REABERTURA DO REFIS DA CRISE E INSTITUIÇÃO DE DOIS NOVOS PROGRAMAS DE PARCELAMENTO ESPECIAIS

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Transcrição:

Outubro de 2013 REABERTURA DO REFIS DA CRISE E INSTITUIÇÃO DE DOIS NOVOS PROGRAMAS DE PARCELAMENTO ESPECIAIS Foi publicada hoje, 10 de outubro de 2013, a Lei nº 12.865/13, objeto de sanção presidencial da Medida Provisória nº 615/2013 que, dentre outras providências, trouxe aos contribuintes 3 oportunidades diferentes para pagamento de débitos federais com atrativos descontos e condições, tanto à vista quanto de forma parcelada. De acordo com essa Lei, foi reaberto o prazo do programa instituído inicialmente pela Lei nº 11.941/2009, que ficou conhecido como REFIS da Crise, bem como o prazo para a adesão ao parcelamento instituído pela Lei nº 12.249/2010, relativo a débitos para com autarquias e fundações federais (ex.: ANATEL, ANAC, INCRA, INMETRO, INPI, SUFRAMA, CADE, ANEEL, ANP, ANVISA). Nos dois casos, só são parceláveis débitos vencidos até 30 de novembro de 2008. Por se tratarem de débitos mais antigos, caso ainda não tenham sido constituídos ou exigidos em juízo, é importante avaliar, antes de proceder à inclusão no programa, se os débitos já foram alcançados pela prescrição ou decadência, o que, por si só, operaria a sua extinção independentemente de pagamento. É interessante registrar que o REFIS da Crise foi alvo de inúmeras críticas em razão de problemas enfrentados pelos contribuintes, tanto quando da inclusão de débitos no programa, como no curso dos procedimentos até a sua efetiva consolidação. Sendo assim, é importante que haja muita cautela e atenção a fim de que sejam observadas todas as obrigações acessórias impostas pela legislação em tela, evitando, com isso, contratempos futuros (ex.: problemas na renovação da CND, exclusão dos débitos do programa, etc.). Foi instituído, ainda, programa especial voltado para débitos de PIS/COFINS devidos por instituições financeiras e equiparadas em razão da expansão da base de cálculo operada pela Lei nº 9.718/98. Além disso, para as empresas em geral, abriu-se a Rua Gomes de Carvalho, 1.329 8º andar 04547-005 - São Paulo - SP Tel.: 55 11 3043-4999 Página 1

oportunidade de parcelamento dos débitos de PIS/COFINS relativos à discussão quanto à inclusão do ICMS nas suas bases de cálculo. Ambas as discussões ainda estão pendentes de julgamento no Supremo Tribunal Federal, mas, mesmo assim, o Governo, com o claro intuito de aumentar a arrecadação na iminência da crise econômica, abriu essas duas oportunidades. A decisão quanto à adesão ou não ao programa, nesses casos, deve passar por uma avaliação criteriosa sobre as chances de êxito dos processos em que essas teses são discutidas. Por fim, abriu-se a possibilidade de inclusão em programa especial de parcelamento débitos de IRPJ e CSLL incidentes sobre lucros auferidos no exterior. Esta matéria foi recentemente julgada pelo Supremo Tribunal Federal no contexto da ADIN nº 2.588, que tratou da constitucionalidade do art. 74 da MP nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001. Como o referido Tribunal julgou pela inconstitucionalidade de parte do dispositivo, afastando a tributação de lucros auferidos por empresas coligadas localizadas em países sem tributação favorecida (não paraísos fiscais ), e, pela constitucionalidade de outra parte do dispositivo, autorizando a tributação dos lucros de empresa controladas localizadas em países de tributação favorecida ( paraísos fiscais ), ficando outras situações sem um julgamento no contexto da ADIN, a adesão ao parcelamento em questão também deve pressupor uma análise criteriosa do contexto dos lucros apurados por cada empresa em sociedades no exterior. Para facilitar a análise das oportunidades oferecidas nos programas de parcelamento tratados na Lei nº 12.865/13, elaboramos a tabela abaixo, com as principais características de cada um dos três programas. Rua Gomes de Carvalho, 1.329 8º andar 04547-005 - São Paulo - SP Tel.: 55 11 3043-4999 Página 2

Débitos incluídos no parcelamento Reabertura do "REFIS da Crise" débitos, vencidos até 30 de novembro de 2008, administrados pela RFB e PGFN, inclusive o saldo remanescente dos débitos consolidados em parcelamentos anteriores (REFIS, PAES, PAEX, etc), mesmo que tenham sido excluídos dos respectivos programas e parcelamentos, bem como os débitos decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do IPI oriundos da aquisição de matérias-primas, material de embalagem e produtos intermediários com incidência de alíquota 0 (zero) ou como não-tributados. débitos, vencidos até 30 de novembro de 2008, administrados pelas autarquias e fundações públicas federais e os débitos de qualquer natureza, tributários ou não tributários, com a Procuradoria-Geral Federal. Parcelamento Especial de PIS/COFINS para Instituições Financeiras e Seguradoras, decorrentes de débitos constituídos com base na Lei nº 9.718/98 / Débitos de PIS/COFINS sobre base de cálculo composta por ICMS débitos relativos ao PIS e à COFINS, devidos por instituições financeiras e companhias seguradoras, em razão da expansão da base de cálculo das contribuições operada pela Lei nº 9.718/98, vencidos até 31 de dezembro de 2012.1. débitos de PIS/COFINS ref. à discussão judicial quanto à exclusão do ICMS da base de cálculo daquelas contribuições. Parcelamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre lucros do exterior débitos relativos ao IRPJ e à CSLL, vencidos até 31 de dezembro de 2012, decorrentes da aplicação do art. 74 da MP nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001 (segundo o qual os lucros auferidos por controlada ou coligada no exterior serão considerados disponibilizados, para fins de tributação, para a controladora ou coligada no Brasil na data do balanço no qual tiverem sido apurados, na forma do regulamento). Rua Gomes de Carvalho, 1.329 8º andar 04547-005 - São Paulo - SP Tel.: 55 11 3043-4999 Página 3

Descontos I pagos a vista, com redução de 100% das multas de mora e de ofício, de 40% das isoladas, de 45% dos juros de mora e de 100% sobre o valor do encargo legal; II parcelados em até 30 prestações mensais, com redução de 90% das multas de mora e de ofício, de 35% das isoladas, de 40% dos juros de mora e de 100% sobre o valor do encargo legal; III parcelados em até 60 prestações mensais, com redução de 80% das multas de mora e de ofício, de 30% das isoladas, de 35% dos juros de mora e de 100% sobre o valor do encargo legal; IV parcelados em até 120 prestações mensais, com redução de 70% das multas de mora e de ofício, de 25% das isoladas, de 30% dos juros de mora e de 100% sobre o valor do encargo legal; ou V parcelados em até 180 prestações mensais, com redução de 60% das multas de mora e de ofício, de 20% das isoladas, de 25% dos juros de mora e de 100% sobre o valor do encargo legal. Se pagos à vista, a redução será de 100% das multas de mora e de ofício; 100% sobre o encargo legal; 80% das multas isoladas; 45% dos juros de mora. Se parcelados em até 60 prestações, sendo 20% de entrada e o restante em parcelas mensais, a redução será de 100% sobre o encargo legal; 80% das multas de mora, de ofício e das multas isoladas; 40% dos juros de mora. Se pagos à vista, a redução será de: 100% dos juros de mora e do valor do encargo legal, das multas de mora, de ofício e das multas isoladas. Se parcelados em até 120 prestações, sendo 20% de entrada e o restante em parcelas mensais, a redução será de: 100% sobre o encargo legal; 80% das multas de mora, de ofício e das multas isoladas; e 40% dos juros de mora. Prazo de adesão até 31 de dezembro de 2013. até 29 de novembro de 2013. até 29 de novembro de 2013. Rua Gomes de Carvalho, 1.329 8º andar 04547-005 - São Paulo - SP Tel.: 55 11 3043-4999 Página 4

Parcela até a consolidação (valor) Valor de parcela mínima Desistência de discussão prévia O contribuinte deve calcular e recolher mensalmente, até a consolidação: (i) para os débitos administrados pela Receita Federal do Brasil e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, a parcela deve corresponder ao montante dos débitos objeto do parcelamento, dividido pelo número de prestações pretendidas (não podendo ser inferior a R$ 100,00 para pessoas jurídicas e R$ 50,00 para pessoas físicas; (ii) no caso de migração de parcelamentos anteriores, 85% do valor da última parcela devida em novembro de 2008; (iii) ou, nos casos dos débitos administrados pelas autarquias e fundações públicas federais e os débitos de qualquer natureza, tributários ou não tributários, com a Procuradoria-Geral Federal, a parcela deve corresponder ao montante dos débitos objeto do parcelamento, dividido pelo número de prestações pretendidas (não podendo ser inferior a R$ 100,00 para pessoas jurídicas e R$ 50,00 para pessoas físicas). O contribuinte deve calcular e recolher mensalmente parcela equivalente ao montante dos débitos objeto do parcelamento, dividido pelo número de prestações pretendidas. Vide acima Não há menção. R$ 300.000,00 Necessário desistir de ações que versem sobre o restabelecimento de sua opção ou a sua reinclusão em outros parcelamentos. A pessoa jurídica deverá comprovar a desistência expressa e irrevogável de todas as ações judiciais que tenham por objeto os débitos acima, renunciando ao direito sobre o qual se fundem. O contribuinte deve calcular e recolher mensalmente parcela equivalente montante dos débitos objeto do parcelamento, dividido pelo número de prestações pretendidas. Para inclusão no parcelamento dos débitos que se encontram com exigibilidade suspensa em razão de pendência de defesa administrativa ou judicial, o sujeito passivo deverá desistir expressamente e de forma irrevogável, total ou parcialmente, da impugnação ou do recurso interposto, ou da ação judicial proposta e, cumulativamente, renunciar a quaisquer alegações de direito Rua Gomes de Carvalho, 1.329 8º andar 04547-005 - São Paulo - SP Tel.: 55 11 3043-4999 Página 5

sobre as quais se fundamentam os referidos processos administrativos e as ações judiciais. Depósito Judicial Os depósitos existentes vinculados aos débitos a serem pagos ou parcelados serão automaticamente convertidos em renda da União, após aplicação das reduções para pagamento à vista ou parcelamento, e, na hipótese em que o valor depositado exceda o valor do débito após a consolidação, o saldo remanescente será levantado pelo sujeito passivo. Os depósitos existentes vinculados aos débitos a serem pagos ou parcelados serão automaticamente convertidos em pagamento definitivo, aplicando-se as reduções previstas ao saldo remanescente a ser pago ou parcelado. Os depósitos existentes vinculados aos débitos a serem pagos ou parcelados serão automaticamente convertidos em pagamento definitivo, aplicando-se as reduções previstas ao saldo remanescente a ser pago ou parcelado. Garantia A adesão independe de garantia ou arrolamento de bens, mas caso haja penhora em execução fiscal, esta permanecerá até a quitação integral do débito. Independe de apresentação de garantia, mantidas aquelas decorrentes de outras modalidades de parcelamento ou de execução fiscal. Independe de apresentação de garantia, mantidas aquelas decorrentes de outras modalidades de parcelamento ou de execução fiscal. Causas de rescisão A manutenção em aberto de 3 (três) parcelas, consecutivas ou não, ou de uma parcela, estando pagas todas as demais, implicará, após comunicação ao sujeito passivo, a imediata rescisão do parcelamento e, conforme o caso, o prosseguimento da cobrança. Falta de pagamento: de 3 parcelas, consecutivas ou não; de até 2 prestações, estando pagas todas as demais ou estando vencida a última prestação do parcelamento. Falta de pagamento: de 3 parcelas, consecutivas ou não; de até duas prestações, estando pagas todas as demais ou estando vencida a última prestação do parcelamento. Rua Gomes de Carvalho, 1.329 8º andar 04547-005 - São Paulo - SP Tel.: 55 11 3043-4999 Página 6

Possibilidade de pagamento com prejuízo fiscal É possível liquidar os valores correspondentes a multa, de mora ou de ofício, e a juros moratórios, inclusive as relativas a débitos inscritos em dívida ativa, com a utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da contribuição social sobre o lucro líquido próprios. Não há menção. É possível liquidar os valores correspondentes a multa, de mora ou de ofício ou isoladas, e a juros moratórios, inclusive relativos a débitos inscritos em dívida ativa, com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) próprios e de empresas domiciliadas no Brasil, por eles controladas em 31 de dezembro de 2011, desde que continuem sob seu controle até a data da opção pelo pagamento ou parcelamento. I - o valor a ser utilizado será determinado mediante a aplicação, sobre o montante do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa, das alíquotas de 25% (vinte e cinco por cento) e 9% (nove por cento), respectivamente; II - somente será admitida a utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incorridos pelas empresas controladas até 31 de dezembro de 2011. Rua Gomes de Carvalho, 1.329 8º andar 04547-005 - São Paulo - SP Tel.: 55 11 3043-4999 Página 7

Observações Este parcelamento não se aplica aos débitos que já tenham sido parcelados nos termos dos arts. 1º a 13 da Lei 11.941/09 e art. 65 da Lei 12.249/10. Por ocasião da consolidação, será exigida a regularidade de todas as prestações devidas desde o mês de adesão até o mês anterior ao da conclusão da consolidação dos débitos parcelados. As reduções previstas nesta MP não serão cumulativas com quaisquer outras reduções previstas em lei. Nos próximos dias, deverá ser expedida norma conjunta da RFB/PGFN para viabilizar a execução do parcelamento. Nos próximos dias, deverá ser expedida norma conjunta da RFB/PGFN para viabilizar a execução do parcelamento. Qualificação de opinião Este Informe Jurídico foi elaborado com intuito meramente informativo, não devendo, em nenhuma hipótese, ser considerado como opinião legal sobre os temas nele abordados. Deste modo, não deve ser adotada qualquer estrutura ou realizado qualquer negócio jurídico com base única e exclusivamente neste documento. Para qualquer outra informação adicional ou para a devida assessoria jurídica, o VBSO Advogados possui uma equipe tributária à disposição para atendê-lo. Rua Gomes de Carvalho, 1.329 8º andar 04547-005 - São Paulo - SP Tel.: 55 11 3043-4999 Página 8

Equipe Tributária: Alberto Gouveia Dantas Neto adantas@vbso.com.br Lais Helena Lopes Bueno da Silva lsilva@vbso.com.br Carla Tredici Christiano ctredici@vbso.com.br Marina Gomes Cardim de Gil mgomes@vbso.com.br Daniel Rossi de Castro dcastro@vbso.com.br Marcela Ribeiro de Almeida Zaidan mzaidan@vbso.com.br Diego Aubin Miguita dmiguita@vbso.com.br Mário Shingaki mshingaki@vbso.com.br Diogo Olm Arantes Ferreira dferreira@vbso.com.br Paulo Cesar Ruzisca Vaz pvaz@vbso.com.br Fábio Krasner Schubsky fkrasner@vbso.com.br Raphael Longo Oliveira Leite rlongo@vbso.com.br Graziela Fernandes Pereira gpereira@vbso.com.br Vinícius Vicentin Caccavali vcaccavali@vbso.com.br Izadora Almeida Tannus itannus@vbso.com.br Rua Gomes de Carvalho, 1.329 8º andar 04547-005 - São Paulo - SP Tel.: 55 11 3043-4999 Página 9