foram analisadas as grandes condicionantes ambientais presentes na região e definidos percursos que, à partida, não gerassem conflitos com os elementos ambientais mais importantes, presentes nesta zona. Em relação à Linha, foram definidos oito corredores diferentes. Da análise comparativa dos 8 corredores resultou a escolha do corredor n.º 7, o qual se afigurou como o mais favorável para a construção da mesma. No que respeita à Subestação, foram consideradas duas alternativas: A proposta pelo proponente - e B resultante de uma análise da área de estudo. Depois de aprofundado o conhecimento sobre estas duas localizações, considerou-se que a alternativa A é a mais favorável, sobretudo ao nível técnico. Para além destas alternativas de localização, quer para a Linha, quer para a Subestação, foi também considerado no estudo o cenário da não construção do Projecto, ou seja, a Alternativa Zero. 18503rnt 2/12

201000 211000 221000 231000 241000 251000 Localização da área de estudo Alvito da Beira 4 Sobreira Formosa Montes da Senhora PROENÇA-A-NOVA 321000 321000 Sarnadas de Ródão 6 Peral Carta Militar de Portugal Esc.: 1/250 000 e Esc.: 1/25 000, IGeoE VILA VELHA DE RODÃO Perais São Pedro do Esteval Fratel Santana 290 Montalvão 311000 311000 São Simão Espírito Santo NISA Amieira do Tejo Nossa Senhora da Graça Arez Alpalhão 317000 222000 317000 301000 301000 Tolosa 316000 316000 291000 281000 281000 291000 B A 0 222000 201000 211000 221000 Extracto da Carta Militar de Portugal, Esc.: 1/250 000, folha nº 4 (1998) e folha 6 (1998), IGeoE Origem das coordenadas rectangulares: Ponto fictício (unidades em metros) 231000 241000 271000 1051\05003\05003SIG\PROJECTOS\05003FIG_RN1.mxd Extracto da Carta Militar de Portugal, Esc.: 1/25 000, folha nº 290 (1993), IGeoE Origem das coordenadas rectangulares: Ponto fictício (unidades em metros) 251000 0 10 km Corredores alternativos Corredor seleccionado Localizções alternativas para a subestação Limite de concelho Limite de freguesia Sede de concelho Sede de freguesia Figura 1 - Localização e enquadramento da área de estudo 500 m

1051\05003\05003SIG\PROJECTOS\05003FIG_RN2.mxd Figura 2 - Postes Tipo

1051\05003\05003SIG\PROJECTOS\05003FIG_RN3.mxd Fonte: Figura 3 - Apresentação da Subestação

4.3 - PRINCIPAIS ACTIVIDADES DE CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO, MANUTENÇÃO E DESACTIVAÇÃO 4.3.1 - Construção As actividades de construção da subestação e da Linha são simples e englobam basicamente: - Subestação: Consolidação e nivelamento do terreno; construção de drenagens, fundações para os suportes da aparelhagem e edifício; montagem mecânica e eléctrica; - Linha: abertura de caboucos e execução das fundações para os apoios; montagem mecânica da estrutura recticulada dos apoios; montagem de isoladores e condutores; 4.3.2 Operação e manutenção Durante o período de manutenção da Linha existirão actividades programadas de inspecção e vistoria feitas, quer por terra, quer por helicóptero, sendo, neste último caso, a linha videografada com câmaras de termovisão para detecção de defeitos. Na fase de exploração devem considerar-se ainda as seguintes possíveis operações de manutenção, desencadeadas apenas quando detectada a sua necessidade: - Corte ou decote de árvores de crescimento rápido; - Recuperação de galvanização; - Lavagem de isoladores; - Reparação/substituição de elementos da Linha. A operação da Subestação faz-se por telecomando. Periodicamente esta instalação é inspeccionada por técnicos especializados, decorrendo todas as acções de manutenção (lavagem, calibragem, substituição) no interior do recinto. 4.3.3 Desactivação Este tipo de infra-estruturas (Linha e Subestação) tem uma vida útil longa (30 anos) não sendo possível prever, com rigor, uma data para a sua eventual desactivação. Não é previsível o abandono do corredor da Linha, sendo intenção da REN S.A. proceder às alterações que as necessidades de transporte de energia ou a evolução tecnológica aconselhem. O mesmo se refere relativamente à Subestação, a qual será objecto ao longo do tempo de vida útil de intervenções de manutenção e ou de alteração de sistemas de acordo com a evolução tecnológica. 18503rnt 6/12

4.4 - PROGRAMA DE REALIZAÇÃO DO PROJECTO O prazo total para a execução dos trabalhos é de 12 meses, para a Linha e de 6 meses para Subestação. A exploração do Projecto, está prevista para 30 anos. O orçamento do Projecto aponta para um custo total de 6 400 000 (seis milhões e quatrocentos mil euros). 5 - ANTECEDENTES O estudo foi realizado, como já referido, em fase de estudo prévio, não existindo quaisquer antecedentes, que importe considerar. Refere-se, todavia que, na sequência do pedido de atribuição do ponto de recepção de energia eléctrica apresentado pela GENERG, SA à Direcção Geral de Energia decidiu, nos termos do n.º 12 do Decreto-Lei 312/2001 de 10 de Dezembro, atribuir, provisoriamente, o ponto de recepção na Subestação de Falagueira. 6 - AMBIENTE AFECTADO, ANÁLISE DE IMPACTES E MEDIDAS DE MI- NIMIZAÇÃO Tendo em atenção as características específicas do Projecto, procedeu-se a uma caracterização dos principais elementos do ambiente que poderiam, eventualmente, ser afectados, com algum significado, com a construção e exploração deste Projecto (Linha e Subestação). A caracterização da situação actual do ambiente, na área em causa, envolveu a recolha e análise de um conjunto diversificado de dados de base e informações existentes em vários organismos e entidades responsáveis pela sua disponibilização. A necessidade de complementar a informação recolhida, bem como a circunstância de se conhecer, com maior pormenor, os dados de natureza local, conduziu à realização de estudos e trabalhos de campo que contribuíram, nomeadamente, para a caracterização da flora e fauna terrestres, observação e avaliação da paisagem e confirmação da ocupação do solo. Como conclusões mais significativas dos trabalhos realizados sumarizam-se neste ponto, para cada um dos temas ambientais, os aspectos mais importantes identificados, bem como as afectações produzidas no ambiente e respectivas medidas de minimização e ou compensatórias. Salienta-se que a análise e selecção, em fase de Estudo Prévio, das localizações mais adequadas, quer para estabelecer o traçado, quer para a localização da Subestação, foi a medida minimizadora mais importante assumida. A análise que aqui se apresenta refere-se, especificamente, ao corredor seleccionado (n.º 7) e à localização da Subestação escolhida. 18503rnt 7/12

6.1 - ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO As questões associadas ao ordenamento do território assumem sempre particular importância nas análises dos impactes ambientais, especialmente em projectos semelhantes ao presente. Esta importância associa-se aos conflitos potenciais que estas infra-estruturas podem provocar e que assumem especial relevância no que respeita ao atravessamento de áreas urbanas ou urbanizáveis. A análise do Ordenamento do Território, foi efectuada a partir da consulta dos Planos Directores Municipais (PDM) dos concelhos de Nisa, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão. Importa realçar, neste ponto, uma das particularidades dos estudos a linhas aéreas de transporte de energia. Apesar de constituírem infra-estruturas lineares de dimensões assinaláveis os seus conflitos directos com o solo resumem-se às áreas de implantação dos apoios. Na sua maioria, as condicionantes identificadas impõem um conjunto de regras e restrições apenas referentes ao uso e ocupação do solo. Uma vez que este tipo de projectos se desenvolve maioritariamente em suspensão, as efectivas afectações das figuras de ordenamento são consideravelmente inferiores ao que, numa primeira análise, se poderia esperar, e resumem-se às áreas de implantação dos apoios. Para além desta particularidade, no estudo de uma linha de alta tensão em fase de estudo prévio, onde se desconhece a localização dos postes, não é possível, identificar e/ou avaliar, com precisão, as afectações nesta matéria. Assim, e para a escolha do corredor ambientalmente mais adequado e do melhor local para a implantação da Subestação procurou-se, desde logo, minimizar as afectações/conflitos com as áreas de maior sensibilidade ao nível do Ordenamento do Território, nomeadamente as áreas urbanas e urbanizáveis. Assim, em termos de Ordenamento, quer a Subestação, quer o corredor seleccionado, desenvolvemse, preferencialmente sobre espaços florestais e agro-florestais e sobre a REN Reserva Ecológica Nacional. A afectação destas áreas é classificada como uma afectação importante, pois desrespeita uma servidão instituída. O corredor seleccionado atravessa, também, uma área que se encontra condicionada pelo Aeródromo de Proença. Contudo, esta restrição é altimétrica e somente aplicável em parte do corredor. Há assim, espaço suficiente, dentro dos 400 m de largura do corredor, para encaixar um traçado que não entre em conflito com esta servidão. 18503rnt 8/12

A principal medida de minimização ao nível deste descritor, já referida, consistiu na própria definição dos corredores alternativos analisados que, à partida, foram traçados por forma a minimizar os conflitos com estes instrumentos de gestão do território. 6.2 - OCUPAÇÃO DO SOLO A identificação da ocupação do solo na área de estudo foi realizada através da fotointerpretação de fotografia aérea recente e posterior validação, no terreno, dos elementos identificados. Verificou-se que a ocupação do solo mais comum é composta por floresta mista de eucalipto e pinheiro, que ocupam cerca de 50% do corredor escolhido, sendo a restante área ocupada por matos e culturas agrícolas. É de realçar que as áreas urbanas ocupam menos de 0,1% de todo o corredor o que permite, desde logo, antever a inexistência de situações de conflito, deste ponto de vista. Em relação à Subestação, esta encontra-se projectada para uma zona ocupada, actualmente, por matos rasteiros. A construção deste Projecto (Linha e Subestação) provocará perdas, pontuais, de áreas de solo com usos diferentes daqueles a que o Projecto as irá sujeitar. No entanto, uma vez que nesta fase do projecto ainda não são conhecidas as localizações dos postes, não é possível, quantificar e avaliar as afectações efectivas no uso e ocupação do solo. No entanto, e tendo em atenção a ocupação efectiva do corredor, não se esperam afectações graves sobre tipologias de ocupação importantes. Em relação à Subestação, a afectação de matos, com a sua construção não é considerada importante. Como principal medida de minimização para este tema, salienta-se o acompanhamento ambiental do projecto, no qual será verificado um conjunto de medidas de protecção do solo. 6.3 - DEMOGRAFIA E POVOAMENTO O corredor em estudo não apresenta, do ponto de vista da demografia e povoamento, grandes condicionantes à passagem de uma linha, tendo sido identificadas apenas 74 edificações em toda a sua extensão. Salienta-se que, parte destas edificações, dizem respeito a apoios agrícolas, armazéns e edificações abandonadas caso mais comum, observado nos trabalhos de campo. Com cerca de 37 km de extensão e uma largura média de 400 m, este corredor apresenta um número de edificações por hectare extremamente baixa 1 edificação por cada 20 ha. Considera-se desta forma, este corredor como favorável para a construção de uma linha. 18503rnt 9/12

No que respeita à Subestação, não existe, igualmente, qualquer proximidade sensível a áreas urbanas. Deste modo, as medidas de minimização propostas passam pela indemnização dos proprietários e/ou arrendatários dos terrenos onde forem colocados os postes e daqueles que sofram estragos motivados pela construção da Linha ou devido a limitações de utilização do terreno durante a fase de exploração da mesma. Relativamente à Subestação, as considerações tecidas são semelhantes. O pagamento das indemnizações devidas deverá ser satisfeito atempadamente por forma a compensar os proprietários pelos prejuízos causados. 6.4 - ECOLOGIA Em termos de flora, pode-se dizer que se trata de uma área onde a pressão humana moldou a paisagem, exercida fundamentalmente através da actividade agrícola e florestal. Esta acção alterou profundamente os ambientes naturais, dando origem a vastas áreas agrícolas e florestais (pinhais e eucaliptais), cingindo-se as unidades mais naturais como o sobreiral, a zonas de mais difícil acesso. No fundo dos vales sobressaem os bosques ribeirinhos. Nesta fase do projecto ainda não é possível localizar as potenciais afectações na flora local em consequência da construção deste Projecto. No entanto, são propostas algumas medidas minimizadoras que garantem, à partida, a não ocorrência de afectações importantes. Assim, deverão ser salvaguardadas todas as espécies arbóreas e arbustivas que não perturbem a execução da obra, bem como, as áreas mais sensíveis e a preservar, nomeadamente os sobreirais. Deverão ser sinalizadas, de modo a evitar a sua afectação com maquinaria pesada durante a fase de construção. No que respeita à fauna, a única preocupação existente, neste projecto, é com as aves, nomeadamente no risco de colisão entre estas e os cabos da Linha. No entanto, a colocação de sinalizadores para melhorar a visualização dos cabos, antevê que esta afectação não seja considerada importante. Não são expectáveis, assim, impactes visíveis sobre a fauna. 6.5 - AMBIENTE SONORO Quer na área de influência da Subestação, quer do corredor em estudo, não foram identificadas fontes significativas de ruído, dada a ruralidade/naturalidade da região, pelo que se poderá considerar que o ambiente sonoro nesta região é de boa qualidade. A construção e exploração deste Projecto (Subestação e Linha) não determinará qualquer alteração importante destas condições, pelo que não se prevêem conflitos nesta matéria. 18503rnt 10/12

6.6 - PAISAGEM A região estudada constitui uma área de paisagem de média qualidade visual, predominando um carácter paisagístico rural, perturbado, devido à sua intensa ocupação florestal de eucalipto e pinheiro bravo. No seu conjunto trata-se de uma paisagem com grande expressão a nível das visibilidades, podendo-se mesmo considerá-la de panorâmica, apresentando um variado sistema de vistas e alguns pontos de vista dominantes. No entanto, o número e a frequência de observadores é reduzida, consequência da baixa densidade populacional evidenciada nestes concelhos, consentânea com o estatuto rural predominante nas regiões do interior do território. Em termos de paisagem é importante frisar, que o troço mais sensível do ponto de vista paisagístico é a travessia do rio Tejo pela Linha. No entanto, como neste troço a travessia será efectuada paralelamente com uma linha já existente, esta afectação é consideravelmente reduzida. Em termos de paisagem, a selecção de corredores com poucos visualizadores, e o facto de parte do traçado da linha ser coincidente com o traçado de uma linha existente, constituem as principais medidas de minimização neste descritor. Dada a localização da Subestação num ponto onde não existem muitos observadores, e o facto desta infra-estrutura não apresentar uma grande dimensão, apesar de negativo para a paisagem, o seu efeito não será muito sensível. Mesmo assim, é proposto, neste estudo, um plano de recuperação e enquadramento paisagístico para toda a área, quer da Subestação, que da área envolvente afectada pela construção da mesma. 6.7 - PATRIMÓNIO CONSTRUÍDO, ARQUEOLÓGICO, ARQUITECTÓNICO E ET- NOGRÁFICO Numa primeira fase deste estudo foram identificadas as ocorrências patrimoniais presentes na área de estudo. Assim, aquando da definição dos corredores alternativos, essa informação foi tida em consideração pelo que foram poucas as ocorrências detectadas nos corredores propostos, nomeadamente no corredor seleccionado. Salienta-se também, que o levantamento do património foi efectuado apenas com base na bibliografia existente e na consulta das entidades competentes, não se justificando uma análise mais aprofundada do tema, face à inexistência de dados concretos de projecto, nomeadamente, a localização precisa da Subestação e apoios. Na fase posterior do processo de AIA (RECAPE), uma prospecção localizada e o acompanhamento arqueológico previsto permitirão salvaguardar quaisquer ocorrências patrimoniais que possam surgir. 18503rnt 11/12

6.8 - OUTROS DESCRITORES Relativamente à geologia, geomorfologia e sismologia, clima e qualidade do ar e recursos hídricos, apesar de se tratar de descritores com menor importância relativa, foram devidamente caracterizados com o desenvolvimento necessário para o suporte da análise dos impactes ambientais associados. A não identificação de quaisquer impactes significativos justifica a sua não pormenorização neste resumo. 7 - MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL Nesta fase de projecto prévio não foram identificadas situações que carecessem de monitorização ambiental. No entanto, salienta-se que a fase de construção será alvo de um Acompanhamento Ambiental. 18503rnt 12/12